Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.
Entre os principais investigados figura Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de SP, e chefe da Casa Civil de Mario Covas (PSDB); promotores pediram ainda que os acusados sejam condenados à perda da função pública e dos direitos políticos; e também solicitaram que as empresas Alstom, Cegelec (do grupo Alstom) e Aqualux sejam fechadas ou proibidas de assinar contratos públicos
19 DE JUNHO DE 2014 ÀS 07:55
247 - O Ministério Público pediu à Justiça o reembolso aos cofres públicos em R$ 1,1 bilhão dos investigados no caso de propina à Alstom. Entre os principais réus figura Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de SP, e chefe da Casa Civil de Mario Covas (PSDB).
O Ministério Público também apresentou à Justiça a primeira ação Marinho. Ele é acusado de ter recebido suborno da Alstom. A Justiça suíça atribuiu a ele conta nas Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe, que recebeu pagamentos da multinacional francesa de US$ 2,7 milhões, entre 1998 e 2005.
De acordo com a Promotoria, o dinheiro seria pagamento de propina para vencer uma concorrência no valor de R$ 23,2 milhões. O serviço prestado era o fornecimento de equipamentos em três subestações elétricas da Eletropaulo e EPTE.
Os promotores Silvio Marques, José Carlos Blat e Marcelo Daneluzzi pediram ainda que os acusados sejam condenados à perda da função pública e dos direitos políticos.
Também solicitaram que as empresas Alstom, Cegelec (do grupo Alstom) e Aqualux sejam fechadas ou proibidas de assinar contratos com o poder público.
Chefe da Casa Civil do tucano Mario Covas (1998), Robson Marinho é acusado de ter recebido suborno da Alstom para liberar contrato na área de energia sem licitação; a Suíça atribuiu a ele conta nas Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe, que recebeu pagamentos da multinacional francesa de US$ 2,7 milhões, entre 1998 e 2005; se a Justiça aceitar a denúncia, o conselheiro do TCE passará à condição de réu em ação de improbidade
18 DE JUNHO DE 2014 ÀS 05:13
247 - O Ministério Público apresentou à Justiça a primeira ação contra o conselheiro do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) Robson Marinho. Chefe da Casa Civil do tucano Mario Covas (1998), ele é acusado de ter recebido suborno da Alstom. A Justiça suíça atribuiu a ele conta nas Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe, que recebeu pagamentos da multinacional francesa de US$ 2,7 milhões, entre 1998 e 2005.
De acordo com a Promotoria, o dinheiro seria pagamento de propina para vencer uma concorrência no valor de R$ 23,2 milhões. O serviço prestado era o fornecimento de equipamentos em três subestações elétricas da Eletropaulo e EPTE.
Se a Justiça aceitar a denúncia, o conselheiro do TCE passará à condição de réu em ação de improbidade.
Marinho prorrogou por mais uma semana sua licença do cargo. A decisão sobre seu afastamento do tribunal paulista deve ser tomada ainda nesta semana pela juíza Maria Gabriella Pavlopoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública.
EX-MINISTRO DE FHC É RÉU EM CASO DE US$ 2,5 BI NA CPI
Base aliada na CPI da Petrobras quer ouvir o ministro do Tribunal de Contas da União José Jorge sobre prejuízo para estatal em operação de troca de ativos com a Repsol YPF; ex-ministro de Minas e Energia da gestão de Fernando Henrique Cardoso, ele é réu no caso ocorrido há 13 anos, mas afirma não se lembrar de nada
18 DE JUNHO DE 2014 ÀS 06:42
247 – Integrantes da base aliada na CPI da Petrobras querem ouvir o ministro do Tribunal de Contas da União José Jorge nas investigações.
Ex-ministro de Minas e Energia da gestão de Fernando Henrique Cardoso, ele é réu em ação de 2001 que aponta prejuízo para estatal em operação de troca de ativos com a Repsol YPF.
Enquanto a multinacional espanhola, em dezembro de 2001, cedeu à estatal brasileira a refinaria de Bahía Blanca, recebeu em troca participações em duas grandes refinarias brasileiras e mais 750 postos de combustíveis em diferentes cidades do País. Um negócio e tanto para os espanhóis, que pode ter gerado um prejuízo de US$ 2,5 bilhões para a companhia nacional.
José Jorge afirma não se lembrar do caso, ocorrido há 13 anos. Atualmente, o ministro é responsável por relatar no TCU suspeitas sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, aprovada em 2006, no governo Lula, com aval de Dilma Rousseff, então presidente do conselho – caso que deu origem às duas CPIs no Congresso.
Questionado se considerava possível convocação como estratégia para constrangê-lo, ele respondeu ao Estado de S. Paulo: “Ainda não fiz nada em Pasadena, só se for vingança por antecedência”.
Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que trabalhará para que autoridades suíças continuem a cooperar com o Brasil na investigação sobre o esquema de cartel de trens que envolve governos do PSDB; país teria interrompido acordo de cooperação jurídica após vazamentos sigilosos, como nomes e dados bancários de investigados; "Não recebi comunicação, mas caso isso se confirme, seguramente nós vamos fazer todas as gestões necessárias para que esta colaboração continue a ocorrer", disse Cardozo
4 DE JUNHO DE 2014 ÀS 11:26
247 – O governo brasileiro tentará reverter a decisão da Suíça de interromper a colaboração com o Brasil na investigação do caso Alstom, que apura esquema de cartel de trens durante governos do PSDB.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo divulgada ontem (leia mais aqui), autoridades suíças decidiram congelar a cooperação após vazamento de dados sigilosos do caso, como nomes e dados bancários de pessoas investigadas, incluindo o do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Robson Marinho.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o Brasil não foi informado oficialmente sobre o fim da parceria, mas que se isso se confirmar, fará gestões com o fim de reverter a decisão. "Não recebi comunicação, mas caso isso se confirme, seguramente nós vamos fazer todas as gestões necessárias para que esta colaboração continue a ocorrer", afirmou.
Segundo o Estadão, cerca de dez casos estavam sendo investigados em conjunto com o Brasil, mas foram arquivados pelos suíços após os vazamentos. A Procuradoria-Geral de Justiça e a Corregedoria-Geral do Ministério Público de São Paulo vão apurar o vazamento de informações sigilosas.
SUÍÇA BARRA AJUDA AO BRASIL APÓS VAZAMENTOS DA ALSTOM
País teria rompido o acordo de cooperação jurídica ao divulgar nomes e dados bancários dos investigados em caso de corrupção da multinacional francesa, como os do conselheiro Robson Marinho, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), ex-chefe da Casa Civil de Mario Covas (1998); em acórdão enviado ao MP, a Suíça confirmou que Marinho detinha o “direito econômico” de conta nas Ilhas Virgens Britânicas, que recebeu depósitos de US$ 2,7 milhões entre 1998 e 2005 da Alstom, provavelmente de propina
3 DE JUNHO DE 2014 ÀS 05:17
247 - Vazamentos de dados sigilosos do caso Alstom fizeram a Suíça suspender a cooperação judicial que mantinha com o Brasil. Medida foi tomada após a divulgação de nomes e dados bancários dos investigados, como os do conselheiro Robson Marinho, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), ex-chefe da Casa Civil de Mario Covas (1998), suspeito de receber propina da multinacional francesa para favorecê-la em contrato.
Segundo reportagem do Estado de S. Paulo, o país europeu avisa que só retomará a colaboração quando receber justificativa válida sobre o vazamento do acórdão enviado ao Ministério Público no Brasil sobre o caso Alstom.
Nele, a Suíça informa que Marinho detinha o “direito econômico” da Higgins Finance, constituída nas Ilhas Virgens Britânicas, que recebeu depósitos de US$ 2,7 milhões entre 1998 e 2005 da Alstom. O Ministério Público informa ter provas de que o dinheiro de Marinho tem origem em propinas.
Na Suíça, os nomes dos investigados são mantidos em sigilo até que sejam condenados. Sendo assim, o Brasil teria violado o princípio de “boa-fé”.
O advogado de Marinho, Celso Vilardi, não se diz surpreso: “Dado o espetáculo midiático que aconteceu em torno desse caso, eu não me surpreendo com a decisão suíça”.
Promotor Marcelo Milani pede a condenação das empresas Alstom, Siemens, Bombardier, Tejofran, Temoinsa, Iesa, MPE, TTrans, Faiveley, Knorr Bremse e FVL, que teriam praticado cartel nas licitações dos trens em São Paulo; "era mais caro reformar trens do que comprar equipamentos novos", disse ele; também é acusados de improbidade administrativa o ex-presidente do Metrô José Jorge Fagali, que é ligado ao ex-governador José Serra
26 DE MAIO DE 2014 ÀS 21:22
SP 247 - O Ministério Público de São Paulo fechou a conta do chamado "trensalão tucano". Ela é salgada. Nada menos que R$ 2,5 bilhões. É esse o valor que será cobrado das empresas Alstom, Siemens, Bombardier, Tejofran, Temoinsa, Iesa, MPE, TTrans, Faiveley, Knorr Bremse e FVL, que teriam formado cartel na venda e na reforma de trens para o Metrô paulista e para a CPTM.
"Em São Paulo, era mais caro reformar trens velhos do que comprar equipamentos novos", disse o promotor Marcelo Milani, responsável pela investigação.
Sua denúncia também atinge o ex-presidente do Metrô, José Jorge Fagali, que era muito ligado ao ex-governador José Serra, assim como os ex-diretores Sérgio Corrêa Brasil e Conrado Grava Souza, sob o argumento de que eles permitiram as irregularidades nas concorrências públicas. Milani pediu ainda o bloqueio de bens e a quebra do sigilo bancário e fiscal dos acusados.
"ESQUEMA POLÍTICO" LIBEROU LICITAÇÃO DO METRÔ NO TCE
O Metrô paulista pressionou o TCE de São Paulo para que liberasse uma licitação de interesse da Alstom, aponta e-mail encontrado na multinacional por autoridades federais; uma semana após a mensagem, o TCE cassou uma decisão que bloqueava a concorrência e deixou que ela prosseguisse; no email, o diretor da Alstom Wagner Ribeiro diz à colega Stephanie Brun que a apresentação das propostas da licitação estava bloqueada no TCE, mas que Metrô havia colocado em ação um "esquema político" para liberar a entrega das ofertas; o conselheiro Robson Marinho, que está sendo investigado, votou pela liberação
24 DE MAIO DE 2014 ÀS 06:43
247 - O Metrô paulista pressionou o Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo para que liberasse uma licitação de interesse da Alstom, aponta e-mail encontrado na multinacional por autoridades federais. Uma semana após a mensagem, o TCE cassou uma decisão que bloqueava a concorrência e deixou que ela prosseguisse. A informação é do jornal Folha de S. Paulo (aqui).
Segundo a reportagem, o tribunal paulista resolveu o caso todo em 15 dias, com rapidez incomum. Em geral, processos como esse demoram de 30 a 60 dias. Posteriormente, a Alstom venceu a licitação com uma proposta acima do valor do orçamento elaborado pelo Metrô, o que não é usual em concorrências com livre disputa entre empresas.
O e-mail trata da licitação de 2005 da linha 2-verde do Metrô para implantação dos sistemas de trens do trecho entre as estações Ana Rosa e Alto do Ipiranga. A Alusa, concorrente da Alstom, pediu ao TCE para barrar a concorrência no dia 16 de fevereiro de 2005. Segundo a empresa, o Metrô colocou em um só pacote da licitação quatro sistemas de equipamentos que podiam ser vendidos separadamente. Esse tipo de concentração, de acordo com a Alusa, violava a Lei de Licitações.
Em 19 de fevereiro de 2005, o então conselheiro do TCE Eduardo Bittencourt acolheu o argumento e suspendeu provisoriamente a licitação. Bittencourt chegou a ser afastado do TCE pela Justiça, sob suspeita de enriquecimento ilícito, em ação judicial sem ligação com o Metrô, mas depois reassumiu o cargo.
Três dias depois, o diretor da Alstom Wagner Ribeiro enviou e-mail à colega Stephanie Brun para informar sobre a situação da concorrência. Disse que a apresentação das propostas da licitação estava bloqueada no TCE em razão da impugnação da Alusa, e que o "cliente" (o Metrô) havia colocado em ação um "esquema político" para liberar a entrega das ofertas.
No dia seguinte, o plenário do TCE confirmou decisão favorável à Alusa. Porém, em 2 de março o plenário cassou a liminar concedida por ele mesmo e liberou a licitação, como queria a Alstom. O TCE aceitou o argumento técnico do Metrô de que a divisão no fornecimento dos equipamentos poderia comprometer a segurança e a confiabilidade dos sistemas.
A decisão foi unânime. Um dos votos foi o de Robson Marinho, investigado sob suspeita de beneficiar a Alstom em contrato de 1998. Dois meses depois do julgamento, a empresa francesa venceu a licitação em consórcio com a alemã Siemens. O Metrô e o TCE-SP negam que tenha havido pressão de natureza política no julgamento. A Alstom afirma que "não concluiu a avaliação do processo" e não se manifestou.
SUÍÇA CONFIRMA: BRAÇO DIREITO DE COVAS TEM US$ 2,7 MI
Entre 1998 e 2005, Robson Marinho recebeu dinheiro de suborno da Alstom; Ministério Público diz que dinheiro foi pago por contrato na gestão de Mário Covas, para dar parecer favorável à empresa; conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo, ele sempre negou ter conta na Suíça e ter recebido propina; também é alvo de inquérito criminal em curso no STJ
14 DE MAIO DE 2014 ÀS 05:36
247 - A Justiça suíça confirmou que uma empresa estrangeira de propriedade de Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, recebeu US$ 2,7 milhões (o equivalente a R$ 6 milhões) da Alstom entre 1998 e 2005. Robson Marinho foi secretário do governador tucano Mário Covas, entre 1995 e 1997. Desde 2001, é conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo.
De acordo com a Justiça, a Alstom pagou propina para vencer uma concorrência no valor de R$ 23,2 milhões. O serviço prestado era o fornecimento de equipamentos em três subestações elétricas da Eletropaulo e EPTE. Marinho nega ter dinheiro no exterior. Segundo o Ministério Público, Marinho recebeu dinheiro para dar um parecer favorável à empresa.
A conta foi aberta em nome da empresa Higgins Finance LTDA, com sede nas ilhas virgens britânicas, e recebeu vários depósitos. Um deles é da empresa MCA, de Romeu Pinto Júnior, que admitiu à Promotoria que a companhia foi usada pela multinacional francesa Alstom para pagar propinas no Brasil.
Marinho, que sempre negou ter conta na Suíça e ter recebido suborno, também é alvo de inquérito criminal em curso no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
A Alstom declarou que repudia as insinuações de que possui uma política institucionalizada de pagamentos irregulares para obter contratos. Já o advogado de Robson Marinho, Celso Vilardi, diz que vai tentar anular as provas, porque elas foram obtidas na Suíça de maneira ilegal.
Senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) foi citado pelo ex-diretor da Siemens, Everton Rheinheimer na PF por relações com o lobista Arthur Teixeira, indiciado sob acusação de intermediar propinas no cartel; tucano nega envolvimento, mas na semana passada perdeu o controle ao ser questionado sobre o caso; cotado para ser vice de Aécio Neves, ele se queimou ao xingar o blogueiro Rodrigo Grassi; será que Aloysio vai também mandar senadores e deputados à PQP?
12 DE MAIO DE 2014 ÀS 06:10
247 – O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) poderá ser um dos alvos da CPI do Metrô. O nome dele foi citado no esquema de cartel montado em contratos com governos de São Paulo, desde Mario Covas (1998). Em relatório entregue no dia 17 de abril ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer cita relações do senador como lobista Arthur Teixeira, indiciado sob acusação de intermediar propinas no caso Siemens-Alstom.
Segundo a colunista Vera Magalhães, Aloysio confirmou que esteve em festa de Teixeira, mas disse que só teve "relações cordiais" com o consultor, negando qualquer envolvimento. "Meu nome sequer foi incluído na investigação. Não precisei nem ser ouvido", disse.
No entanto, tem agido com truculência quando questionado sobre o tema. Na semana passada, mandou o blogueiro Rodrigo Grassi à "puta que te pariu" e o chamou de "vagabundo" (assista aqui).
Cotado para ser vice de Aécio Neves na chapa tucana à Presidência, ele se queimou e perdeu a estabilidade. Depois de ter assinado pedido de instalação da CPI da Alstom, retirou seu próprio nome. Aloysio classificou o pedido como uma "farsa", por não considerar suspeitas de esquema em estados governos pelo PT e aliados. Desorientação pode lhe custar o futuro na chapa presidencial.
MP PEDE À SUÍÇA BLOQUEIO DE CONTAS DE 20 INVESTIGADOS POR CARTEL
Entre os suspeitos, incluídos pessoas físicas e empresas, está a offshore Badminton, constituída por um ex-diretor da CPTM; pedido foi feito pelo Ministério Público Estadual de São Paulo e pela Procuradoria da República às autoridades suíças; investigadores não têm mais dúvidas de que o cartel do Metrô e da CPTM "não funcionou sem ajuda de agentes públicos"
9 DE MAIO DE 2014 ÀS 09:49
SP 247 – O Ministério Público Estadual e a Procuradoria da República pediram às autoridades suíças a quebra do sigilo e o bloqueio de contas de 20 investigados no esquema do cartel do metrô e da CPTM em São Paulo. A lista envolve pessoas físicas e empresas e se refere a diversos contratos e licitações entre 1998 e 2008.
De acordo com reportagem do jornalista Fausto Macedo, que acompanha o caso minuciosamente, os investigadores não têm qualquer dúvida de que houve, além de cartel formado por multinacionais para serem favorecidas em licitações, corrupção entre agentes públicos.
Eles acreditam que o cartel "não funcionou sem ajuda de agentes públicos". "Não houve só cartel, teve corrupção também", afirmou um investigador. Este é o terceiro pedido de auxílio feito por procuradores brasileiros a autoridades internacionais. Antes, já haviam enviado pedidos para a Inglaterra e para a Alemanha.
Um dos nomes da lista é a offshore Badminton, constituída por um ex-diretor da CPTM. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informou ao Ministério Público em janeiro desse ano que o engenheiro Ademir Venâncio de Araújo e sua mulher têm cinco contas no exterior, em nome próprio, de uma offshore e de uma fundação, cujos valores podem ultrapassar US$ 1 milhão. O dinheiro já foi bloqueado pelo Ministério Público da Suíça.
CONTRATOS ENTRE LABOGEN E GOVERNOS TUCANOS CHEGAM A R$ 164 MILHÕES
A empresa Medicamentos Labogen, do doleiro Alberto Youssef, firmou contrato no valor de R$ 30,8 milhões com o Ministério da Saúde na gestão de José Serra, em 1999; laboratório também vendeu diretamente para a Fundação Remédio Popular (Furp), do governo do Estado de São Paulo, de 1999 a 2005
9 DE MAIO DE 2014 ÀS 12:03
247 – Apesar de estarem na mídia principalmente por denúncias contra o deputado André Vargas (sem partido, PR) e contra o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, atual pré-candidato ao governo de São Paulo, as empresas do doleiro Alberto Youssef, Medicamentos Labogen e Labogen Química, firmaram contratos durante gestões tucanas.
Em 1999, na gestão de José Serra (PSDB), a Medicamentos Labogen firmou contrato de R$ 30,8 milhões com o ministério da Saúde, de acordo com denúncia do blog Tijolaço (R$ 97,4 milhões em valores corrigidos até março de 2014). Além disso, a empresa vendeu diretamente para a Fundação Remédio Popular (Furp), do governo do Estado de São Paulo, de 1999 a 2005, revela oblog Viomundo.
Reportagem de Conceição Lemes aponta ainda a Furp também firmou vários contratos com a Piroquímica Comercial, oficialmente de Pedro Argese Júnior, que segundo o MPF-PR, é testa de ferro de Youssef. Os contratos foram entre 1999 e 2007, consequentemente nos governos Covas, Alckmin e Serra.
Os contratos da Furp com a Medicamentos Labogen somam R$ 14 milhões (R$ 28 milhões em valores corrigidos); e com a Piroquímica, R$ 20 milhões (R$ 39 milhões em valores corrigidos). Ao todo, portanto, os contratos das indústrias que pertencem ao doleiro preso na operação Lava Jato, da PF, com governos do PSDB paulista chegam a R$ 67 milhões. Somados os contratos da gestão Serra no ministério da Saúde (R$ 97,4 milhões), a soma alcança R$ 164 milhões.
CPI DOS PEDÁGIOS TENTARÁ ABRIR A MAIOR CAIXA-PRETA DO GOVERNO DE SP
EDUARDO GUIMARÃES
As fontes do Blog garantem que o tamanho da roubalheira dos pedágios irá colocar a CPI dos trens no chinelo. Por isso o PSDB fez tanto esforço para impedir essa investigação
No último ano do atual mandato do governador Geraldo Alckmin finalmente a oposição conseguiu aprovar sua primeira CPI, a dos pedágios. Parece mentira, mas, em quase quatro anos, a oposição ao governo paulista na Assembleia Legislativa jamais conseguiu aprovar uma CPI que a situação, ou melhor, que o Palácio dos Bandeirantes não quisesse ver instalada.
Em 2011, logo no início da atual legislatura, a bancada do PT conseguiu o número regimental de assinaturas para protocolar a CPI dos Pedágios. Na ocasião, a base do governo Alckmin, valendo-se de um verdadeiro passa-moleque, inundou a fila de pedidos de investigação a fim de impedir o que, em nível federal (no Congresso), o PSDB chama de "direito da minoria".
Desde 2011, a Assembleia Legislativa paulista teve, entre outras CPI's pitorescas, a da gordura transgênica, a da pesca predatória e a do uso abusivo do álcool, mais conhecida como "CPI da Manguaça". Mas não conseguiu instalar a CPI dos pedágios, dos quais dez entre dez usuários das estradas paulistas reclamam.
Para conseguir impedir a instalação de uma CPI que obteve assinaturas suficientes de parlamentares devido à grande grita da sociedade paulista por investigação e providências, o PSDB usou do autoritarismo que caracteriza o partido em São Paulo. O episódio vale a pena ser divulgado para que se tenha ideia de como o Estado mais poderoso do país se transformou em um feudo.
A bancada do PT, visando burlar norma que o deputado estadual do DEM Rodrigo Garcia conseguiu aprovar para dificultar a instalação de CPIs a pedido da minoria – a norma de que qualquer investigação só seja instalada pela ordem cronológica –, colocou um funcionário de plantão no protocolo da Assembleia, para ser o primeiro da fila.
Para que se tenha ideia, em 2011 o assessor da Bancada do PT, Salvador Khuriyeh, ficou 12 horas em pé em frente ao relógio de ponto para garantir o protocolo do pedido de CPI elaborado pelo Partido dos Trabalhadores, com o objetivo de fiscalizar os contratos entre o governo e as empresas concessionárias das rodovias estaduais.
A Presidência da Casa, então exercida pelo tucano Barros Munhoz, praticou uma legítima molecagem. Mandou retirar o funcionário da bancada petista da fila alegando que ele não poderia permanecer no local porque a Assembleia ainda não tinha instalado seus trabalhos. Porém, atrás desse funcionário havia funcionários da bancada da situação com uma dezena de pedidos de CPIs para protocolar, entre as quais a "CPI da manguaça", supracitada.
Os funcionários do PSDB e do DEM, entre outros, não foram retirados da fila de protocolo da Assembleia e foi só o funcionário petista ser retirado para que os funcionários governistas protocolassem seus pedidos de CPI, fazendo com que a dos pedágios fosse para o fim da fila.
Por conta disso, demorou quase três anos para que chegasse a vez da CPI dos pedágios. Isso porque, na Assembleia Legislativa de São Paulo, CPI's têm prazo de funcionamento de 120 dias, podendo ser prorrogadas por mais 60, totalizando quase seis meses por CPI. Assim, a bancada governista vinha estendendo suas CPIs pitorescas ao máximo para impedir a dos pedágios de ser instalada.
A preocupação do governo Alckmin com a CPI dos pedágios, portanto, é suspeitíssima. E quando se analisa outras condutas desse governo a questão se torna ainda mais suspeita.
Por exemplo: o governo do Estado se recusa a divulgar o valor arrecadado nas praças de pedágio de São Paulo, mas, de acordo com o Pedagiômetro, esse valor, em 2013, chegou a R$ 6,891 bilhões.
São Paulo tem os pedágios mais caros do Brasil. Segundo o vice-presidente da CPI dos pedágios, o deputado Antonio Mentor (PT), uma viagem entre a capital paulista e Ribeirão Preto (interior do Estado) custa, só em pedágios, 70 reais, enquanto que o mesmo trajeto em uma estrada federal custa 9 reais.
O PSDB e a mídia de São Paulo argumentam que o preço exorbitante dos pedágios no Estado decorre da melhor qualidade das estradas paulistas. Resta saber se o custo 700% maior desse pedágio proporciona estradas 700% melhores que as federais, o que, obviamente, não ocorre. Teriam que ser estradas folhadas a ouro...
No vídeo abaixo, o deputado Antonio Mentor exorta os cidadãos paulistas a acompanharem uma investigação que interessa a todos, porque mesmo quem não usa – ou usa pouco – as estradas paulistas acaba pagando pelo pedágio exorbitante, pois este encarece os preços dos produtos transportados por essas estradas, os quais se espalham por todo o país, o que faz desse problema um problema nacional.
Apesar da importância do assunto, não será fácil conseguir fazer essa investigação avançar. Apesar de haver fortes suspeitas de irregularidades nos contratos do governo do Estado com as concessionárias, a base governista assumiu o controle da investigação – dos 9 membros da CPI, 7 são governistas.
A base governista escalou sua "tropa de choque" para a missão: Bruno Covas (presidente da CPI), Edson Giriboni, Davi Zaia (todos ex-secretários estaduais), Cauê Macris (líder da Bancada do PSDB), Aldo Demarchi, Orlando Bolçone e Campos Machado. Já a oposição escalou Antonio Mentor e Gerson Bittencourt, ambos do PT.
Vale dizer que é absolutamente estranho um líder de bancada integrar CPI, como ocorre com líder dos tucanos, Cauê Macris.
Para o líder da Bancada do PT, deputado João Paulo Rillo, é tudo muito suspeito:
"Se a base do governo escalou sua tropa de choque para a CPI é porque sabe que nós, da oposição, vamos querer abrir essa caixa-preta dos pedágios. Essa CPI tem que mostrar para a população do Estado para onde vão os lucros exorbitantes das empresas concessionárias que administram as rodovias paulistas"
Para tornar tudo ainda mais suspeito, a publicação da instalação da CPI no Diário Oficial da Assembleia Legislativa tem, apenas, um mísero parágrafo. Veja, abaixo, a nota diminuta para comunicar a instalação de investigação que pode detectar escândalo ainda maior do que o do cartel envolvendo o metrô e a CPTM.
Além de ser tão difícil instalar CPI's no Estado de São Paulo, o aparelhamento delas pelo PSDB tentará impedir depoimentos, apresentação de documentos etc. Porém, as fontes do Blog garantem que o tamanho da roubalheira dos pedágios irá colocar a dos trens no chinelo. Por isso o PSDB fez tanto esforço para impedir essa investigação.
DILMA E A CPI: "O INTERESSE NESSA HISTÓRIA SOU EU"
No jantar realizado na terça-feira com mulheres jornalistas, a presidente Dilma Rousseff também falou sobre como encara a CPI da Petrobras; "O interesse todo nesta história sou eu. Eu representava o poder controlador", afirmou; Dilma, no entanto, se mostrou tranquila; "Não temo nada de CPI. Não devo nada e, portanto, não tenho temor nenhum. Este é um governo de absoluta transparência"; ela também defendeu a nota divulgada pelo Palácio do Planalto sobre a compra da refinaria de Pasadena; "Não falei nada que todos não soubessem e tudo isso está nas atas"
8 DE MAIO DE 2014 ÀS 06:01
247 - No jantar oferecido a jornalistas mulheres, na última terça-feira, a presidente Dilma Rousseff também falou sobre sua expectativa a respeito da CPI da Petrobras, que começará funcionar nas próximas horas. O melhor relato foi feito pela jornalista Tânia Monteiro, do Estado de S. Paulo (leia aqui a íntegra).
Nele, a presidente Dilma falou com franqueza sobre a posição que ocupará nos debates da comissão. "O interesse todo nesta história sou eu (....) Eu representava o poder controlador", afirmou. No entanto, ela também se mostrou absolutamente tranquila. "Não temo nada de CPI. Não devo nada e, portanto, não tenho temor nenhum. Este é um governo de absoluta transparência", disse ela.
A presidente também disse não se arrepender da nota divulgada pelo Palácio do Planalto sobre a compra de Pasadena – documento que acusou o ex-diretor Nestor Cerveró de preparar um parecer omisso e falho para o conselho de administração. "Não me arrependo. Não falei nada que todos não soubessem e tudo isso está nas atas. Portanto, é uma tolice meridiana dizer que todas as cláusulas (Put Option) são iguais. Não são. Cada contrato tem sua cláusula específica. Casamentos têm regras diferentes para o caso de um do casal querer sair. É tolice dizer que todos são iguais."
Entretanto, a presidente evitou comprar briga com Cerveró e com o ex-presidente da estatal, José Sergio Gabrielli. "Não estou aqui para julgar nem o Cerveró nem o Gabrielli. Até onde eu sei, pode ter havido um equívoco, mas não sei se houve má-fé. Eu não teria aprovado com as cláusulas (Put Option e Marlim)."
Água em São Paulo
No mesmo encontro, Dilma também afirmou que a responsabilidade pela falta de água em São Paulo é única e exclusiva do governador Geraldo Alckmin. "Qualquer tentativa de repartir responsabilidade com o governo federal pela (falta de) água em São Paulo é má-fé."
Na noite de ontem, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) cobrou os nomes que integrarão a CPI da Petrobras, que surgiu a partir do caso Pasadena, mas também mandou instalar a comissão que investigará subornos na compra de trens da Alstom e da Siemens por governos tucanos; o líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM), defendeu a decisão; "Já que a oposição que fazer palanque político para discutir possíveis desvios de recursos públicos, porque não discutir os desvios que aconteceram ou possivelmente tenham acontecido no Metrô de São Paulo?", questionou
8 DE MAIO DE 2014 ÀS 05:40
247 - Depois da decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, que impediu a criação de uma CPI para investigar escândalos de corrupção na Petrobras, mas também no metrô de São Paulo e no porto de Suape, o Congresso Nacional reagiu e está pronto para dar início aos trabalhos de duas comissões. Uma investigará negócios da Petrobras e terá como alvo maior o PT. Outra, focada no escândalo Alstom-Siemens, irá mirar governos tucanos em São Paulo.
A estratégia contou com a participação decisiva do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que adiou a abertura da CPI da Petrobras até que estivesse tudo pronto para a instalação também da CPI do Metrô. Liderados pelo PT, os governistas conseguiram apoio de 191 deputados e 32 senadores para a CPMI do Metrô, quando eram necessárias 171 e 27 assinaturas.
A criação dessas duas CPIs foi defendida pelo líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). "Já que a oposição que fazer palanque político para discutir possíveis desvios de recursos públicos, por que não discutir os desvios que aconteceram ou possivelmente tenham acontecido no Metrô de São Paulo?", questionou.
Entre os tucanos, apenas o presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) assinou a proposta de CPI, como havia prometido. "A base aliada tem toda legitimidade para fazê-lo. Lamento até que venha com enorme atraso. Se essas denúncias que estão aí há anos circulando incomodassem realmente o PT, já poderia ter feito isso", afirmou.
A CPI da Petrobras também promete dar muito trabalho à presidente Dilma Rousseff. Um dos integrantes da comissão mista será o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Nosso discurso não será nem de explodir nem defender o governo, mas de investigar", afirmou.