SUPERÁVIT COMERCIAL É DE US$ 1,575 BILHÕES EM JULHO
Resultado, divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, veio acima do esperado pela mediana dos especialistas consultados pela Reuters, com projeção de superávit de US$ 830 milhões; em junho, a balança comercial havia registrado superávit US$ 2,365 bilhões
1 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 16:07
BRASÍLIA (Reuters) - A balança comercial brasileira registrou superávit de 1,575 bilhão de dólares em julho, informou nesta sexta-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O resultado veio acima do esperado pela mediana dos especialistas consultados pela Reuters, com projeção de superávit de 830 milhões de dólares.
Em junho, a balança comercial havia registrado superávit 2,365 bilhões de dólares.
No mês passado, as exportações somaram 23,025 bilhões de dólares e as importações, 21,450 bilhões de dólares, ainda segundo o ministério.
(Por Luciana Otoni e Nestor Rabello)
DILMA RECEBE PREMIÊ DO JAPÃO E REFORÇA PARCERIA COM O PAÍS
"Examinamos a trajetória do comércio bilateral que ultrapassou em 2013 a casa dos US$ 15 bilhões e reafirmamos nossa firme determinação de apoiar sua ampliação e diversificação", discursou a presidente após reunião com o primeiro-ministro Shinzo Abe; ele lembrou que o Brasil abriga a maior comunidade nipônica fora do Japão e destacou que o país é "potência-chave" no relacionamento com a América Latina
1 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 14:51
Danilo Macedo e Yara Aquino - Repórteres da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disseram hoje (1º), após reunião no Palácio do Planalto, que pretendem elevar ao nível de parceria estratégica global as relações diplomáticas entre os dois países, intensificando os contatos de alto nível políticos e econômicos. "Examinamos a trajetória do comércio bilateral que ultrapassou em 2013 a casa dos US$ 15 bilhões e reafirmamos nossa firme determinação de apoiar sua ampliação e diversificação, sobretudo do lado das exportações brasileiras, ainda muito concentradas em produtos básicos", disse a anfitriã.
Abe lembrou que o Brasil abriga a maior comunidade nipônica fora do Japão e destacou que o país é "potência-chave" no relacionamento com a América Latina. A relação entre os países completará 120 anos em 2015. Segundo o primeiro-ministro, o mercado brasileiro oferece grandes oportunidades de investimentos e as companhias japonesas veem isso como muita expectativa. Por fim, frisou que os dois países compartilham princípios como a democracia, preservação do meio ambiente e a defesa da reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
A presidenta Dilma disse que pediu ao primeiro-ministro a suspensão do embargo à carne bovina brasileira termoprocessada e agradeceu a abertura do mercado japonês, em 2013, para a carne suína de Santa Catarina. A presidenta relatou que, durante a reunião com o chefe de Governo do Japão, ambos reconheceram a crescente importância do papel da segurança cibernética na agenda global e destacaram o papel da ONU na resolução de conflitos internacionais. Os dois reforçaram à imprensa a importância a reforma da organização, incluindo a reestruturação do Conselho de Segurança.
Após o encontro entre a presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro, vários atos foram assinados entre os governos dos dois países e também entre empresas e bancos. Entre os governos, foram trocadas cartas de intenção para cooperação mútua sobre questões ambientais e de sustentabilidade relacionadas a desastres naturais, à ciência do mar e à saúde, visando à cooperação em áreas como regulação farmacêutica, sistemas públicos de saúde, políticas e estratégias de promoção de estilos de vida saudável e medicina preventiva.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Japão também assinaram memorando de entendimento para cooperação internacional na promoção de investimentos no Brasil por empresas japonesas de pequeno e médio portes e identificação de projetos de interesse comum.
Na área empresarial, um dos principais acordos foi assinado entre a Petrobras, a Nippon Export and Investment Insurance e o Banco Mizuho, para empréstimo e acordo suplementar de seguro para projeto de construção de plataforma de petróleo, no valor de US$ 500 milhões para a construção de oito cascos de navios-plataforma de petróleo. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o Conselho da Ihi Corporation também assinaram memorando de entendimento para cooperação no ensino de engenharia naval na instituição.
No setor privado, a Amaggi, a Nippon Export and Investiment Insurance e a Sumitomo Mitsui Banking Corporation assinaram acordo de empréstimo e acordo suplementar para projetos agrícolas de produção de soja, milho e outros grãos, no valor de até US$ 200 milhões.
A companhia brasileira Vale e a Japan Oil, Gas and Metals Coorporation firmaram memorando de entendimento para fortalecer a cooperação na área de mineração e finalizar o projeto de Xixano em Moçambique, cooperação em carvão e tecnologia de minas. Com o Banco do Japão, a Vale assinou memorando de entendimento para financiamento de projetos de mineração de ferro, carvão e outros minerais.
Mais cedo, durante encontro, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre Abe e gestores brasileiros e japoneses, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse que a empresa estuda fazer investimentos conjuntos com o Japão em Moçambique, como a construção de uma ferrovia de 912 quilômetros de extensão e um porto de água profunda em Nakala. Segundo ele, após a conclusão das obras, o país africano deixará de ser importador de alimentos para se transformar em exportador, estimando investimentos de US$ 9 bilhões nos próximos cinco anos.
Após o encontro no Planalto, Dilma oferece um almoço no Palácio Itamaraty em homenagem ao primeiro-ministro japonês. À tarde, Abe tem agenda na Embaixada do Japão em Brasília. Amanhã (2), em São paulo, ele se encontrará com a integrantes da comunidade japonesa e com executivos brasileiros e dirigentes de empresas japonesas. Cerca de 1,6 milhão de cidadãos com origem japonesa vivem no Brasil, a maioria no estado de São Paulo. No Japão, está a terceira maior comunidade brasileira fora do país, com quase 200 mil pessoas.
TAXA DE DESEMPREGO TEM ELEVAÇÃO NOS EUA
Crescimento do emprego nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em julho, com 209 mil vagas; taxa de desemprego teve aumento de 0,1 ponto percentual, para 6,2% no mês passado
1 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 12:05
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - O crescimento do emprego nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em julho, e uma alta inesperada na taxa de desemprego apontou para algum excesso de capacidade no mercado de trabalho que pode dar ao Federal Reserve, banco central dos país, espaço para manter as taxas de juros baixas por um tempo.
Foram criadas 209 mil vagas no mês passado após uma forte criação de 298 mil vagas em junho, disse o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira.
Os dados para maio e junho foram revisados para mostrar um total de 15 mil empregos criados a mais do que o relatado anteriormente, mostrando um ímpeto intrínseco.
Julho marcou o sexto mês consecutivo em que houve criação de mais de 200 mil vagas, uma sequência não vista desde 1997. O aumento da taxa de desemprego em 0,1 ponto percentual, para 6,2 por cento foi causado pela entrada de mais pessoas no mercado de trabalho, um sinal de confiança no mercado de trabalho. Economistas consultados pela Reuters haviam projetado um crescimento de 233 mil empregos no mês passado, e que a taxa de desemprego ficaria estável em 6,1 por cento.
A renda média por hora, que está sendo monitorada de perto como um potencial sinal de excesso de capacidade reduzido que poderia levar o Fed a elevar os juros, cresceu em apenas um centavo. Isso deixou a taxa anual de aumento em 2,0 por cento, ainda muito abaixo dos níveis que causaria nervosismo nas autoridades do Fed. As autoridades do Fed alertaram na quarta-feira que um excesso "significativo" ainda existe, sinalizando paciência no fronte dos juros. O esfriamento nas contratações não deve mudar as percepções sobre um forte crescimento econômico no terceiro trimestre.
A economia cresceu a um ritmo anual de 4,0 por cento no segundo trimestre depois de encolher 2,1 por cento nos três primeiros meses do ano.
O relatório de emprego, já acompanhado com atenção pelos mercados financeiros, deve atrair ainda mais atenção nos próximos meses, uma vez que investidores buscam avaliar quando o Fed vai elevar a taxa de juros, atualmente perto de zero desde dezembro de 2008.
A maioria dos economistas vê o primeiro aumento no segundo trimestre do próximo ano.
A taxa de desemprego caiu de um pico de 10 por cento em outubro de 2009, mas a maior parte da queda foi causada por norte-americanos que deixaram a força de trabalho.A taxa de participação na força de trabalho, ou a parcela de norte-americanos em idade de trabalhar que estão empregados ou procurando um emprego, subiu para 62,9 em julho após se manter a 62,8 por cento durante três meses seguidos. Os ganhos de emprego foram generalizados em julho. O setor de serviços respondeu pela maior parte dos ganhos, criando 140 mil vagas, ante 232 mil em junho. No setor industrial foram criados 28 mil empregos em julho, crescendo pelo 12º mês consecutivo. O emprego no setor de construção avançou pelo sétimo mês seguido, com a criação de 22 mil vagas em julho. O setor público criou 11 mil vagas.