DILMA REBATE FIFA: O QUE NÃO ENTREGAMOS?
"Eles fizeram as mesmas coisas com a África do Sul, o mesmo discurso. O que prometemos que não entregamos? Entregamos toda a segurança, estádios, aeroportos, até mesmo a rede de fibra óptica para fazer com que todos os celulares funcionem. Teremos wi-fi nos estádios que disponibilizaram e toda rede 3G e 4G funcionará", disse a presidente sobre as criticas de Joseph Blatter e de Jérôme Valcke, presidente e secretário geral da FIFA, respectivamente; segundo ela, o país está preparado "dentro e fora de campo" e o clima de desânimo vai mudar ao longo do torneio: "Acho que isso é o complexo de vira-lata. A Copa aqui no Brasil será um sucesso"
5 DE JUNHO DE 2014 ÀS 05:30
247 – Prestes a receber mais de 12 chefes de Estado e de abrir as portas da Copa no Brasil a torcedores do mundo todo, a presidente Dilma Rousseff voltou a rebater críticas de dirigentes da Fifa. Segundo ela, o país está preparado "dentro e fora de campo", e afirma que discurso da entidade não tem nenhuma novidade já que fez o mesmo em relação à África do Sul.
“Eles fizeram as mesmas coisas com a África do Sul, o mesmo discurso. O que prometemos que não entregamos? Entregamos toda a segurança, estádios, aeroportos, até mesmo a rede de fibra óptica para fazer com que todos os celulares funcionem. Teremos wi-fi nos estádios que disponibilizaram e toda rede 3G e 4G funcionará”, disse em entrevista ao SBT.
A presidente ainda descartou pontos negativos que foram levantados na preparação do Mundial. “Disseram que os aeroportos não estariam prontos, que teria epidemia da dengue. Não há essa possibilidade, quando a temperatura cai. Também não teremos racionamento de energia nem durante, nem depois da Copa”.
Dilma reitera que vai garantir a segurança dos que desejam ir ao estádio e diz que considera "barbárie e inadmissível" ferimentos de morte em protestos.
Segundo ela, o clima de desânimo “vai mudar” ao longo do torneio e que o pensamento negativo das pessoas ainda está relacionado com o complexo de inferioridade. “Acho que isso é o complexo de vira-lata. A Copa aqui no Brasil será um sucesso. Nós estamos preparados dentro e fora de campo também”.
Quanto ao técnico Felipão, não poupa elogios: "sensacional, caráter forte, confiável e dá segurança aos jogadores".
COPA, SONHO E FRIO NA BARRIGA
BEPE DAMASCO
Tudo bem que os que insistem em usar a Copa do Mundo como instrumento de luta política me chamem de alienado. É do jogo
Garoto, adolescente, jovem ou adulto, acompanhar uma Copa do Mundo sempre me fascinou de maneira indescritível. Claro que a origem de tudo está no amor pelo futebol, sentimento que me acompanha desde que me entendo por gente.
A Copa de 1970, a primeira que vi pela TV (preto e branco), ainda bem menino, ao lado do meu pai que fumava cigarrilha e torcia de um jeito exasperado, reclamando de tudo e de todos, me fez entender o privilégio que é assistir a uma competição que reúne os maiores craques do planeta.
Mas o drama nacional vivido em 1950 com o 'maracanazo", cuja dimensão compreendi logo muito cedo lendo, vendo e ouvindo tudo a respeito, acendeu em mim a esperança de que um dia o Brasil sediaria outra Copa. E aí a história seria diferente. Essa expectativa povoou os meus sonhos infantis.
Fora o orgulho de ver o nosso país recebendo uma competição que magnetiza o mundo inteiro, chegaria a hora de desagravar Barbosa, Bigode, Danilo, Zizinho, Chico, Ademir, Friaça e todos os outros protagonistas da tragédia de 1950. E, gente, êta frio na barriga, a hora chegou.Quinta-feira que vem a seleção verde e amarela estreia na Copa do Mundo do Brasil.
Embora torça fervorosamente para o Brasil em qualquer situação, minha paixão por Copas do Mundo vai além do prazer inenarrável de reunir os amigos e, regados a muita cerveja, torcer pelo time canarinho. Ou de ver uma nação inteira mobilizada para os nossos jogos.Sempre fiz questão de assistir ao maior número possível de jogos. Quando não ao vivo, pelo menos em videotape. Ou, na pior das hipóteses,ver os gols e os melhores momentos.
Mas, hoje, a tecnologia joga a nosso favor. É possível acompanhar todos os jogos pela internet, em qualquer lugar. As emissoras de TV estão anunciando a transmissão de todas as 52 partidas da Copa. Pretendo fazer das tripas coração para não perder nenhuma delas. Outra decisão : por motivos óbvios, não verei nenhum jogo pela Rede Globo.
Vejo o time dirigido por Luis Felipe Scolari em condições de brigar pelo título, ao lado da Argentina, Espanha e Alemanha. Mas não sei se o cruzamento eliminatório a partir das oitavas de final permitirá que esses favoritos cheguem às semifinais. Provavelmente não, pois é quase certo que tenham que medir forças antes, ficando alguém pelo caminho.
Por isso, têm chances também de figurar entre os quatro melhores escretes que estão logo atrás, no segundo pelotão, à espreita, prontos para tomar o lugar dos favoritos. São eles : Holanda (como desprezar as possibilidades de uma seleção que já disputou três finais de Copa ?), Portugal (time que tem Cristiano Ronaldo sempre merece respeito), Uruguai (a tradicional Celeste Olímpica conta com um dos melhores ataques da Copa, formado por Luizito Soares, Cavani e Forlán), Itália (tetracampeã mundial e com aquele velho estilo de ir chegando sem que ninguém perceba) e Bélgica (sensação das eliminatórias europeias, cujos jogadores atuam em alguns dos principais clubes do mundo).
É isso. A partir do dia 12, às 17h, a minha cabeça e o meu coração estarão voltados exclusivamente para o futebol. Claro, torcendo para que tudo dê certo em termos de organização e que os turistas de todo o planeta sejam bem recebidos aqui. Tudo bem que os que insistem em usar a Copa do Mundo como instrumento de luta política me chamem de alienado. Tudo bem também que os não tão aficcionados por futebol como eu vejam exagero nesse meu envolvimento integral com a Copa. É do jogo.
A Copa de 1970, a primeira que vi pela TV (preto e branco), ainda bem menino, ao lado do meu pai que fumava cigarrilha e torcia de um jeito exasperado, reclamando de tudo e de todos, me fez entender o privilégio que é assistir a uma competição que reúne os maiores craques do planeta.
Mas o drama nacional vivido em 1950 com o 'maracanazo", cuja dimensão compreendi logo muito cedo lendo, vendo e ouvindo tudo a respeito, acendeu em mim a esperança de que um dia o Brasil sediaria outra Copa. E aí a história seria diferente. Essa expectativa povoou os meus sonhos infantis.
Fora o orgulho de ver o nosso país recebendo uma competição que magnetiza o mundo inteiro, chegaria a hora de desagravar Barbosa, Bigode, Danilo, Zizinho, Chico, Ademir, Friaça e todos os outros protagonistas da tragédia de 1950. E, gente, êta frio na barriga, a hora chegou.Quinta-feira que vem a seleção verde e amarela estreia na Copa do Mundo do Brasil.
Embora torça fervorosamente para o Brasil em qualquer situação, minha paixão por Copas do Mundo vai além do prazer inenarrável de reunir os amigos e, regados a muita cerveja, torcer pelo time canarinho. Ou de ver uma nação inteira mobilizada para os nossos jogos.Sempre fiz questão de assistir ao maior número possível de jogos. Quando não ao vivo, pelo menos em videotape. Ou, na pior das hipóteses,ver os gols e os melhores momentos.
Mas, hoje, a tecnologia joga a nosso favor. É possível acompanhar todos os jogos pela internet, em qualquer lugar. As emissoras de TV estão anunciando a transmissão de todas as 52 partidas da Copa. Pretendo fazer das tripas coração para não perder nenhuma delas. Outra decisão : por motivos óbvios, não verei nenhum jogo pela Rede Globo.
Vejo o time dirigido por Luis Felipe Scolari em condições de brigar pelo título, ao lado da Argentina, Espanha e Alemanha. Mas não sei se o cruzamento eliminatório a partir das oitavas de final permitirá que esses favoritos cheguem às semifinais. Provavelmente não, pois é quase certo que tenham que medir forças antes, ficando alguém pelo caminho.
Por isso, têm chances também de figurar entre os quatro melhores escretes que estão logo atrás, no segundo pelotão, à espreita, prontos para tomar o lugar dos favoritos. São eles : Holanda (como desprezar as possibilidades de uma seleção que já disputou três finais de Copa ?), Portugal (time que tem Cristiano Ronaldo sempre merece respeito), Uruguai (a tradicional Celeste Olímpica conta com um dos melhores ataques da Copa, formado por Luizito Soares, Cavani e Forlán), Itália (tetracampeã mundial e com aquele velho estilo de ir chegando sem que ninguém perceba) e Bélgica (sensação das eliminatórias europeias, cujos jogadores atuam em alguns dos principais clubes do mundo).
É isso. A partir do dia 12, às 17h, a minha cabeça e o meu coração estarão voltados exclusivamente para o futebol. Claro, torcendo para que tudo dê certo em termos de organização e que os turistas de todo o planeta sejam bem recebidos aqui. Tudo bem que os que insistem em usar a Copa do Mundo como instrumento de luta política me chamem de alienado. Tudo bem também que os não tão aficcionados por futebol como eu vejam exagero nesse meu envolvimento integral com a Copa. É do jogo.