DILMA: CAMPANHA TERÁ "MUITAS MENTIRAS E BOATOS"
Durante convenção do Pros, em Brasília, nesta terça (24), em que o apoio do partido foi oficializado à presidente Dilma Rousseff (PT) com 95% dos votos, ela voltou a criticar o "clima de pessimismo" disseminado por adversários em relação à Copa do Mundo; "Nós sabemos que essa campanha terá muitas mentiras e muitos boatos, que haverá tentativa de disseminar um clima de pessimismo, esse mesmo clima de pessimismo de alguns que diziam que a Copa ia ser uma vergonha. A vergonha é deles, por não reconhecer que o próprio país é capaz de entregar eventos dessa magnitude", disse; apoio do Pros adiciona 1 minuto e 10 segundos ao programa eleitoral de Dilma na campanha
24 DE JUNHO DE 2014 ÀS 19:34
247 - Durante a convenção do Pros, em Brasília, nesta terça-feira (24), em que o apoio do partido foi oficializado à presidente Dilma Rousseff (PT), ela afirmou que a campanha eleitoral deste ano terá "muitas mentiras e muitos boatos", em referência ao que chamou de "clima de pessimismo" disseminado por adversários em relação à Copa do Mundo.
Sem citar nomes de opositores, a pré-candidata petista citou que a realização do Mundial, até agora sem incidentes, contrapôs visão de que a Copa seria "um caos". No ato do Pros, 94,5% dos votos foram de apoio a Dilma. O partido é o terceiro a oficializar em convenção o apoio à petista e, com isso, adiciona 1min10seg diários no programa eleitoral da presidente na TV. PMDB e PDT já aprovaram a aliança.
"Nós sabemos que essa campanha terá muitas mentiras e muitos boatos, que haverá tentativa de disseminar um clima de pessimismo, esse mesmo clima de pessimismo de alguns que diziam que a Copa ia ser uma vergonha. A vergonha é deles, por não reconhecer que o próprio país é capaz de entregar eventos dessa magnitude", disse a presidente.
"Essa Copa demonstra não a capacidade do governo federal, não de um ou de ouro, mas dos brasileiros, de assumir um evento extremamente complexo em 12 cidades, num país continental. E o que nós vemos? Os voos sem atrasos, os hotéis recebendo os turistas, nós vemos festas, nós vemos a segurança –responsabilidade do governo federal e dos Estados–, um controle tanto para seleções como para nossos visitantes estrangeiros", disse também.
Segundo ela, seus aliados precisam "reafirmar fatos e números e desmontar todas as mentiras e a desinformação afirmando a verdade". "Quem soube fazer saberá fazer mais. Quem soube fazer saberá mudar mais", afirmou.
Da mesma maneira que assumiu um discurso mais sereno do que de seus correligionários na convenção que a aclamou pré-candidata do PT, no último sábado, Dilma disse nesta terça-feira querer fazer uma campanha "da paz", "mas cheia de vigor e de otimismo".
"Dois modelos estão em jogo: um prega a volta ao passado, prega a volta ao arrocho salarial, ao desemprego, à concentração de renda e à alienação do patrimônio público. O outro modelo, que nós defendemos juntos, é o modelo que propõe a maior distribuição de renda, que propõe a redução da desigualdade e que enfrenta uma conjuntura difícil internacional, mas garante o essencial –emprego e salários–, contrariamente ao que ocorre na Europa", afirmou.
Abaixo matéria da Agência Brasil:
Convenção Nacional do PROS apoia candidatura de Dilma à reeleição
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
O Partido da República e Ordem Social (PROS) promoveu nesta terça-feira (24) a primeira convenção nacional de sua história, e confirmou adesão à coligação que vai apoiar a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Os convencionais do partido aprovaram, com ampla maioria de votos, a chapa da reeleição de Dilma, do PT, com o vice-presidente Michel Temer, do PMDB.
O anúncio do apoio foi feito pelo presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior. Em discurso representando a legenda, o ex-ministro Ciro Gomes disse que o partido confia no nome da candidata. “Se alguma mudança o país precisa, e precisa muita, com séculos de escravismo, de burocracia, de elitismo. Nós queremos discutir um novo padrão de segurança pública, novo padrão de saúde pública e um novo padrão de educação para nossos filhos. E quem tem autoridade, coerência e moral para chamar o país a uma nova geração de mudanças, chama-se Dilma Rousseff”, declarou.
O PROS foi fundado em 2010 e registrado no Tribunal Superior Eleitoral no dia 24 de setembro de 2013, antes do prazo legal (5 de outubro) para a filiação de candidatos que desejassem concorrer às eleições deste ano. No último sábado, o PT referendou o apoio à chapa com o PMDB.
Agradecendo o apoio, Dilma Rousseff repetiu o slogan de seu partido, dizendo que o PROS tem propostas para mais mudanças. Segundo ela, o Brasil precisa de uma reforma política que só será viabilizada por meio de participação popular. Essa reforma, na sua opinião, vai permitir melhorias na democracia, no sistema eleitoral e nos partidos; “mas também no sistema federativo”, continuou, “garantindo a ele maior efetividade, porque muitos dos problemas na execução, que temos, decorrem dessas dificuldades, temos de ser capazes de encará-los de frente”.
Dilma também voltou a traçar dois caminhos que considera importantes para o Brasil, que passam pela redução da desigualdade e pela educação de qualidade. “Sem educação de qualidade, que forme técnicos, cientistas, pesquisadores universitários com ensino superior, nosso país não entra na economia e na sociedade do conhecimento. Isso é fundamental para que possamos dar, não só salto social, mas salto na produtividade neste país”, defendeu a presidenta.
Ao final, a presidenta disse que, junto com o PROS, vai continuar “garantindo mais quatro anos de conquistas”, e vai poder “iniciar uma nova etapa de modernização da sociedade e da economia”.
BRASIL CRIOU POUCO MAIS DE 58 MIL EMPREGOS EM MAIO
Geração de empregos formais foi a mais baixa para o mês nos últimos 22 anos – resultado de 1.849.591 admissões e 1.790.755 demissões; números estão no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego
24 DE JUNHO DE 2014 ÀS 18:24
Carolina Sarres - Repórter da Agência Brasil
A geração de empregos formais em maio deste ano foi a mais baixa para o mês nos últimos 22 anos – pouco mais de 58 mil postos de trabalho, resultado de 1.849.591 admissões e 1.790.755 demissões. Os números estão no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego divulgado hoje (24). Saldo pior do que esse foi registrado em maio de 1992, com a criação de 21,5 mil empregos.
O desempenho do mercado de trabalho em maio se deve em grande parte às demissões no setor da indústria de transformação, que teve mais de 28,5 mil postos fechados. As áreas que contribuíram para o mau desempenho do setor foram a indústria mecânica, com 6,6 mil demissões, a de material de transporte (-5,3 mil) e a de produtos alimentícios (-4,8 mil).
"A análise que fazemos é a de que tivemos um fevereiro que talvez tenha antecipado muitos do empregos para a Copa [do Mundo], na medida em que os trabalhadores precisavam de treinamento", disse o ministro do Trabalho, Manoel Dias. "O Brasil continua na zona de geração de emprego. O que pode acontecer é variar, como está variando. A partir da perspectiva que o Brasil está em pleno emprego, não há mais demandas como havia antes", explicou.
A agricultura e o setor de serviços foram os setores com os melhores resultados – mais de 44 mil e 38 mil contratações, respectivamente. Na agricultura, os destaques positivos foram no cultivo de café (27 mil postos), laranja (quase 7 mil) e cana-de-açúcar (6 mil). Em serviços, os destaques positivos foram nas áreas de alojamento, alimentação e serviços médicos e odontológicos.
Em relação às unidades da federação, Pernambuco foi a que teve o pior número com cerca de 10 mil demissões. Alagoas e o Rio Grande do Sul também fecharam muitos postos de trabalho – 8,5 mil e 4 mil, respectivamente. Os melhores desempenhos foram os de Minas Gerais, com a criação de mais de 22 mil postos, seguido por São Paulo (13 mil) e pelo Rio de Janeiro (quase 9 mil).
De janeiro a maio deste ano, somam-se 545 mil postos de trabalho criados. A expectativa do governo para o ano é 1,5 milhão de novas vagas, apesar do resultado fraco de maio.
No acumulado do governo Dilma Rousseff, de janeiro de 2011 a maio de 2014, o saldo de postos de trabalho com carteira assinada foi 5 milhões. Nesse mesmo período, serviços foi o setor com o melhor resultado – mais de 2,5 milhões de empregos gerados, seguido pelo comércio (1,1 milhão). Os serviços industriais de utilidade pública e o setor de extração mineral abriram menos postos de trabalho formal – 32,9 mil e 35 mil vagas, respectivamente.