TERRORISTAS ECONÔMICOS PERDERAM APOSTAS EM 2013
Da garantia do apagão de energia feita na virada de 2012 para 2013, que não ocorreu, à previsão do estouro nas contas públicas, que, na verdade, bateram recorde positivo, projeções funestas para economia brasileira não se materializaram; colunistas da mídia familiar como Eliane Cantanhêde e Miriam Leitão erraram todas as suas previsões negativas; economistas como Ilan Goldfajn, do Itaú Unibanco, defenderam o desemprego como instrumento de controle da inflação, mas equipe econômica não acatou sugestão e manteve inflação na meta com regime de pleno emprego; vaticínio de fracasso nas concessões, formulado por André Esteves, do BTG Pactual, também foi desmentido pelos fatos
27 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 20:28
Marco Damiani 247 - Com uma inflação que não deve chegar a 6% em 2013, dentro da meta estabelecida pelo Banco Central de até 6,5%, o ano vai se encerrando sem a crise prognosticada pelos oráculos da mídia familiar, incessantemente, nos últimos doze meses.
Além da taxa de variação de preços sob controle, resultados na geração de empregos e no superávit primário bateram recordes históricos. As vendas do comércio no Natal cresceram pelo 11º ano consecutivo. O índice de confiança empresarial medido pela CNI também registra alta. Além disso, o programa de concessões de setores de infraestrutura à iniciativa privada, como aeroportos, estradas e o campo de Libra, do pré-sal, superaram até mesmo as mais otimistas expectativas do governo – quanto mais aquelas feitas por observadores que apostavam contra o seu sucesso.
Identificada com esses resultados da economia, o que igualmente ocorreria (e até mais acentuadamente) se fossem colhidas decepções, a presidente Dilma Rousseff fecha o ano com a popularidade de seu governo e de si própria em alta. Até mesmo a mídia estrangeira, que pediu em mais de uma edição, por meio da revista The Economist, a cabeça do ministro da Fazenda, Guido Mantega, teve de se dobrar aos fatos.
A mesma Economist, no mês passado, registrou que “finalmente a conjuntura está mudando” para o Brasil, com elogios aos leilões de concessões de infraestrutura. Nesta sexta-feira 27, após mais um leilão bem sucedido para a exploração de uma rodovia federal, o The Wall Street Journal escreveu que Dilma “está em alta”.
Este tipo de autocrítica de quem errou e reconhece o erro não se vê na mídia familiar e tradicional do País. Por aqui, tantas foram as barbeiragens em avaliações e previsões feitas pelos chamados analistas e especialistas, sempre apoiados por economistas considerados de primeira grandeza, que reconhecer os deslizes seria, na prática, um exercício de autoflagelação coletiva.
Capítulo a capítulo, 247 mostra agora o que foi dito e o que, de fato, aconteceu:
1 – O apagão que não houve
O ano de 2013 começou com garantias expressas de figurões da mídia, como a colunista Eliane Cantanhêde, do jornal Folha de S. Paulo, de que o Brasil viveria um apagão de energia. Não adiantou o governo, por meio de ministros, técnicos e da própria presidente Dilma assegurar que os reservatórios estavam no nível de segurança, apesar de baixos. Rebatia-se, com a arrogância típica da antiga grande imprensa, que as autoridades estavam simplesmente mentindo para o público.
O que se viu, no entanto, foi uma grande ‘barriga’ – nome dado a erros crassos de jornalistas – dos articulistas. O apagão não veio, as luzes foram mantidas acesas e só o que começou a piscar foi o prestígio de publicações e escribas em razão das pesadas cargas de desinformação lançadas sobre os leitores.
2. A inflação que não disparou
À medida em que o fantasma do apagão de energia nem saiu do armário, os proclamados especialistas procuraram outra assombração. Nada melhor, àquela altura, para amedrontar o público, do que o dragão da inflação – simbolizado, em capas ridículas de Veja e Época, nas altas sazonais do tomate.
Jogando como se fizessem profecias que se auto realizariam, notáveis como a colunista Miram Leitão, de O Globo, baixaram suas cartas na certeza de que a meta de 6,5% do Banco Central seria estourada logo depois da metade do ano. Litros de tintas e rolos inteiros de papel foram gastos com essas previsões. Num gesto extremo, certo de que as labaredas já começavam a soprar pelas ventas do dragão, o economista-chefe e sócio do banco Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, pediu, em mais de um artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, que as autoridades provocassem o “esfriamento” da economia. Goldfajn deixou claro que, para ele, somente o desemprego poderia frear a demanda e, assim, normalizar os preços dos mais diferentes produtos.
Ninguém na administração federal e na iniciativa privada, para sorte dos trabalhadores empregados, deu ouvidos ao lobby desenvolvido por Goldfajn.
O que se tem agora, quando 2013 chega ao fim, é um recorde histórico na geração de empregos, que foi a maior do País desde 2002. E, ainda, o que há é uma taxa de inflação projetada que não chegará aos 6%, permanecendo abaixo da meta de até 6,5% estabelecida pelo Banco Central.
Esses são fatos que suplantaram os argumentos dos defensores do desemprego como ferramenta anti-inflacionária, como também fez Persio Arida, do BTG Pactual.
3. Os empresários que continuam otimistas
Nos últimos três meses, a moda nas páginas econômicas dos chamados jornalões foi abrir espaço para quem dizia que a paciência dos empresários com o governo federal estava por um triz. Mais especialmente que, num coletivo organizado e furioso, os capitães da indústria, do comércio e dos serviços estariam irritados e distantes da presidente Dilma.
Neste final de ano, porém, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou otimismo para 2014. Em diferentes manifestações, empresários demonstraram que não tinham problemas de relacionamento com Dilma ou agentes do governo. Benjamin Steinbruch, da CSN, ao longo do ano, e Abílio Diniz, da BRF Foods, na semana passada, jogaram água fria nos vitupérios pessimistas, garantindo que, na indústria, o nível de reclamação sobre o governo nem de longe é o sonhado pela oposição.
4. Concessões foram um sucesso
Em meados do ano, o banqueiro carioca André Esteves, do BTG Pactual, ganhou o espaço nobre de entrevistas da revista Veja para dizer que estava impossível “vender” o Brasil a investidores internacionais. Após dizer, no curso do governo Lula, que o Brasil vivia seu melhor momento em 500 anos de história, Esteves, um dos homens mais ricos do País, reclamava da vida e, em particular, dos leilões de concessão de infraestrutura então em montagem pelo governo. Na sequência dessa ação de anti-propaganda, outro sócio de Esteves, o ex-Vale Roger Agnelli, também foi aos microfones à disposição para atacar o novo marco regulatório do setor de mineração.
Ambos caíram no vazio. Depois do ping-pong de Esteves, o que se viu foi o espetáculo dos leilões de concessões acontecer de maneira transparente – e fulgurante – diante do público. A partir da batida do martelo do campo de Libra, do pré-sal, em outubro, que resultou em bônus de R$ 15 bilhões para o caixa do governo, a administração federal leiloou aeroportos e estradas com forte rebaixamento de pedágios e altos pagamentos pela exploração dos equipamentos. Caiu por terra todo o mau agouro dos que apostavam no fracasso. Como disse o Wall Street Journal, em razão do bem sucedido programa de concessões, a presidente Dilma fecha 2013 “em alta”.
5. Superávit é recorde em 2013
Como todas as apostas em assuntos comezinhos da economia haviam fracassado, os arautos do caos passaram a pregar que um importante pilar macroeconômico estava corroído. De acordo com esses ‘analistas’, as contas públicas mergulhariam, em 2013, num rombo de profundidade assustadora. Tão fundo e tão escuro, que seria capaz de tragar para dentro de si todos os resultados favoráveis conquistados contra a inflação e a favor do crescimento sustentado do País.
Outra vez, porém, ficou claro que o papel aceita tudo, inclusive a veiculação da desinformação. Números oficiais divulgados nesta sexta-feira 27 pelo Ministério da Fazenda mostram que o superávit primário (que mede receitas menos despesas, antes dos gastos com juros) alcançou R$ 28,8 bilhões em novembro, chegando a um saldo acumulado no ano de R$ 62,4 bilhões. Com as projeções para dezembro, as contas públicas fecharão no azul acima da meta de R$ 73 bilhões, estabelecida pelo governo. Mais esta vez, quem jogou contra a banca do ministro Guido Mantega se deu mal.
6. Tempestade perfeita já se dissipa
Mesmo com os fracassos de previsões conservadoras sucedendo-se um a um ao longo do ano, houve ainda quem, nas últimas semanas, jogasse suas fichas no seguinte ponto: ok, 2013 passou, mas esperem para ver o tamanho da encrenca que nos aguarda em 2014.
O articulista Demétrio Magnolli, um ex-esquerdista que caiu nas graças da mídia familiar, resgatou a expressão Tempestade Perfeita para, nas páginas do quatrocentão O Estado de S. Paulo, procurar disseminar o medo sobre o futuro próximo. O problema, para ele, é que seu vaticínio às avessas não colou nem apenas por alguns dias.
O professor Delfim Netto, um dos economistas mais respeitados do País à direita e à esquerda, repôs a discussão em seu lugar correto ao afirmar, em artigo no jornal Valor Econômico, que o governo, por meio de ações críveis à sociedade e aos investidores, continua tendo todas as condições para conduzir sem sobressaltos a economia brasileira no próximo ano. Para Delfim, não há nenhuma tempestade, nem perfeita nem mais que perfeita, no horizonte. Para corroborar essa avaliação, o Fed avalia que a economia dos Estados Unidos já apresenta fortes sinais de recuperação, o que tiraria do céu de qualquer temporal sua nuvem mais importante. Quem vê a economia global sem paixões ideológicas enxerga até chuvas e garoas para 2014, mas nenhuma tempestade perfeita está no radar de organismos como a União Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.
Em 2014, muitos outros capítulos da história econômica contemporânea do Brasil serão escritos. O que se espera é que com mais sustentação na realidade. A ficção, afinal, é para literatos.
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/125225/Terroristas-econ%C3%B4micos-perderam-apostas-em-2013.htm
COLLOR AO 247: "SEGUNDO TURNO, SÓ COM BARBOSA"
Em entrevista exclusiva ao 247, o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) analisa o quadro político e afirma que não há dúvida alguma sobre a releeição da presidente Dilma; "a única questão é saber se haverá ou não segundo turno e só Joaquim Barbosa pode provocá-lo"; segundo Collor, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) já "bateu no teto" e o governador pernambucano Eduardo Campos, do PSB, teria "fôlego curto"; em Alagoas, ele articula um megapalanque de 17 partidos em apoio à reeleição de Dilma e condena os que apostaram no fiasco econômico; "fizeram um ataque especulativo burro contra o governo"; ele afirma ainda que, em Alagoas, o caminho natural é a candidatura do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao governo e sua ao Senado
27 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 15:39
Alagoas 247 – Em nenhum estado da Federação, a presidente Dilma Rousseff encontrará condições tão favoráveis à sua reeleição como em Alagoas. A avaliação é feita pelo ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL). "Aqui, uma frente de 17 partidos apoiará a reeleição", disse ele ao 247, em entrevista exclusiva. Esse acordo começou a ser costurado na semana passada, num almoço de comemoração do aniversário do ex-governador Ronaldo Lessa, do PDT. "Em vários estados, estamos vendo dificuldades na relação entre o PT e seus aliados, especialmente com o PMDB. Aqui, há uma grande chance de que nada disso aconteça".
Collor, no entanto, afirma que tudo dependerá da decisão do atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Caso Renan decida se lançar ao governo de Alagoas, haverá consenso entre os 17 partidos em torno da sua candidatura", disse ele. "Caso contrário, tudo terá que ser rediscutido". Na composição que vem sendo montada no estado, Renan iria para o governo, o vice seria indicado pelo PT e ele, Collor, completaria a chapa, concorrendo para o Senado. "A bola está com o Renan."
O ex-presidente afirma que esse acordo é importante para a reeleição de Dilma, porque a frente de 17 partidos também marcaria uma posição contra o governo de Teotônio Villela, do PSDB. "Em 2002, Lula perdeu para o José Serra em Alagoas. Em 2006, perdeu novamente para o Geraldo Alckmin. Só em 2010, quando houve uma frente forte de partidos em apoio à presidente Dilma, é que foi possível vencer no estado".
Segundo Collor, Dilma teria, hoje, mais de 60% das intenções de voto em Alagoas. "A situação no Norte e no Nordeste é bem mais confortável do que no Centro-Sul", afirma. Ainda assim, ele afirma que ela será reeleita. "Sobre isso, não há dúvida. A única questão que permanece é saber se haverá ou não segundo turno".
O único personagem capaz de provocar um segundo turno, na visão de Collor, é o atual presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. "O senador Aécio já bateu no teto. E a candidatura do Eduardo Campos, mesmo com a Marina, tem fôlego curto", afirma. Ou seja: a oposição precisaria urgentemente dos 15% de Joaquim Barbosa no Datafolha para produzir um segundo turno – onde, segundo Collor, seria novamente derrotada para o PT.
Além das condições objetivas que favorecem a reeleição, Collor afirma que Dilma merece um segundo mandato. "Todos que apostaram contra estão perdendo", afirma. "E o ataque especulativo contra a economia brasileira foi uma operação burra", afirma. "Que sentido há em atacar uma economia que tem US$ 350 bilhões em reservas?"
Sobre sua relação amistosa e de aliança com o PT, derrotado por ele, em 1989, Collor afirma que foi uma evolução natural. "Desde que voltei ao Senado, me posicionei de maneira muito clara em apoio ao então presidente Lula e, depois, à Dilma", afirma. "Nada mais natural do que, agora, apoiar sua reeleição e promover uma mudança que pode gerar um novo momento em Alagoas."
FOI O MELHOR NATAL DA HISTÓRIA, MAS A MÍDIA DIZ QUE FOI O PIOR
EDUARDO GUIMARÃES
Como a cada ano da última década as vendas de Natal sempre superaram as do ano anterior – e como neste ano não foi diferente –, o dado concreto é o de que 2013 teve o melhor Natal da história do país
Nunca antes na história deste país o comércio vendeu tanto quanto no Natal de 2013. Os shoppings e as ruas de comércio foram ocupados por verdadeiras massas humanas. Encontrar vagas nos estacionamentos foi praticamente impossível. As filas para pagar pelas compras foram quilométricas. A avidez do consumidor brasileiro continua crescendo sem parar.
Apesar do que todos os que saíram para comprar sentiram – e comentaram entre si enquanto esperavam nas lojas para ser atendidos ou para pagar pelas compras –, os grandes meios de comunicação, no primeiro dia útil após o Natal, elaboraram manchetes que induzem o público a crer que o país está terminando 2013 a pão e água.
Como todos neste país, o blogueiro também foi às compras. Enquanto tentava “laçar” um vendedor para atendê-lo ou enquanto mofava nas imensas filas que se formaram nos caixas, ouviu várias vezes uma frase que você, leitor, também deve ter ouvido: “Isso é porque estamos em crise”.
A frase em questão quer dizer que, apesar de vermos a mídia alardear diariamente que o país está empobrecido, endividado e estagnado, o que o cidadão comum percebe em seu dia a dia é que todos estamos com o poder aquisitivo nos píncaros da glória e que o problema, na verdade, parece ser falta de oferta de produtos e mais lugares para comprar.
Não foi por outra razão que, segundo o jornal Folha de São Paulo, ao longo de 2013 foram inaugurados nada mais, nada menos do que 38 novos shoppings contra 27 em 2012.
O site Brasil Econômico mostra que o faturamento desses centros de compras também cresceu bem em 2013. Em 2012, os shoppings faturaram R$ 119,5 bilhões e, em 2013, R$ 132,8 bilhões, um crescimento de 6,95% deste ano para o ano passado contra um crescimento de 10,65% de 2011 para 2012.
Esse dado desmascara a pegadinha armada pela mídia de oposição ao governo federal, que distorceu os dados descaradamente para tentar enganar aqueles brasileiros que foram às compras alucinadamente, brandindo seus cartões de crédito e débito na esperança de atrair algum vendedor nas lojas de comércio lotadas.
Matéria de capa da Folha de São Paulo de 3ª feira (27 de dezembro) diz que “(…) Vendas de shopping ficam estáveis sem levar em conta os novos empreendimentos (…)”. Com base nessa manobra, o jornal excluiu da conta os 38 novos shoppings de 2013 sem excluir os 27 novos shoppings de 2012 para, ao fim, concluir que o crescimento nas vendas foi de “apenas” 2,7%.
Como a cada ano da última década as vendas de Natal sempre superaram as do ano anterior – e como neste ano não foi diferente –, o dado concreto é o de que 2013 teve o melhor Natal da história do país.
Em 500 anos, o comércio brasileiro nunca vendeu tanto nesta época do ano. Mas a tramoia midiática vendeu um crescimento menor nas vendas como sendo “o pior Natal em 11 anos” quando o correto seria dizer que as vendas não cresceram em 2013 tanto quanto cresceram nos anos anteriores, mas que continuam crescendo.
O mais ridículo em tudo isso, porém, está sendo a avaliação de que teria se “esgotado” o modelo econômico baseado no crescimento do consumo, o que não passa de uma invenção, pois o modelo de crescimento do Brasil é baseado na inclusão no mercado de consumo, sendo este apenas uma decorrência daquele.
Segundo a mídia, o Brasil não tem mais para onde crescer com base na entrada de consumidores no mercado. É uma sandice tão grande que se chega a duvidar que tenha sido dita. Como é possível que um país com tanta gente que não consegue consumir mais do que o básico não tenha mais como crescer incluindo quem ainda não pode consumir?
Se isso fosse verdade, significaria que o Brasil acabou com a pobreza e com a miséria, o que, infelizmente, está longe de ser verdade, apesar da forte inclusão dos mais pobres no mercado de consumo de massas que os governos petistas começaram a construir ao longo da última década e que, por certo, está longe de ter chegado ao ponto ideal.