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Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.

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sábado, 24 de maio de 2014

quarta-feira, 26 de setembro de 2012


AÇÃO SOBRE RACISMO EM OBRA DE LOBATO VOLTA AO STF



Terminou novamente sem acordo audiência de conciliação realizada nesta terça em torno da obra Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato; representantes do Ministério da Educação se reuniram com membros do Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (Iara); ação volta agora para o STF, onde será julgada pelo ministro Luiz Fux



25 DE SETEMBRO DE 2012 ÀS 21:22





Heloisa Cristaldo, da Agência Brasil – Terminou novamente sem acordo a audiência de conciliação em torno da obra de Monteiro Lobato. Representantes do Ministério da Educação (MEC) se reuniram nesta terça-feira 25 com membros do Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (Iara) para discutir ação que questiona o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) que liberou a adoção do livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, no Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE).

Sem conciliação, a ação volta ao Supremo Tribunal Federal (STF) e será julgada pelo ministro Luiz Fux. Os membros do Iara, autores do mandato de segurança, consideraram insuficientes a proposta do Ministério da Educação de enviar notas explicativas sobre as obras do autor brasileiro.

"Não diminuímos 1 milímetro sequer do pedido inicial. As políticas públicas não estão de acordo com a realidade. Achamos que estão sendo feitas, mas é muito pouco. O número apresentado pelo MEC, de professores capacitados, é menos de 4% do total de professores [do país]", disse o advogado do Iara, Humberto Adami. A entidade defende recomendação anterior do CNE (parecer nº 15/2010) para não distribuição do livro nas escolas.

O Ministério da Educação defende o parecer questionado pela entidade e garante que há orientação do trabalho do professor em sala de aula sobre as obras de Lobato e outros autores. "O MEC não admite censurar obras de Monteiro Lobato e vai defender essa posição junto ao Supremo Tribunal Federal. [O parecer] Ele orienta com clareza os professores, as escolas, os sistemas de ensino, profissionais da educação de como obras de valor literário, científico devem ser mediadas pelos professores e que tenham sempre a preocupação da sua respectiva contextualização", disse o secretário de Educação Básica do MEC, Cesar Callegari.

De acordo com Callegari, o Ministério da Educação vai intensificar a divulgação do parecer do CNE, proporcionando mais visibilidade e conhecimento do documento a todas as escolas brasileiras. "Nossa ideia é fazer que as 190 mil escolas do país tenham conhecimento adequado sobre a contextualização das obras de Monteiro Lobato".

Callegari disse que o governo federal já implementou ações de medidas antirracistas e de promoção da igualdade racial, em atendimento à Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino de história e cultura afrobrasileira em todas as escolas brasileiras.

"O MEC defende como pressuposto de qualquer programa educacional de boa qualidade, a plena liberdade de circulação de ideias e o pleno acesso dos estudantes às ideias no campo da cultura e da ciência, mediados por professores. Estamos tratando de obras de uso educacional", disse Callegari.

Já o advogado do Iara ressaltou que a medida é insuficiente e afirmou que caso a entidade não consiga resultado satisfatório no STF, entrará com medidas em cortes internacionais. "O negro não pode ser visto como eterno escravizado. Vamos buscar a OEA [Organização dos Estados Iberoamericanos] no caso de não conseguirmos resolver no Poder Judiciário brasileiro essa questão".

Outra obra de Monteiro Lobato também está sendo questionada pela entidade, que encaminhou representação à Controladoria Geral da União (CGU) solicitando que investigue a aquisição do livro Negrinha. De acordo com Iara, a obra foi adquirida em 2009 pelo Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE), do Ministério da Educação, e reforça o discurso racista da obra de Lobato.

"O mais importante é que o debate está sendo criado, ainda estamos discutindo resquícios da escravidão. Em carta para um amigo, Monteiro Lobato deixava claro que queria a instalação da [organização racista norte-americana] Klu Klux Klan no Brasil. E o que eles faziam? Exterminavam negros nos Estados Unidos", disse Adami. O secretário de Educação Básica afirmou que o Ministério da Educação ainda não foi notificado da representação.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012


30ª Bienal de São Paulo começa nesta sexta

30ª Bienal de São Paulo começa nesta sexta Foto: Divulgação

SOB A CURADORIA DE LUIS PÉREZ-ORAMAS, EVENTO ACONTECE ENTRE OS DIAS 7 DE SETEMBRO E 9 DE DEZEMBRO NO PAVILHÃO CICCILLO MATARAZZO, NO PARQUE IBIRAPUERA, E TRAZ OBRAS DE MAIS DE 100 ARTISTAS, SENDO QUE 21 DELES SÃO BRASILEIROS

06 de Setembro de 2012 às 15:18
Amanda Arrivabene _ Cidade de São Paulo -  A 30ª edição da Bienal de São Paulo – uma das maiores exposições de arte contemporânea do mundo – acontece entre os dias 7 de setembro e 9 de dezembro no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera. Com o título A iminência das poéticas, o evento deste ano tem curadoria de Luis Pérez-Oramas e terá obras de mais de 100 artistas – 21 deles brasileiros.
A mostra será dividida em quatro temas:“Sobrevivências”“Alteroformas”,“Derivas” e “Velozes”. Uma das novidades é a participação de museus e galerias de arte na programação do evento. Diversas obras e ações paralelas acontecerão na Avenida Paulista (Museu de Arte de São Paulo – MASP e Itaú Cultural) e na Estação da Luz.
Um dos destaques da edição é a mostra inédita de obras do brasileiro Arthur Bispo do Rosário. O artista passou grande parte da vida recluso em um hospital psiquiátrico, onde utilizava materiais descartados para produzir peças que representavam sua realidade.
Entre os artistas que se apresentarão estão Bernardo Ortiz, Charlotte Posenenske e os brasileiros Sofia Borges, Eduardo Berliner, Lucia Laguna e Marcelo Coutinho. Serão quase 3 mil obras, incluindo trabalhos inéditos e obras produzidas exclusivamente para a mostra.
A 30ª edição do evento traz ainda uma atividade paralela chamada “Reverso”, que será apresentada em outros lugares da cidade, como a Casa Modernista, a Capela do Morumbi e a Casa do Bandeirante, e reúne vários elementos que ajudaram a compor o quadro curatorial desta edição da Bienal, como vídeos do processo de montagem e escolha dos temas e artistas, além de mostras de filmes, intervenções urbanas e peças de teatro.

Serviço
30ª Bienal de São Paulo
Data: de 7 de setembro a 9 de dezembro de 2012.
Horário: terça, quinta, sábado e domingo, das 9h às 19h; quarta e sexta, das 9h às 22h.
Grátis.
Local: Pavilhão Ciccillo Matarazzo do Parque Ibirapuera.
End.: Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Portão 3 – Moema – São Paulo.
Tel.: (11) 5576-7600.
www.bienal.org.br

quinta-feira, 23 de agosto de 2012


Mais tempo para ver os impressionistas

Mais tempo para ver os impressionistas Foto: Divulgação

CCBB SÃO PAULO ESTENDE HORÁRIOS DE VISITAÇÃO DA EXPOSIÇÃO; PESSOAS TERÃO MAIS CHANCES PARA VER RARIDADES DO MUSEU D'ORSAY E CONFERIREM OBRAS DE MONET, GAUGUIN, DEGAS, VAN GOGH E CÉZANNE; MOSTRA VAI ATÉ 7 DE OUTUBRO

23 de Agosto de 2012 às 13:11
 247- A exposição Impressionismo: Paris e Modernidade, Obras-Primas do Acervo do Museu d'Orsay de Paris, França" está sendo um sucesso. Nas duas primeiras semanas, mais de 70 mil pessoas foram conferir as obras de Monet, Gauguin, Degas, Van Gogh e Cézanne, que estão expostas no Centro Cultural Banco do Brasil.
Devido a grande procura, o CCBB resolveu estender os horários para que mais pessoas possam ver essas raridades. A mostra fica até 7 de outubro na capital, e os horários são: de terça a quinta, das 10h e 22h; às sextas, entre 10h e 23h; nos fins de semana, das 8h às 23h.
Além disso, O CCBB programou mais duas Viradas Impressionistas, uma para o feriado de 7 de setembro (sexta, 7/9 e sábado, 8/9) e outra para o último fim de semana de exposição (sexta, 5/10 e sábado, 6/10).
(Claude de Monet ) Le Bassin Aux Nymphéas, Harmonie Verte, de 1899 (Divulgação)
(Claude de Monet ) Le Bassin Aux Nymphéas, Harmonie Verte, de 1899 (Divulgação)
(Edgar Degas ) Danseuses montant um escalier
(Edgar Degas ) Danseuses montant um escalier
(Paul Gauguin ) Les Alyscamps, de 1888
(Paul Gauguin ) Les Alyscamps, de 1888
(Paul Cézanne) Nture morte à la soupière, de 1877
(Paul Cézanne) Nture morte à la soupière, de 1877
(Claude Monet ) Régates à Argenteuil, de 1872
(Claude Monet ) Régates à Argenteuil, de 1872
Exposição
Impressionismo: Paris e Modernidade, Obras-Primas do Acervo do Museu d'Orsay de Paris, França tem a "cidade luz" como a principal estrela.Capital moderna por excelência, Paris atraiu os maiores artistas do século XIX, que pintaram sua paisagem, seus lugares e sua vida sob diferentes perspectivas.
Atraídos ou repelidos pelo seu magnetismo, a cidade mo­tivou a expressão artística de Claude Monet, Vincent Van Gogh, Jules Lefebvre, Edouard Manet, Paul Gauguin, Pierre-Auguste Renoir, Toulouse-Lautrec, entre outros. A exposição reúne alguns dos trabalhos desses pintores: por um lado, aqueles cuja temática está ligada ao crescimen­to da cidade, a vida moderna, os caminhos de ferro e as estações; por outro, estão representadas obras que surgiram a partir de uma reação a este movimento, a fuga da cidade em busca de ambientes bucólicos.
A exposição reúne seis módulos, sendo três deles dedicados à vida da ci­dade: "Paris: a cidade moderna", "A vida urbana e seus autores" e "Paris é uma festa" apresentam a vida urbana marcada pela construção de grandes boulevards, mercados, jardins públicos, cafés, óperas e bailes. Aqui estão as cenas e vistas do rio Sena e da catedral de Notre-Dame de Paris, retratadas por Pisarro e Gauguin, as cenas da vida burguesa retra­tadas por Renoir; o cotidiano mundano das prostitutas, em quadros como Femme au boa noir, de Toulouse-Lautrec; e as bailarinas de Degas e as plateias dos cabarés e teatros representadas em La troisième galerie au théâtre du Chatelet, de Félix Vallotton.
Os outros três módulos – "Fugir da cidade", "Convite à viagem" e "A vida si­lenciosa" - mostram os trabalhos de artistas que escaparam do ritmo acelera­do de Paris para uma vida calma e reservada. Entre os artistas que buscaram a tranquilidade do campo como forma de inspiração estão Claude Monet, que se mudou para Argenteul, no interior da França, e depois para Giverny. Van Gogh decidiu seguir para Arles, com a finalidade de formar uma colônia de ar­tistas; Gauguin e Émile Bernard foram viver na Bretanha; e Cezanne voltou a Aix-en-Provence para redescobrir a luz. Já um grupo de artistas do movimen­to Nabi (palavra que significa "profeta", em hebraico e árabe) escolheu privi­legiar o universo interior, delicado à leitura, à música e à vida em família.
Serviço
Impressionismo: Paris e a Modernidade
Data: de 4 de agosto a 7 de outubro de 2012.
Local: Centro Cultural Banco do Brasil.
End.: Rua Álvares Penteado, 112 - Centro.
Grátis.
Tel.:  (11) 3113-3651
www.bb.com.br/cultura


segunda-feira, 13 de agosto de 2012


Olinda promove 5ª Edição da Semana do Patrimônio Cultural

Olinda promove 5ª Edição da Semana do Patrimônio CulturalFoto: Hugo Acioly/SETUR-PE

O EVENTO É MAIS EM QUE OCORRE EM COMEMORAÇÃO AOS 30 ANOS DA INSCRIÇÃO DO SÍTIO HISTÓRICO DA CIDADE NA LISTA DO PATRIMÔNIO MUNDIAL DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA (UNESCO)

13 de Agosto de 2012 às 12:36
PE247 – Com o objetivo de relembrar a importância da cultura pernambucana, o município de Olinda recebe a 5ª Edição da Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco. A partir desta segunda-feira (13), serão promovidos passeios, palestras e oficinas com o tema “Patrimônio Cotidiano”. O evento é mais em que ocorre em comemoração aos 30 anos da inscrição do Sítio Histórico da cidade na lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A celebração vai até a próxima sexta-feira (17).
Entre as oficinas que serão oferecidas ao longo do evento estão as de frevo e de capoeira. A 5ª Edição da Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco ainda contará com apresentações da emblemática cantora Selma do Côco e do Maracatu Leão Coroado.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012


Jorge Amado e Nelson Rodrigues são homenageados na Bienal do Livro de SP

Feira abre nesta quinta-feira com expectativa de receber 800 mil visitantes

Agência Brasil  - Atualizada às 
Agência Brasil
Agência Estado
Bienal do Livro
A 22ª Bienal Internacional do Livro abre na manhã desta quinta-feira (9) com 37% mais expositores, somando 480, em relação à edição anterior (350). O aumento foi impulsionado principalmente pela maior presença de editoras internacionais.
Serão 137 expositores estrangeiros contra 67 no ano passado, crescimento de 100%. Alemanha, Suíça, França, Espanha, Bélgica, China, Coreia, Japão, Colômbia, Peru e Canadá serão alguns dos países presentes. A participação das editoras nacionais também aumentou, de 283 para 346, salto de 22%.
Promovida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), espera-se também público maior na edição deste ano. A previsão é que 800 mil pessoas visitem a feira , ante 743 mil no ano passado, segundo os organizadores. Outra expectativa é quanto à venda de livros. Em 2011, as vendas de livros cresceram 7,2% no Brasil, na comparação com 2010, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe). Pelos números da Fipe, no ano passado, os brasileiros compraram cerca de 470 milhões de livros, um recorde de vendas para o setor.
De acordo Mansur Bassit, diretor executivo da CBL, a produção e a venda do mercado editorial estão bastante aquecidas, em função, principalmente, das compras do governo por meio do Plano Nacional do Livro Didático. A queda do preço do exemplar também contribuiu para a alta das vendas. No acumulado de 2004 a 2011, houve redução real de 44,9% (média), conforme a CBL. Em 2010, o preço médio do livro era R$ 12,94 e, em 2011, caiu para R$ 12,15.
Autora Cecily von Ziegesar, autora da série juvenil "Gossip Girl". Foto: Getty Images
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Na Bienal, os livros digitais também vão marcar presença. Segundo Mansur Bassit, os títulos nesse formato são cada vez mais procurados na feira e convivem em harmonia com o livro de papel. “Ele (formato digital) tem muito para expandir em um país com tanta demanda. E veio para ficar junto com o livro impresso”, disse. Em 2011, 5,2 mil títulos digitais foram lançados, conforme o levantamento da Fipe. Isso representa 9% do total de livros lançados no ano passado, que foram aproximadamente 58 mil.
Com o tema Livros Transformam o Mundo, Livros Transformam Pessoas, a edição deste ano terá três curadores principais: Antonio Carlos de Moraes Sartini, diretor executivo do Museu da Língua Portuguesa, e os jornalistas Paulo Markun e Zeca Camargo.
Entre os autores homenageados estão Jorge Amado e Nelson Rodrigues, que completariam 100 anos este ano. Outra homenageada é A Semana de Arte Moderna de 1922, que inaugurou o movimento modernista brasileiro, encabeçado por Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos, Tácito de Almeida e Di Cavalcanti.
Cecily von Ziegesar, autora da série juvenil "Gossip Girl", e o espanhol Alejandro Zambra, que participou da última edição da Flip e é autor do romance "Bonsai", participarão do evento.
No primeiro dia, está previsto debate sobre a Lei das Biografias, com base no Projeto de Lei 393/2011, de autoria do deputado Newton Lima (PT-SP), que estará presente. Além dele, participam do encontro o relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Alessandro Molon (PT-RJ) e o escritor Paulo Cesar Araújo, autor da biografia não-autorizada do cantor Roberto Carlos, cuja venda foi proibida.
A Bienal vai até o dia 18 de agosto no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na zona norte da capital paulista. O horário de visitação é das 10h às 22h. No dia 19, a feira vai funcionar das 10h às 20h, com entrada até as 18h. Os ingressos custam R$12 (inteira) e R$ 6 (meia-entrada).
Professores, profissionais da cadeia produtiva do livro, bibliotecários, estudantes inscritos pelo sistema de visitação escolar programada, maiores de 60 anos e crianças com até 12 anos têm direito a entrada gratuita, mediante a apresentação de documento.


"Antes de Jorge Amado, o Brasil era um país distante e surreal"

Janina Litvinova, jornalista russa da BBC, relembra seu primeiro contato com a obra de escritor brasileiro

BBC Brasil  - Atualizada às 
BBC
Meus pais assinavam uma revista chamada Literatura Estrangeira. Tenha em mente que isso não era fácil, pois naquela época havia escassez de quase tudo.
Grossos e com capas brilhantes, os volumes da publicação estavam por toda a casa e ninguém os escondia de mim. Eu era uma leitora ávida: tudo, dos livros da nossa extensa coleção de casa, a livros da biblioteca e jornais, tudo eu caçava. Eu dava uma "espiada" em todo tipo de publicação só para ver se achava coisas interessantes. E em uma dessas revistas descobri Jorge Amado.
Retrato do escritor Jorge Amado em 1961. Foto: AE
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Brasil? Isso era algo tão distante que chegava a ser quase surreal. Claro, eu tive aulas de geografia na escola, mas eu não tinha certeza nem sobre a língua que os brasileiros falavam. Era espanhol? "Não - minha mãe me disse - é português". Mas era quase a mesma coisa, certo? "Na verdade não, há menos em comum do que russo e ucraniano", completou minha mãe.
Mas o que existe lá? Florestas? O rio Amazonas? A estranha capital de nome parecido ao do país e construída do zero? Definitivamente o assunto merecia ser explorado.
Não posso dizer que as primeiras páginas me atraíram muito. De alguma forma o estilo parecia estranho para mim. Mas a partir da metade do livro ele tinha me fisgado. Era "Gabriela, Cravo e Canela". A complexa relação entre vida real e mitos, talvez originários das tradições indígenas, fortemente entrelaçados com sexo (algo para o qual eu não estava preparada na época) faziam com que a história como um todo fosse estranhamente viva. Vibrante, com uma cultura totalmente diferente e única.
Agora me dou conta dos motivos pelos quais os censores soviéticos aprovavam Jorge Amado com tanta veemência. Nenhum outro homem poderia ter satisfeito de melhor forma as restrições ideológicas da época: um comunista, que tinha sofrido nas mãos de opressores, e que chegou a viajar à União Soviética para receber o Prêmio Stalin da Paz!
Divulgação
Cena do filme "Capitães de Areia", baseado no livro homônimo de Jorge Amado
Então, por que sua prosa acabou se tornando tão popular entre dezenas de milhares de intelectuais que eram incondicionalmente contrários a qualquer coisa aprovada pelo Partido Comunista? Na minha opinião, a resposta é simples: porque isso não importava.
Independentemente da visão política de Amado, ele foi um grande escritor que conseguiu manter-se fiel aos seus ideais não importando os sistemas políticos, ditadores e tendências populares na literatura.
Quando olho para seus livros, agora, desde "O País do Carnaval" até o último, me parece que "Os Subterrâneos da Liberdade", tão apreciado na Rússia soviética, estava fora de sintonia, e não "Gabriela". Mas a paixão era a mesma. As maravilhosas personagens femininas tridimensionais eram as mesmas. Eu provavelmente não conseguia me identificar com elas, mas podia criar empatia, o que provavelmente é muito mais importante.
Mas o livro que me deixou verdadeiramente de cabeça para baixo foi "Capitães da Areia". Meu Deus, nós choramos, entre amigos, sobre os amantes trágicos. Este é, definitivamente, um livro ideal para qualquer menina adolescente, cuja crença secreta é, sem dúvida, que a maior glória que qualquer um pode atingir é morrer por amor!
Os livros de Jorge Amado são tudo menos sentimentais, mas todo mundo extrai da literatura o que é mais próximo do seu coração. Após Amado, o Brasil e a América Latina não eram mais somente um triângulo de forma estranha no globo, mas sim algo que eu às vezes parecia conhecer.
Ele não foi o único que mudou completamente minha percepção desse lugar longínquo. Houve depois "Cem Anos de Solidão", mas eu não acho que teria sido capaz de apreciar as obras de Gabriel García Márquez se minha mente já não tivesse sido preparada. Jorge Amado abriu essa porta, e Garcia Márquez a escancarou com um maravilhoso confete de paixões, mitos e realismo. "Choveu por quatro anos, 11 meses e dois dias"... Olá, verão britânico!