PIMENTEL: ACORDO DA OMC AMPLIA ATUAÇÃO DO BRASIL
Ministro do Desenvolvimento avalia de forma bastante positiva o acordo a que chegaram em Bali, na Indonésia, os ministros da Organização Mundial do Comércio (OMC); "As medidas anunciadas na Indonésia vêm ao encontro do trabalho em curso no governo federal para simplificar o processo de exportação e importação de bens e serviços", disse Fernando Pimentel; ele avalia que agora, com as facilitações, haverá maior participação do Brasil no comércio global
8 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 07:19
247 – O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, avalia de forma bastante positiva o acordo fechado em Bali, na Indonésia, entre os ministros da Organização Mundial do Comércio (OMC). O pacote, que prevê medidas de facilitações no comércio mundial, deve ampliar a participação do Brasil nos negócios internacionais, de acordo com o ministro.
"As medidas anunciadas na Indonésia vêm ao encontro do trabalho em curso no governo federal para simplificar o processo de exportação e importação de bens e serviços", disse Fernando Pimentel, para quem o acordo, o primeiro mundial em 20 anos na organização, é "histórico". O ministro se refere principalmente às regras de preenchimento automático de quotas tarifárias no setor agrícola e às normas de facilitação de comércio aprovadas na reunião.
Ainda segundo o ministro, o acordo dará um "novo significado" à entidade, agora comandada pelo brasileiro Roberto Azevêdo, eleito com a ajuda da articulação de Pimentel (leia mais
aqui). "Os acordos assinados ontem, os primeiros desde a fundação da OMC, darão novo significado à entidade, que recupera seu papel estratégico na definição das regras do comércio global", disse o ministro.
Pimentel, que esteve em Nova York, nos Estados Unidos, e Buenos Aires, na Argentina, ao longo da semana, participou das negociações que levaram ao fechamento do acordo mesmo à distância. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) foi representado na reunião ministerial pelo secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho.
http://www.brasil247.com/pt/247/minas247/123315/Pimentel-acordo-da-OMC-amplia-atua%C3%A7%C3%A3o-do-Brasil.htm
CNI DIZ QUE ACORDO DA OMC FAVORECE EXPORTADOR
Avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), presidida por Robson Andrade, é de que o acordo de facilitação de comércio celebrado pela OMC nesta madrugada, em Bali, reduz a burocracia e torna o desembaraço aduaneiro mais rápido e mais barato para o exportador brasileiro
7 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 14:05
Da Agência Brasil
Brasília - O acordo de facilitação de comércio celebrado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) na madrugada de hoje (7), horário de Brasília, reduz a burocracia e torna o desembaraço aduaneiro mais rápido e mais barato para o exportador brasileiro, de forma vantajosa para as vendas externas, segundo avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O texto aprovado na Conferência de Bali, na Indonésia, ontem (6) à noite, no horário local, dá transparência aos processos de importação e exportação, além de dar novo fôlego à OMC, comemora a CNI, depois de acompanhar in loco os cinco dias da reunião.
De acordo com comunicado da entidade, os empresários vão ter mais acesso às informações sobre procedimentos de trânsito, taxas e encargos, classificação de mercadorias e restrições de importação antes de chegar com o produto no destino. Informações nem sempre disponíveis em todos os países, o que pode causar surpresas negativas aos exportadores, diz a nota.
No mesmo esforço de facilitação do comércio mundial, a CNI considera positivas cláusulas como a obrigatoriedade do operador econômico autorizado, o direito à apelação das decisões de aduanas estrangeiras (hoje, há casos de decisão definitiva na fronteira), bem como a proibição da aplicação de multas abusivas.
O Pacote de Bali, como está sendo chamado o acordo de facilitação de comércio, prevê que as taxas e encargos aduaneiros só podem ser cobrados em um valor proporcional ao serviço prestado, o que reduz as cobranças desproporcionais. Além disso, permite auditoria pós-desembaraço, o que torna possível concluir o despacho aduaneiro antes de a mercadoria ser auditada.
VITÓRIA NA OMC AFUNDA JORNALISMO DO CONTRA
Quando Roberto Azêvedo foi indicado para o comando da Organização Mundial do Comércio, numa vitória histórica da diplomacia brasileira, costurada também pelo ministro Fernando Pimentel, colunistas conservadores, como Reinaldo Azevedo, fizeram pouco caso; blogueiro de Veja chegou até a dizer que era "irrelevante"; neste sábado (7), um de seus colegas neoconservadores, Demétrio Magnoli, escreveu sobre o "desastre" consumado na OMC e afirmou que o Brasil estava se convertendo em "ilha"; neste sábado, mundo comemora acordo que pode destravar US$ 1 trilhão em transações comerciais
7 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 20:34
247 - A tendência da maioria dos analistas da mídia brasileira em sempre enxergar fracasso mesmo nas situações mais positivas da economia e da política brasileira teve novo revés neste fim de semana. Colunistas, como o conservador Reinaldo Azevedo (de Veja.com e Folha), e seu aprendiz, Demétrio Magnoli (de Folha), foram extremamente pessimistas com a ação do brasileiro Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). E viram suas previsões falharem diante do
acordo mundial histórico fechado neste sábado (7), para derrubar barreiras comerciais e gerar até 1 trilhão de dólares em negócios.
O "The New York Times", principal jornal do mundo, viu o resultado final da reunião da OMC na Ilha de Bali, na Indonésia, como "um marco para os 159 membros" do organismo internacional. E disse mais: o acordo "resgata a OMC à beira do fracasso e irá reacender a confiança em sua capacidade de reduzir as barreiras ao comércio mundial após 12 anos de negociações infrutíferas" (leia artigo original - em inglês -
aqui).
Mas os colunistas da mídia nacional, até a manhã deste sábado, viam o acordo da OMC como "um desastre". Para Demétrio Magnoli, em sua
coluna na Folha, a OMC seria reduzida à condição de "ente vestigial, um tribunal de contenciosos comerciais". E continua na onda negativa: "O fracasso atinge em cheio o Brasil, evidenciando uma sequência de erros de política externa causados pela subordinação do interesse nacional ao imperativo da ideologia", escreveu Magnoli, acrescentando que "não faltaram alertas".
Diante do acordo firmado, ainda bem que esses "alertas" não foram ouvidos. Um desses gritos contra a OMC, que está desde maio nas mãos de um brasileiro, o Roberto Azevêdo, foi de outro Azevedo, o Reinaldo. O que ele disse? "Azevêdo na OMC significa que o resto do mundo aplaude a nossa incompetência. Até porque os EUA, a União Europeia, a China, o Canadá, o Chile e o Peru continuarão a fazer os seus acordos bilaterais, independentemente do evangelho de Azevêdo. Poderão até declarar o Brasil campeão moral do multilateralismo, mas continuarão mesmo a ganhar dinheiro com o bilateralismo".
A visão dos "fracassomaníacos" se mostrou equivocada. Mais uma vez. Graças a capacidade de um diplomata brasileiro, o mundo se surpreendeu com um acordo comercial que poderá ajudar a tirar os países da crise. Articulador da vitória de Azevêdo na OMC, o ministro Fernando Pimentel destacou desde o início "sua capacidade para o diálogo e construção do consenso". Acertou em cheio.
Na previsão que fez em maio, em
artigo que publicou na Folha, Pimentel usou os seguintes termos: "Que entre para a história pelas razões mais nobres uma gestão que resgate a importância do multilaterismo e devolva à OMC sua função de reguladora das relações comerciais globais". É, Pimentel, a atuação de Roberto Azevêdo já entrou para a história.
AZEVEDO CELEBRA ACORDO HISTÓRICO NA OMC
Organização Mundial do Comércio, sob a liderança de um brasileiro, conseguiu firmar um acordo global para derrubar as barreiras comerciais; “pela primeira vez na história, a OMC verdadeiramente entregou o que promete”, declarou Azevêdo, após a conclusão do acordo sobre o tema em reunião na Ilha de Bali, na Indonésia; países desenvolvidos querem a abertura dos mercados aos produtos industrializados; países em desenvolvimento e a Austrália, agrupados no G20, querem a retirada dos subsídios que prejudicam as exportações de produtos agropecuários para os países ricos
7 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 17:53
Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevêdo, disse que o organismo internacional finalmente conseguiu entregar o que estava estipulado desde a sua criação: um acordo global para derrubar as barreiras comerciais. “Pela primeira vez na história, a OMC verdadeiramente entregou o que promete”, declarou Azevêdo, após a conclusão do acordo sobre o tema em reunião na Ilha de Bali, na Indonésia.
Em declarações publicadas na página da OMC na internet, Azevêdo disse que os países mostraram comprometimento em relação à conclusão da Rodada Doha, cujas negociações começaram em 2001 com previsão de término em 2005, mas estavam travadas há quase dez anos. “Desafiei todos vocês, aqui em Bali, a mostrar a vontade política de que precisávamos para nos levar até a linha de chegada. Vocês fizeram isso, e eu agradeço a vocês por isso”, destacou.
O acordo que pôs fim à paralisação da Rodada Doha deu mandato à OMC para preparar, nos próximos 12 meses, um programa de trabalho para a retomada das negociações. Os países desenvolvidos querem a abertura dos mercados aos produtos industrializados. Já os países em desenvolvimento e a Austrália, agrupados no G20, querem a retirada dos subsídios que prejudicam as exportações de produtos agropecuários para os países ricos.
“É muito bem-vindo que vocês nos tenham instruídos a preparar, nos próximos 12 meses, um programa de trabalho claramente definido para esse fim”, disse o diretor-geral da OMC, após cinco dias de reunião em Bali.
O ministro indonésio do Comércio, Gita Wirjawan, também comemorou o resultado da reunião dos 159 delegados de países-membros da OMC. “Alcançamos o que muitos disseram que não poderia ser feito. O presidente [da Indonésia] Susilo Bambang Yudhoyono nos disse na quinta-feira que o clima místico de Bali teria um efeito positivo nas nossas negociações. Este é o lugar onde os acordos são fechados. Estou satisfeito que Bali não tenha nos decepcionado”, comentou.
DEMÉTRIO MAGNOLI DÁ A BOLA FORA DO SÉCULO NA FOLHA
Em sua coluna publicada neste sábado, sociólogo previu que não teria acordo na conferência da OMC em Bali; "Consumou-se o desastre", disse, prevendo erroneamente o "colapso da Rodada Doha"; no entanto, organização presidida pelo brasileiro Roberto Azevêdo chegou a um consenso nesta madrugada
7 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 10:01
247 - O sociólogo Demétrio Magnoli deu a bola fora do século em sua coluna da Folha de S.Paulo deste sábado 7. Erroneamente, ele previu que não haveria acordo durante conferência da Organização Mundial do Comércio (OMC) que acontece em Bali, na Indonésia. "Consumou-se o desastre", disse, citando o "colapso da Rodada Doha". No entanto, os ministros chegaram a um consenso nesta madrugada, fechando um acordo histórico, o primeiro do comércio global em 20 anos.
"Com o colapso da Rodada Doha, deflagrada há 12 anos, o multilateralismo globalista cede lugar aos acordos regionais, enquanto a OMC é reduzida à condição de ente vestigial: um tribunal de contenciosos comerciais. O fracasso atinge em cheio o Brasil, evidenciando uma sequência de erros de política externa causados pela subordinação do interesse nacional ao imperativo da ideologia", escreve Magnoli, acrescentando que "não faltaram alertas".
Magnoli conclui sua análise trágica sobre o cenário que não se concretizou falando sobre "o mito da Ilha-Brasil". Segundo ele, o Império do Brasil, invocando as aventuras dos bandeirantes, "sustentou a ideia de que o território nacional constitui uma "ilha" na América do Sul, delimitada por fronteiras naturais que estariam apoiadas no traçado das redes hidrográficas". Hoje, finaliza o colunista, a noção da Ilha-Continente ressurge na forma de uma muralha anacrônica que nos isola dos fluxos da globalização".
Leia a íntegra do artigo
aqui.