ORGULHO DE SER BRASILEIRO CRESCE, APONTA DATAFOLHA
Índice medido pelo instituto registrou crescimento de 157, um patamar já considerado alto, para 173; ele foi o principal influente do Índice Datafolha de Confiança), que mede o humor geral do eleitorado; outros dados que puxaram para cima o IDC foram a melhor expectativa em relação ao poder de compra dos salários e a melhoria da avaliação do Brasil como lugar para se viver
3 DE JULHO DE 2014 ÀS 17:10
247 – Além do cenário eleitoral, o instituto Datafolha mediu o humor geral do eleitorado a três meses da corrida presidencial e estadual. O índice que mensura o orgulho de ser brasileiro, segundo a pesquisa, subiu de 157 para 173 em um mês.
O dado ajudou a puxar para cima o Índice Datafolha de Confiança (IDC), criado pelo instituto para identificar o humor dos eleitores. Outros fatores que contribuíram com a alta do IDC foram a melhoria da avaliação do Brasil como lugar para se viver e a melhor expectativa em relação ao poder de compra dos salários.
De acordo com o levantamento, 85% dos entrevistados responderam que têm mais orgulho do que vergonha de ser brasileiro, 10% a mais do que há um mês. A pesquisa foi realizada nesta terça e quarta-feira 2, a primeira após a mudança de humor do País em relação à Copa do Mundo.
PESQUISA EXPÕE O VEXAME DA IMPRENSA VIRA-LATAS
Datafolha que mostra recuperação da presidente Dilma Rousseff e aprovação generalizada à Copa Mundo deveria levar imprensa tradicional a olhar no espelho para analisar sua espetacular derrota diante dos fatos; "Raramente a imprensa hegemônica de um país se vê confrontada tão cruamente com um erro monumental, de sua exclusiva responsabilidade", assinala, em artigo, jornalista Ricardo Amaral; "Sociedade brasileira foi conduzida à descrença, ao mau humor e à crítica sem fundamento"
3 DE JULHO DE 2014 ÀS 19:57
247 - O resgate de pontos da presidente Dilma Rousseff na pesquisa Datafolha foi precedido pelo maior erro coletivo de imprensa que se tem notícia nos últimos tempos. Um evento raro. É o que destaca o jornalista Ricardo Amaral em artigo. "Quem jamais acreditou e torceu contra a Copa foi a imprensa vira-latas", assinala. Acompanhe:
Pesquisa expõe o vexame da imprensa vira-latas
Por Ricardo Amaral
Não vejo base estatística em análises do tipo E a Copa ajuda Dilma... ou Com Copa do Mundo humor do pais melhora e Dilma cresce (Folha). Os candidatos permanecem na mesma faixa de intenções de voto desde abril, como aponta o Zé Roberto Toledo no Estadão. Diante desse Datafolha, a imprensa hegemônica deveria olhar para o espelho, não para as eleições.
A ampla aprovação da Copa e o orgulho de sediá-la no Brasil melhoram o humor geral do país, o que pode, sim, favorecer a campanha da presidenta Dilma, mas ainda não se trata de ativo realizado. Pela primeira vez em muito tempo melhoram as expectativas sobre inflação, emprego e desempenho da economia, mas é uma melhora tímida, se comparada aos novos indicadores sobre Copa.
O que o Datafolha traz de novo é a derrota espetacular da imprensa vira-lata diante dos fatos.
É isso que os jornais e a TV tentam esconder desesperadamente. Primeiro, tentaram atribuir as previsões catastróficas à imprensa estrangeira. Falso: a mídia estrangeira comeu na mão imprensa hegemônica local, como acontece em qualquer cobertura global, seja de esportes, guerras ou eleições.
O passo seguinte é tentar botar a culpa no povo. Ontem, no Jornal Nacional, havia uma matéria sobre "o aumento do otimismo" durante a Copa. Dizia que o verde-amarelo quase não se via no início da Copa e foi tomando conta do visual ao longo da competição. "A gente não estava acreditando", confessa uma ingênua entrevistada.
Quem jamais acreditou e torceu contra a Copa foi a imprensa vira-latas. E a sociedade brasileira foi conduzida à descrença, ao mau-humor e à crítica sem fundamento, reproduzindo os bordões e os dados falsos que via na TV e lia nos jornais (aqui vai um pequeno pacote de catástrofes que não se realizaram).
Bastaram três dias de Copa, com os estádios, os aeroportos, o transporte, a segurança e o turismo funcionando, para desmanchar a realidade virtual do "imagina na Copa". Os fatos falaram mais alto.
Raramente se vê um choque de realidade como esse. Raramente a imprensa hegemônica de um país se vê confrontada tão cruamente com um erro monumental, de sua exclusiva responsabilidade. É desse erro gigantesco, impossível de esconder, que ela tem de prestar contas ao seu público: o Brasil não passou vergonha.
A mídia internacional percebeu o engano e rapidamente se corrigiu. Transmite ao mundo umaimagem realista do país (com exceção dos espanhóis e de uma parte dos ingleses – que passaram a amaldiçoar o Brasil pelo fiasco de suas seleções. Mas essa dor passa com o tempo).
Nossa pobre imprensa vira-latas não tem estatura para fazer autocrítica, porque nunca teve vergonha manipular a notícia. Vai continuar torturando os fatos, como fez no julgamento do mensalão e faz cotidianamente na cobertura política e econômica – a ponto de perder a razão (e muitas vezes ela a tem) por absoluta carência de credibilidade.
É cedo para afirmar qual será o efeito da Copa do Mundo sobre as eleições. Está claro, porém, que a imprensa vira-latas sofreu sua mais fragorosa derrota, desde que minha saudosa avó me ensinou a ler jornais, na altura Copa do Chile, 1962.
O tempo dirá qual foi o tamanho do estrago da operação- não-vai-ter-copa sobre o poder da mídia hegemônica no Brasil. Será proporcional à incapacidade de autocrítica dos seus proprietários e "formuladores". Seguramente, a democracia vai sair ganhando.
RESULTADO DA COPA JÁ ERA ESPERADO, DIZ GILBERTO CARVALHO
"Na Copa, está acontecendo exatamente o que sempre achamos que ia acontecer: tudo de normal", afirmou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência; o que não foi normal, destacou ele, foi o "terrorismo" feito durante a preparação do Mundial
3 DE JULHO DE 2014 ÀS 19:09
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
O secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, disse hoje (3) que os resultados da Copa do Mundo não são nada além do normal, porque o governo já sabia que haveria as condições de estádios, aeroportos e de estrutura. "Na Copa, está acontecendo exatamente o que sempre achamos que ia acontecer: tudo de normal", destacou o ministro.
Para ele, também é normal a generosidade dos brasileiros na recepção aos torcedores estrangeiros. "É normal que haja aeroportos, estádios, gramados bons. E sobretudo é normal, nós sabíamos disso, a generosidade que o brasileiro tem, a sua capacidade de sedução, que é impressionante."
Gilberto Carvalho concedeu entrevista a jornalistas após participar de evento do Programa de Fortalecimento da Autonomia Econômica e Social da Juventude Rural, no Palácio do Planalto. O ministro também disse que até o momento não foi convidado a assumir outra função e que pretende continuar no governo.
O que não foi normal foi o "terrorismo" feito durante a preparação do Mundial, destacou o ministro. "Então, não estamos agora exultantes, porque sabíamos que tinha que ser assim. O povo brasileiro [o Brasil], muito mais que o governo, afirma-se como um país capaz, não apenas de realizar o evento Copa, mas de realizar o grande evento da luta diária", disse o ministro, ressaltando as "copas" do emprego, da produção e da infraestrutura, apesar de "profecias" contrárias.
KOTSCHO: DILMA 'DERROTA URUBUZADA' COM DATAFOLHA
"Deu zebra: saiu tudo errado para os pregadores apocalípticos da urubuzada midiático-empresarial-partidária", escreve o jornalista; Ricardo Kotscho diz que também acha que "não se deve confundir futebol com política", mas questiona: "de quem partiu a iniciativa de misturar as coisas e apontar o fracasso da Copa no Brasil como o fracasso do governo petista?"
3 DE JULHO DE 2014 ÀS 16:28
247 - Com as previsões pessimistas sobre a Copa, o plano era derrubar a popularidade da presidente Dilma Rousseff, porém, "deu zebra", afirma o jornalista Ricardo Kotscho, ao comentar a pesquisa Datafolha. "Saiu tudo errado para os pregadores apocalípticos da urubuzada midiático-empresarial-partidária", escreve ele, em seu blog. Kotscho também questiona: "Como o 'Não vai ter Copa' não deu certo, vão inventar o que agora: o 'Não vai ter Eleições' ou o 'Não vai ter Olimpíadas'?". Leia abaixo:
Deu zebra: Dilma derrota urubuzada na festa da Copa
Tudo foi planejado e feito para derrubar os índices de Dilma Rousseff nas pesquisas durante o anunciado fracasso do governo na organização da Copa no Brasil. Deu zebra: saiu tudo errado para os pregadores apocalípticos da urubuzada midiático-empresarial-partidária, como mostra a nova pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, três semanas após o início da competição.
Não só a presidente candidata à reeleição subiu quatro pontos em relação à pesquisa anterior, voltando aos 38 % que tinha em abril, antes da onda de protestos e greves selvagens estimulados pela velha imprensa, como seus principais adversários, o tucano Aécio Neves (20%) e Eduardo Campos (9%), do PSB, continuaram empacados, crescendo apenas um ponto na comparação com os índices de junho.
Quando Dilma disse e repetiu que esta seria a "Copa das Copas", caíram matando na presidente e chegaram ao delírio quando ela foi vaiada e xingada na abertura do Mundial no Itaquerão. Pois agora que a Copa no Brasil está sendo celebrada unanimemente no mundo inteiro como a maior de todos os tempos, dentro e fora dos gramados, o que vão dizer?
"Copa melhora o humor do país, e Dilma cresce", diz a manchete do jornal que promoveu a pesquisa, a mesma Folha que, até a véspera do jogo inaugural contra a Croácia, foi o mais ácido crítico das ações do governo desde a escolha do nosso país para sediar o evento, em 2007. "A probabilidade de que a presidente tenha crescido, porém, é maior do que a de que nada tenha acontecido", conforma-se o instituto de pesquisas, ao apontar a variação dos números no limite das margens de erro.
Seus concorrentes do Instituto Millenium foram na mesma linha para justificar o cavalo de pau que a realidade dos fatos deu nas expectativas funéreas turbinadas pelo noticiário da turma do "quanto pior, melhor para nós". E quem foi que criou o clima de mau humor generalizado antes da bola rolar? Foi a imprensa estrangeira, como querem dizer agora?
Como o "Não vai ter Copa" não deu certo, vão inventar o que agora: o "Não vai ter Eleições" ou o "Não vai ter Olimpíadas"?
Sim, também acho que não se deve confundir futebol com política, mas de quem partiu a iniciativa de misturar as coisas e apontar o fracasso da Copa no Brasil como o fracasso do governo petista? Até agora, não vi nenhuma ação do governo, além dos desabafos da presidente contra a urubuzada, para faturar o sucesso, mas também não vi ninguém vir a público para pedir desculpas pelos prejuízos causados durante os últimos meses pelo bombardeio midiático à imagem do país.
O resultado está aí no Datafolha: 60% dos entrevistados disseram que estão orgulhosos com a organização da Copa no Brasil, 65% ficaram com vergonha dos protestos e 76% condenaram as ofensas feitas à presidente da República. Quer dizer, Dilma fez barba, bigode e cabelo nos adversários, como se costuma dizer na linguagem dos estádios.
A vergonha do Ronaldo Fenômeno, agora grande empresário e comentarista gaguejante da Globo, em poucos dias transformou-se no orgulho da grande maioria dos brasileiros, que também não confundem futebol com política, nem gol com voto, nem Dilma com Felipão.
IRONIA SUPREMA: APÓS TANTA SABOTAGEM, “COPA DAS COPAS” PODE REELEGER DILMA
EDUARDO GUIMARÃES
Não faz sentido que Aécio e Eduardo ganhem pontos porque eles estiveram entre os mais vira-latas no que tange a Copa. Garantiram que o Brasil passaria "vergonha", que as obras não ficariam prontas
Pergunto a você, estimadíssimo leitor: o que mais os grupos político-midiáticos de direita e esquerda que apostaram na Copa de 2014 como meio de desgastar Dilma poderiam ter feito para atingir tal objetivo? Eu diria que fizeram de tudo e mais um pouco.
Pela esquerda, protestos violentos contra a Copa infernizaram as grandes cidades, feriram centenas de pessoas, provocaram prejuízos econômicos imensos, rebaixaram a autoestima dos brasileiros até o rés do chão, tudo com base na mentira hedionda de que os investimentos no evento teriam roubado dinheiro da Saúde e da Educação.
Pela direita, mentiras sobre a organização da Copa não deram um só dia de sossego para os organizadores – ou para a face mais visível da organização do evento, o governo federal. Após caírem as mentiras espalhadas mundo afora pela mídia brasileira, a mídia internacional vem denunciando aquela campanha infame que o evento sofreu, que previa "caos".
Não se pode negar que essa campanha de desmoralização funcionou tanto para um extremo quanto para o outro do espectro político – ao menos enquanto foi possível manter mentiras dessa magnitude: Dilma caiu razoavelmente nas pesquisas.
Além disso, do ano passado até abril deste ano, a 3 meses do início da Copa,pesquisa Datafolha mostrava que a aprovação ao evento despencara. Em novembro de 2008, 79% dos brasileiros apoiavam a Copa; em junho de 2013, eram 65%; em abril último, esse apoio caiu para míseros 48% – a maioria, então, era contrária ou indiferente a realizar a Copa no país.
Eis que, de supetão, sem divulgação prévia no UOL – como costuma acontecer –, pesquisa Datafolha dá conta de melhora na aprovação de Dilma – aparentemente minimizada pelo instituto – e, acima disso, de forte melhora na aprovação à realização da Copa no Brasil, que, agora, subiu para 63%. Em menos de um mês.
E, consequentemente, segundo essa pesquisa Datafolha recém-divulgada, do mês passado para cá a aprovação ao governo Dilma subiu de 33% para 35% e as intenções de voto dela subiram para 38%.
Para este Blog e os leitores que nele acreditam, não houve surpresa. ONZE DIAS atrás, foi dito nesta página que o sucesso da Copa melhoraria a aprovação de Dilma. Como você pode ver, leitor, não foi chute.
Mas, para variar, a famigerada "margem de erro" do Datafolha fez os adversários de Dilma desfrutarem do que não faz sentido que desfrutem. Eduardo Campos e Aécio Neves ganharam pontos também, mas dentro da margem de erro de 2% – Dilma ganhou 4 pontos.
Não faz sentido que Aécio e Eduardo ganhem pontos porque eles estiveram entre os mais vira-latas no que tange a Copa. Garantiram que o Brasil passaria "vergonha", que as obras não ficariam prontas etc. Ora, se nada disso ocorreu não faz sentido que tenham ganhado pontos.
"Análise" do diretor do Datafolha, Mauro Paulino, publicada na Folha nesta quinta-feira 3 explica que os candidatos da oposição ganharam esses pontinhos porque se tornaram "mais conhecidos" e porque caiu o percentual dos que não escolheram um candidato, mas é balela. É mais provável que tenham perdido pontos após a realidade da Copa desmascarar a fantasia pregressa.
Este blog tem notícias de que pesquisas privadas feitas para o governo Dilma mostram que os ganhos dela com a excelente organização do Mundial superam o que o Datafolha diz. Isso porque o desmoronamento do catastrofismo mostrou um fato aos brasileiros: Dilma e a Copa que seu governo organizou foram alvo de mentiras, sob inspiração de seus adversários políticos.
A campanha contra a Copa foi tão insistente, tão esmagadora, tão peremptória que a ausência do desastre chegou a ser chocante. Muitos dos que deram crédito àquelas mentiras ficaram absolutamente embasbacados com a realidade.
Alguém que acreditou piamente nas mentiras – pessoa com quem este blogueiro chegou a ter uma discussão acalorada – disse, recentemente, que estava absolutamente chocado. Pediu-me desculpas, inclusive. E reconheceu que houve (má) intenção política naquela história do "imagina na Copa".
Para os brasileiros, em expressiva maioria, ficaram claros os métodos dos críticos renitentes de Dilma. Mais do que isso, a grande mídia atucanada desmoralizou-se fortemente.
Quem mandou exagerar tanto na dose?
Ora, não é por outra razão que a pesquisa Datafolha mostrou que também no que diz respeito à economia e à expectativa dos entrevistados sobre a própria vida houve melhora para Dilma e seu governo.
Tudo melhorou para Dilma. O pessimismo com a inflação caiu de 64% para 58%, o pessimismo irracional com o desemprego – pois temos hoje o desemprego mais baixo da história – caiu de 48% para 43%. Além disso, subiu de 27% para 32% o contingente dos que acham que os salários irão se valorizar.
Estamos falando de milhões de brasileiros que perceberam que foram jogados contra Dilma ao custo de mentiras. Não há nenhuma outra explicação. Esse fato é claro como água. E, mais do que isso, este blog acredita que se trata de fenômeno não apenas irreversível, mas crescente.
Além da verossimilidade de o Datafolha ter usado a margem de erro – e, talvez, mais um tiquinho – para deprimir os números da adversária Dilma e inflar os dos aliados Aécio e Eduardo, há outros números – que serão conhecidos proximamente – dando conta de melhora ainda maior para a presidente.
Ao fim, o que chama a atenção é a ironia suprema de a grande aposta da oposição midiática para desgastar Dilma se tornar um dos principais fatores que desencadearão sua reeleição, pois o desmoronamento das mentiras mostrou quem é quem.
Este Blog não estranhará, portanto, se, em breve, Aécio Neves e Eduardo Campos tentarem disputar com Dilma a paternidade da Copa. Afinal, filho feio não tem pai, mas filho bonito tem um monte.
*
PS: a imagem que ilustra este texto é de uma charge que fiz na madrugada de quinta-feira (3/7) após ler a pesquisa Datafolha na edição on line da Folha de São Paulo. Fazia muito tempo que não desenhava ou pintava. Na juventude (37 anos atrás), trabalhei como desenhista em uma agência de publicidade. Depois que me casei (aos 22 anos), mudei de ramo porque precisava sustentar a família e desenho, à época, não dava dinheiro. Mas continuei desenhando. Contudo, após o nascimento de Victoria, a quarta filha – que nasceu "especial" –, desanimei e parei. Fazia anos que não desenhava. Voltei na madrugada do dia 3. Assim, peço indulgência na avaliação da charge. Mas como no Facebook os amigos gostaram, achei que seria apropriado reproduzi-la aqui no Blog.
DUAS FACES DO BRASIL
CHICO VIGILANTE
O brasileiro vai mostrar no gramado e nas urnas o que é bom para o país
Em meio a momento decisivo da Copa do Mundo para nossa seleção, encerram-se os prazos para o registro de candidatos e coligações no TSE, e é dado o ponta pé inicial da campanha eleitoral para as eleições de 5 de outubro. Candidatos afinam os discursos para subir em palanques de comícios por todo o país a partir deste domingo, 06/07, início do período oficial de propaganda eleitoral.
Verdadeira guerra de nervos para a oposição, no esporte e na política. Dos 10 candidatos apresentados pelos partidos à presidência da República, a presidenta Dilma continua liderando, e segundo pesquisa divulgada ontem, 02/07, pelo Datafolha, em um mês Dilma subiu de 34% para 38%, enquanto Aécio Neves oscilou de 19%% para 20%, e Eduardo Campos variou de 7% para 9%.
As previsões agourentas de que a Copa do Mundo no Brasil seria um caos não se concretizaram. O que resta então à oposição? Torcer pela eliminação do Brasil na Copa, a favor da Colômbia? Eles são bem capazes. No último jogo do Brasil vi um grupo de camisa preta num restaurante dizendo que votaria em Aécio e torcendo despudoradamente contra a nossa seleção.
O clima de festa no país tende a se refletir nos levantamentos da intenção de votos para Dilma de agora em diante. Segundo Murilo Hidalgo, diretor-presidente da Paraná Pesquisas, a proporção de eleitores favoráveis à realização da Copa no Brasil subiu de 51% para 63%, e o orgulho com a realização do Mundial da Fifa saltou de 45% para 60%.
O brasileiro gosta de futebol, está feliz, torce pelo Brasil, e a maioria da população entende que os governos petistas têm rumo e suas prioridades são o crescimento do país com o fim da miséria e da desigualdade. Para das continuidade a esta trajetória, no entanto, todos devem participar dos debates, e principalmente saber votar.
As regras de propaganda eleitoral estão mais duras, entre elas a proibição de candidatos confeccionarem e distribuírem camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou qualquer outro bem que proporcione vantagem ao eleitor. Permanecem proibidos por decisão do TSE a realização de showmícios e a utilização do telemarketing para o pedido de votos por telefone.
Os 138,5 milhões de brasileiros aptos a votar nas próximas eleições terão que buscar dados para sua decisão de forma inteligente e pro ativa. Propagandas como outdoors, faixas e cartazes que na década de 90 captavam atenções, demonstravam o poder econômico do candidato, mas poluíam praças, ruas e parques continuam vedadas por instruções do TSE.
As novas regras limitam em 4m² até mesmo o tamanho das inscrições de nomes dos partidos e coligações nas fachadas de suas sedes e dependências, ou seja, nenhum letreiro poderá ter mais de 4 m de comprimento por um de largura.
A explosão da utilização da internet e das redes sociais no país, não significa que a propaganda eleitoral por este meio vai facilitar a vida dos candidatos na busca de votos. O TSE limita a propaganda eleitoral pela internet ao site do candidato ou do partido, determina a comunicação de seu endereço eletrônico à Justiça Eleitoral e a obrigatoriedade de que seu provedor de serviço seja estabelecido no Brasil.
A propaganda eleitoral por meio de mensagens eletrônicas, por sua vez, só pode ser enviada para endereços cadastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação e ou veiculadas por meio de blogs ou redes sociais, desde quando gerada ou editada por partidos e coligações.
Um ponto positivo e que contribui para o discernimento dos eleitores sobre o montante gasto pelos candidatos durante a campanha está nas normas sobre propaganda eleitoral na imprensa escrita. Cada candidato pode ter 10 anúncios por veículo, mas deverá imprimir junto do anúncio o valor pago pela inserção. As multas por desobediência podem chegar ao valor pago pela inserção, que todos já sabemos, não são baratas.
Estou certo de que o eleitor brasileiro vai analisar qual será o melhor voto, porque dele depende os destinos do país. Não irá simplesmente vender seu voto para quem lhe der mais dinheiro ou lhe fizer favores; nem votar em quem seus pais, seu cônjuge, seus amigos, seus colegas de trabalho, ou do Facebook disserem que vão votar.
O brasileiro tem demonstrado que cada vez mais entende que um pais democrático é um pais onde a maioria participa e busca cada entender e influenciar nos processos de governança. Que critérios os eleitores devem usar para decidir? devem buscar conhecer o programa do candidato; a evolução do partido do candidato na história do Brasil; analisar de que lado esteve o partido nos momentos decisivos vividos pela Nação.
Torcer contra o Brasil não é coisa de brasileiro. É coisa de traidor. Ao comemorar seus 2,5 milhões de seguidores no Twitter há dois dias, a presidente Dilma abre sua alma como governante, mas principalmente como brasileira que sempre lutou por este país. Declarou que confia no técnico da seleção, Luiz Felipe Scolari, e em todos os nossos jogadores.
Dilma pediu união à Nação e eu faço minhas suas palavras. Tenho certeza que milhões de brasileiros - aqueles que enxergam o país como pátria e não como apenas como uma imagem para interesses escusos – estarão com o coração pulsando em direção a Fortaleza e pedirão a Deus o mesmo que sua presidenta: a vitória do Brasil.