Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.
APÓS CONVENÇÕES, DILMA TEM 45% DO HORÁRIO POLÍTICO
Presidente está próxima de conseguir dez legendas, contando com o PT, em sua coligação; igual tamanho da eleição de 2010; até a segunda-feira 30, quando se encerra o período das convenções partidárias, saldo para Dilma Rousseff será de cerca de 12 minutos de propaganda eleitoral em rádio e TV, tempo quase três vezes maior do que o de Aécio Neves; mesmo com o PTB, tucano terá aproximadamente cinco minutos; Eduardo Campos, do PSB, é o que possui a menor fatia: pouco mais de um minuto e meio, com o apoio do PPS e nanicos; marqueteiro João Santana, responsável pela propaganda de Dilma, não tem do que reclamar
26 DE JUNHO DE 2014 ÀS 13:28
247 – A principal busca em uma aliança política no período eleitoral – o tempo de TV – tem garantido à presidente Dilma Rousseff larga vantagem diante de seus principais adversários. Com as recentes adesões ao projeto do PT, a pré-candidata à reeleição pode somar entre 11 e 12 minutos em rede nacional de rádio e TV, cerca de 45% no tempo total de propaganda eleitoral, caso o cenário se confirme até o fim das convenções partidárias, na segunda-feira 30.
Nesta quarta-feira 25, o PP, presidido por Ciro Nogueira, e o PSD, de Gilberto Kassab, oficializaram apoio à candidatura petista, acrescentando, juntos, mais cerca de 2 minutos e 40 segundos à propaganda de Dilma. Na semana passada, o PDT e o PMDB já haviam formalizado a aliança com a presidente. E o PR, que teve atendida a exigência da troca do ministro dos Transportes, deve anunciar seu apoio na próxima segunda-feira.
Apesar de algumas decisões ainda estarem sujeitas a mudanças pelas cúpulas dos partidos, é praticamente certo que Dilma consiga o mesmo número de partidos conquistados em 2010, quando se elegeu presidente da República. Até agora, estão com Dilma PMDB, PCdoB, PROS, PTB, PP, PSD, PR, PRB e PDT, além do PT.
A propaganda para presidente é dividida em dois blocos diários de 25 minutos cada. Dessa forma, Dilma já tem quase metade do total. Vale lembrar que um terço desse tempo, ou seja, oito minutos e 20 segundos, é dividido igualmente entre todos os candidatos. O restante é dividido de acordo com o peso, na Câmara dos Deputados, dos partidos que compõem cada uma das coligações. A de Dilma, por exemplo, conta com 357 dos 513 deputados federais.
Adversários
A presidente pode ter o tempo de TV quase três vezes maior do que o de seu principal adversário, o tucano Aécio Neves, e praticamente seis vezes maior do que o de Eduardo Campos, do PSB. O pré-candidato do PSDB à presidência, que conta com o apoio declarado do DEM, do Solidariedade, de Paulinho da Força, e agora do PTB, que fazia parte da coligação de Dilma, tem 99 parlamentares em sua base, o que dá pouco mais de cinco minutos de propaganda.
Já Campos é o que conta com a menor fatia: possui uma base de 33 deputados e cerca de um minuto e meio de TV. O pré-candidato socialista, que tem a ex-senadora Marina Silva como candidata a vice-presidente, contabiliza o tempo do PPS, de Roberto Freire, e de nanicos como o PSL, o PRP e o PHS.
AO LADO DE ALCKMIN, DILMA CUTUCA ADVERSÁRIOS EM SP
Ao anunciar investimentos em mobilidade e combate a enchentes na capital paulista, presidente fez críticas aos governos anteriores, em alusão ao tucano Fernando Henrique Cardoso, por não terem dado, segundo ela, a atenção necessária a essas áreas; "Tenho perfeita consciência que, no passado, não se investiu em mobilidade urbana nessa dimensão", afirmou; em meio a uma crise hídrica no estado, governador Geraldo Alckmin (PSDB) também foi alvo de críticas; Dilma definiu como "crucial" investimento em abastecimento de água; prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que recursos do governo federal "vão resolver quase todas as bacias que têm problema de drenagem em SP"
26 DE JUNHO DE 2014 ÀS 16:01
SP 247 – A presidente Dilma Rousseff (PT) aproveitou a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB) nesta quinta-feira 26, em São Paulo, para criticar os adversários. Durante evento na capital paulista, Dilma anunciou R$ 2,6 bilhões para obras de mobilidade urbana e combate a enchentes, o que classificou de "questão urbana" e que, segundo ela, "não se investiu o suficiente" no passado. Foi assinado um contrato de financiamento de R$ 1,6 bilhão para obras da Linha 6-Laranja do Metrô.
Dilma ressaltou que os governos anteriores, em alusão ao tucano Fernando Henrique Cardoso, não investiam o suficiente. "Tenho perfeita consciência que, no passado, não se investiu em mobilidade urbana nessa dimensão. No governo do presidente Lula, nós começamos a fazer investimentos em mobilidade urbana e fomos indo e ganhamos escala agora", discursou. "Em 2005, o padrão de investimento no Brasil era algo em torno de R$ 2 bilhões, R$ 2,5 bilhões, que é algo que se gasta aqui nessa cidade", acrescentou.
Ela também disse que, antes de seu governo, não havia programa habitacional no governo federal. "Porque programa de habitação não é ter feito dois ou três, é a escala de um programa em um país com 201 milhões de habitantes", disse Dilma, citando o Minha Casa, Minha Vida. A presidente definiu ainda como "cruciais" investimentos em abastecimento de água e segurança pública, áreas críticas na gestão de Alckmin, candidato à reeleição contra o petista Alexandre Padilha.
O prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT), também presente no evento, também não perdeu a oportunidade de provocar o adversário do PSDB. Segundo ele, os investimentos do governo federal "vão resolver quase todas as bacias que têm problema de drenagem em SP". Voltando-se para Alckmin, declarou: "e aí, governador, após essas obras vamos poder torcer todos juntos para chover, chover muito, em São Paulo". Dilma participou de um segundo evento em São Paulo, em Santos, no litoral, que também teve a presença de Alckmin.
Em troca, legenda indicará para o posto de primeiro suplente na chapa do pré-candidato ao Senado Eduardo Suplicy o presidente estadual do PR, José Tadeu Candelária; "O apoio é natural e eu tenho certeza que venceremos em São Paulo depois de tanto tempo de PSDB. Vamos quebrar o bico desses tucanos", discursou o senador Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP)
26 DE JUNHO DE 2014 ÀS 16:45
SP 247 – O PR anunciou nesta quinta-feira 26, na sede do diretório paulista, o apoio à candidatura do petista Alexandre Padilha ao governo de São Paulo. Em troca, a legenda irá indicar o nome de José Tadeu Candelária, presidente estadual do partido, para a vaga de primeiro suplente na chapa do pré-candidato ao Senado Eduardo Suplicy.
A oficialização do apoio acontece um dia depois de a presidente Dilma Rousseff ter cedido à exigência da legenda de trocar o ministro dos Transportes. Dilma confirmou ontem a saída de César Borges, que era titular da pasta. Quem deve assumir o comando é o antecessor de Borges, Paulo Sérgio Passos.
No evento de hoje, Padilha fez um discurso otimista: "Nós estamos selando a maior aliança que o PT já teve em São Paulo. E é por isso que ela é vitoriosa, porque desta vez vamos ganhar". O deputado federal Tiririca também esteve presente e foi um dos mais aplaudidos no ato.
O senador Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), um dos principais articulares da aliança, também disse ter "certeza" da vitória depois do longo comando dos tucanos no estado. "O apoio é natural e eu tenho certeza que venceremos em São Paulo depois de tanto tempo de PSDB. Vamos quebrar o bico desses tucanos", afirmou.
O povo não sabe quem é quem. O que tem importado hoje, o que tem sido fundamental, é o tempo de propaganda eleitoral gratuita
Qualquer cidadão com um mínimo de noção de ética está estupefato com o que vem acontecendo nas decisões dos partidos sobre quem vão apoiar. Olhando de primeira fica difícil entender com quem a sigla estava, está e se vai ficar até o prazo final da entrega da ata da convenção, no início de julho.
A frase "Bacanal Eleitoral" foi criada pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB). Ele não se referia apenas ao fato de o seu partido estar se aliando ao PSDB e ao DEM do ex-prefeito carioca, César Maia.
Referia-se, também, ao caso do PSB de Eduardo Campos, que firmou uma aliança com o PT do candidato ao governo fluminense, Lindberg Farias, indicando o deputado federal Romário para disputar o Senado Federal. Ou seja, no Rio, de acordo com as coligações, no mesmo palanque vai se pedir voto pra Dilma e Campos, noutro pra Aécio e Dilma.
Esse "Bacanal Eleitoral" se estende pra maioria dos estados, o que estimula a vigarice eleitoral, o salvem-se quem puder e não a importância do partido, as suas ideias e ideais. A origem desse absurdo foi o próprio parlamento brasileiro ao sepultar, em 2006, a verticalização das coligações.
Verticalização significa que os partidos políticos ficavam obrigados a reproduzir nas eleições estaduais as mesmas alianças feitas para a eleição presidencial. Ou seja, é uma forma de fidelidade partidária, uma vez que a aliança nacional é definida pelos representantes do partido, os convencionais, de todos os estados onde há diretório.
A realidade atual é tão fora de lógica que um candidato comete um crime ao dar a um eleitor uma caneta, mas não é crime exigir um ministério para firmar uma coligação, como ocorreu com o PR há poucos dias, publicamente, ao exigir esse espaço à presidente Dilma. Mesmo assim os demais membros do partido podem apoiar outra candidatura.
Por conta da fidelidade partidária – obrigação que os políticos devem ter com o seu partido – o detentor de cargo eletivo não pode se desvincular do partido pelo qual foi eleito. Caso o faça sem justificativa legal, pode perder o mandato. Entretanto, pode votar em quem quiser, fazer o que quiser, o que só enfraquece os partidos e a visão do povo sobre os seus representantes.
Agora com o aprofundamento do "Bacanal Eleitoral" só restam dois caminhos para que a credibilidade seja resgatada: acabar com todos os partidos e começar do zero, ou acabar com a fidelidade partidária. O povo não sabe quem é quem. O que tem importado hoje, o que tem sido fundamental, é o tempo de propaganda eleitoral gratuita.
Não identificar e não confiar com clareza nos partidos políticos é um grande risco para o País. O povo perde a confiança na classe política. Tal descrença abre imenso espaço para o surgimento de aventureiros e diminui o tamanho do papel que o político exerce na sociedade.
Para encerrar, aqui em Alagoas - mais um exemplo para ilustrar o bacanal - no palanque do senador Biu de Lira (PP) também vão ser pedidos votos pra Dilma, pra Aécio – caso Omar Coêlho seja confirmado ao Senado– e para Eduardo Campos pelo vice Alexandre Toledo.