ISTOÉ/SENSUS APONTA EMPATE EM CASO DE 2° TURNO
Dilma Rousseff (PT) conta com 31,6%, ante 32,2% das intenções de voto na pesquisa anterior; já Aécio Neves (PSDB) tem 21,1%, leve queda ante 21,5% no levantamento realizado em junho; Eduardo Campos (PSB), também caiu, de 7,5% para 7,2%; assim como o Datafolha da última quinta-feira, pela primeira vez, em caso de 2° turno, a presidente e o senador tucano teriam situação de empate técnico, com 36,3% dos votos contra 36,2%
19 DE JULHO DE 2014 ÀS 06:10
SÃO PAULO - A pesquisa IstoÉ/Sensus divulgada nesta sexta-feira (19) mostrou uma leve queda nas intenções de voto entre os principais candidatos a presidente da República. E, assim como o Datafolha de quinta-feira, em caso de segundo turno, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) teriam uma situação de empate técnico, sendo a primeira vez que o levantamento aponta esta situação.
Dilma conta com 31,6% dos votos, ante 32,2% das intenções de voto na pesquisa anterior. Já Aécio tem 21,1%, leve queda ante 21,5% no levantamento realizado em junho. Eduardo Campos (PSB), por sua vez, também teve leve queda, de 7,5% para 7,2%. As variações foram dentro da margem de erro da pesquisa, de 2,2% para mais ou para menos.
E os entrevistados que responderam que votariam em branco ou nulo, que não quiseram responder ou que disseram que não votariam em nenhum candidato tiveram uma expressiva alta, passando de 28,8% para 34,4%.
No caso de segundo turno, Dilma teria 36,3% dos votos contra 36,2% do tucano - tecnicamente empatados. Houve uma queda de 5 pontos na diferença entre uma pesquisa e outra. Já no caso de um segundo turno entre Dilma e Campos, a petista teria 38,7% e o pernambucano, 30,9%. No levantamento anterior, Dilma eria 37,5% e o pernambucano, 26,9%.
Avaliações positiva e negativa do governo caem
A avaliação positiva do governo Dilma teve queda, com 32,4% vendo a administração federal como positiva, ante 34,2% da pesquisa anterior. Enquanto isso, cresceu o percentual dos que consideram seu governo regular, passando de 29,1% para 36,4% entre os dois levantamentos. A avaliação negativa caiu, por sua vez, de 34,6% para 28,5%.
Cerca de 40,9% aprovam o desempenho de Dilma no governo, contra 50,9% que a desaprovam. Entre os índices de rejeição, Dilma apresenta o maior: é rejeitada por 42,4% dos entrevistados, enquanto Aécio por 25,3% e Campos, por 25,2%. Dilma é conhecida por 96,8% dos candidatos, enquanto Aécio é por 76,4% e Campos, por 59%.
A pesquisa foi realizada nos dias 12 a 15 de julho, com 2 mil eleitores. A margem de erro é de 2,2%, para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%.
TEMER SE DIZ "EMPODERADO" NO COMANDO DO PMDB
“Isso me dá mais poder, mais liberdade e musculatura para circular pelo país, para fechar acordos, até para ter uma presença mais significativa na campanha presidencial, seja no diálogo interno ou na relação com o PT”, disse o vice-presidente Michel Temer, candidato à reeleição na chapa da presidente Dilma Rousseff, sobre sua volta ao comando do PMDB; ele minimiza os atritos entre os dois partidos e elogia o desempenho dos ministros peemedebistas durante a Copa
19 DE JULHO DE 2014 ÀS 06:30
247 – De volta ao comando do PMDB, o vice-presidente Michel Temer afirma que foi “empoderado”. “Isso me dá mais poder, mais liberdade e musculatura para circular pelo país, para fechar acordos, até para ter uma presença mais significativa na campanha presidencial, seja no diálogo interno ou na relação com o PT”, disse.
Em entrevista ao Globo, ele minimiza os atritos entre os dois partidos e elogia o desempenho dos ministros peemedebistas durante a Copa. “O PMDB tem colaborado muito. Quais foram os ministérios importantes para o sucesso administrativo que a Copa teve? A Aviação Civil foi o que mais se aprovou. E quem está lá? Moreira Franco, do PMDB. Faltou energia? Não faltou. Quem é o ministro? Nosso Edson Lobão”, acrescentou.
Para um segundo mandato, ele destaca o tema de campanha da presidente Dilma Rousseff de que é possível se reeleger com mudanças. “Nosso clima é um futuro para melhor, continuar as mudanças que vêm sendo feitas com a experiência do governo atual. A presidente Dilma foi chefe da Casa Civil, conhece o Brasil como ninguém, ela pode continuar mudando”.
VALE TUDO ELEITORAL
RIBAMAR FONSECA
Objetivo da Folha e da Globo com a divulgação da pesquisa Datafolha foi levar o povo a acreditar que Dilma e Aécio estão empatados na preferência do eleitorado
Frase entreouvida na rua nesta sexta-feira:
- Você viu a pesquisa na TV? A Dilma e o Aécio estão tecnicamente empatados!
Esse foi exatamente o objetivo da "Folha" e da Globo com a divulgação, nesta quinta-feira, da pesquisa do Datafolha sobre a intenção de voto para as eleições presidenciais de outubro vindouro: levar o povo a acreditar que a Presidenta e o senador mineiro estão empatados na preferência do eleitorado. Na verdade a pesquisa mostrou que se as eleições fossem hoje Dilma venceria no primeiro turno, não havendo, portanto, nenhuma razão para uma simulação sobre um eventual segundo turno. Isto porque o empate técnico ocorre justamente num hipotético segundo turno que, pelo menos até esta pesquisa, não dá sinais de que poderá acontecer.
Ao divulgar o resultado da consulta, no entanto, A TV Globo não justificou a simulação do segundo turno e muito menos destacou o fato de que, de acordo com os números da pesquisa, a Presidenta se reelegeria ainda no primeiro turno. E muita gente passou a acreditar numa informação inverídica porque estribada numa hipótese forçada justamente para confundir. A divulgação no "Jornal Nacional" e repetida no "Jornal Hoje" faz parte, obviamente, desse plano maquiavélico de minar a candidatura à reeleição da presidenta Dilma Roussef e facilitar a eleição do candidato tucano Aécio Neves que, mesmo consciente dessa estratégia da Grande Midia, acabou se empolgando com a simulação, acreditando que irá ao segundo turno.
Percebe-se, sem muita dificuldade, a partir dos resultados das últimas pesquisas, que o quadro eleitoral praticamente não se alterou ou sofreu ligeira alteração: enquanto a Presidenta caiu alguns pontos, como resultado sobretudo da sistemática campanha dos jornalões, mas mantém ainda assegurada a sua eleição no primeiro turno, os seus principais adversários – Aécio Neves e Eduardo Campos – tiveram um crescimento insignificante, o que significa que apesar do apoio escancarado da mídia não conseguiram ainda sensibilizar o eleitorado. E continuam patinando num determinado patamar por falta de uma bandeira que empolgue o povão, já que se limitam, única e exclusivamente, a criticar a Presidenta, algumas vezes de maneira grosseira.
A escandalosa campanha da chamada Grande Imprensa para defenestrar Dilma do Palácio do Planalto, que esconde a importância da reunião do BRICS e destaca a vaia no Maracanã, chega ao absurdo de acusar a Presidenta por tudo de ruim que acontece não apenas no Brasil mas, também, no mundo: depois que a "Folha" em editorial culpou Dilma, entre outras coisas, pelo linchamento da uma inocente em São Paulo, uma colunista insinua que ela também é culpada pela queda do avião da Malasya Airlines na Ucrânia. Parece que não há limites para os opositores do governo, para quem, no esforço para conquistar o poder, os fins justificam os meios.
Os líderes oposicionistas na Câmara Federal também estão fazendo a sua parte nesse projeto destinado a apear o PT do poder: para eles vale tudo quando se trata em atingir a Presidenta. Se ela veste vermelho, protestam e recorrem à Justiça; se faz um pouso técnico em Portugal, criticam e pedem explicações; se reúne a sua equipe no Palácio da Alvorada, enlouquecem com ações no Judiciário; se fala através de uma cadeia de rádio e televisão, gritam que é campanha antecipada e buscam a Justiça Eleitoral; se troca ministros a gritaria é a mesma; e agora estrebucham e fazem enorme alarido porque ela hospedou o presidente cubano Raul Castro na Granja do Torto. Será que esse pessoal não tem o que fazer no Congresso? Será que pensam que isso é fazer oposição?
Estão subestimando a inteligência da população se imaginam que com essas bobagens conquistarão os votos de que precisam para ocupar o Palácio do Planalto. Se não mudarem o discurso, especialmente o ex-governador pernambucano, que parece ser o eco do senador mineiro, dificilmente conseguirão mudar esse panorama eleitoral, mesmo com todo o peso da Grande Midia. Afinal, já se foi o tempo em que o povo acreditava em tudo o que saía nos jornais e na televisão. O sucesso da Copa, contrariando o pessimismo insistentemente alardeado por eles, contribuiu para essa mudança de ótica. Já era tempo.