DILMA: BRASIL TEM COMPROMISSO COM SOLIDEZ FISCAL
“Estamos comprometidos desde o início do governo em avançar num novo ciclo de investimentos. Para nós, isso significa fundamentalmente investimentos em infraestrutura, educação e inovação. E, no caso do Brasil, especificamente, significa um grande esforço em superar a burocracia”, disse Dilma aos empresários europeus, durante a abertura do 7º Encontro Empresarial Brasil-União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica
24 DE FEVEREIRO DE 2014 ÀS 13:58
Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil
Durante a abertura do 7º Encontro Empresarial Brasil-União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje (24) que seu governo está comprometido com a solidez fiscal e com a superação da burocracia que caracteriza parte do Estado brasileiro e dificulta o maior crescimento da economia. A presidenta também ressaltou o esforço do país em melhorar a infraestrutura, capacitar mão de obra e investir em inovação.
“Estamos comprometidos desde o início do governo em avançar num novo ciclo de investimentos. Para nós, isso significa fundamentalmente investimentos em infraestrutura, educação e inovação. E, no caso do Brasil, especificamente, significa um grande esforço em superar a burocracia”, disse Dilma aos empresários europeus.
A presidenta ressaltou que o governo tem feito importantes parcerias com o setor privado para melhorias nas áreas prioritárias de investimento. Ela destacou também a participação de empresas europeias no programa de concessões de aeroportos e do setor de energia. “Nosso objetivo nesse programa de concessões é superar uma parte do gargalo da nossa economia em termos de competitividade, que é a questão do investimento em infraestrutura.”
Dilma chamou a atenção às oportunidades que surgem para investimentos na área de transporte de massa em várias cidades brasileiras que começam a aplicar recursos na construção e ampliação de metrô e veículos leves sobre trilhos (VLT). “Tem uma demanda imensa por bens e serviços nessa área.”
A presidenta disse que a retomada dos investimentos em infraestrutura no país mostraram também a necessidade de treinamento de trabalhadores. Em muitos casos, há escassez de mão de obra de qualidade. Dilma informou que investimentos maciços em educação serão possíveis com os recursos provenientes dos royalties do petróleo, além de outras medidas para democratizar o acesso a informação, como a popularização da banda larga de internet no país.
Em relação à economia, Dilma disse que seu governo tem perseguido a redução da desigualdade sem abandonar a responsabilidade fiscal. Ela ressaltou que o país tem mais de US$ 370 bilhões em reservas e reduziu a dívida pública de 42% para 34% do Produto Interno Bruto (PIB) e a dívida bruta de 60,9% para 58,5% do PIB, além de se comprometer com superávit fiscal de 1,9% do PIB em 2014.
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/131264/Dilma-Brasil-tem-compromisso-com-solidez-fiscal.htm
O CAOS FABRICADO E O BRASIL REAL
NEWTON LIMA
Não é por acaso que a presidenta lidera as intenções de voto. É porque existe um reconhecimento de que o país melhorou, e muito
Os números voltam a falar por si. Depois do fracasso da 'guerra psicológica' deflagrada por setores da oposição e da mídia conservadora, que pretendia anunciar – e celebrar – o virtual colapso da economia brasileira, recebemos os resultados da última pesquisa eleitoral, feita pelo instituto MDA sob encomenda da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Mesmo com toda a barragem de críticas ao governo, a presidenta Dilma Rousseff aparece como vencedora já no 1º turno.
É claro que parte da grande mídia leu a pesquisa pelo viés do 'copo vazio', a pequena queda na avaliação do governo, e não pelo 'copo cheio' – a vitória de Dilma no 1º turno em todos os cenários possíveis. Ela teria 43,7% das intenções de votos, contra 17% de Aécio Neves e 9,9% de Eduardo Campos. No cenário em que Marina Silva substitui Campos, Dilma aparece com 40,7%, Marina 20,6% e Aécio 15,1%. E, num eventual segundo turno, a pesquisa indica que a presidenta seria reeleita contra qualquer adversário.
A avaliação positiva do governo, que era de 39% em novembro, caiu para 36,4%. Porém, é preciso considerar que a margem de erro da pesquisa é de 2,2%, o que alteraria o resultado da avaliação positiva, mas não as intenções de votos. Por outro lado, a aprovação pessoal da presidenta é de 55%. A fotografia eleitoral do momento mostra o favoritismo da presidenta Dilma, mas parte da mídia quer tratá-lo como adverso ou subordinado a algum acontecimento futuro. Pelo jeito, faz parte da estratégia da 'guerra psicológica'.
O fato é que o governo da presidenta Dilma, formado por uma aliança de vários partidos, tem o apoio da maioria dos brasileiros. E, para azar da oposição, a legitimidade do governo não apenas vem dos programas de inclusão social, como o Bolsa-Família – um dos orgulhos do PT e que agora o PSDB tenta faturar ao transformar em lei –, mas de uma cada vez mais forte classe média.
Uma pesquisa feita pelo Serasa e divulgada na terça-feira (18) mostra que se a classe média brasileira formasse um país, este seria o 12º do mundo em população (108 milhões de pessoas) e o 18º em consumo, com gastos de R$ 1,17 trilhão, o que representa 58% do crédito no Brasil. Este país pertenceria ao G20 (Grupo dos 20). Segundo esta pesquisa, a classe C representa hoje 54% da população brasileira e, em 2023, deve chegar a 58%, ou 125 milhões de pessoas. Considera-se da classe C as famílias com renda mensal per capita entre R$ 320,00 e R$ 1.120,00.
Portanto, não é por acaso que a presidenta lidera as intenções de voto. É porque existe um reconhecimento de que o país melhorou, e muito. Também não diz nada uma pequena queda na avaliação positiva do governo; as pessoas ficam mais exigentes e querem ainda mais qualidade de vida. Nada mais justo. Mas, muito diferente dessa justa reivindicação, é a ideia – martelada diuturnamente na mídia – de que o país está à beira do abismo, que a inflação vai disparar, que a indústria nacional vai quebrar e até que a Copa do Mundo será um fiasco.
Ao contrário do que dizem esses pregoeiros do caos, o país vive um crescimento sustentável. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi enfático, durante coletiva para imprensa nesta semana, ao discordar dos estudos que colocam o Brasil entre as economias mais vulneráveis. Segundo ele, apesar da crise internacional, que ocasionou queda nas bolsas e desvalorização de moedas, os números mostram que estamos preparados para enfrentar essa turbulência. Ele citou os US$ 376 bilhões em reservas internacionais, a quinta maior do mundo; a menor dívida externa em curto prazo; a estabilidade do real nos últimos seis meses, com valorização de 0,75%; e o fato de que o Brasil foi o quinto país que mais atraiu Investimento Externo Direto, respondendo por 4,4% do total.
A presidenta Dilma sabe que ainda há muito por fazer e que a cidadania está cada vez mais exigente. Ela demonstrou sensibilidade de estadista ao ouvir as vozes das ruas; foi a primeira a dar uma rápida resposta à sociedade ao reunir, no dia 24 de junho de 2013, todos os governadores e prefeitos de capitais para anunciar cinco pactos: responsabilidade fiscal, reforma política, saúde, mobilidade urbana e educação. Por tudo isso, os mercadores do apocalipse, por mais que se esforcem, não conseguirão enganar o povo brasileiro, que está cada vez mais cioso de seus direitos.