DILMA: “NOSSOS GOVERNOS REERGUERAM A PETROBRAS”
Em longo discurso em defesa da estatal, presidente afirmou que a "Petrobras é a maior e mais bem sucedida empresa brasileira", além da maior investidora em prospecção de petróleo no mundo; depois de lembrar que a empresa quase chegou a ser privatizada e ter seu nome alterado para Petrobrax, tirando a identidade do Brasil, Dilma Rousseff afirmou que está errado quando alguns dizem que ela está perdendo valor de mercado: "manipulam dados, distorcem análises"; segundo Dilma, "o que tiver que ser apurado, vai se apurado, e punido também com o máximo de rigor"
14 DE ABRIL DE 2014 ÀS 13:58
247 – Em um longo e duro discurso em defesa da Petrobras, a presidente Dilma Rousseff prometeu nesta segunda-feira, em Pernambuco, rigor na investigação de denúncias que envolvem a empresa e a punição dos culpados. Mas ressaltou que não permitirá que fatos isolados prejudiquem a imagem da estatal, que definiu como "a maior e mais bem sucedida empresa brasileira". A presidente participou hoje de cerimônia alusiva à viagem inaugural do navio Dragão do Mar e do batismo do navio Henrique Dias, no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca.
"Nós, com determinação, estamos aqui nos comprometendo a cada dia, que o que tiver que ser apurado, vai se apurado com o máximo de rigor, e punido também com o máximo de rigor", declarou Dilma, na primeira aparição pública ao lado da presidente da Petrobras, Graça Foster, desde a onda de denúncias contra a empresa. A Petrobras é alvo de quatro pedidos de CPI no Congresso.
A presidente afirmou que nós, como brasileiros, "não podemos permitir que se utilizem ações individuais e pontuais, mesmo que graves, para tentar destruir a imagem de nossa maior empresa, nossa empresa mãe, ou confundir quem trabalha a favor e quem trabalha contra a Petrobras". Dilma lembrou a existência de auditorias e programas internos de prevenção à corrupção na empresa, além de investigações em órgãos como a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal.
Num ataque à oposição, que defende a investigação contra a Petrobras e critica diariamente a gestão da empresa, Dilma afirmou, em seu discurso aos petroleiros, que mentem ao dizer que a empresa perdeu valor de mercado, recordando que, "ao contrário do passado, a Petrobras é hoje a empresa que mais investe no Brasil: foram US$ 306 bilhões de 2003 a 2013".
"Está errado quando alguns dizem que a Petrobras está perdendo valor de mercado. Manipulam dados, distorcem análises, desconhecem deliberadamente o setor do petróleo. Escondem, por exemplo, que em 2003, no início do governo Lula, ela valia, no mercado, R$ 15,5 bilhões, e hoje, mesmo com toda a crise internacional, com todos os problemas a ela ligados, e questões relativos e conjunturais da bolsa, o valor chega a R$ 98 bilhões".
A presidente também fez referência à época em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tentou privatizar a Petrobras. "A história da Petrobras e do petróleo aqui no Brasil tem sido cercada de muitos desafios, confusões e até mesmo de armadilhas. De forma muito sorrateira, prepararam todo um processo que, se não interrompido, acabaria por conduzi-la fatalmente a mãos privadas".
Dilma mencionou ainda a tentativa dos tucanos de mudar o nome da estatal para Petrobrax, mudando "a sigla que é a nossa identidade, a nossa nacionalidade, que é Bras, de Brasil". De acordo com a presidente, "com o apoio de todas as pessoas, a Petrobras resistiu a todas as tentativas de reduzi-la, privatizá-la. As tentativas de sucateamento deixaram marcas profundas, mas temporárias". Após a crítica, a presidente afirmou que seu governo e o do ex-presidente Lula "reergueram a Petrobras".
O discurso foi concluído com uma promessa, que ao mesmo tempo serviu de provocação aos adversários: "não ouvirei calada a campanha negativa daqueles que, por proveito político, não hesitam em ferir a imagem da empresa".
Confira os principais trechos do discurso de Dilma Rousseff em Ipojuca:
"Quero dirigir a vocês, chamando a cada um de vencedor, vencedor, quero chamar a cada um dos funcionários aqui presentes de vencedores. Vocês são, de fato, vencedores, porque fazem parte de uma empresa vencedora, que nada nem ninguém vai conseguir destruir no nosso país. Nós sabemos que a Petrobras é a maior e mais bem-sucedida empresa brasileira, ela é a maior empresa deste país, e esse título dificilmente alguém irá tomar da Petrobras.
A Petrobras deve isso aos milhares de homens e mulheres que integram a Petrobras, integram também seus fornecedores, integram os estaleiros, enfim, devem isso a todos vocês, mas devem isso também ao apoio do povo brasileiro, que ao longo da sua história, sempre se orgulhou e lutou pela Petrobras. Mais do que uma empresa, a Petrobras é, portanto, um símbolo, um símbolo da luta do nosso povo, da afirmação do nosso país, e um dos maiores patrimônios de cada um dos 200 milhões de brasileiros que integram a nossa população.
Por isso, a Petrobras jamais vai se confundir com qualquer malfeito, com corrupção ou qualquer ação indevida de quaisquer pessoas das mais graduadas às menos graduadas. Nós, com determinação, estamos aqui nos comprometendo a cada dia que passa que o que tiver de ser apurado vai ser apurado com o máximo de rigor, o que tiver de ser punido vai ser punido também com o máximo de rigor. É importante que vocês saibam que a auditoria da Petrobras, junto com o seu programa de prevenção à corrupção, as comissões de apuração, são os mais eficazes mecanismos de controle e fiscalização internos. E que os órgãos de controle e fiscalização, o Poder Judiciário, o Ministério Público, mas, sobretudo, a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União, que são órgãos do governo federal, estarão sempre atentos para realizar a fiscalização e os controles externos.
Não podemos permitir, é bom dizer isso, como brasileiros que amam e defendem este país, que se utilizem ações individuais e pontuais, mesmo que graves, para tentar destruir a imagem de nossa maior empresa, a nossa empresa-mãe, ou para tentar confundir quem de fato trabalha a favor e quem trabalha contra a Petrobras. A história da Petrobras e da exploração do petróleo em nosso país, aqui no Brasil, ela tem sido cercada de muitos desafios, ela tem sido cercada de confusões, e até mesmo de armadilhas.
Primeiro, lá no início, chegaram dizer que não, nós não tínhamos petróleo, que não havia petróleo no Brasil. Ironicamente, anos depois, diziam que havia petróleo demais, riqueza demais e que, por isso, toda essa riqueza não podia ficar nas mãos de uma empresa pública, ou seja, nas mãos do povo brasileiro. De forma muito sorrateira, prepararam todo um processo que, se não interrompido, acabaria por conduzi-la fatalmente a mãos privadas. De tão requintado esse processo, chegou a fazer parte desse processo até a troca do nome, que seria Petrobrax, sonegando à Petrobras a sílaba que é a nossa identidade e a nossa nacionalidade, "bras" de Brasil.
Com o apoio de todas as pessoas, a Petrobras resistiu bravamente às tentativas de desvirtuá-la, reduzi-la e privatizá-la. Mas as tentativas de sucateamento deixaram marcas profundas, mas temporárias, não apenas na Petrobras, mas em toda a cadeia do petróleo que sustentava milhares de empresas nacionais, inclusive a indústria naval. Por anos seguidos, o favorecimento à importação de navios e plataformas, a falta de planejamento e a ausência de uma política de conteúdo nacional trouxeram sérios problemas para os fornecedores nacionais.
A redução dos investimentos em geral, em especial em tecnologia, a baixa valorização e a renovação do capital humano corroeram essa grande empresa. Mas ela teve força para resistir, como também soube adaptar-se com êxito à lei número 9.478 de 1997, que introduziu no Brasil o modelo de exploração por concessão, modelo justificável, onde o risco era e é muito elevado e ninguém sabe quanto petróleo vai achar. Graças ao pré-sal e à determinação política dos governantes deste país – eu me refiro ao presidente Lula e ao meu governo –, e também à toda a sustentação obtivemos no Congresso Nacional, com os senadores e os deputados, nós aprovamos em 2010 e implantamos em 2013, o modelo de partilha. Modelo de partilha que nos dá maior controle sobre nossa riqueza e melhor uso social dos recursos do petróleo, porque estamos priorizando a educação dos brasileiros.
O modelo de partilha é fundamental no pré-sal, porque lá no pré-sal o risco é muito reduzido, e sabemos que os volumes são muito elevados, e o petróleo é de muito boa qualidade. Daí a importância da partilha do petróleo, garantindo ao país a maior parte da riqueza do pré-sal. Fato muito relevante é que a nova lei que criou o regime de partilha para o pré-sal estabeleceu que a Petrobras deve ser a operadora desses megacampos, com uma participação de, no mínimo, 30%. Isso vai significar, no médio prazo, o fortalecimento da Petrobras em níveis jamais alcançados. Isso vai significar também uma demanda constante para a indústria naval, para esse estaleiro e todos os outros, garantindo a sustentabilidade, a perenidade dos empregos aqui criados.
Por isso, meus amigos e minhas amigas, está errado quando alguns dizem que a Petrobras está perdendo valor e importância no Brasil. Manipulam os dados, distorcem análises, desconhecem deliberadamente a realidade do mercado mundial de petróleo para transformar eventuais problemas conjunturais de mercado em supostos fatos irreversíveis e definitivos. Escondem, por exemplo, que em 2003, no início do Lula, a Petrobras valia apenas no mercado, porque ela sempre vai valer mais do que o mercado, mas naquela época valia no mercado R$ 15,5 bilhões. E hoje, mesmo com toda a crise internacional, mesmo com todos os problemas a elas ligados e as questões relativas e conjunturais da Bolsa, o valor de mercado da Petrobras chega a R$ 98 bilhões.
Ao contrário do passado, a Petrobras é hoje a empresa que mais investe no Brasil. Foram 306 bilhões de reais, aliás, de dólares, de 2003 a 2013, sendo que o ano passado chegou a 48 bilhões de dólares. É importante lembrar que em 2002, foram investidos apenas 6,6 bilhões de dólares. Isso significa que nesse período nós multiplicamos por seis o investimento na Petrobrás. O lucro líquido da Petrobrás também mudou de patamar. Passou, e aí está em reais, de 8,1 bilhões para 23,6 bilhões de reais.
Estas e outras conquistas provam que os nossos governos, o meu e o do presidente Lula, reergueram a Petrobras. Reconstituímos o seu programa de investimentos, valorizamos e aperfeiçoamos seu quadro de funcionários. Foi assim que a empresa se transformou na que mais investe em prospecção de petróleo no mundo e que tem mais expertise na prospecção em águas profundas e ultra-profundas. Foi por isso que descobrimos os megacampos do pré-sal, que mudou o nosso cenário petrolífero e vai ajudar a mudar, com eu disse, a qualidade da educação, porque os recursos dos royalties e 50% do fundo social do pré-sal vão para a educação, da creche à pós-graduação, o que vai levar o nosso povo a um outro patamar de desenvolvimento. E nós aqui estamos e sabemos que o fortalecimento da Petrobrás revolucionou a indústria naval brasileira.
Nós já dissemos aqui o quanto os empregos aumentaram. A previsão para 2017 é que, dos quase 80 mil que gera hoje, nós bateremos 100 mil empregos gerados na indústria de fornecedores, e entre [20]14 e [20]15, nós geraremos mais 17 mil empregos. E nós podemos também medir a Petrobras pela sua força, tanto em terra quanto no mar. Nós hoje temos em operação, para vocês terem uma ideia, 133 plataformas, 41 sondas de perfuração e 361 barcos de apoio. Muito mais virão, como disse a presidente da Petrobras aqui.
Em 2014, só em 2014, estão em construção 18 plataformas nos estaleiros e canteiros espalhados pelo Brasil, 28 sondas de perfuração, 43 navios-tanque para óleo, gás e refinados. Graças ao fortalecimento dessa empresa as nossas reservas chegaram a 16,6 bilhões de barris de óleo equivalente, e a relação entre a produção, o óleo existente e a produção, chegou a ser de 19 anos, enquanto nas grandes empresas e de 12 a 16. É uma coisa muito importante: o índice de sucesso. Em geral é 75, no pré-sal é de 100%. O índice de sucesso é aquele que faz com que você, ao furar, ache petróleo.
Por último um dado que fala por si mesmo. Entre 2003 e 2013, a produção de petróleo, Brasil e exterior, cresceu 21%, mais de 358 mil barris/dia, enquanto nesse mesmo período as outras petroleiras gigantes reduziram a sua produção em 15%, menos 338 mil barris.
Finalmente, minhas queridas amigas e amigos aqui presentes, como presidenta mas, sobretudo, como brasileira, eu defenderei, em quaisquer circunstâncias e com todas as minhas forças a Petrobras. Não transigirei em combater todo tipo de malfeito, ação criminosa, tráfico de influência, corrupção ou ilícito de qualquer espécie, seja ele cometido por quem quer que seja. Mas, igualmente, não ouvirei calada a campanha negativa dos que, por proveito político, não hesitam em ferir a imagem desta empresa que o nosso povo construiu com tanto suor e lágrimas, apesar da galera mangar, com as mãos encharcadinhas de óleo, mas também de muita esperança.
Quero concluir afirmando um princípio no qual eu acredito e que, tenho certeza, vocês também acreditam: a Petrobras é maior do que qualquer um de nós. A Petrobras tem o tamanho do Brasil".
http://www.brasil247.com/pt/247/pernambuco247/136752/Dilma-%E2%80%9Cnossos-governos-reergueram-a-Petrobras%E2%80%9D.htm
Em longo discurso em defesa da estatal, presidente afirmou que a "Petrobras é a maior e mais bem sucedida empresa brasileira", além da maior investidora em prospecção de petróleo no mundo; depois de lembrar que a empresa quase chegou a ser privatizada e ter seu nome alterado para Petrobrax, tirando a identidade do Brasil, Dilma Rousseff afirmou que está errado quando alguns dizem que ela está perdendo valor de mercado: "manipulam dados, distorcem análises"; segundo Dilma, "o que tiver que ser apurado, vai se apurado, e punido também com o máximo de rigor"
14 DE ABRIL DE 2014 ÀS 13:58
247 – Em um longo e duro discurso em defesa da Petrobras, a presidente Dilma Rousseff prometeu nesta segunda-feira, em Pernambuco, rigor na investigação de denúncias que envolvem a empresa e a punição dos culpados. Mas ressaltou que não permitirá que fatos isolados prejudiquem a imagem da estatal, que definiu como "a maior e mais bem sucedida empresa brasileira". A presidente participou hoje de cerimônia alusiva à viagem inaugural do navio Dragão do Mar e do batismo do navio Henrique Dias, no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca.
"Nós, com determinação, estamos aqui nos comprometendo a cada dia, que o que tiver que ser apurado, vai se apurado com o máximo de rigor, e punido também com o máximo de rigor", declarou Dilma, na primeira aparição pública ao lado da presidente da Petrobras, Graça Foster, desde a onda de denúncias contra a empresa. A Petrobras é alvo de quatro pedidos de CPI no Congresso.
A presidente afirmou que nós, como brasileiros, "não podemos permitir que se utilizem ações individuais e pontuais, mesmo que graves, para tentar destruir a imagem de nossa maior empresa, nossa empresa mãe, ou confundir quem trabalha a favor e quem trabalha contra a Petrobras". Dilma lembrou a existência de auditorias e programas internos de prevenção à corrupção na empresa, além de investigações em órgãos como a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal.
Num ataque à oposição, que defende a investigação contra a Petrobras e critica diariamente a gestão da empresa, Dilma afirmou, em seu discurso aos petroleiros, que mentem ao dizer que a empresa perdeu valor de mercado, recordando que, "ao contrário do passado, a Petrobras é hoje a empresa que mais investe no Brasil: foram US$ 306 bilhões de 2003 a 2013".
"Está errado quando alguns dizem que a Petrobras está perdendo valor de mercado. Manipulam dados, distorcem análises, desconhecem deliberadamente o setor do petróleo. Escondem, por exemplo, que em 2003, no início do governo Lula, ela valia, no mercado, R$ 15,5 bilhões, e hoje, mesmo com toda a crise internacional, com todos os problemas a ela ligados, e questões relativos e conjunturais da bolsa, o valor chega a R$ 98 bilhões".
A presidente também fez referência à época em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tentou privatizar a Petrobras. "A história da Petrobras e do petróleo aqui no Brasil tem sido cercada de muitos desafios, confusões e até mesmo de armadilhas. De forma muito sorrateira, prepararam todo um processo que, se não interrompido, acabaria por conduzi-la fatalmente a mãos privadas".
Dilma mencionou ainda a tentativa dos tucanos de mudar o nome da estatal para Petrobrax, mudando "a sigla que é a nossa identidade, a nossa nacionalidade, que é Bras, de Brasil". De acordo com a presidente, "com o apoio de todas as pessoas, a Petrobras resistiu a todas as tentativas de reduzi-la, privatizá-la. As tentativas de sucateamento deixaram marcas profundas, mas temporárias". Após a crítica, a presidente afirmou que seu governo e o do ex-presidente Lula "reergueram a Petrobras".
O discurso foi concluído com uma promessa, que ao mesmo tempo serviu de provocação aos adversários: "não ouvirei calada a campanha negativa daqueles que, por proveito político, não hesitam em ferir a imagem da empresa".
Confira os principais trechos do discurso de Dilma Rousseff em Ipojuca:
"Quero dirigir a vocês, chamando a cada um de vencedor, vencedor, quero chamar a cada um dos funcionários aqui presentes de vencedores. Vocês são, de fato, vencedores, porque fazem parte de uma empresa vencedora, que nada nem ninguém vai conseguir destruir no nosso país. Nós sabemos que a Petrobras é a maior e mais bem-sucedida empresa brasileira, ela é a maior empresa deste país, e esse título dificilmente alguém irá tomar da Petrobras.
A Petrobras deve isso aos milhares de homens e mulheres que integram a Petrobras, integram também seus fornecedores, integram os estaleiros, enfim, devem isso a todos vocês, mas devem isso também ao apoio do povo brasileiro, que ao longo da sua história, sempre se orgulhou e lutou pela Petrobras. Mais do que uma empresa, a Petrobras é, portanto, um símbolo, um símbolo da luta do nosso povo, da afirmação do nosso país, e um dos maiores patrimônios de cada um dos 200 milhões de brasileiros que integram a nossa população.
Por isso, a Petrobras jamais vai se confundir com qualquer malfeito, com corrupção ou qualquer ação indevida de quaisquer pessoas das mais graduadas às menos graduadas. Nós, com determinação, estamos aqui nos comprometendo a cada dia que passa que o que tiver de ser apurado vai ser apurado com o máximo de rigor, o que tiver de ser punido vai ser punido também com o máximo de rigor. É importante que vocês saibam que a auditoria da Petrobras, junto com o seu programa de prevenção à corrupção, as comissões de apuração, são os mais eficazes mecanismos de controle e fiscalização internos. E que os órgãos de controle e fiscalização, o Poder Judiciário, o Ministério Público, mas, sobretudo, a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União, que são órgãos do governo federal, estarão sempre atentos para realizar a fiscalização e os controles externos.
Não podemos permitir, é bom dizer isso, como brasileiros que amam e defendem este país, que se utilizem ações individuais e pontuais, mesmo que graves, para tentar destruir a imagem de nossa maior empresa, a nossa empresa-mãe, ou para tentar confundir quem de fato trabalha a favor e quem trabalha contra a Petrobras. A história da Petrobras e da exploração do petróleo em nosso país, aqui no Brasil, ela tem sido cercada de muitos desafios, ela tem sido cercada de confusões, e até mesmo de armadilhas.
Primeiro, lá no início, chegaram dizer que não, nós não tínhamos petróleo, que não havia petróleo no Brasil. Ironicamente, anos depois, diziam que havia petróleo demais, riqueza demais e que, por isso, toda essa riqueza não podia ficar nas mãos de uma empresa pública, ou seja, nas mãos do povo brasileiro. De forma muito sorrateira, prepararam todo um processo que, se não interrompido, acabaria por conduzi-la fatalmente a mãos privadas. De tão requintado esse processo, chegou a fazer parte desse processo até a troca do nome, que seria Petrobrax, sonegando à Petrobras a sílaba que é a nossa identidade e a nossa nacionalidade, "bras" de Brasil.
Com o apoio de todas as pessoas, a Petrobras resistiu bravamente às tentativas de desvirtuá-la, reduzi-la e privatizá-la. Mas as tentativas de sucateamento deixaram marcas profundas, mas temporárias, não apenas na Petrobras, mas em toda a cadeia do petróleo que sustentava milhares de empresas nacionais, inclusive a indústria naval. Por anos seguidos, o favorecimento à importação de navios e plataformas, a falta de planejamento e a ausência de uma política de conteúdo nacional trouxeram sérios problemas para os fornecedores nacionais.
A redução dos investimentos em geral, em especial em tecnologia, a baixa valorização e a renovação do capital humano corroeram essa grande empresa. Mas ela teve força para resistir, como também soube adaptar-se com êxito à lei número 9.478 de 1997, que introduziu no Brasil o modelo de exploração por concessão, modelo justificável, onde o risco era e é muito elevado e ninguém sabe quanto petróleo vai achar. Graças ao pré-sal e à determinação política dos governantes deste país – eu me refiro ao presidente Lula e ao meu governo –, e também à toda a sustentação obtivemos no Congresso Nacional, com os senadores e os deputados, nós aprovamos em 2010 e implantamos em 2013, o modelo de partilha. Modelo de partilha que nos dá maior controle sobre nossa riqueza e melhor uso social dos recursos do petróleo, porque estamos priorizando a educação dos brasileiros.
O modelo de partilha é fundamental no pré-sal, porque lá no pré-sal o risco é muito reduzido, e sabemos que os volumes são muito elevados, e o petróleo é de muito boa qualidade. Daí a importância da partilha do petróleo, garantindo ao país a maior parte da riqueza do pré-sal. Fato muito relevante é que a nova lei que criou o regime de partilha para o pré-sal estabeleceu que a Petrobras deve ser a operadora desses megacampos, com uma participação de, no mínimo, 30%. Isso vai significar, no médio prazo, o fortalecimento da Petrobras em níveis jamais alcançados. Isso vai significar também uma demanda constante para a indústria naval, para esse estaleiro e todos os outros, garantindo a sustentabilidade, a perenidade dos empregos aqui criados.
Por isso, meus amigos e minhas amigas, está errado quando alguns dizem que a Petrobras está perdendo valor e importância no Brasil. Manipulam os dados, distorcem análises, desconhecem deliberadamente a realidade do mercado mundial de petróleo para transformar eventuais problemas conjunturais de mercado em supostos fatos irreversíveis e definitivos. Escondem, por exemplo, que em 2003, no início do Lula, a Petrobras valia apenas no mercado, porque ela sempre vai valer mais do que o mercado, mas naquela época valia no mercado R$ 15,5 bilhões. E hoje, mesmo com toda a crise internacional, mesmo com todos os problemas a elas ligados e as questões relativas e conjunturais da Bolsa, o valor de mercado da Petrobras chega a R$ 98 bilhões.
Ao contrário do passado, a Petrobras é hoje a empresa que mais investe no Brasil. Foram 306 bilhões de reais, aliás, de dólares, de 2003 a 2013, sendo que o ano passado chegou a 48 bilhões de dólares. É importante lembrar que em 2002, foram investidos apenas 6,6 bilhões de dólares. Isso significa que nesse período nós multiplicamos por seis o investimento na Petrobrás. O lucro líquido da Petrobrás também mudou de patamar. Passou, e aí está em reais, de 8,1 bilhões para 23,6 bilhões de reais.
Estas e outras conquistas provam que os nossos governos, o meu e o do presidente Lula, reergueram a Petrobras. Reconstituímos o seu programa de investimentos, valorizamos e aperfeiçoamos seu quadro de funcionários. Foi assim que a empresa se transformou na que mais investe em prospecção de petróleo no mundo e que tem mais expertise na prospecção em águas profundas e ultra-profundas. Foi por isso que descobrimos os megacampos do pré-sal, que mudou o nosso cenário petrolífero e vai ajudar a mudar, com eu disse, a qualidade da educação, porque os recursos dos royalties e 50% do fundo social do pré-sal vão para a educação, da creche à pós-graduação, o que vai levar o nosso povo a um outro patamar de desenvolvimento. E nós aqui estamos e sabemos que o fortalecimento da Petrobrás revolucionou a indústria naval brasileira.
Nós já dissemos aqui o quanto os empregos aumentaram. A previsão para 2017 é que, dos quase 80 mil que gera hoje, nós bateremos 100 mil empregos gerados na indústria de fornecedores, e entre [20]14 e [20]15, nós geraremos mais 17 mil empregos. E nós podemos também medir a Petrobras pela sua força, tanto em terra quanto no mar. Nós hoje temos em operação, para vocês terem uma ideia, 133 plataformas, 41 sondas de perfuração e 361 barcos de apoio. Muito mais virão, como disse a presidente da Petrobras aqui.
Em 2014, só em 2014, estão em construção 18 plataformas nos estaleiros e canteiros espalhados pelo Brasil, 28 sondas de perfuração, 43 navios-tanque para óleo, gás e refinados. Graças ao fortalecimento dessa empresa as nossas reservas chegaram a 16,6 bilhões de barris de óleo equivalente, e a relação entre a produção, o óleo existente e a produção, chegou a ser de 19 anos, enquanto nas grandes empresas e de 12 a 16. É uma coisa muito importante: o índice de sucesso. Em geral é 75, no pré-sal é de 100%. O índice de sucesso é aquele que faz com que você, ao furar, ache petróleo.
Por último um dado que fala por si mesmo. Entre 2003 e 2013, a produção de petróleo, Brasil e exterior, cresceu 21%, mais de 358 mil barris/dia, enquanto nesse mesmo período as outras petroleiras gigantes reduziram a sua produção em 15%, menos 338 mil barris.
Finalmente, minhas queridas amigas e amigos aqui presentes, como presidenta mas, sobretudo, como brasileira, eu defenderei, em quaisquer circunstâncias e com todas as minhas forças a Petrobras. Não transigirei em combater todo tipo de malfeito, ação criminosa, tráfico de influência, corrupção ou ilícito de qualquer espécie, seja ele cometido por quem quer que seja. Mas, igualmente, não ouvirei calada a campanha negativa dos que, por proveito político, não hesitam em ferir a imagem desta empresa que o nosso povo construiu com tanto suor e lágrimas, apesar da galera mangar, com as mãos encharcadinhas de óleo, mas também de muita esperança.
Quero concluir afirmando um princípio no qual eu acredito e que, tenho certeza, vocês também acreditam: a Petrobras é maior do que qualquer um de nós. A Petrobras tem o tamanho do Brasil".
http://www.brasil247.com/pt/247/pernambuco247/136752/Dilma-%E2%80%9Cnossos-governos-reergueram-a-Petrobras%E2%80%9D.htm
GRAÇA: “ACREDITAMOS NA PETROBRAS MIL VEZES”
Em discurso em Pernambuco, em cerimônia alusiva à viagem inaugural do navio Dragão do Mar e do batismo do navio Henrique Dias, no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca, presidente da Petrobras destacou bons números da estatal e pediu aos petroleiros: "Nesse momento, preciso muito da energia de todos vocês"; Graça Foster apareceu em público pela primeira vez nesta segunda-feira, ao lado da presidente Dilma Rousseff, depois da onda de denúncias contra a estatal, alvo de disputa por CPI no Congresso
14 DE ABRIL DE 2014 ÀS 13:29
Pernambuco 247 – Em sua primeira aparição pública após o início da onda de denúncias contra a Petrobras, a presidente da estatal, Graça Foster, ressaltou nesta segunda-feira 14, durante discurso em Pernambuco, que acredita na Petrobras "mil vezes" e que neste momento "precisa muito da energia" dos trabalhadores da empresa.
"Acreditamos na Petrobras, acreditamos na Petrobras mil vezes, e certamente amamos o nosso país. Nesse momento, preciso muito da energia de todos vocês", disse, no encerramento de sua fala. Graça esteve ao lado da presidente Dilma Rousseff durante cerimônia alusiva à viagem inaugural do navio Dragão do Mar e do batismo do navio Henrique Dias, no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca.
A executiva destacou ainda bons números da empresa, que é alvo de quatro pedidos de CPI no Congresso, além de denúncias sobre propina. "Vamos produzir mais petróleo. Serão 3,2 milhões de barris por dia, e isso já está contratado. Temos maior reserva de que avaliamos na época de partir para aquele bloco, aquela locação", afirmou.
Graça Foster aproveitou para defender a retomada indústria naval e a extração de petróleo. "A gente pega o jornal e tem muitas noticias boas. E uma me chamou a atenção, no dia 10 de abril. Peguei a revista 'Portos e Navios' e vi uma matéria interessante que chamava 'enxurrada de contratos', das grandes contratações que a Petrobras tem feito. Hoje temos o orgulho de falar a vocês, que de 2013 a 2020, 100 bilhões de dólares já estão comprometidos com a indústria naval offshore, 70% fazem parte da indústria nacional", disse.
http://www.brasil247.com/pt/247/pernambuco247/136749/Gra%C3%A7a-%E2%80%9Cacreditamos-na-Petrobras-mil-vezes%E2%80%9D.htm
PETROLEIROS SAEM EM DEFESA DA IMAGEM DA ESTATAL
Federação Única dos Petroleiros faz nesta manhã protesto em frente à sede da Petrobras, no Rio, para tentar impedir instalação de CPI que investigue a empresa; "Isso pode prejudicar a Petrobras e o Brasil, porque paralisar a Petrobras não vai ser bom para o País. Somos a favor da investigação, mas já há órgãos apropriados para isso", avalia o coordenador-geral da FUP, João Antônio de Moraes; entidade divulgou nota afirmando que não deixará "sangrar a Petrobras no ringue das disputas eleitorais"; ex-presidente da ANP, Haroldo Lima avalia que "desmoralizar a Petrobras é jogar contra o Brasil, independente do pretexto"
14 DE ABRIL DE 2014 ÀS 11:54
247, com Agência Brasil
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) faz na manhã desta segunda-feira 14 um protesto em frente à sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro. Segundo o coordenador-geral da FUP, João Antônio de Moraes, um dos objetivos da manifestação é impedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional, para investigar casos de corrupção na empresa.
"Somos a favor da investigação, mas já há órgãos apropriados para isso, como a Procuradoria-Geral da República, a Polícia Federal e o Tribunal de Contas da União (TCU) que, inclusive, é um órgão do Legislativo. A CPI tende a virar um palco da disputa política presidencial. A disputa eleitoral é legítima, mas não deve envolver o principal agente da economia brasileira [a Petrobras]", disse Moraes.
Segundo ele, a ideia do protesto é mostrar à população e aos trabalhadores da estatal que a CPI pode ser nociva à imagem da empresa. "Isso pode prejudicar a Petrobras e o Brasil, porque paralisar a Petrobras não vai ser bom para o Brasil. A Petrobras é responsável hoje por 11% do PIB [Produto Interno Bruto, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país]", afirmou o sindicalista.
A entidade esclarece, em texto publicado no site, que "a FUP e seus sindicatos não compactuam de forma alguma com desvios na gestão da Petrobrás, seja na atual administração ou em períodos passados. Os petroleiros exigem uma investigação rigorosa de todas as denúncias contra a empresa e se forem comprovados erros e irregularidades, que os culpados sejam devidamente punidos. Mas a nossa categoria não pode permitir que disputas eleitoreiras joguem no lixo as lutas e conquistas do povo brasileiro para fazer da Petrobrás essa empresa estratégica que tem sido a principal alavanca do desenvolvimento do país".
Nota publicada pela Federação no dia 25 de março foi na mesma linha ao afirmar que os petroleiros não deixariam "sangrar a Petrobras no ringue das disputas eleitorais". Leia abaixo os dois textos e aqui artigo do ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, que avalia que "desmoralizar a Petrobras é jogar contra o Brasil, independente do pretexto":
FUP e movimentos sociais realizam manifestação em defesa da Petrobrás e da soberania, nesta segunda
Nesta segunda-feira, 14, a FUP e seus sindicatos convocam os trabalhadores para o ato público em defesa da soberania e por uma Petrobrás pública e estatal, comprometida com os interesses nacionais. A manifestação é uma resposta aos ataques dos setores conservadores, que tentam desmoralizar a gestão estatal da empresa, com fins eleitoreiros e privatistas.
A concentração para o ato está prevista para as 11 horas, em frente ao edifício sede da Petrobrás (Edise), no Rio de Janeiro, com participação de outras categorias, da CUT, da CTB e dos movimentos sociais. Além das disputas eleitorais que movem a oposição, sabemos que o arsenal de ataques contra a Petrobrás tem por trás interesses muito maiores: acabar com o regime de partilha que fez da estatal a operadora única do maior campo de petróleo da atualidade.
A FUP e seus sindicatos não compactuam de forma alguma com desvios na gestão da Petrobrás, seja na atual administração ou em períodos passados. Os petroleiros exigem uma investigação rigorosa de todas as denúncias contra a empresa e se forem comprovados erros e irregularidades, que os culpados sejam devidamente punidos. Mas a nossa categoria não pode permitir que disputas eleitoreiras joguem no lixo as lutas e conquistas do povo brasileiro para fazer da Petrobrás essa empresa estratégica que tem sido a principal alavanca do desenvolvimento do país.
No próximo dia 23, a FUP e seus sindicatos reúnem-se em Brasília para discutir no Conselho Deliberativo questões que estão na ordem dos petroleiros, inclusive a crise política que atinge a Petrobrás e suas consequências para o país. Junto com os movimentos sociais organizados, a FUP realizará nesse mesmo dia um novo ato público na capital federal, em defesa da soberania e contra a agenda privatista da direita.
A manifestação desta segunda-feira, 14, é para alertar a sociedade e o povo brasileiro sobre as reais intenções dos que atacam a maior estatal da América Latina. A Petrobrás é e continuará sendo estratégica para o desenvolvimento do país. Não podemos permitir que sangrem um dos maiores patrimônios do povo brasileiro. Defender a Petrobrás é defender o Brasil! Todos ao ato desta segunda,14, às 11 horas, em frente ao Edise.
É o pré-sal, estúpido!
A cerrada campanha com que a mídia partidarizada vem sangrando a Petrobrás nas últimas semanas segue incólume, sem as devidas reações por parte dos gestores da empresa. Além das disputas eleitorais que movem a oposição, sabemos que o arsenal de ataques contra a Petrobrás tem por trás interesses muito maiores: acabar com o regime de partilha que fez da estatal a operadora única do maior campo de petróleo da atualidade. "É o pré-sal, estúpido!", como diria o marqueteiro de Bill Clinton, que nas eleições norte-americanas de 1992, resumiu a vitória dos democratas com uma frase ácida que tornou-se célebre em todo o mundo: "É a economia, estúpido!".
A última edição da revista Veja não deixa dúvidas sobre as reais intenções da campanha que tenta desmoralizar a gestão estatal da Petrobrás, visando sua privatização. "Como o PT está afundando a Petrobras" é a matéria de capa da revista, cuja linha editorial é claramente tucana. Detalhe: o presidente da editora Abril, Fábio Barbosa, foi conselheiro da Petrobrás entre 2003 e 2011 e um dos que mais defendeu na época a compra da refinaria de Pasadena.
O senador Aécio Neves (PSDB/MG), o principal articulador da campanha contra a Petrobrás, também reafirmou aos empresários paulistanos suas intenções em relação à empresa: "Acredito que as concessões são a melhor forma de atrair investimentos", declarou no dia 31 de março durante um almoço no Grupo de Líderes Empresariais. Provável candidato tucano à Presidência da República, Aécio já havia defendido o regime de concessão para o pré-sal em outubro do ano passado, após o leilão de Libra. "A Petrobras não terá condições, sei lá, sequer de participar com os 40% devidos desse leilão de agora, como poderá pensar em participar daqui a dois anos, se fosse necessário, estratégico para o Brasil fazer outros leilões?", discursou na época no Plenário do Senado.
FHC é outro tucano que voltou a defender publicamente as privatizações do seu governo. Em artigo recente, ele conclama a oposição a "tomar à unha o pião dos escândalos da Petrobras", "reafirmando a urgência de mudar os critérios de governança das estatais".
É por essas e outras que precisamos alertar a sociedade e o povo brasileiro para as reais intenções dos setores conservadores que atacam a Petrobrás, inclusive por dentro da empresa, tentando retomar a agenda neoliberal que nos anos 90 sucateou e privatizou parte considerável da estatal. A Petrobrás é e continuará sendo estratégica para o desenvolvimento do país. Não podemos permitir que sangrem um dos maiores patrimônios do povo brasileiro. Defender a Petrobrás é defender o Brasil!
NOTA DA FUP: Não deixaremos sangrar a Petrobrás no ringue das disputas eleitorais
TER, 25 DE MARÇO DE 2014
TER, 25 DE MARÇO DE 2014
Posicionamento da Direção Colegiada da FUP sobre tentativa da oposição de instalar uma CPI para fazer disputa eleitoral através da Petrobrás:
Mais uma vez, a Petrobrás volta a ser palanque de disputas políticas em ano eleitoral. Foi assim no governo Lula, foi assim em 2010 e não seria diferente esse ano, quando as pesquisas eleitorais refletem o apoio popular ao governo Dilma. Tensionada, a oposição, em conluio com a velha mídia, mira na Petrobrás para tentar desmoralizar a gestão pública da maior empresa brasileira.
Os mesmos PSDB e DEM, que quando governaram o país fizeram de tudo para privatizar a Petrobrás, trazem de volta à cena política antigas denúncias sobre refinarias adquiridas pela empresa no exterior e tornam a atacar as que estão em fase final de construção no Brasil. Quem acompanha a nossa indústria de petróleo sabe da urgência de reestruturação do parque de refino da Petrobrás, que, durante o governo do PSDB/DEM, foi sucateado e estagnado, assim como os demais setores da empresa.
Quando exercia o papel de governista (dos anos 90 até 2002), a oposição demo-tucana quebrou o monopólio estatal da Petrobrás, escancarou a terceirização, privatizou alguns setores e unidades da empresa, reduziu drasticamente os efetivos próprios, estagnou investimentos em exploração, produção e refino e ainda tentou mudar o nome da Petrobrás para Petrobrax. Foi nessa época que a empresa protagonizou alguns dos maiores acidentes ambientais do país e o afundamento da P-36.
São os mesmos neoliberais que insistem em atacar a gestão estatal que desde 2003 iniciou o processo que fará da Petrobrás uma empresa verdadeiramente pública e voltada para os interesses nacionais.
Vamos aos fatos: em 2002, a Petrobrás valia R$ 30 bilhões, sua receita era de R$ 69,2 bilhões, o lucro líquido de R$ 8,1 bilhões e os investimentos não passavam de R$ 18,9 bilhões. Uma década depois, em 2012, o valor de mercado da Petrobrás passou a ser de R$ 260 bilhões, a receita subiu para R$ 281,3 bilhões, o lucro líquido para R$ 21,1 bilhão e os investimentos foram multiplicados para R$ 84,1 bilhão.
Antes do governo Lula, a Petrobrás contava em 2002 com um efetivo de 36 mil trabalhadores próprios, produzia 1 milhão e 500 mil barris de petróleo por dia e tinha uma reserva provada de 11 milhões de barris de óleo. Após o governo Lula, em 2012, a Petrobrás quase que dobrou o seu efetivo para 85 mil trabalhadores, passou a produzir 2 milhões de barris de óleo por dia e aumentou a reserva provada para 15,7 bilhões de barris de petróleo.
Apesar da crise econômica internacional e da metralhadora giratória da mídia partidária da oposição, a Petrobrás descobriu uma nova fronteira petrolífera, passou a produzir no pré-sal e caminha a passos largos para se tornar uma das maiores gigantes de energia do planeta. Não aceitamos, portanto, que esse processo seja estancado por grupos políticos que no passado tentaram privatizar a empresa e hoje, fortalecidos por novos aliados, continuam com o mesmo propósito.
Se confirmados erros e irregularidades na gestão da Petrobrás, exigiremos que sejam devidamente apurados pelos órgãos de controle do Estado e pela Justiça. A FUP e seus sindicatos acompanharão de perto esse processo, cobrando transparência na investigação e responsabilização de qualquer desvio que possa ter ocorrido. No entanto, não permitiremos que sangrem a Petrobrás em um ringue de disputas políticas partidárias eleitorais, como querem os defensores da CPI. Reagiremos à altura contra qualquer retrocesso que possa ser imposto à maior empresa brasileira, alavanca do desenvolvimento do país.
Rio de Janeiro, 25 de março de 2014
DIREÇÃO COLEGIADA DA FUP
http://www.brasil247.com/pt/247/rio247/136738/Petroleiros-saem-em-defesa-da-imagem-da-estatal.htm