Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.
Posição estratégia dependerá da exploração de petróleo em águas profundas, na qual o Brasil é líder, e de fontes renováveis, grande riqueza do País; estudo 'World Energy Outlook', desenvolvido pela Agência Internacional de Energia (AIE), prevê que o Brasil será autossuficiente na área de energia em 2035; pré-sal tem sido um dos focos do debate eleitoral; presidente Dilma Rousseff chama o recurso de uma das principais riquezas brasileiras e critica o pouco espaço dedicado ao tema no programa de governo da adversária do PSB, Marina Silva, que disse que o petróleo é um mal necessário
22 DE SETEMBRO DE 2014 ÀS 12:08
247 – O Brasil tem todas as condições para se tornar uma potência energética em 2035, prevê o estudo 'World Energy Outlook', desenvolvido pela Agência Internacional de Energia (AIE). O documento enxerga o País como autossuficiente na área de energia naquele ano. O cenário depende da exploração de petróleo em águas profundas, na qual o Brasil é líder, e em fontes renováveis, uma riqueza nacional.
A previsão está alinhada com os investimentos previstos para os próximos anos, avalia o Ministério de Minas e Energia, que na semana passada divulgou o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2023). O plano prevê investimento de R$ 1,263 bilhão para os próximos 10 anos – 2,5% do PIB acumulado entre 2014 e 2023 ou 11,6% dos investimentos totais no País.
"Temos uma taxa de crescimento populacional de 1% ao ano e nosso consumo per capita de energia é de apenas 2500 KWhora/ano e até 2050 continuaremos crescendo em demanda energética. Como temos fontes renováveis abundantes e excelentes expectativas com o pré-sal, deveremos nos tornar exportadores de energia e mudar o atual quadro, em que importamos 14% da energia usada", explicou Altino Ventura, secretário de planejamento estratégico do MME, segundo reportagem do Valor Econômico.
O plano do ministério prevê que serão investidos R$ 879 bilhões (69,3%) na exploração de petróleo e gás, R$ 301 bilhões (23,9%) em hidrelétricas e R$ 82 bilhões (6,5%) em biocombustíveis (principalmente etanol e derivados do bagaço de cana). Além disso, as maiores hidrelétricas, como Belo Monte e Jirau, estarão concluídas até 2023 e ainda uma expansão de 70 mil km de linhas de transmissão, que possibilitarão um aproveitamento de 170 mil MW.
A exploração do pré-sal tem sido pauta constante no debate eleitoral. A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, defende o petróleo em águas profundas como uma das maiores riquezas brasileiras e que garantirá o futuro da educação no País. Ela critica a posição da adversária do PSB, Marina Silva, que como apontou Dilma, "dedicou uma linha" ao tema em seu programa de governo. Além disso, Marina declarou que o petróleo é um "mal necessário".
PML: “ESQUECERAM DE LULA” NA VITÓRIA CONTRA A FOME
"O Brasil deixa o mapa da fome da ONU -- mas meios de comunicação tentam reescrever história e esconder o papel de ex-presidente em vitória que beneficia o país", ressalta Paulo Moreira Leite, em seu blog no 247; ele diz que Betinho, que foi "porta-voz" da Campanha contra a Fome e a Miséria, "merece ser lembrado", mas que "responsável principal" pela "vitória histórica do País contra a desnutrição" é Lula
22 DE SETEMBRO DE 2014 ÀS 18:58
247 – O Brasil comemorou, na semana passada, o cumprimento da meta da ONU que previa reduzir à metade o número de pessoas subnutridas na última década. O responsável principal pelo feito, no entanto, não foi lembrado pelos meios de comunicação, diz Paulo Moreira Leite, em nova coluna no blog do 247.
"A vitória histórica do país contra a desnutrição tem um responsável principal, gostem ou não. É o governo Lula e os programas de distribuição de renda que ele iniciou logo depois da posse, em 2003", escreve o jornalista. "Mas é claro que não convém lembrar esse feito quando faltam duas semanas para a eleição presidencial", acrescenta PML.
Segundo Paulo Moreira Leite, a história vem sendo reescrita, "aplicando uma técnica de manipulação stalinista que ensina que se deve modificar o passado em função das conveniências do presente". Ele menciona Betinho, alguém que, como "rosto" da Campanha contra a Fome, "merece ser lembrado", mas afirma que "até aquela Campanha foi um projeto que saiu de Lula e do Instituto de Cidadania".
"O surrealismo dessa situação é fácil de reconhecer. Depois de apanhar dia após dia por causa das políticas de seu governo contra a fome, a imagem de Lula é apagada da fotografia quando até a ONU reconhece que elas deram certo. Pode?", questiona Paulo Moreira Leite. Clique aqui para ler a íntegra.
O Brasil vem demonstrando melhora consistente da condição de vida das pessoas nos últimos 30 anos. Foi um dos países que mais melhorou nas últimas três décadas
O Brasil avançou uma posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2013 em comparação com o anterior e passou do 80º lugar para o 79º no ranking das nações mais e menos desenvolvidas, que reúne 187 países. Os dados acabam de ser revelados pelo Relatório de Desenvolvimento Humano de 2013.
O IDH é um índice medido com base em indicadores de renda, saúde e educação. O índice varia em uma escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais elevado é o IDH. O ranking divide os países em quatro categorias: os de índice de desenvolvimento "muito elevado", "elevado", "médio" e "baixo".
Nas últimas três décadas, o país registrou crescimento de 36,4% no IDH, passando de 0,545 (desenvolvimento baixo) em 1980 para 0,744 em 2013 (desenvolvimento elevado). Em comparação com 2012, a maioria dos países se manteve estável no ranking de desenvolvimento de 2013.
Das 187 nações pesquisadas, 38 países subiram, 114 mantiveram suas posições e 35 caíram. A primeira colocação no ranking mundial permanece com a Noruega, seguida por Austrália, Suíça e Suécia. Os Estados Unidos, que antes eram o terceiro país mais desenvolvido, cairam para a quinta posição. Os três piores colocados são os africanos Níger, Congo e República Central da África.
O Brasil, portanto, vem demonstrando uma melhora consistente da condição de vida das pessoas nos últimos 30 anos. Foi um dos países que mais melhorou nas últimas três décadas. No texto do relatório, a ONU elogia o esforço do Brasil em promover inclusão social e aumentar a capacidade de consumo da população mais pobre.
O Índice de Desenvolvimento Humano leva em conta três fatores: dados de saúde com base na expectativa de vida ao nascer; de educação, com informações sobre média de anos de estudo da população adulta e anos esperados de escolaridade para crianças; e renda nacional bruta, que identifica os recursos que ficaram no país. Com as recentes decisões do Congresso, especialmente, na área de educação a tendência é o Brasil melhorar ainda mais neste "ranking".
DILMA: "ELES QUEBRARAM O BRASIL. NÓS PAGAMOS O FMI"
Discursando no evento que reuniu as principais centrais sindicais do Brasil, que representam 6,5 milhões de trabalhadores, a presidente Dilma Rousseff lembrou que de 2008 a julho de 2014, foram criadas 11,5 milhões de vagas com carteira assinada; "eu não fui eleita para achatar salário, para desempregar e para tirar direito de trabalhador", disse; ela também questionou a gestão econômica do PSDB: "eles elevaram a inflação à estratosfera, antes de entregar o governo para nós"; ex-presidente Lula também reforçou ganhos dos trabalhadores; “tivemos coragem de fazer uma política de salário mínimo que o trabalhador não precisava mendigar todo ano aquilo a que ele tinha direito”
7 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 21:22
Aquiles Lins, 247 - A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula participaram na noite desta quinta-feira, 7, no Canindé, em São Paulo, de ato que marcou a adesão à campanha pela reeleição da presidente de representantes das seis principais centrais sindicais do país. Juntas, CUT, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central de Sindicatos Brasileiros (CSB) representam 6,5 milhões de trabalhadores sindicalizados.
Em um discurso duro, voltado para reforçar as conquistas para os trabalhadores nos dois governos Lula e no seu governo, a presidente Dilma enfatizou que de 2008 a julho de 2014, foram criadas 11,5 milhões de vagas com carteira assinada. "Eu não fui eleita para achatar salário, para desempregar e para tirar direito de trabalhador", disse Dilma.
Dilma lembrou ainda que antes que um trabalhador assumisse a presidência, o Brasil quebrou três vezes, tendo que pedir empréstimos ao Fundo Monetário Internacional (FMI). “Nós aproveitamos o nosso período de governo com Lula e pagamos o FMI. Eles elevaram a inflação à estratosfera, antes de entregar o governo para nós. Eles levaram o Brasil ao desemprego e ao arrocho salarial”.
Entre as coisas que mais se orgulha, a presidente citou a política de valorização do salário mínimo. "Essa política é responsável pelo crescimento médio de 70% da renda do trabalhador. Hoje, questionam essa política. Querem "medidas impopulares" para conter a inflação. Essa medida impopular é acabar com a valorização do mínimo", disse Dilma.
A presidente criticou a política defendida pelos governos do PSDB, de que para combater a inflação é necessário reduzir os ganhos dos trabalhadores e aposentados. "Isso é o legado que nós abandonamos em todo o período inicial do governo Lula. Depois, fizemos o país tomar um novo rumo, com muita dificuldade, porque eles não deixaram projetos prontos. Só em 2005, por meio da lei do presidente Lula, foi que nós começamos a fazer escolas técnicas", lembrou a presidente.
Lula destaca mudança
Antes da presidente Dilma, o ex-presidente Lula observou que as centrais sempre reivindicam, contestam, são duras com o governo, mas em momentos de situação adversa, são os primeiros a se levantar para defender um governo dos trabalhadores. “Eles sabem como eles eram tratados neste país, historicamente, antes da gente chegar no governo”. Lula lembrou que, às vezes presidentes passavam mandatos inteiros e nunca recebiam trabalhadores para conversar. “Os trabalhadores passavam quatro ou mais anos pedindo uma mísera conversa de 10 minutos e nunca tinha tempo na agenda do presidente”, observou.
O ex-presidente ressaltou que nos últimos 12 anos essa situação foi mudada. “Os trabalhadores sabem que não foi possível atender tudo, mas sabem que nunca foram tratados com o respeito, a dignidade e a decência com que nós tratamos os trabalhadores”, afirmou Lula.
Ele ainda comparou a postura do governo atual com a de oposicionistas que chegam ao ponto de dizer que o Brasil deixou de ser competitivo porque o salário está muito alto. A política de valorização do salário mínimo implantada ainda no governo Lula, permitiu que os trabalhadores passassem a ter reajustes reais de salário em todo o Brasil. “Tivemos coragem de fazer uma política de salário mínimo que o trabalhador não precisava mendigar todo ano aquilo a que ele tinha direito”.
Boicotada no comércio internacional com os EUA e a Europa, Rússia de Vladmir Putin responde com proibição de importação de produtos dessas origens; Brasil sai diretamente beneficiado; "é uma revolução", define secretário de Política Agrícola; venda de carne, milho e soja, além de aves, frutas, vegetais e alimentos industrializados, pode triplicar; aliança costurada pela presidente Dilma Rousseff com líder russo, durante encontro dos Brics, conta com a sorte; cerco geopolítico dos ricos a Putin abre oportunidade histórica para avanço nas relações entre os gigantes Brasil e Rússia
7 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 14:28
247 – O cerco geopolítico dos Estados Unidos e dos países europeus sobre a Rússia vai beneficiar diretamente, em curtíssimo prazo, o Brasil. Numa atitude recíproca ao embargo ampliado pelos países ricos contra produtos russos, o presidente Vladmir Putin determinou a proibição da importação de produtos desses e de outros países, num grupo que alcança a Austrália e ainda pode crescer. O Brasil está fora desta lista negra, e deve brilhar no rol de compras que os russos terão de fazer para substituir os países vetados. "O agronegócio pode passar por uma revolução", avaliou o secretário nacional de Política Agrícola, Seneri Paludo. Encomendas de carnes, aves, milho e soja, que já são comprados pela Rússia do Brasil, podem duplicar e até triplicar imediatamente.
A partir de entendimentos que se consolidaram em julho, durante a reunião da cúpula dos Brics, em Fortaleza e Brasília, a presidente Dilma Rousseff se aproximou de Putin. Ambos assinaram acordos bilaterais de cooperação em várias áreas, inclusive a tecnológica. No organismo que reúne ainda China, Índia e África do Sul, se tornaram sócios no banco dos Brics e juntarão reservas para constituir um fundo de US$ 100 bilhões para dar estabilidade financeira ao grupo que, assim, vai se consolidando como bloco.
As circunstâncias do boicote dos ricos a Putin nem de longe envolvem o Brasil. Em todos os foros diplomáticos, os representantes brasileiros não se pronunciam a respeito da crise da Ucrânia, agravada após o voo da Malaysia Airlines ter sido abatido no ar, com 298 pessoas a bordo. As fortes suspeitas de responsabilidade de rebeldes pró-Rússia desataram uma série de novas sanções por partes dos ricos, liderados pelo governo de Barack Obama. Putin, que até ali reagia com frieza à escalada de boicotes, resolveu dar o troco agora. A proibição de importação de produtos americanos e europeus será correspondida pela abertura de novas fronteiras comerciais pelo gigante do leste.
Com relação ao Brasil, o comércio tímido de sempre, marcado por objeções, poderá, enfim, deslanchar. Relações bilaterais que nunca se concretizaram na plenitude podem avançar, agora, a partir da dinâmica natural dos fatos internacionais. Nem Obama poderá reclamar dessa aproximação. Ele sabe que ele mesmo a provocou.
Abaixo, notícia da Agência Brasil a respeito:
Embargo da Rússia abre grande janela para Brasil exportar carnes
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
O anúncio de embargo da Rússia à importação de produtos agropecuários dos Estados Unidos e de países da Europa abre "uma grande janela para o Brasil" entrar no mercado russo, na avaliação do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Seneri Paludo.
Hoje (7), a Rússia proibiu a importação de produtos alimentícios de países europeus e dos Estados Unidos, em resposta às sanções ocidentais contra Moscou. Essa proibição inclui carne bovina, suína, aves, peixe, queijo, leite, legumes e frutos provenientes dos Estados Unidos, da União Europeia e também da Austrália, do Canadá e da Noruega. Estados Unidos e Europa decretaram sanções econômicas à Rússia pelo envolvimento na guerra da Ucrânia e apoio aos rebeldes pró-russos no Leste do país.
"Do ponto de vista da política agrícola, é positivo", disse o secretário. Paludo acrescentou que a Rússia é um grande consumidor não somente de grãos, mas também de carnes. Para Paludo, a medida do governo russo pode levar a uma "revolução" nas exportações brasileiras de carne, milho e soja. O secretário também avaliou que essa decisão pode ter efeito parecido com a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001, quando houve um "abalo sísmico" no mercado de commodities (produtos primários com cotação internacional).
SUPERÁVIT COMERCIAL É DE US$ 1,575 BILHÕES EM JULHO
Resultado, divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, veio acima do esperado pela mediana dos especialistas consultados pela Reuters, com projeção de superávit de US$ 830 milhões; em junho, a balança comercial havia registrado superávit US$ 2,365 bilhões
1 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 16:07
BRASÍLIA (Reuters) - A balança comercial brasileira registrou superávit de 1,575 bilhão de dólares em julho, informou nesta sexta-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O resultado veio acima do esperado pela mediana dos especialistas consultados pela Reuters, com projeção de superávit de 830 milhões de dólares.
Em junho, a balança comercial havia registrado superávit 2,365 bilhões de dólares.
No mês passado, as exportações somaram 23,025 bilhões de dólares e as importações, 21,450 bilhões de dólares, ainda segundo o ministério.
DILMA RECEBE PREMIÊ DO JAPÃO E REFORÇA PARCERIA COM O PAÍS
"Examinamos a trajetória do comércio bilateral que ultrapassou em 2013 a casa dos US$ 15 bilhões e reafirmamos nossa firme determinação de apoiar sua ampliação e diversificação", discursou a presidente após reunião com o primeiro-ministro Shinzo Abe; ele lembrou que o Brasil abriga a maior comunidade nipônica fora do Japão e destacou que o país é "potência-chave" no relacionamento com a América Latina
1 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 14:51
Danilo Macedo e Yara Aquino - Repórteres da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disseram hoje (1º), após reunião no Palácio do Planalto, que pretendem elevar ao nível de parceria estratégica global as relações diplomáticas entre os dois países, intensificando os contatos de alto nível políticos e econômicos. "Examinamos a trajetória do comércio bilateral que ultrapassou em 2013 a casa dos US$ 15 bilhões e reafirmamos nossa firme determinação de apoiar sua ampliação e diversificação, sobretudo do lado das exportações brasileiras, ainda muito concentradas em produtos básicos", disse a anfitriã.
Abe lembrou que o Brasil abriga a maior comunidade nipônica fora do Japão e destacou que o país é "potência-chave" no relacionamento com a América Latina. A relação entre os países completará 120 anos em 2015. Segundo o primeiro-ministro, o mercado brasileiro oferece grandes oportunidades de investimentos e as companhias japonesas veem isso como muita expectativa. Por fim, frisou que os dois países compartilham princípios como a democracia, preservação do meio ambiente e a defesa da reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
A presidenta Dilma disse que pediu ao primeiro-ministro a suspensão do embargo à carne bovina brasileira termoprocessada e agradeceu a abertura do mercado japonês, em 2013, para a carne suína de Santa Catarina. A presidenta relatou que, durante a reunião com o chefe de Governo do Japão, ambos reconheceram a crescente importância do papel da segurança cibernética na agenda global e destacaram o papel da ONU na resolução de conflitos internacionais. Os dois reforçaram à imprensa a importância a reforma da organização, incluindo a reestruturação do Conselho de Segurança.
Após o encontro entre a presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro, vários atos foram assinados entre os governos dos dois países e também entre empresas e bancos. Entre os governos, foram trocadas cartas de intenção para cooperação mútua sobre questões ambientais e de sustentabilidade relacionadas a desastres naturais, à ciência do mar e à saúde, visando à cooperação em áreas como regulação farmacêutica, sistemas públicos de saúde, políticas e estratégias de promoção de estilos de vida saudável e medicina preventiva.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Japão também assinaram memorando de entendimento para cooperação internacional na promoção de investimentos no Brasil por empresas japonesas de pequeno e médio portes e identificação de projetos de interesse comum.
Na área empresarial, um dos principais acordos foi assinado entre a Petrobras, a Nippon Export and Investment Insurance e o Banco Mizuho, para empréstimo e acordo suplementar de seguro para projeto de construção de plataforma de petróleo, no valor de US$ 500 milhões para a construção de oito cascos de navios-plataforma de petróleo. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o Conselho da Ihi Corporation também assinaram memorando de entendimento para cooperação no ensino de engenharia naval na instituição.
No setor privado, a Amaggi, a Nippon Export and Investiment Insurance e a Sumitomo Mitsui Banking Corporation assinaram acordo de empréstimo e acordo suplementar para projetos agrícolas de produção de soja, milho e outros grãos, no valor de até US$ 200 milhões.
A companhia brasileira Vale e a Japan Oil, Gas and Metals Coorporation firmaram memorando de entendimento para fortalecer a cooperação na área de mineração e finalizar o projeto de Xixano em Moçambique, cooperação em carvão e tecnologia de minas. Com o Banco do Japão, a Vale assinou memorando de entendimento para financiamento de projetos de mineração de ferro, carvão e outros minerais.
Mais cedo, durante encontro, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre Abe e gestores brasileiros e japoneses, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse que a empresa estuda fazer investimentos conjuntos com o Japão em Moçambique, como a construção de uma ferrovia de 912 quilômetros de extensão e um porto de água profunda em Nakala. Segundo ele, após a conclusão das obras, o país africano deixará de ser importador de alimentos para se transformar em exportador, estimando investimentos de US$ 9 bilhões nos próximos cinco anos.
Após o encontro no Planalto, Dilma oferece um almoço no Palácio Itamaraty em homenagem ao primeiro-ministro japonês. À tarde, Abe tem agenda na Embaixada do Japão em Brasília. Amanhã (2), em São paulo, ele se encontrará com a integrantes da comunidade japonesa e com executivos brasileiros e dirigentes de empresas japonesas. Cerca de 1,6 milhão de cidadãos com origem japonesa vivem no Brasil, a maioria no estado de São Paulo. No Japão, está a terceira maior comunidade brasileira fora do país, com quase 200 mil pessoas.
Crescimento do emprego nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em julho, com 209 mil vagas; taxa de desemprego teve aumento de 0,1 ponto percentual, para 6,2% no mês passado
1 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 12:05
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - O crescimento do emprego nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em julho, e uma alta inesperada na taxa de desemprego apontou para algum excesso de capacidade no mercado de trabalho que pode dar ao Federal Reserve, banco central dos país, espaço para manter as taxas de juros baixas por um tempo.
Foram criadas 209 mil vagas no mês passado após uma forte criação de 298 mil vagas em junho, disse o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira.
Os dados para maio e junho foram revisados para mostrar um total de 15 mil empregos criados a mais do que o relatado anteriormente, mostrando um ímpeto intrínseco.
Julho marcou o sexto mês consecutivo em que houve criação de mais de 200 mil vagas, uma sequência não vista desde 1997. O aumento da taxa de desemprego em 0,1 ponto percentual, para 6,2 por cento foi causado pela entrada de mais pessoas no mercado de trabalho, um sinal de confiança no mercado de trabalho. Economistas consultados pela Reuters haviam projetado um crescimento de 233 mil empregos no mês passado, e que a taxa de desemprego ficaria estável em 6,1 por cento.
A renda média por hora, que está sendo monitorada de perto como um potencial sinal de excesso de capacidade reduzido que poderia levar o Fed a elevar os juros, cresceu em apenas um centavo. Isso deixou a taxa anual de aumento em 2,0 por cento, ainda muito abaixo dos níveis que causaria nervosismo nas autoridades do Fed. As autoridades do Fed alertaram na quarta-feira que um excesso "significativo" ainda existe, sinalizando paciência no fronte dos juros. O esfriamento nas contratações não deve mudar as percepções sobre um forte crescimento econômico no terceiro trimestre.
A economia cresceu a um ritmo anual de 4,0 por cento no segundo trimestre depois de encolher 2,1 por cento nos três primeiros meses do ano.
O relatório de emprego, já acompanhado com atenção pelos mercados financeiros, deve atrair ainda mais atenção nos próximos meses, uma vez que investidores buscam avaliar quando o Fed vai elevar a taxa de juros, atualmente perto de zero desde dezembro de 2008.
A maioria dos economistas vê o primeiro aumento no segundo trimestre do próximo ano.
A taxa de desemprego caiu de um pico de 10 por cento em outubro de 2009, mas a maior parte da queda foi causada por norte-americanos que deixaram a força de trabalho.A taxa de participação na força de trabalho, ou a parcela de norte-americanos em idade de trabalhar que estão empregados ou procurando um emprego, subiu para 62,9 em julho após se manter a 62,8 por cento durante três meses seguidos. Os ganhos de emprego foram generalizados em julho. O setor de serviços respondeu pela maior parte dos ganhos, criando 140 mil vagas, ante 232 mil em junho. No setor industrial foram criados 28 mil empregos em julho, crescendo pelo 12º mês consecutivo. O emprego no setor de construção avançou pelo sétimo mês seguido, com a criação de 22 mil vagas em julho. O setor público criou 11 mil vagas.
"Provavelmente estaremos no ano que entre os três maior bancos do país", disse o consultor da presidência do banco estatal, Marcelo Terrazas; "Chegar a um trilhão já nos colocaria um degrau acima"; planejamento estratégico previa que a marca seria alcançada até 2022, mas com o forte crescimento na carteira de crédito dos últimos anos, a meta pode acontecer sete anos antes
29 DE JULHO DE 2014 ÀS 06:20
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Caixa Econômica Federal deve ser tornar o terceiro maior banco comercial do país em volume de ativos em 2015, superando o Bradesco, disse nesta segunda-feira o consultor da presidência do banco estatal, Marcelo Terrazas.
Segundo ele, a Caixa deve encerrar 2015 com ativos totais acima de 1 trilhão de reais. No fim do primeiro trimestre, os ativos da Caixa somavam 910 bilhões de reais. Os ativos do Bradesco era de 922 bilhões de reais.
"Provavelmente estaremos no ano que entre os três maior bancos do país", disse Terrazas a jornalistas. "Chegar a um trilhão já nos colocaria um degrau acima".
O planejamento estratégico da Caixa previa que a marca seria alcançada até 2022, mas com o forte crescimento na carteira de crédito dos últimos anos, a meta pode acontecer sete anos antes.
A perspectiva é que a carteira de crédito da Caixa cresça perto de 20 por cento em 2014, segundo Terrazas. Isso deve ser suficiente para elevar a fatia da Caixa no crédito do sistema financeiro dos atuais 19 por cento para 20 por cento em 2015.
Ele descartou a necessidade de um novo aporte de capital do governo neste ano para dar suporte ao ritmo de expansão da Caixa. No ano passado, a carteira de crédito do banco cresceu 36,8 por cento.
UM POUCO DOS BRICS: O BRASIL INAUGURA A NOVA ORDEM MUNDIAL
ANNE KAROLYNE
O Banco dos BRICS será o oposto do Banco Mundial, estruturando linhas de crédito para a produção industrial com valor agregado, obras de integração logística, fortalecimento da governança com viés distributivo de renda e riquezas, entre outros
BRICS era uma sigla criada pelo economista Jim O'Neill no distante 2002 para se referir ao Brasil, Rússia, Índia e China, depois incorporando a África do Sul. Quando ele fez este estudo, queria apenas se referir a cinco economias emergentes no mundo, com potencial de influenciar os rumos do planeta.
Isso porque, entre 2003 e 2007, o crescimento destes países representou 65% da expansão do PIB mundial. Para dar uma ideia do ritmo de crescimento desses países, em 2003 os BRICs respondiam por 9% do PIB mundial, e em 2009 esse valor aumentou para 14%. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul) totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial.
A ideia levantada por Jim foi o embrião de um grupo político de cooperação, que passou a tentar coordenar ações comerciais, chegando a nível político nos organismos como a Organização Mundial do Comércio e ONU, apesar de grandes diferenças internas. A sigla, então, passou a ser amplamente usada como um símbolo da mudança no poder econômico global, quando as economias desenvolvidas do G7 começaram a entrar em recessão. Foi nesta época que, quando os economistas tradicionais falavam em "crise mundial", outros, mais críticos, passaram a deixar claro que isto era um erro. Que a América Latina, a Ásia, a África, na verdade, cresciam.
Os BRICS passaram a ganhar cada vez mais importância nos diálogos diplomáticos entre estes países pois, com o avançar da crise explodida em 2008 que, como disse o ex-presidente Lula, atingiu o Brasil apenas como uma marolinha, os países desenvolvidos passaram a querer impor acordos cada vez mais duros para poderem retomar seu crescimento às custas do restante do mundo. Foi desta forma que a antiga sigla passou a ser uma nova referência internacional como alternativa ao modelo neoliberal que, no dito Primeiro Mundo, seguia cortando direitos, salários e empregos.
Neste período, as semelhanças entre os países dos BRICS começaram a ter mais importância do que as diferenças. A principal delas era justamente o modelo de desenvolvimento que os fazia um grupo de nações emergentes que mantiveram taxas de crescimento razoáveis (ou recordes, como a China) e conseguiam reverter mazelas históricas recentes, como no caso da Rússia, na condição social de suas populações.
O grupo, assim, passou a ser fontes de estudos notáveis no meio econômico. Em 2005, o México e a Coreia do Sul foram considerados "candidatos a BRICS", mas suas economias foram inicialmente excluídas por serem consideradas mais desenvolvidas, uma vez que já eram membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Só que a OCDE era justamente o grupão de nações capitaneadas pelo G7 em crise, por causa da decadência neoliberal. É na OCDE que as receitas de FMI e Banco Mundial são gestadas e, através da cultura que a permeia, um sentimento de pertencimento aos países do "primeiro time", impostas às nações desta classificação que só considerados "desenvolvidos" para caírem neste conto do vigário e manterem-se quintais dos interesses de EUA, União Européia e Japão.
Esta semana, após a vitoriosa #CopadasCopas, o mundo assiste ao histórico lançamento do Banco e do Fundo dos BRICS, na prática a inauguração da Nova Ordem Mundial tão sonhada. Com Banco e Fundo, mesmo, como disse a presidenta Dilma, "não sendo contra ninguém", há uma alternativa real aos países emergentes, em desenvolvimento ou ainda muito subdesenvolvidos. E por que esta alternativa? Porque por anos o FMI e o Banco Mundial não atenderam os apelos por mais democracia interna, para ser menos draconianos com os povos. Hoje, a Europa sofre gravemente os efeitos destas instituições, enquanto nós, sul-americanos, por exemplo, nos livramos delas e protagonizamos este belo momento para ser contato às gerações futuras.
As instituições criadas pelos BRICS serão coerentes e vão se concentrar em promover o modelo de desenvolvimento que deu certo, calcado na combinação entre crescimento e redução da desigualdade. O Fundo socorrerá os países, não para arrocharem suas economias e privatizarem serviços públicos, e sim para ampliar o financiamento do papel do Estado como indutor do desenvolvimento. O Banco dos BRICS será o oposto do Banco Mundial, estruturando linhas de crédito para a produção industrial com valor agregado, obras de integração logística, fortalecimento da governança com viés distributivo de renda e riquezas, entre outros.
Com a união formalizada, já que serão oficialmente sócios, estes instrumentos serão oferecidos como alternativas progressistas e anti-neoliberais para a América Latina, Eurásia e África.
Como brasileiros devemos nos orgulhar, pois foram as mudanças que há doze anos implementamos em nossa economia que permitiram, primeiro, nos tornar um BRICS e, segundo, estar na liderança deste novo mundo que nasce.