COM LULA, DILMA PERDE POUCO NA TV SEM PMDB
Com os peemedebistas no palanque, a campanha da presidente Dilma Rousseff pela reeleição teria 12 minutos de programa em cada bloco de 25 minutos de propaganda; sem a sigla, esse tempo só cairia para 11 minutos e 8 segundos, pois outros aliados já garantem mais exposição a Dilma do que na campanha de 2010; sob a articulação do ex-presidente Lula, nas últimas semanas o PT conseguiu fidelizar uma ampla coalização de dez partidos, a maior desde sua primeira candidatura em 1989
25 DE MAIO DE 2014 ÀS 06:38
247 – Sob ameaça de dissidência do PMDB, maior partido da base aliada, o tempo de exposição da campanha da presidente Dilma Rousseff na TV sofreria, na realidade, pouco impacto sem o partido em seu palanque.
Em reunião da Executiva Nacional da legenda, no dia 14 de maio, um dos líderes do partido, o deputado Eduardo Picciani (PMDB-RJ) colocou em evidência o tempo de propaganda na TV como um dos principais trunfos da sigla para pressionar o governo Dilma.
Na realidade, com o PMDB, Dilma teria 12 minutos de programa em cada bloco de 25 minutos de propaganda. Sem os peemedebistas, esse tempo só cairia para 11 minutos e 8 segundos, já que outros aliados garantem mais exposição a Dilma do que na campanha de 2010.
Com o impulso da articulação do ex-presidente Lula, nas últimas semanas o PT conseguiu fidelizar uma ampla coalização de dez partidos, a maior desde sua primeira candidatura em 1989. Uma das conquistas foi o PTB e o PP.
O PAPEL DECISIVO DE LULA NA CAMPANHA
ANTONIO LASSANCE
O tempo passa e Lula continua sendo uma figura decisiva na política nacional, não só para conquistar votos, mas para empurrar o País na direção da mudança
(originalmente publicado na Carta Maior)
A última pesquisa Ibope (maio 2014) mostrou que Dilma voltou a crescer, continua tendo chances de vitória no primeiro turno e, se houver segundo turno, enfrentaria um candidato "com o cheiro da derrota" - para usarmos a expressão de Marina Silva que, pelas pesquisas, serve tanto para Aécio quanto para a sua candidatura do PSB, com Eduardo Campos.
O mais significativo resultado foi que Dilma demonstrou ter reagido ao arrastão partidário-midiático que se fez contra ela e interrompeu a tendência de queda que a acompanhava até então.
Sua reação começou com o pronunciamento para o 1° de maio. A defesa da política social como eixo do desenvolvimento voltou a falar mais alto no discurso presidencial do que a pauta reativa. Depois, as aparições no programa partidário do PT e a propaganda dos "Fantasmas do Passado" também ajudaram.
A pauta partidário-midiática está se consolidando em torno de quatro pontos cardeais para a campanha: Copa, inflação, Petrobrás e antipetismo.
De agora até as eleições, além de redirecionar o eixo do debate, o desafio da presidenta é administrar bem os riscos em torno de cada uma dessas questões. Isso equilibraria o jogo.
Com a política, os políticos e os partidos em baixa na visão do eleitorado, a campanha deste ano tende a ser uma disputa entre rejeições - fator que deve pesar em maior medida agora que nas anteriores.
Mais que Dilma, é Lula quem deve partir para o ataque e fazer a diferenciação com os outros candidatos.
O papel de Dilma é o de assumir compromissos com mudanças, apontar rumos e dizer o que e como pretende fazer diferente. Mostrar que pode realizar um governo melhor, como Lula conseguiu, em seu segundo mandato, após superar as dificuldades de seus primeiros quatro anos, é um bom mote para a própria Dilma.
Será de Lula o papel de mostrar quem são os outros. Não necessariamente falar mal dos demais candidatos - isso também -, mas deixar claro quem e o que eles representam.
Em maio, Lula já se mostrou um fator decisivo. O mês marcou o início de uma maior exposição do ex-presidente. Ele viajou mais, falou mais, cutucou mais os adversários. Reforçou que a decisão do PT por Dilma está tomada e não se fala mais nisso. Limpou a área.
A partir do final de junho, quando a candidatura Dilma estiver sacramentada, Lula terá que reeditar quase o mesmo papel que cumpriu em 2010, ou seja, colocar o modo lulista de de fazer política em campo e mostrar que ainda há mais por fazer, e que Dilma é a mais qualificada dentre os candidatos.
É tudo o que Dilma precisa e a oposição não quer: que esta seja, de novo, uma campanha lulista.
A tarefa de Lula não será apenas a de ser o grande puxador de votos de Dilma e dos demais candidatos do PT. Será a de favorecer que a candidatura Dilma adquira um caráter diferente para um segundo mandato.
Diferentemente de 2010, Lula não está no cargo de presidente e o quadro conjuntural é outro, bem mais complicado.
Mesmo assim, o tempo passa, o tempo voa e Lula continua sendo essa figura decisiva na política nacional, não apenas na hora de conquistar votos, mas para empurrar o País na direção de mudanças.
O mais significativo resultado foi que Dilma demonstrou ter reagido ao arrastão partidário-midiático que se fez contra ela e interrompeu a tendência de queda que a acompanhava até então.
Sua reação começou com o pronunciamento para o 1° de maio. A defesa da política social como eixo do desenvolvimento voltou a falar mais alto no discurso presidencial do que a pauta reativa. Depois, as aparições no programa partidário do PT e a propaganda dos "Fantasmas do Passado" também ajudaram.
A pauta partidário-midiática está se consolidando em torno de quatro pontos cardeais para a campanha: Copa, inflação, Petrobrás e antipetismo.
De agora até as eleições, além de redirecionar o eixo do debate, o desafio da presidenta é administrar bem os riscos em torno de cada uma dessas questões. Isso equilibraria o jogo.
Com a política, os políticos e os partidos em baixa na visão do eleitorado, a campanha deste ano tende a ser uma disputa entre rejeições - fator que deve pesar em maior medida agora que nas anteriores.
Mais que Dilma, é Lula quem deve partir para o ataque e fazer a diferenciação com os outros candidatos.
O papel de Dilma é o de assumir compromissos com mudanças, apontar rumos e dizer o que e como pretende fazer diferente. Mostrar que pode realizar um governo melhor, como Lula conseguiu, em seu segundo mandato, após superar as dificuldades de seus primeiros quatro anos, é um bom mote para a própria Dilma.
Será de Lula o papel de mostrar quem são os outros. Não necessariamente falar mal dos demais candidatos - isso também -, mas deixar claro quem e o que eles representam.
Em maio, Lula já se mostrou um fator decisivo. O mês marcou o início de uma maior exposição do ex-presidente. Ele viajou mais, falou mais, cutucou mais os adversários. Reforçou que a decisão do PT por Dilma está tomada e não se fala mais nisso. Limpou a área.
A partir do final de junho, quando a candidatura Dilma estiver sacramentada, Lula terá que reeditar quase o mesmo papel que cumpriu em 2010, ou seja, colocar o modo lulista de de fazer política em campo e mostrar que ainda há mais por fazer, e que Dilma é a mais qualificada dentre os candidatos.
É tudo o que Dilma precisa e a oposição não quer: que esta seja, de novo, uma campanha lulista.
A tarefa de Lula não será apenas a de ser o grande puxador de votos de Dilma e dos demais candidatos do PT. Será a de favorecer que a candidatura Dilma adquira um caráter diferente para um segundo mandato.
Diferentemente de 2010, Lula não está no cargo de presidente e o quadro conjuntural é outro, bem mais complicado.
Mesmo assim, o tempo passa, o tempo voa e Lula continua sendo essa figura decisiva na política nacional, não apenas na hora de conquistar votos, mas para empurrar o País na direção de mudanças.
http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/141111/O-papel-decisivo-de-Lula-na-campanha.htm
DILMA: ALÍVIO NA HORA DECISIVA
Ela estancou sua queda, conteve o 'volta, Lula' e pode, agora, amarrar alianças
Mais uma boa semana para Dilma. O ponto alto, para o Palácio do Planalto, foi a pesquisa Ibope, que, embora tenha apontado possibilidade maior de segundo turno, seguindo a tendência dos levantamentos Istoé/Sensus e Datafolha, também revelou uma ligeira recuperação da pré-candidata à reeleição, que voltou aos 40%, contra 20% do tucano Aécio Neves e 11% do socialista Eduardo Campos.
No caso do Ibope, tão ou mais importante do que o número em si é o momento da pesquisa, que veio a público na reta final para que os partidos definam suas coligações. Dilma estancou a queda e manteve a vitória em primeiro turno a pouco mais de um mês para a data-limite das convenções partidárias – o que reduz o espaço de manobra dos adversários.
Num quadro como o atual, ainda que exista o desejo de trair, por que um partido trocaria o apoio à reeleição por projetos que, embora viáveis, ainda se mostram distantes do poder? Não por acaso, a boa semana de Dilma foi coroada com o almoço com os líderes do PTB, em que foi selada a aliança com o PT. E contou ainda com a renovação da promessa de apoio do PSD, de Gilberto Kassab, que vetou a possibilidade de que Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, seja vice de Aécio.
De partido em partido, Dilma vai construindo uma coligação quase hegemônica, que pode lhe dar mais de 60% do tempo de televisão no horário eleitoral gratuito. Ela teria mais de 15 minutos, contra menos de cinco do Aécio e cerca de dois minutos e meio de Campos. Um massacre que, se bem trabalhado pela equipe de João Santana, poderá ampliar seu favoritismo.
A pesquisa trouxe ainda outras duas boas notícias para Dilma. O desempenho de Lula, com 43%, não seria muito superior ao seu. E ela também cresceu entre os mais ricos. Na última semana, o músico Caetano Veloso afirmou que Dilma enfrenta um mundo mais hostil do que Lula. O governador tucano Marconi Perillo também surpreendeu, ao chamá-la de "íntegra, republicana e honesta", na inauguração da Norte-Sul, contribuindo para uma certa distensão política. Podem parecer conquistas pequenas, mas fazem diferença num jogo tão disputado.
http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/140963/Dilma-al%C3%ADvio-na-hora-decisiva.htm
PARA PCDOB, OPOSIÇÃO FAZ CAMPANHA DO 'QUANTO PIOR, MELHOR'
O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, incorporou o discurso feito pelo PT de que integrantes da oposição fazem campanha do tipo “quanto pior, melhor” junto ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT); "Hoje a tática deles é tentar atingir a presidente da República porque não apresentam projetos, não apresentam saídas. Esse é o objetivo deles, do quanto pior, melhor. Não podemos acreditar em gente desse tipo", disparou
24 DE MAIO DE 2014 ÀS 18:34
O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, incorporou o discurso feito pelo PT de que integrantes da oposição fazem campanha do tipo “quanto pior, melhor” junto ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A declaração foi feita neste sábado (24), durante discurso feito pelo dirigente partidário ao participar do 17º Congresso da União da Juventude Socialista (UJS).
"Hoje a tática deles é tentar atingir a presidente da República porque não apresentam projetos, não apresentam saídas. Esse é o objetivo deles, do quanto pior, melhor. Não podemos acreditar em gente desse tipo", disparou.
Rabelo, que teve ao seu lado a presidente Dilma Rousseff, também utilizou o discurso petista de que uma vitória da oposição resultaria em um retrocesso das conquistas sociais e econômicas dos últimos anos. "Estamos diante de dois projetos: o de continuar as significativas mudanças e o risco de retrocesso. Por isso temos de ir adiante. O projeto da oposição é o projeto de voltar aos anos 90, projeto que nós chamamos de neoliberalismo. Não é o projeto que tem em conta o crescimento com distribuição de renda", afirmou.
BTG, DE ESTEVES, APONTA DILMA NO PRIMEIRO TURNO
Depois de promover uma palestra do senador Aécio Neves (PSDB-MG), em Nova York, em que o tucano apontou a falta de confiança de investidores na economia brasileira, o banco BTG Pactual, de André Esteves, distribui um relatório a seus clientes do Brasil e de fora apontando a tendência de vitória da presidente Dilma Rousseff em primeiro turno; levantamento aponta "larga margem" de vantagem da presidente
24 DE MAIO DE 2014 ÀS 14:48
247 - Depois de promover, em outubro do ano passado, um evento em Nova York onde o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que o Brasil havia se tornado um país "pouco confiável" (leia mais aqui), o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, distribuiu, nesta semana, um relatório a seus clientes prevendo a vitória da presidente Dilma Rousseff em primeiro turno. Leia, abaixo, reportagem do Entrefatos:
Do Entrefatos - Relatório distribuído pelo banco de investimentos BTG Pactual a clientes ao qual o Entrefatos teve acesso consolida todos os dados das pesquisas eleitorais já feitas para as eleições presidenciais deste ano. No documento do banco produzido pelo BTG em inglês aos seus clientes, Dilma “recuperou alguns de seus pontos” e “provavelmente seria reeleita no primeiro turno”. O documento mostra dados desde junho do ano passado, quando os protestos de rua que tomaram o país causaram abalos na avaliação da presidenta Dilma Rousseff, e mostram que apesar dessa percepção, a vantagem da petista em relação aos adversários segue em alta, e com perspectivas de vitória já na primeira rodada.
Segundo o levantamento, produzido em inglês e que compila os dados de 33 pesquisas, Dilma tem nas intenções espontâneas de voto na ultima pesquisa (Ibope, feita entre 15 e 19 de maio) um total de 22% das indicações de eleitores, próximo dos 27% que a presidenta tinha em junho de 2013 – 27%, em pesquisa realizada pelo Datafolha entre 6 e 7 daquele mês do ano passado. Os 4% que Aécio tinham à época passaram a 8% enquanto que Eduardo Campos (PSB) passou de 1% a 4%.
A intenção de voto estimulada costuma dar vantagem a quem disputa a reeleição, já que a cobertura do noticiário e outras fontes de informação acabam dando destaque maior a ações do governo.
No quadro que reúne dados de levantamentos feitos de forma estimulada – quando o entrevistado recebe um cartão com os nomes dos candidatos, tendo que indicar quem é seu preferido – Dilma teve 41% no ultimo Ibope, frente aos 50% de junho de 2013, Aécio passou de 14% a 22%, enquanto que Campos foi de 6% a 14%.
O banco ainda aponta que as pesquisas sugerem que a população “tem um grande desejo de mudança”, mas ainda apoiando a presidenta Dilma.
Confira parte das pesquisas extraídas do relatório do BTG Pactual (clique nas imagens para ampliar):