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Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.

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quarta-feira, 10 de junho de 2009

PIB cai menos que o previsto e o mercado afasta recessão



Karina NappiMaria Domingues
SÃO PAULO - O Brasil mostra um cenário de recessão técnica econômica, por apresentar dois trimestres consecutivos de queda em seu Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas a expectativa dos economistas e professores consultados pelo DCI é de que a recessão técnica acabe nesse trimestre, uma vez que as projeções mostram que o PIB registrará crescimento nos próximos trimestres de 2009.

(O PIG, ao contrário, ver caos para a economia do Brasil, quando o mundo já faliu)

A economia encolheu 0,8% entre janeiro e março, em comparação com o quarto trimestre de 2008, retração inferior à estimada pelo governo que variava entre 3% e 0,9% negativos.



Nos trimestre final de 2008, o PIB tinha caído 3,6%. Do total o valor obtido pelo PIB no primeiro trimestre deste ano somou R$ 684,609 bilhões, sendo que R$ 584,605 bilhões foram em valor adicionado e R$ 100,005 bilhões em impostos sobre produtos.



"Ao analisar a série encadeada do PIB a preços constantes, podemos dizer que voltamos ao nível do segundo trimestre de 2007. Voltamos quase dois anos", disse a economista do IBGE Rebeca Palis. Segundo ela, a economia não se retraía por dois trimestres seguidos desde 2003.



A razão para o otimismo em relação ao segundo trimestre foi o crescimento de 0,7% no consumo das famílias, depois da queda de 1,8% no trimestre anterior. Outro fator é a elevação do grupo serviços que, por sua vez, registraram aumento de 0,8%. Além do crescimento no consumo do governo, que subiu 0,6%, na mesma comparação. Em relação ao mesmo período do ano passado, o consumo das famílias cresceu 1,3%, o do governo aumentou 2,7% e os serviços subiram 1,7%.



Contudo, a atividade da indústria caiu 3,1% entre janeiro e março, na comparação com os três meses anteriores, acompanhada por agropecuária, com decréscimo de 0,5%. Na comparação com o primeiro trimestre de 2008, a indústria caiu 9,3% e a agropecuária cedeu 1,6%.



De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o resultado do PIB o deixa "satisfeito". "Foi melhor do que as projeções de queda de 2% a 3% que os analistas estavam fazendo", disse ele.



Segundo Mantega, a queda do PIB aconteceu por conta do recuo nos investimentos da indústria e quem sustentou o PIB foi o consumo familiar e do governo. "O mercado doméstico não deixou que as atividades caíssem para níveis de atividade mais baixos", acrescentou o ministro.



Para o diretor da Fractal, Celso Grisi, o resultado é muito positivo e mostra claramente que a economia esta retomando um nível de atividade melhor do que era imaginado. "O gasto familiar cresceu em decorrência de medidas anticíclicas do governo como a redução do IPI em alguns setores e a ampliação dos gastos públicos", afirmou.



Já Mauro Calil, professor do Centro de Estudos Calil & Calil, disse que o aumento do gasto interno no primeiro trimestre ocorreu pelas contas obrigatórias dos brasileiros no começo do ano. "Na minha opinião, o aumento no consumo interno acompanha a inflação, por meio dos gastos adicionais com impostos como o IPTU, IPVA e as compras de material escolar e matricula nos colégios, todos feitos no início do ano", explicou o economista.



"Me preocupa somente a queda na formação bruta de capital fixo, que é correlacionada com a taxa de desemprego que também está em queda e sem possibilidade de crescimento imediato", ponderou Grisi.



Entre os componentes da demanda do PIB, a formação bruta de capital fixo (indicativo dos investimentos feitos no país) declinou 12,6% no comparativo com o trimestre final de 2008, "a maior redução desde o início da série nessa base de comparação (1996)", salientou o IBGE.



Em relação ao mesmo período do ano passado, a formação bruta de capital fixo recuou 14%. Ainda de acordo com o relatório do IBGE a taxa de investimento ficou em 16,6 % do PIB no primeiro trimestre, a menor para o período desde 2005.



Do lado das contas externas, as exportações de bens e serviços verificaram baixa de 16% e as importações diminuíram 16,8%.



"Numa análise dos efeitos da crise sobre o PIB, esse trimestre foi pior porque a gente teve dois dados negativos, enquanto no quarto trimestre do ano passado o indicador trimestral ainda estava subindo bem como os investimentos", acrescentou a economista do IBGE.



Segundo Mantega, a expectativa de crescimento de 1% no PIB para 2009, que já consta na proposta de orçamento deste ano, não será uma "tarefa fácil". "O governo vai ter que continuar tomando iniciativas para estimular a economia, os investimentos e o mercado interno para podermos alcançar o crescimento de 1% ao longo deste ano. Não será tarefa fácil, mas é um desafio possível de ser alcançado", afirmou.



Mantega avaliou, porém, que o Ministério da Fazenda tem de continuar tomando medidas de estímulo para a economia, e que o Banco Central tem de continuar reduzindo a taxa básica de juros. "A redução do preço do diesel , anunciada pela Petrobras, já é uma nova medida de estímulo econômico, pois barateia os custos de produção", disse.



"O governo deve pensar dez vezes antes de retirar a isenção de IPI dos setores automobilístico, de construção e da linha branca. Mas se decidir fazer isso, deverá trocar esses setores que são de "cadeias longas" por interferirem em outros setores e aumentarem o emprego, para outros setores com a mesma proporção como os alimentos ou serviços de saúde", ponderou Calil.



Fora isso, Celso Grisi enfatizou que o momento é de alavancar as medidas para aumentar a oferta de crédito no mercado, tanto para a indústria no geral quanto para os consumidores.



"Não adianta só abaixarem os preços, as pessoas tem que ter crédito para comprar, as empresas tem que ter crédito para fabricar mais produtos e vendê-los tanto internamente quanto para as vendas ao exterior", posicionou Grisi.



Copom



Hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve entrar em acordo e divulgar o novo corte na taxa de juros, a Selic, atualmente em 10,25% ao ano. A expectativa do mercado é que os juros caiam para 9,5% ao ano, mas alguns interlocutores do governo pedem uma redução maior.



De acordo com o professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, Pedro Raffy Vartanian, o resultado do PIB surpreendeu, mas não tem força para alterar o cenário de curto prazo de política monetária. "O Banco Central [BC] está cauteloso, não precisa acelerar a queda da Selic, além de prospectar o cenário e saber que ainda existem alguns entraves à atividade e que inflação está bem comportada."



Para ele, o resultado da reunião do Copom deverá ser de corte em 0,75 ponto percentual na Selic. "Ainda tem probabilidade de novo corte em junho, mas mais do que isso é pouco provável. Então, teremos Selic entre 9% e 9,5% até o final do ano."



"O que falta é mais política monetária [redução da taxa de juros] e fiscal [estímulos para a economia]. A ação do governo tem de continuar. São medidas para aumentar o crédito e reduzir o custo financeiro. Isso significa ação mais forte dos bancos públicos para redução do custo financeiro de modo geral, que ainda está muito elevado", disse Mantega.



Segundo Mantega, o crédito tem de chegar às pequenas e médias empresas. "Ainda não chegou. Estamos viabilizando medidas para o crédito chegar às pequenas e médias empresas, que não têm garantias. Estamos produzindo fundos de aval para viabilizar crédito as pequenas e médias empresas", informou ele.

Daniel Lima e Kelly Oliveira, Agência Brasil

“O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira que o resultado da economia no primeiro trimestre deste ano foi melhor do que o mercado estava projetando.

- Aliás, ninguém acertou. Todo mundo estava falando que ia cair 3%, 2,5%, 2% e na verdade a queda foi de 0,8%.

Segundo o ministro, a baixa se deveu fundamentalmente à queda de investimentos na indústria de modo geral. Ele lembrou que o consumo das famílias e do governo sustentaram o nível de atividade.

Mantega disse também que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou satisfeito com o resultado, que mostra a capacidade de recuperação da economia brasileira.

Nesta terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado da economia no primeiro trimestre, que teve queda de 0,8%, na comparação com o quarto trimestre de 2008.

Em relação ao primeiro trimestre de 2008, o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de bens e serviços produzidos no país - teve queda de 1,8%.”