Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.
DILMA: "ELES QUEBRARAM O BRASIL. NÓS PAGAMOS O FMI"
Discursando no evento que reuniu as principais centrais sindicais do Brasil, que representam 6,5 milhões de trabalhadores, a presidente Dilma Rousseff lembrou que de 2008 a julho de 2014, foram criadas 11,5 milhões de vagas com carteira assinada; "eu não fui eleita para achatar salário, para desempregar e para tirar direito de trabalhador", disse; ela também questionou a gestão econômica do PSDB: "eles elevaram a inflação à estratosfera, antes de entregar o governo para nós"; ex-presidente Lula também reforçou ganhos dos trabalhadores; “tivemos coragem de fazer uma política de salário mínimo que o trabalhador não precisava mendigar todo ano aquilo a que ele tinha direito”
7 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 21:22
Aquiles Lins, 247 - A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula participaram na noite desta quinta-feira, 7, no Canindé, em São Paulo, de ato que marcou a adesão à campanha pela reeleição da presidente de representantes das seis principais centrais sindicais do país. Juntas, CUT, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central de Sindicatos Brasileiros (CSB) representam 6,5 milhões de trabalhadores sindicalizados.
Em um discurso duro, voltado para reforçar as conquistas para os trabalhadores nos dois governos Lula e no seu governo, a presidente Dilma enfatizou que de 2008 a julho de 2014, foram criadas 11,5 milhões de vagas com carteira assinada. "Eu não fui eleita para achatar salário, para desempregar e para tirar direito de trabalhador", disse Dilma.
Dilma lembrou ainda que antes que um trabalhador assumisse a presidência, o Brasil quebrou três vezes, tendo que pedir empréstimos ao Fundo Monetário Internacional (FMI). “Nós aproveitamos o nosso período de governo com Lula e pagamos o FMI. Eles elevaram a inflação à estratosfera, antes de entregar o governo para nós. Eles levaram o Brasil ao desemprego e ao arrocho salarial”.
Entre as coisas que mais se orgulha, a presidente citou a política de valorização do salário mínimo. "Essa política é responsável pelo crescimento médio de 70% da renda do trabalhador. Hoje, questionam essa política. Querem "medidas impopulares" para conter a inflação. Essa medida impopular é acabar com a valorização do mínimo", disse Dilma.
A presidente criticou a política defendida pelos governos do PSDB, de que para combater a inflação é necessário reduzir os ganhos dos trabalhadores e aposentados. "Isso é o legado que nós abandonamos em todo o período inicial do governo Lula. Depois, fizemos o país tomar um novo rumo, com muita dificuldade, porque eles não deixaram projetos prontos. Só em 2005, por meio da lei do presidente Lula, foi que nós começamos a fazer escolas técnicas", lembrou a presidente.
Lula destaca mudança
Antes da presidente Dilma, o ex-presidente Lula observou que as centrais sempre reivindicam, contestam, são duras com o governo, mas em momentos de situação adversa, são os primeiros a se levantar para defender um governo dos trabalhadores. “Eles sabem como eles eram tratados neste país, historicamente, antes da gente chegar no governo”. Lula lembrou que, às vezes presidentes passavam mandatos inteiros e nunca recebiam trabalhadores para conversar. “Os trabalhadores passavam quatro ou mais anos pedindo uma mísera conversa de 10 minutos e nunca tinha tempo na agenda do presidente”, observou.
O ex-presidente ressaltou que nos últimos 12 anos essa situação foi mudada. “Os trabalhadores sabem que não foi possível atender tudo, mas sabem que nunca foram tratados com o respeito, a dignidade e a decência com que nós tratamos os trabalhadores”, afirmou Lula.
Ele ainda comparou a postura do governo atual com a de oposicionistas que chegam ao ponto de dizer que o Brasil deixou de ser competitivo porque o salário está muito alto. A política de valorização do salário mínimo implantada ainda no governo Lula, permitiu que os trabalhadores passassem a ter reajustes reais de salário em todo o Brasil. “Tivemos coragem de fazer uma política de salário mínimo que o trabalhador não precisava mendigar todo ano aquilo a que ele tinha direito”.
Boicotada no comércio internacional com os EUA e a Europa, Rússia de Vladmir Putin responde com proibição de importação de produtos dessas origens; Brasil sai diretamente beneficiado; "é uma revolução", define secretário de Política Agrícola; venda de carne, milho e soja, além de aves, frutas, vegetais e alimentos industrializados, pode triplicar; aliança costurada pela presidente Dilma Rousseff com líder russo, durante encontro dos Brics, conta com a sorte; cerco geopolítico dos ricos a Putin abre oportunidade histórica para avanço nas relações entre os gigantes Brasil e Rússia
7 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 14:28
247 – O cerco geopolítico dos Estados Unidos e dos países europeus sobre a Rússia vai beneficiar diretamente, em curtíssimo prazo, o Brasil. Numa atitude recíproca ao embargo ampliado pelos países ricos contra produtos russos, o presidente Vladmir Putin determinou a proibição da importação de produtos desses e de outros países, num grupo que alcança a Austrália e ainda pode crescer. O Brasil está fora desta lista negra, e deve brilhar no rol de compras que os russos terão de fazer para substituir os países vetados. "O agronegócio pode passar por uma revolução", avaliou o secretário nacional de Política Agrícola, Seneri Paludo. Encomendas de carnes, aves, milho e soja, que já são comprados pela Rússia do Brasil, podem duplicar e até triplicar imediatamente.
A partir de entendimentos que se consolidaram em julho, durante a reunião da cúpula dos Brics, em Fortaleza e Brasília, a presidente Dilma Rousseff se aproximou de Putin. Ambos assinaram acordos bilaterais de cooperação em várias áreas, inclusive a tecnológica. No organismo que reúne ainda China, Índia e África do Sul, se tornaram sócios no banco dos Brics e juntarão reservas para constituir um fundo de US$ 100 bilhões para dar estabilidade financeira ao grupo que, assim, vai se consolidando como bloco.
As circunstâncias do boicote dos ricos a Putin nem de longe envolvem o Brasil. Em todos os foros diplomáticos, os representantes brasileiros não se pronunciam a respeito da crise da Ucrânia, agravada após o voo da Malaysia Airlines ter sido abatido no ar, com 298 pessoas a bordo. As fortes suspeitas de responsabilidade de rebeldes pró-Rússia desataram uma série de novas sanções por partes dos ricos, liderados pelo governo de Barack Obama. Putin, que até ali reagia com frieza à escalada de boicotes, resolveu dar o troco agora. A proibição de importação de produtos americanos e europeus será correspondida pela abertura de novas fronteiras comerciais pelo gigante do leste.
Com relação ao Brasil, o comércio tímido de sempre, marcado por objeções, poderá, enfim, deslanchar. Relações bilaterais que nunca se concretizaram na plenitude podem avançar, agora, a partir da dinâmica natural dos fatos internacionais. Nem Obama poderá reclamar dessa aproximação. Ele sabe que ele mesmo a provocou.
Abaixo, notícia da Agência Brasil a respeito:
Embargo da Rússia abre grande janela para Brasil exportar carnes
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
O anúncio de embargo da Rússia à importação de produtos agropecuários dos Estados Unidos e de países da Europa abre "uma grande janela para o Brasil" entrar no mercado russo, na avaliação do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Seneri Paludo.
Hoje (7), a Rússia proibiu a importação de produtos alimentícios de países europeus e dos Estados Unidos, em resposta às sanções ocidentais contra Moscou. Essa proibição inclui carne bovina, suína, aves, peixe, queijo, leite, legumes e frutos provenientes dos Estados Unidos, da União Europeia e também da Austrália, do Canadá e da Noruega. Estados Unidos e Europa decretaram sanções econômicas à Rússia pelo envolvimento na guerra da Ucrânia e apoio aos rebeldes pró-russos no Leste do país.
"Do ponto de vista da política agrícola, é positivo", disse o secretário. Paludo acrescentou que a Rússia é um grande consumidor não somente de grãos, mas também de carnes. Para Paludo, a medida do governo russo pode levar a uma "revolução" nas exportações brasileiras de carne, milho e soja. O secretário também avaliou que essa decisão pode ter efeito parecido com a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001, quando houve um "abalo sísmico" no mercado de commodities (produtos primários com cotação internacional).
Ex-presidente ressalta ações do governo federal em Minas Gerais, governado há 12 anos pelo PSDB, e diz que "os tucanos é que não fizeram a parte deles"; "Eles não têm programas sociais e por isso se apropriam dos programas do governo federal, mudando somente os nomes"; ataque foi desferido em entrevista ao jornal Gazeta Norte Mineira; sobre o PT, disse não acreditar em "desgaste", mas sim que o partido "tem que se renovar, constantemente"; segundo ele, que estará à noite em Montes Claros, com a presidente Dilma Rousseff, "povo pode esperar muito" ainda da legenda, que "já fez muito pelo povo brasileiro"; íntegra
1 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 10:35
Minas 247 – No dia em que fará visita a Montes Claros (MG), o ex-presidente Lula desferiu ataques ao governo de Minas Gerais e enalteceu as iniciativas do governo federal no estado. Segundo ele, o poder federal "investiu fortemente em Minas Gerais", mas os tucanos "não fizeram a parte deles". O ataque foi feito em entrevista ao jornal Gazeta Norte Mineira. Na noite desta sexta-feira 1º, Lula participa com a presidente Dilma Rousseff do lançamento da candidatura de Josué de Alencar (PT) ao Senado, filho do ex-vice-presidente José de Alencar, na Praça da Catedral.
Ao falar sobre o PT, Lula disse não acreditar em "desgaste", mas sim que "o PT tem que se renovar, constantemente". "Hoje a população brasileira tem novas demandas, e o PT precisa entender isso, dialogando com os movimentos sociais, a juventude e os trabalhadores rurais, entre outros setores", afirmou. "O Brasil de 2014 não tem mais os mesmos problemas que tinha quando criamos o PT", acrescentou o ex-presidente. Segundo ele, "o povo pode esperar muito" ainda do partido, que "já fez muito pelo povo brasileiro".
Leia abaixo a entrevista, publicada no site do Instituto Lula:
- Presidente, o Brasil vive a expectativa de uma inflação alta e com desemprego a vista, como o senhor entende que a equipe econômica deve agir para conter a onda de pessimismo?
Sobre a inflação, temos que fazer um resgate do que aconteceu neste país. Quando chegamos à Presidência, pegamos uma inflação de 12,5% e reduzimos pela metade. Há 10 anos a inflação não sai da meta e esse ano também vai ficar dentro dela. O governo está adotando todas as medidas necessárias para combater a inflação. Não há razão para pessimismo. Se você observar, verá que a economia brasileira cresceu muito nos últimos 12 anos. O PIB saltou de 550 bilhões para 2,2 trilhões de dólares. Adotamos uma política de valorização real do salário mínimo. No governo tucano diziam que o aumento do salário mínimo causaria desemprego, mais informalidade no mercado de trabalho e que a Previdência ia quebrar. Mas nós provamos o contrário: as taxas de desemprego caíram e o número de empregos com carteira assinada cresceu significativamente. O Brasil tem um dos mais altos índices de emprego no mundo. Desde a crise de 2008, o mundo eliminou 62 milhões de empregos, enquanto o Brasil criou 10 milhões de empregos com carteira assinada. Pela primeira vez no Brasil, alcançamos tecnicamente o pleno emprego a a economia brasileira, com os investimentos que estão sendo feitos no pré-sal e nas obras de infra-estrutura, tem todas as condições para crescer nos próximos anos.
- Presidente, o Norte de Minas teve poucos investimentos por parte do governo federal na luta contra a seca que tanto tem prejudicado e trazido prejuízos para a economia local. O senhor e a presidente Dilma têm alguma ação para mudar esse quadro que o senhor conhece tão bem?
Desde 2003 o Governo Federal tem investido fortemente no norte de Minas. O crédito para a agricultura e o financiamento para as empresas da região aumentou de modo extraordinário. Vocês sabem melhor do que eu que o nível de emprego no norte de Minas nunca foi tão alto. E isso se deve principalmente aos programas sociais do Governo Federal que fazem o dinheiro circular no interior do país. Além do Bolsa Família e do salário mínimo, eu poderia citar o financiamento da agricultura familiar, a compra da merenda escolar na própria região, o Luz para Todos, as obras do PAC 1 e PAC 2, o próprio Minhas Casa, Minha Vida, que já entregou milhares de casa no norte de Minas. Os governos do PT apostaram no desenvolvimento da região, e não apenas em medidas emergenciais. Mas para enfrentar a seca, o governo fez tudo que estava ao seu alcance. Já construiu e entregou mais de 61 mil cisternas e garantiu o Bolsa-Estiagem para cerca de 22 mil famílias. Também contratou pipeiros, só no mês passa foram 710 em 42 municípios. Além da perfuração de poços e construção de grandes e pequenas barragens. Eu conheço bem os problemas da seca e a presidenta Dilma também conhece. Ela nunca deixará de cuidar do povo do semiárido.
- O senhor acha que a derrota da seleção brasileira de alguma forma interferirá na reeleição da presidente Dilma e como o senhor analisa a copa do mundo e seus resultados finais.
O povo sabe separar o futebol da política. A oposição previa um caos na organização da Copa de 2014. Eles diziam que os estádios não ficariam prontos, que os aeroportos entrariam em colapso e que o transporte coletivo não iria funcionar. E até racionamento de energia e surto de dengue falavam que ia ter. Nada disso aconteceu e o governo e o povo brasileiro deram uma grande demonstração de competência e eficiência. Hoje a imprensa mundial diz que o Brasil realizou uma das melhores Copas de todos os tempos. Aconteceu o que eu já falava antes da Copa: um grande encontro de povos e civilizações no nosso país.
- Presidente, hoje o PT vive um situação inusitada de grande desgaste que o senhor mesmo já reconheceu, como pode reverter essa situação, já que o senhor continua sendo a maior estrela e seu maior garoto propaganda?
Eu não acredito em desgaste, acredito sim que o PT tem que se renovar, constantemente. Nós criamos o Partido dos Trabalhadores para promover a democracia e o desenvolvimento econômico com distribuição de renda e inclusão social. Nesses 34 anos, o PT deu uma contribuição extraordinária ao país, especialmente depois que chegou ao governo, fazendo o Brasil avançar como nunca, beneficiando todos os setores da sociedade. Hoje a população brasileira tem novas demandas, e o PT precisa entender isso, dialogando com os movimentos sociais, a juventude e os trabalhadores rurais, entre outros setores. O Brasil de 2014 não tem mais os mesmos problemas que tinha quando criamos o PT. Não tem mais a inflação que tinha nos anos 80...os altos índices de desemprego dos anos 90...a falta de oportunidade para os jovens...então são novas demandas e o PT tem que estar preparado para dar resposta novas aos novos desejos das pessoas.
- O que o povo pode esperar ainda do PT em se falando de renovação política, social e governamental?
O povo pode esperar muito, até porque o partido já fez muito pelo povo brasileiro. No Brasil, milhões passavam fome, sede e não tinham energia elétrica. Nós tiramos 36 milhões de pessoas da miséria e levamos 42 milhões para a classe média. Foi a maior ascensão social coletiva que o país já conheceu, fruto da geração de empregos, da valorização do salário mínimo e de todos os programas sociais que eu já mencionei. A presidenta Dilma tem ampliado e aperfeiçoado esses programas e criado outros novos, como o Ciência sem Fronteiras, o Mais Médicos e o Pronatec, programa de formação profissional, que já beneficiou 7 milhões de jovens. Além de cuidar do presente, o governo está preparando a sociedade brasileira para o futuro, investindo em infraestrutura e destinando os recursos do pré-sal para a educação e a saúde. Estamos lutando também para reformar profundamente a política brasileira. O PT está fazendo uma campanha no país inteiro para apresentar um projeto de lei de iniciativa popular sobre a Reforma Política. Queremos atingir 1,5 milhão de assinaturas. Precisamos eliminar a influência do poder econômico no processo eleitoral; adotar critérios mais rigorosos para a formação de partidos e coligações e, principalmente, aprofundar os mecanismos de participação da sociedade nas políticas públicas.
- Presidente, em Minas o PSBD tem mantido o poder por alguns anos e nessa eleição o que esta sendo feito pelo PT para mudar esse quadro? Existe uma nova proposta capaz de seduzir o eleitor para a mudança para se eleger Fernando Pimentel?
O Brasil cresceu muito nos últimos 12 anos e Minas Gerais infelizmente não acompanhou esse crescimento. Não precisa ser mineiro para saber que o Governo de Minas faz muita propaganda e pouca ação. O Governo Federal, sim, investiu fortemente em Minas Gerais. No meu governo e no da presidenta Dilma, criamos 2 milhões de empregos em Minas, construímos moradia para 366 mil mineiros, destinamos doze vezes mais recursos para a agricultura familiar -- antes eram apenas R$200 milhões por ano, e nós passamos para R$2,5 bilhões – garantimos o Bolsa Família para 1,200 milhão de famílias mineiras, entre tantas outras realizações. Os tucanos é que não fizeram a parte deles. Eles não têm programas sociais e por isso se apropriam dos programas do Governo Federal, mudando somente os nomes. Por exemplo, o Fome Zero vira Minas sem Fome, o Minha Casa Minha Vida vira Morar em Minas, o Rede Cegonha vira Mães de Minas, o Luz para Todos vira Clarear e assim por diante. A maior parte do dinheiro é federal, mas eles nunca reconhecem isso. A presidenta Dilma, por ser mineira, tem um olhar especial pelo seu estado e nunca deixou de fazer o que precisava ser feito em todas as regiões de Minas. Agora, com o Fernando Pimentel, Minas tem uma chance real de crescer com distribuição de renda e de dar um salto de qualidade, tornando-se um estado justo e bem governado. Pimentel foi um excelente prefeito e um grande ministro e com certeza será um grande parceiro do governo federal, fazendo por Minas tudo aquilo que eu e Dilma fizemos pele Brasil. Ele sabe que o governo do estado não pode ser tratado como propriedade para benefício de uma família e que não pode ser centralizado na capital, que tem que atender as demandas das mais diferentes regiões de Minas, desde o Norte e o Vale do Jequitinhonha ao Triângulo e o Sul, entendendo as diferenças e dando soluções ao que cada região precisa. E, além disso, Minas poderá contar com nosso querido Josué Alencar no Senado. Josué é filho do saudoso José Alencar, que me ajudou a fazer coisas maravilhosas pelo Brasil. Tenho certeza de que Josué também dará uma grande contribuição ao norte de Minas, ao seu estado e ao país.
Ex-presidente petista ironiza acusação feita por ex-presidente tucano de que ele "jamais se explica, só acusa"; durante inauguração de Central Mecanizada de Triagem de lixo, em São Paulo, Lula diminuiu a importância do posicionamento tomado ontem por Fernando Henrique Cardoso, que atacou o petista por ter dito que houve "corrupção escondida" na gestão tucana no governo federal; "Eu não leio o Fernando Henrique", devolveu; ele agregou que prefeito Fernando Haddad é "um bom cabo eleitoral" para o candidato a governador Alexandre Padilha; meta da gestão municipal de aumentar de 1% para 10% o índice de coleta seletiva de lixo já vai sendo batida antes do prazo estipulado
16 DE JULHO DE 2014 ÀS 14:32
247 – Mesmo de bom humor, vestido todo de preto e disponível para ser abraçado e fotografado por equipes de catadores de lixo de São Paulo, o ex-presidente Lula, ao seu modo, não deixou sem resposta a mais recente manifestação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para quem Lula "jamais se explica, só acusa". O ex-presidente petista havia dito que existiu "corrupção escondida" no governo de FHC. Este, por seu lado, registrou em texto no site Observador Político, ligado ao Instituto FHC, que Lula "é incapaz de autocrítica". Tratava-se de um referência ao desfecho da Ação Penal 470, o chamado mensalão, encerrada com a condenação de ex-líderes do PT.
- Eu não leio o Fernando Henrique, devolveu Lula, curto e seco, aos jornalistas que o abordaram, na manhã desta quarta-feira 16, durante inauguração da Central Mecanizada de Triagem Carolina Maria de Jesus, na zona sul da capital paulista.
O ex-presidente compareceu à inauguração do equipamento – uma grandiosa central de coleta e processamento de lixo reciclável, com acesso aberto a todas as cooperativas de catadores de resíduos sólidos da cidade – com uma dupla intenção. Lula sempre foi ligado aos catadores de lixo paulistanos, com quem se acostumou a almoçar nos dias de Natal dos últimos anos. A ideia era prestigiá-los e, ao mesmo tempo, dar mais visibilidade à inauguração feita pelo prefeito Fernando Haddad.
A inauguração foi concorrida. Com equipamentos de reciclagem de lixo comprados na França, a central é a segunda inaugurada na gestão de Haddad. O prefeito se comprometeu com a meta de elevar de 1% - índice de dezembro de 2012, ao final do governo de Gilberto Kassab, do PSD – para 10% o volume de lixo reciclado em São Paulo. As duas centrais em funcionamento já elevaram esse índice para 7%. Como há outras duas centrais prontas para serem inauguradas ainda este ano, a meta será batida.
Haddad lembrou que existem, em todo o mundo, apenas outras oito centrais de reciclagem de lixo como a inaugurada hoje em São Paulo. Mas, na América Latina, a que foi inaugurada hoje é a única.
- Leva algum tempo para as pessoas perceberem, mas estamos desenvolvendo o mais amplo programa ambiental que a cidade já teve. Ele engloba desde a melhoria do transporte coletivo, para evitar ao máximo o uso dos meios individuais, até a inauguração de centrais modernas como essa e de novos parques.
REUTERS: "VEXAME DO BRASIL NA COPA NÃO MUDA ELEIÇÃO"
Especialistas ouvidos pela agência de notícias Reuters isolam influência do vexame da Seleção Brasileira na Copa do Mundo; eles afirmam que mau humor momentâneo pode até reduzir avaliação do governo agora, mas derrota da Seleção não terá qualquer efeito na eleição a médio prazo; "Se Dilma perder a eleição em outubro, será certamente por causa da economia, e não da Copa do Mundo", disse consultor de risco político João Augusto Castro Neves; três principais presidenciáveis "vestiram" a camisa verde-amarela, o que neutraliza efeitos negativos da derrota da Seleção sobre Dilma em benefício de Aécio e Campos
9 DE JULHO DE 2014 ÀS 21:14
Por Anthony Boadle
BRASÍLIA (Reuters) - A goleada histórica sofrida pelo Brasil contra a Alemanha chocou os brasileiros e jogou um balde de água fria numa nação que estava começando a se sentir bem por sediar a Copa do Mundo, mas a derrota humilhante na semifinal não deve mudar o rumo da eleição presidencial de outubro.
Antes do massacre por 7 x 1 na terça-feira, a presidente Dilma Rousseff viu os índices de aprovação de seu governo subirem, com brasileiros animados com o avanço da seleção brasileira no torneio e, principalmente, porque os temores de fracasso do evento do ponto de vista organizacional deram lugar a elogios ao país no exterior.
A maior derrota do futebol do Brasil jogando em casa pôs a população em depressão, tirando de Dilma o que poderia ser um ponto favorável na campanha presidencial em que tenta reeleição.
Se a seleção brasileira conquistasse o hexacampeonato, Dilma se apropriaria da vitória no futebol durante a campanha.
Em vez disso, ela está de volta à realidade de inflação elevada e com a economia enfrentando o quarto ano seguido de baixo crescimento e descontentamento generalizado sobre os serviços públicos e os gastos para realização do Mundial, que resultaram em protestos de rua em junho e julho do ano passado.
"Acreditamos que a nossa visão --de que a oposição tem chance de vencer-- foi reforçada pelo que pode legitimamente ser considerado, do ponto de vista brasileiro, como uma derrota esportiva trágica", disse o economista Tony Volpon, da Nomura Securities, em nota a clientes.
Mas, ainda que alguns analistas do mercado financeiro avaliem que a derrota para a Alemanha prejudique a presidente até outubro, cientistas políticos entendem que as vitórias ou derrotas esportivas têm efeito curto nas campanhas eleitorais, mesmo uma derrota histórica como a de terça-feira.
"(A derrota para a Alemanha) não tem nada a ver com a organização da Copa. O que podia cair no colo do governo é a organização da Copa, mas nesse sentido tudo ocorreu dentro do razoável... Até onde compete à organização, a Copa está ocorrendo satisfatoriamente e acho que é isso que o atual governo vai apresentar depois", afirmou à Reuters o professor de Ciência Política da FGV-SP, Cláudio Couto.
"Mesmo que haja um mau humor momentâneo, isso não afeta a eleição. Se fizermos uma pesquisa esta semana, é capaz de a pesquisa revelar uma piora na avaliação do governo, uma queda da Dilma porque as pessoas estão de mau humor. Se fizer daqui a um mês, duvido que isso (a eliminação do Brasil) tenha algum efeito", acrescentou Couto.
Há fatores mais importantes em jogo nesta eleição no Brasil do que a Copa e o principal deles é o custo crescente de uma desaceleração da economia, avalia o consultor João Augusto Castro Neves, da consultoria de risco político Eurasia, em Washington. "Qualquer impacto da derrota terá um efeito marginal sobre as eleições daqui a quase três meses", disse ele, no mesmo tom do professor da FGV-SP.
"Se Dilma perder a eleição em outubro, será certamente por causa da economia, e não da Copa do Mundo", disse Castro Neves em entrevista por telefone.
As pesquisas mostram que Dilma continua favorita para vencer as eleições de outubro, embora seus adversários venham reduzindo a distância nos últimos meses. Mesmo antes da derrota humilhante de terça-feira, as pesquisas mostravam que a eleição provavelmente será decidida no segundo turno entre Dilma e o tucano Aécio Neves, visto com bons olhos no mercado financeiro.
ECONOMIA É CRUCIAL PARA ELEIÇÃO, E NÃO FUTEBOL
O histórico recente mostra pouca correlação entre os resultados de esportes e eleições no Brasil.
Em 2002, a seleção brasileira ganhou a Copa do Mundo pela quinta vez, mas o PSDB do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso perdeu o poder. Quatro anos depois, o Brasil perdeu o Mundial, mas o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito.
Para Dilma, o maior risco de sediar a Copa nunca foi o desempenho da seleção brasileira dentro de campo, mas a capacidade do país de organizar um torneio de grande magnitude com sucesso.
Apesar dos atrasos na construção dos estádios e de falhas na infraestrutura, o torneio que recebeu seleções de 32 países tem transcorrido muito melhor do que o esperado e o futebol empolgante visto nos gramados fez com que este Mundial já seja considerado um dos melhores de todos os tempos.
A Copa levantou o humor do Brasil e melhorou as expectativas econômicas dos brasileiros em julho, dando uma impulso à popularidade de Dilma entre os eleitores, de acordo com uma pesquisa da semana passada.
O estado de espírito azedou após a goleada sofrida pela seleção e pode acabar machucando os números da presidente nas pesquisas no curto prazo, embora seja pouco provável que altere o panorama eleitoral.
O consultor Castro Neves, da Eurasia, mantém sua estimativa de chance de 70 por cento de reeleição de Dilma em outubro, mesmo após o vexame da seleção brasileira.
Torcedores no estádio Mineirão na terça-feira vaiaram a equipe brasileira e alguns xingaram Dilma, o que levou alguns a se preocuparem com a chance de a depressão nacional reacender as manifestações nas ruas.
Mas a ameaça antes da Copa de que o torneio pudesse ser interrompido por protestos nunca se materializou, os pequenos atos contra o evento fracassaram na abertura do Mundial e as tentativas esporádicas de manifestações perderam fôlego à medida que os jogos aconteciam.
Os brasileiros não foram às ruas após a derrota de terça-feira, o que torna improvável que protestos contra o governo voltem com força, agora que a Copa está terminando.
"Claro que está todo mundo triste, mas o povo separa muito bem a questão eleitoral da questão futebolística. Quem quer misturar as coisas comete um grande equívoco", disse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sobre o impacto da derrota de 7 a 1 para a Alemanha nas eleições; segundo ele, 2002 é exemplo disso: "Se você for verificar, a última Copa que o Brasil ganhou foi em 2002, era o governo do presidente Fernando Henrique e o PSDB perdeu a eleição. Então não tem essa relação"
10 DE JULHO DE 2014 ÀS 05:40
247 - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), descartou a teoria de que a derrota da seleção brasileira para a Alemanha por 7 a 1 na semifinal da Copa do Mundo tenha impacto na eleição presidencial deste ano.
"Não tem nada a ver com eleição. Claro que está todo mundo triste, mas o povo separa muito bem a questão eleitoral da questão futebolística. Há um momento de ressaca e tristeza, mas a eleição é só daqui a três meses", disse. "Quem quer misturar as coisas comete um grande equívoco", acrescentou.
Ele usou o episódio de 2002 para defender sua tese: "Se você for verificar, a última Copa que o Brasil ganhou foi em 2002, era o [governo do presidente] Fernando Henrique e [o PSDB] perdeu a eleição. Então não tem essa relação. Mas todos estamos tristes, porque esperávamos um resultado melhor", acrescentou.
O que é mais lamentável em tudo isso é que a esta altura os profetas do caos, os maus brasileiros que torceram pelo fracasso da Copa, devem estar festejando a derrota da nossa seleção
O sonho do hexa acabou. E de maneira humilhante. A Alemanha massacrou o Brasil com uma goleada de 7 x 1, a maior da história do nosso futebol. Foi fácil demais: em apenas 10 minutos a seleção alemã marcou cinco gols, já no primeiro tempo, diante de uma atônita e incrédula torcida. Os jogadores brasileiros, estranhamente apáticos e perdidos dentro do campo, praticamente se limitaram a assistir o jogo dos alemães, por pouco não comemorando os sete gols. Um vexame que abateu 200 milhões de brasileiros. Afinal, o que aconteceu?
Na verdade, não há explicação nem justificativa. A derrota é natural e faz parte do jogo, mas não com um placar tão elástico como esse, sobretudo para uma seleção pentacampeã como a brasileira. O dolorido, portanto, não é a derrota, mas o tamanho da goleada. Uma humilhação tão grande que levou até alguns jogadores alemães a pedir desculpas aos torcedores brasileiros, muito mais um deboche do que um gesto de humildade. Foi o pior resultado obtido pela seleção canarinho em 100 anos, o que, infelizmente, deixará marcados os seus integrantes e o treinador pelo resto da sua vida profissional.
Alguns comentaristas, ainda tentando entender o que efetivamente aconteceu, atribuíram a goleada a uma desastrosa escalação da equipe, alterada devido à lesão de Neymar e à suspensão de Thiago Silva. O técnico Felipão, consciente da sua responsabilidade na convocação e escalação dos jogadores, assumiu, naturalmente, a culpa pelo vexame. A sua culpa maior, no entanto, está relacionada ao fato de não ter corrigido o que parece ser o eterno defeito da nossa seleção em todos os tempos: a falta de marcação e o joguinho de bola para trás e para os lados. Os alemães jogaram à vontade, sem ser incomodados, com tranquilidade suficiente até para escolher o canto onde fizeram os gols.
É justo que se reconheça, também, a responsabilidade do atacante colombiano Zúñiga, que tirou da Copa o principal jogador brasileiro, Neymar, com uma entrada criminosa que fraturou uma de suas vértebras, sob as vistas complacentes do juiz espanhol, a omissão da CBF e a aprovação silenciosa da Fifa, que não puniu o agressor, ao contrário do que fez com o craque uruguaio Luis Suárez, afastado da competição por ter mordido um atleta italiano. Sem Neymar e Thiago Silva, este vítima da péssima arbitragem dos juízes inglês e espanhol, a seleção canarinha não foi a mesma que venceu os seus adversários nas primeiras fases do certame. Nem mesmo o golzinho de honra no final do segundo tempo conseguiu apagar a irreconhecível atuação dos jogadores brasileiros, que deixaram o país perplexo.
É forçoso que se reconheça, também, o nível do futebol alemão. Evidente que a excelente equipe de Klose tem méritos, mas não tanto para impor semelhante humilhação ao futebol brasileiro. Prova disso é que eles sofreram muito para derrotar adversários muito mais fracos e por um placar mínimo. Ninguém, portanto, nem o mais otimista dos alemães, poderia esperar que a seleção pentacampeã do mundo pudesse passar por tamanho vexame, com o pior resultado da sua história. E agora? O que a torcida pode esperar dessa seleção na disputa pelo terceiro lugar na Copa? Para atenuar a humilhação os brasileiros precisam vencer o adversário neste sábado, em Brasília. De outro modo, será muito difícil esquecer o 8 de julho de 2014.
O que é mais lamentável em tudo isso é que a esta altura os profetas do caos, os maus brasileiros que torceram pelo fracasso da Copa, devem estar festejando a derrota da nossa seleção, convencidos de que o fim da euforia da torcida verde-amarela produzirá reflexo negativo na candidatura da presidenta Dilma Rousseff à reeleição. Como eles erraram fragorosamente na previsão de desastre na realização da competição esportiva, um sucesso reconhecido por gregos e troianos, torcem agora para que os 7 x 1 desabem sobre o Palácio do Planalto. Entre os que afirmam que o sonho acabou e que o brasileiro voltará agora à realidade do pesadelo, estão o senador Agripino Maia e o misto de cineasta e articulista Arnaldo Jabor. Para ambos, o desastre tem de acontecer a partir de agora. Como Cassandras, porém, não é muito difícil concluir que os dois são tragicômicos.
'Já que foi a própria Dilma quem fez o casamento entre o seu governo e o "padrão Felipão", estão unidos na alegria e na tristeza. Já que ela certamente tiraria louros político-eleitorais se a taça fosse nossa, a premissa contrária é igualmente verdadeira: tem agora de dividir os prejuízos da derrota vexaminosa', diz a colunista Eliane Cantanhêde sobre a vitória da Alemanha por 7 a 1 contra o Brasil
10 DE JULHO DE 2014 ÀS 05:49
247 – A colunista Eliane Cantanhêde relembra série de declarações da presidente Dilma Rousseff que comparou o padrão do seu governo ao de Felipão, técnico da seleção brasileira. Segundo ela, se Dilma ganhou quatro pontos com a Copa, tende a estacionar agora.
‘Já que foi a própria Dilma quem fez o casamento entre o seu governo e o "padrão Felipão", estão unidos na alegria e na tristeza. Já que ela certamente tiraria louros político-eleitorais se a taça fosse nossa, a premissa contrária é igualmente verdadeira: tem agora de dividir os prejuízos da derrota vexaminosa’, afirma. Ela sugere que a presidente possa se ver obrigada a entregar a taça para o capitão argentino Messi em pleno Maracanã.
“Com crescimento medíocre e indicadores destrambelhados, é óbvio que a oposição, em algum momento, mais ou menos subliminarmente, vai colar a tática, a estratégia e a preparação do governo ao "padrão Felipão". Sobretudo na economia”, afirma (leia mais).
Colunista Merval Pereira diz que presidente Dilma Rousseff nada teria a ver com o vexame protagonizado pela Seleção brasileira na tarde de ontem no Mineirão se não tivesse tentado “afoitamente se aproveitar da Copa” em benefício de sua candidatura; “tendo feito isso de caso pensado, a tragédia de ontem volta-se também contra ela”
9 DE JULHO DE 2014 ÀS 05:13
247 – O colunista do Globo Merval Pereira lista supostos erros cometidos pela presidente Dilma Rousseff que, segundo ele, hoje recaem sobre ela após a derrota do Brasil para a Alemanha.
Segundo ele, a equipe de marketing que assessora Dilma errou na dose ao imaginar que a campanha da Seleção poderia reverter seu benefício.
Ele ressalta que a presidente nada teria a ver com o vexame protagonizado pela Seleção brasileira na tarde de ontem no Mineirão se não tivesse tentado “afoitamente se aproveitar da Copa” em benefício de sua candidatura. “Tendo feito isso de caso pensado, a tragédia de ontem volta-se também contra ela”.
A lógica de Merval funciona assim. Se desse certo, o mérito não seria dela. Dando errado, a culpa é toda da presidente.
BRASIL GOLEIA MÍDIA E REAFIRMA: “SIM, EXISTE BRASIL; CADA VEZ MAIS BRASIL”
WASHINGTON ARAÚJO
12 análises, 12 constatações, 12 motivos para assegurar que a Copa do Brasil é sucesso absoluto a contagiar o país e o mundo com sua beleza, sua organização, seus muitos feitos futebolísticos
Não preciso esperar para ouvir o apito determinar o término do jogo final no Maracanã, no próximo domingo, 13 de julho, para lhes apresentar o resultado de minhas reflexões, algumas sofridas, outras escritas com a tinta do mais festivo júbilo. Foram 12 análises, 12 constatações, 12 motivos para assegurar que a Copa do Brasil é sucesso absoluto a contagiar o país e o mundo com sua beleza, sua organização, seus muitos feitos futebolísticos. Nessas percepções tenho diante de mim a formidável tarefa de passar a limpo este meu país.
1. Que doeu, doeu. Com essa derrota para a Alemanha, nem eu, nem os brasileiros e menos ainda os alemães, esperavam. Mas que a Copa do Brasil é um sucesso inexcedível, ah, isso lá é verdade! Em meu último artigo no Brasil 247 assinalava a fragilidade física e emocional de nossos atletas se comparados à imagem robusta e um tanto férrea dos seus muitos adversários nesta Copa. E sentia um misto de orgulho com compaixão por vê-los em campo representando o país que é, por todos os motivos, o lar espiritual do futebol mundial. Mas, como milhões de brasileiros, também não sou de deixar companheiros caídos na estrada. Não, vou lá, tento recompô-los, ofereço o braço e o abraço e tento lhes ensinar a caminhar, para que possamos seguir juntos.
2. A vida é uma estrada longa, sinuosa, cheia de altos e baixos, terreno propício a solavancos. Do mesmo jeito que o futebol tem um pouco de tudo, dos sorrisos e emoções de júbilo ante o gol bem marcado ao oceano de lágrimas amargas de acachapante derrota. Sobrevivemos à Croácia, México, Chile e Colômbia, e fomos superados pela Alemanha. Mas não uma "superada" de 2 x 1, ou de 1 x 0, depois da prorrogação e nos pênaltis. Foram imensos, longos e repetitivos 7 x 1. Um jogo decisivo como este merece reflexões decisivas sobre o futebol brasileiro, sobre o Brasil e o sentimento de pertencer ao país.
3. O Brasil começou a perder da Alemanha quando Thiago Silva, ao receber o segundo cartão amarelo no jogo contra a Colômbia, ficou proibido de jogar contra os alemães. Foi o primeiro gol, involuntário, é verdade, da Alemanha sobre o Brasil. Mas o que selou o destino da Seleção brasileira foi a agressão desleal e injustificada do Zuñiga sobre a coluna do Neymar, destroçando-lhe sua terceira vértebra. O Brasil, no jogo do Mineirão, atuou sem seu artilheiro, seu jogador maior e mais carismático (Neymar) e também sem seu Capitão, autor de defesas sempre bem sucedidas e até aguerridas (Thiago Silva).
4. O Brasil confiou demasiadamente no tirocínio e no excesso de autoconfiança de seu técnico Felipe Scolari. Enquanto a grande imprensa lutava com paus e pedras contra a Copa no Brasil, atirava noite e dia contra sua organização e apostava dobrado que nem os estádios nem os aeroportos e obras de mobilidade urbana estariam concluídos até o início do Mundial, a Seleção foi deixada meio de lado, longe do escrutínio da população, seja a favor, seja contra. Felipão deixou-se dominar por seu lado truculento, respostas ríspidas e aquele intragável ar de quem tudo sabe, do dono absoluto das verdades futebolíticas. O que lhe faltou em humildade sobrou em carisma e simpatia. E ninguém avança em uma Copa do Mundo com tais predicados.
5. O Brasil precisava aprender com derrota desse porte a reconstruir, melhor, a reinventar o futebol brasileiro. E isso passa pela reforma da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), dotando-lhe de mais democracia e mais transparência, além de instrumentos assertivos de fiscalização lance a lance, negociação a negociação, investimento a investimento. A verdade é que a CBF se transformou numa grande empresa, com padrão multinacional, onde as questões esportivas foram relegadas a um secundário terceiro plano de atenção. Para a CBF o que vale mesmo são seus contratos milionários com a Nike, a TV Globo e outras empresas que se beneficiam do marketing esportivo por associação com o único futebol pentacampeão do mundo.
6. O Brasil investiu alto na formação de um selecionado extremamente jovem, atletas promissores, mas ainda não craques definidos. Faltou-lhes maturidade emocional e experiência profissional de médio e longo cursos. A Seleção brasileira parecia ser a melhor representante de um futebol mirim, algo entre os "sub-20" e os "adultos imberbes". Faltava entrosamento na equipe, mas havia alto nível de amizade na equipe. Entrosamento é uma coisa, amizade entre pares é outra coisa bastante distinta. A escalação aconteceu muito em cima do Mundial. E lhes faltava o indispensável Plano B – aquele que poderia ter sido estudado e treinado em campo caso perdessem a presença do Neymar em jogo decisivo e classificatório, como aliás, ocorreu.
7. O Brasil ganhou fora dos estádios: temos os mais belos e modernos estádios jamais reunidos em um único país do mundo. Temos aeroportos de chamar a atenção por sua beleza, modernidade, comodidade e eficiência aeroportuária nos quesitos tempo de embarque/desembarque. Diversas obras de mobilidade urbana foram concluídas em diversas cidades-sedes do Brasil, muitas outras encontram-se em fase final de construção. A segurança na Copa tem sido digno de nota, reconhecida por jornais do porte do The New York Times e do Financial Times. Definitivamente o Brasil ganhou de 17 x 0 de sua mídia mais vistosa, aqueles que monopolizam o que é e o que não é notícia, enfeixadas com mão de ferro por seis abastadas famílias que se comprazem em afirmar que podem, a seu bel querer, destruir e construir governos, ministérios, empresas estatais e também elaborar e fazer aprovar leis no Congresso Nacional que lhes garantam o nefando monopolio econômico-financeiro.
8. O Brasil ganhou a Copa que mais importa: soube receber centenas de milhares de turistas de dezenas de países do mundo no mais perfeito congraçamento, trazendo em alto relevo sua hospitalidade característica. O país mostrou em grande estilo seu espírito alegre e irreverente, sua culinária suculenta e convidativa. E viu legiões de visitantes embasbacados com a beleza dos cenários paradisíacos de cidades como o Rio de Janeiro, Fortaleza, Manaus, Natal. Se alguma vez um slogan de Copa do Mundo teve sentido e pode ser cumprido à risca, essa vez aconteceu aqui no Brasil: Somos Todos Um.
9. O Brasil recebeu grande aporte de recursos financeiros em sua economia. As metas para o setor turístico, a rede hoteleria e de bares e restaurantes foram rapidamente cumpridas e superadas. Apenas em Porto Alegre, no extremo sul do país, em duas semanas de Copa do Mundo na capital gaúcha foram contabilizados acréscimo de mais de R$ 1 bilhão injetados na economia local. Nos primeiros dez dias do Mundial circularam pela internet global mais de 1,5 bilhão de imagens do Brasil transmitidas por torcedores apaixonados pela beleza do Brasil e pela qualidade dos jogos aqui disputados. Nunca antes no país ocorreu evento que lhe rendesse tanta mídia mundial e gratuita quanto ao longo desses 30 dias de Copa do Mundo.
10. O Brasil testemunhou uma Copa do Mundo singular, única. E isso se deu também pela quantidade de gols marcados: desde 1958, nenhuma outra Copa do Mundo teve tão imenso festival redes balançando. Estádios lotados em praticamente todas as partidas superaram a média de torcedores presentes em estádios registrados nas últimas Copas do mundo. Uma Copa limpa: em todos os exames antidoping nenhum jogador foi vetado. A luta contra o racismo no mundo, contra o racismo no futebol em particular, foi uma brilhante jogada acertada da FIFA.
11. O Brasil entrou em campo para destroçar esse impertinente complexo de vira lata que vem ao longo de décadas lhe infernizando a vida. E conseguiu. Que ninguém mais se atreva a dizer que não somos capazes de realizar todo o potencial de que fomos dotados. Lutar contra as forças poderosas – midiáticas, econômicas e políticas – que se aglomeraram em verdadeiro complô contra o país não foi nada fácil. A união de pesos pesados como a TV Globo, Editora Abril e Grupo Folha com o Banco Itaú e partidos de oposição ao governo federal mostrou-se coeso: conseguiam potencializar os mínimos atrasos na entrega de obras para a Copa; orquestraram e potencializaram xingamentos à presidenta da República no jogo inaugural no Itaquerão paulista; levaram ao extremo da leviandade campanhas institucionais fracassadas como as "imagina na Copa" e "não vai ter Copa"; difundiram de forma intensiva e excessiva imagens dos black blocs, baderneiros, marginais e coxinhas das mais variadas extrações sociais e partidárias. Tinham um único e mesmo objetivo: desgastar e derrubar o governo. Fracassaram logo na primeira fase da Copa, assim como fracassaram nos estádios as seleções campeãs do mundo Itália, Espanha, Inglaterra e Uruguai.
12. O Brasil viu em campo e fora de campo o exercício da solidariedade e dos melhores atributos que embelezam o caráter humano. No jogo do Brasil com a Colômbia foi emocionante ver David Luiz consolando o craque Jamez Rodrigues, imerso em lágrimas pela desclassificação de seu país. David trocou de camisa com ele, abraçou-o e pediu à multidão que aplaudia o Brasil ao fim do jogo para que aplaudisse o jovem craque colombiano. O alemão Lukas Podolski vem se destacando na Copa do Mundo não apenas pelo futebol, mas pelas demonstrações de carinho e amor ao Brasil e suas belezas naturais. Desta vez, no entanto, o jogador da seleção alemã, mandou uma mensagem de força aos jogadores da seleção brasileira, que foi derrotada nesta terça-feira, por 7 a pela Alemanha de Podolski. "Respeite a amaelinha com sua história e tradição. O mundo do futebol deve muito ao futebol brasileiro, que é e sempre será o país do futebol", ressaltou Podolski em mensagem publicada em seu Twitter oficial. O jogador, dono da camisa 10 da Alemanha, publicou a mensagem em português, como vem fazendo para elogiar as belezas das praias brasileiras. A mensagem veio acompanhada pelos destaques "Levante a cabeça e Brasil te amo" e teve direito até a um coração após a assinatura de Podolski.
Colunista Jânio de Freitas diz que ‘os mal denominados meios de comunicação têm uma parcela nas causas do que está chamado de "humilhação, catástrofe e vergonha"’, em referência à derrota do Brasil para a Alemanha; segundo ele, o nível médio da franqueza foi muito baixo nos comentários sobre a seleção: “O jornalismo brasileiro está precisando de uma reviravolta mais ou menos como a pedida para o futebol”
10 DE JULHO DE 2014 ÀS 06:22
247 – O colunista Janio de Freitas atribuiu à mídia brasileira responsabilidade no impacto da derrota do Brasil para a Alemanha. Segundo ele, assim como o futebol, a imprensa precisa mudar.
“É preciso dizer que os mal denominados meios de comunicação têm uma parcela --de difícil mensuração, mas não pequena-- nas causas do que está chamado de "humilhação, catástrofe e vergonha". E parcela maior no choque emotivo das pessoas em geral, reação que corresponde à expectativa esperançosa de que estiveram imbuídas”, diz.
Segundo ele, antes e depois de iniciada a Copa, o nível médio da franqueza foi muito baixo nos comentários sobre a seleção, em contraste com a crítica, em âmbito privado, de muitos dos mesmos autores profissionais. “O jornalismo brasileiro está precisando de uma reviravolta mais ou menos como a pedida para o futebol” (leia mais).