GUERRA PSICOLÓGICA DE 2013 TERMINOU EM FRACASSO
Ontem, em cadeia nacional de rádio e televisão, a presidente Dilma Rousseff fez um alerta; disse que a "guerra psicológica" que tenta infundir desânimo e pessimismo pode inibir investimentos e retardar o crescimento; na virada de 2012 para 2013, aconteceu um desses fenômenos, quando os jornais Folha e Globo tentaram convencer a opinião pública que havia risco iminente de racionamento de energia elétrica; nesta segunda-feira, o jornal Valor Econômico, que pertence aos grupos Globo e Folha, informa que a expansão do sistema elétrico em 2013 foi a maior em três anos
30 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 13:16
247 - Ontem, em cadeia nacional de rádio e televisão, o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff teve seu ponto alto, destacado nas manchetes desta segunda-feira, quando ela fez um alerta. "Se alguns setores, seja porque motivo for, instilarem desconfiança, especialmente desconfiança injustificada, isso é muito ruim. A guerra psicológica pode inibir investimentos e retardar iniciativas", disse ela (leia mais aqui).
Na virada de 2012 para 2013, um fenômeno desse tipo aconteceu e foi liderado por dois jornais brasileiros: o Globo e a Folha de S. Paulo. Ambos fizeram de tudo para convencer a opinião pública, em suas manchetes e nas colunas de seus articulistas, que o Brasil vivia o risco iminente de enfrentar um novo apagão. Na Folha, era Eliane Cantanhêde quem noticiava o inexistente apagão. No Globo, "informava-se" que grandes indústrias estariam racionando energia.
Termina o ano e, como todos sabem, não houve apagão.
Mas o mais interessante é ler uma notícia no jornal Valor Econômico, joint-venture dos grupos Globo e Folha, publicada nesta segunda-feira. Segundo a publicação, a expansão do setor elétrico em 2013 foi a maior dos últimos três anos, com a adição de 5.795 megawatts ao sistema (leia mais aqui).
Foram novas hidrelétricas, térmicas, usinas eólicas e projetos com fontes alternativas, como a biomassa. O número de 2013 representa grande crescimento em relação aos 3.982 megawatts de 2012 e os 4.199 megawatts de 2011.
Ou seja: em 2014, a despeito da "guerra psicológica", não faltará energia para quem estiver disposto a investir no Brasil.
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/125410/Guerra-psicol%C3%B3gica-de-2013-terminou-em-fracasso.htm
SEM TABUS
JOSÉ GUIMARÃES
O patrimônio da Companhia Vale do Rio Doce foi totalmente privatizado por FHC por irrisórios R$ 3 bilhões, e agora, sem se desfazer de patrimônio público, o governo arrecada R$ 20,9 bilhões pelo regime de concessão
Ao contrário do alarmismo difundido pelos catastrofistas de sempre, boa parte deles na mídia, foi um sucesso o leilão para a concessão (e não privatização) dos aeroportos do Galeão e Confins. Trata-se de uma positiva sinalização a investidores nacionais e estrangeiros sobre as potencialidades do Brasil e o modelo adotado pelo governo Dilma de parceria entre Estado e empresas privadas para impulsionar a economia brasileira, em especial o setor de infraestrutura.
A própria mídia internacional mudou a abordagem em relação ao Brasil após o governo arrecadar R$ 20,84 bilhões — um ágio de 251,74% em relação ao mínimo fixado, de R$ 5,9 bilhões. O objetivo central do governo federal é oferecer serviços públicos de qualidade. No caso dos aeroportos, construiu-se um modelo capaz de investir mais e oferecer mais conforto aos passageiros.
Não é nenhum tabu para o governo do PT e aliados tratar do tema: as companhias privadas são bem-vindas porque trazem melhores práticas do exterior. O PT não faz o que o PSDB fez: concessão não é privatização.
É preciso deixar claro— foram leiloados 51% dos dois aeroportos, em regime de concessão. O feito é emblemático e diferencia nitidamente o projeto do PT e o do PSDB. Exemplo: o patrimônio da Companhia Vale do Rio Doce foi totalmente privatizado por FHC por irrisórios R$ 3 bilhões, e agora, sem se desfazer de patrimônio público, o governo arrecada R$ 20,9 bilhões pelo regime de concessão.
No modelo de concessão, o setor privado faz o investimento, tem o retorno do capital investido, mas o patrimônio permanece nas mãos do Estado.
Desde 2003, com o PT, resgatamos o papel do Estado como planejador e indutor do desenvolvimento, na contramão do pensamento neoliberal do Estado mínimo, que tantos prejuízos causou ao mundo e ao Brasil. É graças a essa visão heterodoxa que o Brasil tem atravessado a crise mundial iniciada em 2008. Temos criado empregos e distribuído renda, com um conjunto de políticas anticíclicas que inclui, agora, concessões em diferentes setores, sem abrir mão de patrimônio público.
O que a presidente Dilma Rousseff acaba de fazer vai apenas estabelecer uma parceria entre o setor público e o privado. Os fatos provam que o PT e seu governo não se renderam à ideologia neoliberal e nem às privatizações. O que se busca é ampliar o leque de investimentos visando a superar os gargalos na infraestrutura do país.
A concessão dos aeroportos — assim como a MP dos Portos, que estabeleceu novo marco para o sistema portuário nacional — insere-se num conjunto de medidas de reforço do papel estratégico do Estado, de planejar e garantir o crescimento econômico com justiça social. O modelo neoliberal faliu, mas tem gente que insiste em não ver.
http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/125414/Sem-tabus.htm
A TEORIA DO CAOS FALHOU
A TEORIA DO CAOS FALHOU
CHICO VIGILANTE
Apesar de todo o lobby para provar que a economia brasileira se dirigia ao precipício em 2013, os fatos apontaram o contrário
O fim do ano se aproxima e com ele uma conclusão: a grande imprensa de oposição aos governos petistas deve ter passado um mal Natal e espero que tenham indigestão no Ano Novo: vão engolir em seco o mico que representou suas previsões agourentas para 2013 porque erraram feio na maioria delas.
Todas as teses de terrorismo econômico da direita travestida de jornalistas cairam por terra. Ao contrário da mídia estrangeira- que depois de pedir a cabeça do ministro Mantega, voltou atrás recentemente dizendo que a conjuntura no país está mudando – a mídia brasileira não fez até agora uma autocrítica de suas análises fatalistas sobre os destinos do país.
Na última sexta, 27, o The Wall Street Journal afirmou que Dilma “está em alta”, depois de mais um leilão bem sucedido para a exploração de uma rodovia federal. Mas convenhamos, se os analistas da imprensa nacional forem tentar se desculpar pelas previsões equivocadas levariam dias fazendo isso.
O que todos podemos ver é que o ano se encerra calmamente, com o comércio vendendo no Natal mais do que os inimigos do Brasil torciam para não acontecer. As vendas do comércio no período cresceram pelo 11º ano consecutivo.
Para a tristeza deles, nenhum apagão ocorreu em datas mais ou menos importantes, apesar das garantias de conhecidos colunistas de que o Brasil estava prestes a sofrer um apagão de energia.
Acho que chegou a hora destes senhores mudarem suas fontes de informação ou a pauta das reuniões onde buscam qual será a catástofre mais provável de acontecer, para que insulflem os ânimos a respeito, de outros veículos e da própria sociedade.
O grande cavalo de batalha dos colunistas econômicos - a inflação fora do controle – também não se concretizou: a inflação deve fechar em 6% em 2013, ou seja, dentro da meta estabelecida pelo Banco Central de até 6,5%.
A ordem reinante na imprensa comercial era pregar que essa meta seria estourada logo no início do segundo semestre e para convencer o público levavam para a telinha os “maiores especialistas“, engravatados de universidades e instituições financeiras.
As capas de Veja e Época e o colar de tomates usado por Ana Maria Braga em seu programa, para aterrorizar as donas de casa de todo o país com a fantasma da volta da inflação, entram agora para a história como algumas das mais rídiculas tentativas de generalizar um problema simplesmente sazonal.
O economista-chefe e sócio do Banco Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, afirmou em palestras que a capacidade do Brasil crescer não ultrapassa os 4% e em artigos publicados no jornal O Estado de S. Paulo, pregou o “esfriamento” da economia, deixando claro acreditar que somente o desemprego frearia a demanda e impediria a inflação. Infelizmente ele não está sozinho, outros figurões da economia defendem também a tese do desemprego como política anti-inflacionária.
O governo, no entanto, está vacinado contra os lobbys do gênero. Quando olhamos para trás o que enxergamos ao final de 2013 é um recorde histórico na geração de empregos, a maior do país desde 2002, com um aumento de massa salarial.
Quase todas as categorias tiveram reajustes acima da inflação com um ganho real em seus vencimentos. Isso sem falar da política governamental de recuperação do salário mínimo dos últimos anos.
Apesar da revista Veja, entre outro veículos, ter dado espaço a empresários que queriam denegrir a imagem do Brasil junto a investidores internacionais, criticando a montagem dos leilões de concessão de infraestrutura, o resultado foi o melhor possível.
O saldo do leilão do campo de Libra, do pré-sal, em outubro, resultou em bônus de R$ 15 bilhões para o caixa do governo, e a seguir a administração federal leiloou aeroportos e estradas com altos pagamentos pela exploração dos equipamentos e expressivo rebaixamento de pedágios.
As apostas pessimistas em relação as contas públicas também não aconteceram e elas não mergulharam, em 2013, num rombo profundo, como diziam os comentaristas econômicos lobistas de plantão.
Os números oficiais do ministério da Fazenda, divulgados na sexta-feira, 27 mostram que o superávit primário (receitas menos despesas) alcançou R$ 28,8 bilhões em novembro, chegando a um saldo acumulado no ano de R$ 62,4 bilhões. Com as projeções para dezembro, as contas públicas fecharão no azul acima da meta de R$ 73 bilhões, estabelecida pelo governo.
Para o desespero da direita, apesar de todo o seu esforço em deturpar , a presidenta Dilma Rousseff fecha o ano com a popularidade de seu governo e de si própria em alta.
A mídia comercial brasileira deveria fazer como nos EUA optar claramente pela defesa de um ou outro candidado e não ficar defendendo interesses inconfessos, pregando teses impatrióticas.
Nestes momentos temos que tirar o chapeu para Delfim Netto, economista que vê os fatos com uma lupa histórica sem histerismos à direita ou à esquerda. Ele afirmou em artigo no jornal Valor Econômico, que o governo continua tendo todas as condições para conduzir sem sobressaltos a economia brasileira no próximo ano, por meio de ações que parecem seguras aos investidores e à sociedade brasileira.
O que me anima é que cada vez mais a grande imprensa deixa de ser hegemônica, diante da proliferação das mídias independentes na internet, onde cada vez mais se discute a realidade e os fatos de interesse da sociedade e não situações criadas pelo interesse de grupos econômicos.