JANIO: PESQUISA GALLUP CONTRADIZ TERROR MIDIÁTICO
O Brasil real não é retratado pela mídia; "A imprensa, a TV, as rádios que tocam notícia não deixam que nos enganemos. O nosso desânimo é total, o pessimismo nos imobiliza, o desemprego nos alarma, estamos todos reduzidos a desastres humanos e o país chafurdado na vergonha do seu fracasso", ironiza o colunista Janio de Freitas; "Aí vem uma pesquisa internacional, a Gallup World Cup --diz a informação que feita "em mais de 130 países"-- e traz esta conclusão: pela oitava vez consecutiva, o Brasil "está no topo" em satisfação com a vida nos futuros cinco anos"
29 DE JUNHO DE 2014 ÀS 08:06
247 - A coluna do jornalista Janio de Freitas deste domingo (leia aqui) traz uma contradição entre o cenário de terror desenhado pela mídia nacional e a pesquisa Gallup que coloca o Brasil no topo da perspectiva de felicidade futura. Leia abaixo:
DOIS PAÍSES
A imprensa, a TV, as rádios que tocam notícia não deixam que nos enganemos. O nosso desânimo é total, o pessimismo nos imobiliza, o desemprego nos alarma, estamos todos reduzidos a desastres humanos e o país chafurdado na vergonha do seu fracasso. A Confederação Nacional da Indústria, a sádica CNI, ainda tem a perversidade de pagar mais uma sondagem para nos dizer que, nos últimos dias, afundamos mais ainda em nossa humilhação.
Aí vem uma pesquisa internacional, a Gallup World Cup --diz a informação que feita "em mais de 130 países"-- e traz esta conclusão: pela oitava vez consecutiva, o Brasil "está no topo" em satisfação com a vida nos futuros cinco anos. Com a nota 8,8 na média da opinião dos brasileiros, em escala que vai de 0 a 10 para a "felicidade futura".
Estou tão desanimado, como o país todo, que não tenho disposição para qualquer comentário sobre o conflito das duas visões e, muito menos, sobre sua causa.
VEJA: DO TERROR ANTI-COPA AO TERRORISMO DA INFLAÇÃO
Derrotada na campanha contra a Copa do Mundo, a publicação abraça uma nova causa perdida e argumenta que o Plano Real, que completa 20 anos nesta segunda, corre o risco de ser destruído por uma inflação galopante; ocorre que o problema da economia brasileira hoje é outro: o desaquecimento, que provocou no último mês a maior deflação já registrada em 11 anos; nessa mesma edição de Veja, o jornalista José Roberto Guzzo admitiu, um tanto contrariado, o fiasco da campanha anti-Copa e alertou que o risco para uma imprensa que erra muito é a perda de leitores; o aviso será ouvido?
29 DE JUNHO DE 2014 ÀS 11:28
247 - Você pode ainda não ter se dado conta, mas o Plano Real, que amanhã completa 20 anos, pode ser destruído. Essa é a tese da nova capa de Veja, que substituiu as velas de aniversário por uma bomba-relógio. "O plano que matou a hiperinflação, estabilizou a economia e fez do Brasil um país sério corre o sério risco de explodir", alerta a revista.
Antes que você corra para os supermercados e estoque alimentos com medo de uma inflação galopante, calma: é mentira. Aliás, é mais uma mentira de uma publicação que, nos últimos anos, se deixou cegar pela obsessão política que turvou seu jornalismo.
A mais recente notícia sobre inflação, na verdade, vai na direção contrária. O Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), que corrige os valores dos aluguéis, registrou deflação de 0,74% em junho, segundo informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), na última sexta-feira. Foi a maior queda em 11 anos, o que mostra que a economia brasileira tem outro problema: a perda de dinamismo, que contém a alta de preços. "O índice está devolvendo as fortes altas registradas ao longo do ano passado e início deste ano", disse o economista Salomão Quadros.
Em seu editorial, Veja argumenta que a inflação só não estourou o teto da meta porque os preços estariam sendo contidos artificialmente. E parece defender um ajuste, que teria fortes custos sociais. "Tudo perdido? Não. Mas, se nenhum erro fatal e irreparável foi cometido pelo governo até agora, substituir por medidas corretas todos os remendos vai ter um custo social alto que se manifestará na forma de estagnação econômica duradoura, com queda de investimentos produtivos e aumento do desemprego", diz o texto do editorialista Eurípedes Alcântara.
Curiosamente, na mesma Veja, a última página da revista traz um artigo do fundador da publicação, José Roberto Guzzo, que alerta sobre o risco enfrentado por uma empresa que erra muito. "A Copa de 2014 é uma boa oportunidade para repetir que a imprensa erra, sim - mas erra em público, à luz do sol, e se errar muito acabará morrendo por falta de leitores, ouvintes e telespectadores", diz ele (leia mais aqui). Será que o alerta será ouvido?
PML APONTA QUEM PERDEU A COPA: OS DERROTISTAS
"Fantasmas do anti-Copa eram tão grotescos que a maioria dos brasileiros encara encontro com a realidade com alegria", diz o jornalista Paulo Moreira Leite; "Estamos falando de futebol, não de política. Quem não soube distinguir as proximidades e distâncias destes universos, perdeu a Copa na partida inaugural, aquela do VTNC, e foi eliminado sem nenhum ponto ganho"
29 DE JUNHO DE 2014 ÀS 10:37
247 - Em artigo publicado na revista Istoé, o jornalista Paulo Moreira Leite aponta quem já perdeu a Copa de 2014: aqueles que misturaram futebol e política e ficaram de fora da festa. Leia abaixo:
QUEM JÁ PERDEU A COPA
Fantasmas do anti-Copa eram tão grotescos que a maioria dos brasileiros encara encontro com a realidade com alegria
O Brasil não ficou melhor nem pior com o Mundial.
Mas, acima de tudo, a Copa de 2014 está sendo, para os brasileiros, uma experiência cultural confortadora. Não vamos ser completamente ingênuos. A partir da versão que era preciso aguardar desastres inevitáveis e inúmeras provas de incompetência durante o Mundial, o Imagine na Copa e o Anti-Copa só tentavam nos convencer de que um grande fracasso se aproximava. Deu errado.
A crítica foi tão exagerada, tão desmedida, que a realidade mostrou-se muito melhor do que se queria imaginar. O choque foi muito grande. Equivale a acordar de um pesadelo.
Num tempo de realidades globalizadas, o Mundial permitiu aos brasileiros conhecer o novo lugar do país entre as nações do mundo. E eles estão gostando daquilo que podem enxergar.
Por muito tempo, fomos ensinados a só gostar daquilo que se via lá fora. Nem futebol tinha importância porque "só" era popular no Brasil e outros países parecidos, pobres, pretos, periféricos...
Hoje, o país sedia um campeonato que mobiliza uma plateia que formará uma audiência somada de 20 bilhões de bilhões de pessoas no mundo inteiro, ao longo de todas as partidas. Até os norte-americanos querem feriado para assistir a Copa.
É isso: o Mundial mostra aos brasileiros que eles tem motivos para gostar de seu país. Talvez ajude a diminuir, um pouquinho, quem sabe, nosso complexo de vira-lata.
Era isso, claro, que se temia e se queria impedir.
Quando a Copa chega às oitavas-de-final, e 75% das partidas foram disputadas, com recorde de gols marcados em mais de meio século, a única dúvida sobre o Mundial envolve aquela angustia maravilhosa que vai nos acompanhar até o apito final, em 13 de julho, no Maracanã: qual seleção será campeã?
É bom que seja assim.
Estamos falando de futebol, não de política. Quem não soube distinguir as proximidades e distâncias destes universos, perdeu a Copa na partida inaugural, aquela do VTNC, e foi eliminado sem nenhum ponto ganho.
Os brasileiros aproveitam cada instante para festejar e celebrar o Mundial e as alegrias que proporciona. Cantam, bebem, se esborracham. Dispensando intermediários de imensa desfaçatez e inacreditável ganância, namoram à vontade e beijam com gosto. Adoram feriados. Aplaudem a beleza dos estádios, mais confortáveis e seguros do que jamais visto no país. Aproveitam aeroportos, onde atrasos e cancelamentos de voos estão num padrão aceitável para a ocasião.
Pode-se encontrar até taxistas que falam bem da Copa, o que vai contra o código de ética de uma categoria habituada a reclamar de tudo.
Concordo com quem reclama do preço dos ingressos, que são altíssimos para um país de renda como o nosso. A queixa é certíssima. Sempre será possível pedir preços mais em conta mas é razoável lembrar que não se pode querer um espetáculo milionário, com fortunas para suas estrelas, de tamanho globao, ,com preço de quermesse junina. Um ingresso para um jogo da Copa nunca vai custar barato.
O futebol tornou-se uma parcela dos investimentos de marketing de grandes empresas globais, que moldam o capitalismo no mundo inteiro.
Mesmo assim, e isso tem um divertido aspecto surrealista, não custa lembrar quem foram os campeões do "anti-Copa", os influentes, aqueles que contam, que colocaram a coisa no debate: grandes campeões da iniciativa privada, porta-vozes das causas mais reacionárias. Não custa lembrar que, em 14 de janeiro, você podia ler o seguinte apelo nas páginas de dois dos mais tradicionais jornais do país:
"A maior Copa de todos os tempos na frase de Dilma, é a Copa mais cara da história. A festa macabra da Fifa, bancada com dinheiro público, simboliza a inigualável soberba do lulismo. Que as pessoas voltem às ruas desde a hora do apito inicial e, no entorno das arenas bilionárias, até a cerimônia de encerramento, exponham ao mundo a desfaçatez dessa aliança profana entre os donos do negócio do futebol e os gerentes dos "negócios do Brasil". Que a polícia trate com urbanidade os manifestantes -e com a dureza da lei os vândalos mascarados."
Não há nada de errado em criticar investimentos da Copa. Ninguém é obrigado a achar que um país deve sediar um campeonato mundial de futebol. Na época devida, 2007, eu também me perguntei: por que? Para que?
Depois da crise de 2008, a Copa revelou-se uma ideia mais útil do que parecia. Ajudou a economia a crescer – 0,5% do PIB anual – e a criar empregos. O debate mudou: se é verdade que hoje o país cresce menos do que se gostaria, a média de crescimento seria ainda pior sem a Copa.
No debate político de fundo, que se prolongará até as urnas de 2014, investir na Copa foi uma forma de evitar a recessão e rejeitar a austeridade que derrubou a maioria dos países da Europa. Simplificando: Neymar, Messi & os outros ajudaram as ideias de John Maynard Keynes -- economista que ensinou o capitalismo a criar empregos e crescimento com apoio do Estado -- a entrar em campo.
Será por isso que o Anti-Copa ganhou tanta força? Difícil negar, ainda que se tratava, vamos combinar, de uma ideia que já nasceu condenada a morte.
Baseava-se no desprezo por um sentimento profundo do povo, que é o gosto pelo futebol, que ajudou os brasileiros a construir sua nacionalidade, em particular depois da Copa de 1958, onde se cantava que "com o brasileiro não há quem possa." (E nós sabemos como a turma anti-Copa, que desembarcou aqui de caravelas, considera o nacionalismo verde-amarelo um atraso, um "populismo"). A única forma de assegurar alguma vitalidade ao ambiente anti-Copa era produzir informaçõesa parciais e manipuladas, o que implicava em esconder dados reais sobre os estádios, sobre investimentos em educação, aeroportos e até sobre a isenção fiscal combinada com a FIFA.
Não vamos falar do tratamento generoso que todas as manifestações –anarquistas, stalinistas, tucanas, liberais e fascistas – receberam nos últimos meses. Até vídeos em inglês, com legendas em português!, foram recebidos com simpatia e calor.
E me diga quantas vezes você pode ler manifestações a favor da Copa. Estou falando, e este é um exemplo, do jornal do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá onde se diz o seguinte: "Não seremos contaminados pelo pessimismo dessa elite que apodrece a olhos vistos, porque nossa alegria de ser brasileiro é imbatível." O texto lembra que não" desanimávamos quando éramos submetidos a uma inflação de mais de mil por cento por ano, quando o Brasil era governado pelos militarespara concluir que "nossa vida é só alegria. E trabalho, muito trabalho."Na semana passada, o mesmo boletim do sindicato dizia na manchete: "Mostramos nossa alegria e capacidade de trabalho para o resto do mundo." Detalhe: o sindicato é ligado a Força Sindical, aquela central que promete apoio a oposição.
Na Folha de hoje, 28 de junho, Ruy Castro fala do tempo em que "Não ia ter Copa". Chama manifestantes que tentavam impedir a Copa de "desajustados mentais" e reconhece:
"Nós, da mídia, fomos essenciais para esse pessimismo, denunciando a Fifa como Estado invasor, o fracasso na preparação da infraestrutura exigida para receber os visitantes e a diferença entre o custo estimado dos estádios e o custo real --embora não me lembre de nenhuma reportagem dizendo para onde foi o dinheiro. O ' Imagina na Copa!, que começou como uma brincadeira, tornou-se a sentença para a nossa inabalável vocação para o subdesenvolvimento."
Pois é, meus amigos.
SILVAL FAZ ANÁLISE POSITIVA: VALEU A PENA RECEBER A COPA
Atraso nas obras e falta de tradição no futebol fizeram com que Cuiabá fosse vista como o patinho feio da Copa; capital recebeu quatro jogos do Mundial e governador Silval Barbosa faz balanço do evento; ele destacou o elogio recebido pelo presidente da Fifa e voltou a garantir a conclusão das obras até o final deste ano; "É com grata satisfação que recebo a notícia de que Cuiabá se tornou referência na Copa do Mundo. Não tivemos nada que viesse a denegrir a imagem de Cuiabá ou que atrapalhasse o evento", disse
29 DE JUNHO DE 2014 ÀS 09:17
Lislaine dos Anjos, Mídia News - Após anos de tensão, obras atrasadas – algumas ainda inacabadas – e da “torcida contra”, Cuiabá recebeu, neste mês, quatro jogos da Copa do Mundo da Fifa. E, ao contrário da expectativa de muitos, não ficou com o troféu de “patinho feio” dentre as cidades-sedes do país.
Apontada como possível “elefante branco”, a Arena Pantanal conseguiu reunir, nos quatro jogos, 158.717 torcedores de oito seleções vindas de cinco continentes do mundo, o Fan Fest montado na Capital bateu recorde de público em dias de jogos do Brasil e, agora, o governador Silval Barbosa (PMDB) já começa a respirar aliviado.
“É com grata satisfação que recebo a notícia de que Cuiabá se tornou referência na Copa do Mundo. Não tivemos nada que viesse a denegrir a imagem de Cuiabá ou que atrapalhasse o evento. Tudo que nós nos comprometemos a fazer, realizamos a altura. Foi um momento ímpar e a gente viu isso nas ruas”, afirmou.
Apontada como possível “elefante branco”, a Arena Pantanal conseguiu reunir, nos quatro jogos, 158.717 torcedores de oito seleções vindas de cinco continentes do mundo, o Fan Fest montado na Capital bateu recorde de público em dias de jogos do Brasil e, agora, o governador Silval Barbosa (PMDB) já começa a respirar aliviado.
“É com grata satisfação que recebo a notícia de que Cuiabá se tornou referência na Copa do Mundo. Não tivemos nada que viesse a denegrir a imagem de Cuiabá ou que atrapalhasse o evento. Tudo que nós nos comprometemos a fazer, realizamos a altura. Foi um momento ímpar e a gente viu isso nas ruas”, afirmou.
Ao fazer um balanço do que foi tratado como o “sucesso da Copa em Cuiabá”, Silval destacou os elogios recebidos pelo presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa) – que esteve na Capital no dia do jogo entre Nigéria e Bósnia-Herzegovina – e as dificuldades enfrentadas para a conclusão das obras conforme o planejado.
Silval ainda falou do legado que o evento deixou para os cuiabanos e mato-grossenses após o evento e voltou a prometer a conclusão de todas as obras ainda dentro do seu mandato, que expira no final deste ano.
“Vou entregar tudo até o final do meu mandato. Pode ficar alguma coisinha do VLT, mas o resto, tudo o que está sendo feito na região metropolitana, eu vou entregar. As obras serão concluídas. Temos contratos e recursos. Só não atrasou obras no Brasil quem não se propôs a fazer”, disse.
Silval ainda falou do legado que o evento deixou para os cuiabanos e mato-grossenses após o evento e voltou a prometer a conclusão de todas as obras ainda dentro do seu mandato, que expira no final deste ano.
“Vou entregar tudo até o final do meu mandato. Pode ficar alguma coisinha do VLT, mas o resto, tudo o que está sendo feito na região metropolitana, eu vou entregar. As obras serão concluídas. Temos contratos e recursos. Só não atrasou obras no Brasil quem não se propôs a fazer”, disse.
POVO BRASILEIRO 10 X 0 IMPRENSA DE MERCADO
DAVIS SENA FILHO
Por intolerância, a imprensa burguesa não mediou esforços para boicotar e sabotar a Copa. Ao contrário, virou seus canhões midiáticos e orquestrou uma das campanhas perversa e infame
Vamos aos fatos: a imprensa de mercado e por isso meramente mercantil, bem como familiar, realizou durante anos e principalmente nos meses que antecederam a Copa do Mundo, neste ano, a campanha mais insidiosa, sórdida, infame e propositalmente mal humorada que se tem notícia no planeta.
Imprensa de negócios privados alguma, em qualquer país, mesmo a ter seus interesses políticos e econômicos, como as tem a daqui, efetivou um processo de baixa estima tão violento e desrespeitoso a um povo como o fizeram os jornalistas empregados dos grandes conglomerados privados de comunicação deste País.
As demonstrações recorrentes de caráter vira-lata dos coxinhas de classe média, da oposição dos tucanos do PSDB, de setores empresariais muito conservadores e dos magnatas bilionários donos da imprensa alienígena e corporativa prejudicaram a economia brasileira, além de manchar a imagem do Brasil no exterior.
E toda essa insensatez e espírito de porco teve um principal motivo: as eleições presidenciais de 2014. Por questões políticas, a imprensa-empresa de histórico golpista e mancomunada com os interesses do grande capital nacional e internacional realizou uma campanha tão perversa e irresponsável contra a Copa do Mundo, que passou a não se importar se evento de tal envergadura mundial o beneficiaria economicamente. Um absurdo.
O governo do PT responsável por conquistar a Copa e também as Olimpíadas para serem realizadas no Brasil trabalhou duramente para organizar os jogos. Investiu e deu todas as condições de logística para que a Copa se transformasse no que é, ou seja, um retumbante sucesso, que fez a imprensa que propagou a baixa estima e o ódio para que o Brasil fracassasse, reconhecer que errou e, por sua vez, teve de dobrar os joelhos, no que diz respeito ao sucesso da Copa.
Seria cômico se não fosse trágico, ou melhor, ridículo, ter de ver, ouvir ou ler inúmeros jornalistas obrigados a reconhecer que erraram. Só que tem um problema. Essa gente não errou de forma alguma, como um engenheiro, por exemplo, erra um cálculo matemático. O linchamento da Copa e dos Governos Trabalhistas de Lula e Dilma foi calculado, estudado e maldosamente repercutido em todas as mídias pertencentes aos magnatas bilionários de imprensa.
Quando, de repente, não mais do que de repente, sentado em uma poltrona e a ver o "âncora", William Bonner, do Jornal Nacional, da Rede Globo, a apresentar uma "matéria" panfletária, a afirmar que a imprensa internacional é a responsável pelo sentimento de ódio, de desprezo e de rejeição à Copa, quase caí do assento onde me encontrava.
Fiquei a perguntar até que ponto chegaria a hipocrisia, o cinismo e a ausência de senso crítico dessa gente, que há séculos prejudica o Brasil e seu povo, sem o menor constrangimento e vergonha, além de ter enorme dificuldade para reconhecer seus erros, mesmo se tais erros, não verdade, são propositais e, evidentemente, "erros" forjados por causa dos interesses políticos e econômicos da Casa Grande.
Anteriormente ao "mea culpa" mequetrefe do Jornal Nacional, seus congêneres de outras emissoras, além de jornais familiares, a exemplo do Estadão, Folha e Zero Hora, já tinham reconhecido o sucesso retumbante da Copa do Mundo no Brasil. Porém, fica a pergunta que insiste em não calar: Quem vai pagar pelos prejuízos causados ao Brasil? Porque não é possível vir a público o senhor William Bonner, com a maior cara de pau, culpar a imprensa internacional pelo achincalhe sistemático contra o Brasil e o seu Governo quando até os recém-nascidos, os que saíram de um coma profundo e os mortos sabem que a imprensa burguesa e de péssima qualidade editorial é a maior responsável pelo complexo de vira-lata e pela imagem negativa do Brasil antes da Copa.
Agora, também, vem um executivo da famiglia Civita, dona da Abril e de um libelo de extrema direita cujo nome é Veja, conhecida também como a Última Flor do Fáscio, afirmar, como se fosse um ingênuo ou alienado — coisa que definitivamente tal ser não o é —, que "É bobagem tentar esconder ou inventar desculpas: muito melhor dizer logo de cara que a imprensa de alcance nacional pecou de novo, e pecou feio, ao prever durante meses seguidos que a Copa de 2014 ia ser um desastre sem limites. O Brasil, coitado, iria se envergonhar até o fim dos tempos com a exibição mundial da inépcia do governo. Deu justamente o contrário".
O autor dessas palavras conseguiu, enfim, dizer alguma coisa sensata, o que, definitivamente, não é o forte da Veja e da imprensa porta-voz da Casa Grande em geral. Este senhor é jornalista, atende pelo nome de José Roberto Guzzo, ocupa cargo de membro do conselho editorial da Abril e é um dos responsáveis pela linha editorial da Veja, que, evidentemente, não prima pela verdade, pelo jornalismo que se submete aos fatos. Compreende a sociedade que tal pasquim se transformou em um panfleto direitista que refuta a realidade, ou seja, os acontecimentos como eles o são.
Como assim, camarada Guzzo? A Última Flor do Fáscio em uma de suas edições de oposição ao Governo Trabalhista previu estádios prontos em 2038, e você apenas diz que "a imprensa de alcance nacional pecou de novo?" Nada disso: a imprensa-empresa é pecadora contumaz. Ela é viciada em pecados e sem conduz como se fosse uma sociopata.
A verdade é que ela o é, e finge que não sabe disso. Afinal sua vocação demolidora e que não mede consequências denota uma psicopatia que não condiz com a racionalidade e o senso crítico. Trata-se de uma imprensa autofágica, pois a Copa no Brasil só a beneficia, porque o sistema de comunicação privado e que odeia o Brasil não entrou com um vintém, no que tange aos investimentos em estádios, mobilidade urbana, aeroportos, transportes e logística turística. Mesmo assim não parava de dar tiros nos próprios pés.
Por causa de política, intolerância e preconceitos sociais e ideológicos, a imprensa burguesa não mediou esforços para boicotar e sabotar a Copa do Brasil e de seu povo. Ao contrário, virou seus canhões midiáticos contra o Governo Trabalhista e orquestrou uma das campanhas mais perversas e infames que eu já vi contra um evento de escala mundial e que, obviamente, vai trazer grandes benefícios ao Brasil em todos os campos de atividade econômica e política em âmbito internacional.
O legado da Copa é muita maior que o estrutural, porque a infraestrutura foi realizada e o pouco das obras que ainda não foram finalizadas, vão o ser, evidentemente. Os aeroportos estão ótimos. Eu sei disso, porque os frequento e vejo o que foi feito, apesar das mentiras da imprensa comercial e privada dona de um espírito de porco que realmente faz jus ao seu jornalismo de esgoto e desrespeitoso com a inteligência do povo brasileiro, que rapidamente abraçou a Copa e deu uma "banana" para a imprensa reacionária divorciada dos interesses populares.
A verdade é que tudo funcionou e o mundo se surpreendeu, porque se baseava nas informações deturpadas da irresponsável imprensa empresarial, que conspira contra o País, no mínimo, há 130 anos. Logo o Brasil, construtor de estádios desde a década de 1910 e que construiu o Maracanã, em 1950. O Brasil de gigantescas hidrelétricas, plataformas marítimas, pontes como a Rio-Niterói e que tem tudo, senão não realizaria a maior venda de patrimônio público de todos os tempos, em escala mundial. Ponto!
Obra vampiresca dos tucanos, que governaram sem projeto de País, pois, colonizados, subalternos, subservientes e de caráter pusilânime, recusam-se a pensar o Brasil e por isso tentaram desconstruir o Estado nacional, em prol de uma privataria para saciar a fome de poder e dinheiro dos países colonialistas e imperialistas, que elaboram estratégias que beneficiem o establishment, até porque eles são o próprio.
O PSDB, o DEM, o PPS e suas lideranças que governaram o Brasil como caixeiros viajantes e não como homens e mulheres de Estado foram e o são os maiores traidores da Pátria de nossa história. E estão soltinhos e a serem bajulados por uma mídia de direita, venal e golpista. A imprensa de negócios privados não errou. Apenas se deu mal, porque o tiro saiu pela culatra. Agora, vamos ao placar: Povo Brasileiro 10 X 0 Imprensa de Mercado. A Copa é do povo! É isso aí.