.

Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.

.

Yahoo . Terra .. Uol . Msn . Ig . Globo . Folha ... Estado . JB . aTarde . CartaMaior .. Fórum . Veja .. BlogPlanalto Blog

PSDB . Dem // PT . PCdoB . PSB . PMDB . Amigos . Desabafo . Brasil . Bahia . BraLu . . Oni . Novo . Nord

Alê .. Edu .. Azenha .. Nassif .. PHA .. Dirceu .. Favre .. Mino .. Mello .. Miro .. Entre .. MST .. Gadelha .. Kupfer .. Kenedy .. Eliane


Mostrando postagens com marcador wa... Adolescentes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador wa... Adolescentes. Mostrar todas as postagens

domingo, 9 de setembro de 2012


Pesquisa traça perfil de novos adolescentes, que dão menos valor à estrutura familiar

DESTAQUES EM BRASIL

RIO - Eles dão mais valor às relações afetivas do que à estrutura familiar tradicional. Tanto podem ser filhos de pais separados como não. São adolescentes que já representam 46% dos cariocas de 13 a 17 anos das classes A, B e C, de todas as regiões da cidade. O percentual foi medido por uma pesquisa feita pela Casa 7 Núcleo de Pesquisa e pela Quê Comunicação, que batizou esses jovens de "filhos 2.0", numa referência à expressão Web 2.0, que designa a nova geração da internet, com maior troca de informações e interatividade entre usuários e sites.

Leia também:
Famílias 'novíssimas' ainda não são medidas pelo IBGE
A importância do café da manhã para o desempenho escolar
"Os 'filhos 2.0' têm um novo DNA: o do descendente de um núcleo afetivo. Para eles, a ideia de família não está presa a vínculos formais entre os pais e responsáveis", diz Gustavo Machado, diretor da Casa 7.

A pesquisa mostra que mesmo os adolescentes que moram com pais casados estão abertos a novas estruturas, desde que sejam harmônicas: 70% deles não se importariam se tivessem que conviver com outros relacionamentos dos seus pais, se fossem separados; 78% não veriam problema caso tivessem meios-irmãos; e 44% não consideram sua família modelo "novela, tipo margarina".
Desses jovens, 40% moram com ambos os pais. Já 28% vivem com um dos pais e 24%, com um dos pais e a madrasta ou o padrasto. Os outros 8% não moram com nenhum dos pais.
Entre aqueles que vivem com pais gays, a pesquisa revela que, embora se sintam bem e amados como filhos, têm um desafio a vencer.
"Esses meninos sentem a pressão da sociedade por conta do preconceito. Os mais novos temem pelo incômodo de ser expostos na escola. Querem evitar virar motivo de chacota. Os que têm mais maturidade preferem não expor os pais", explica Adriana Hack, presidente da Casa 7.
Para esses adolescentes identificados na pesquisa, a máxima de que é melhor os pais estarem separados do que vivendo juntos e brigando deveria sofrer mudanças.
"Eles querem que os pais, mesmo separados, se deem bem. Essa boa relação influencia os seus hábitos e comportamentos", afirma Tatiana Soter, diretora de Planejamento da Quê.
Na Zona Sul, novos jovens são maioria
Com 16 anos, Carolina Vollmers do Nascimento mora em Botafogo com a mãe, Astrid Stefanie Vollmers, a irmã Catarina e cinco gatos. O pai vive com outra mulher no Leblon. "O importante é ter mãe e pai presentes na nossa vida, independentemente de eles morarem ou não com a gente", opina Carolina, que está no primeiro ano do ensino médio, estuda inglês e, com o pai, faz um curso às terças-feiras sobre a doutrina espírita de Allan Kardec.
Astrid, que se casou e se separou pela segunda vez, procura ter uma boa relação com o pai de suas filhas. Os dois, inclusive, estão construindo juntos o site de uma sex shop (eles pretendem abrir um negócio na internet). E, quando as filhas são o assunto, não falta diálogo.
"O meu ex-marido foi fundamental quando minha filha mais velha começou a querer fumar, há um ano. Conversamos sobre o assunto e ele interferiu. Como a Catarina queria também fazer aula de canto, ele disse que as duas coisas não combinavam. A minha filha parou de fumar, porque queria estudar canto", conta Astrid, que trabalha com telecomunicações na área de petróleo.
Carolina não está entre os 45% dos novos jovens que, de acordo com a pesquisa, consideram ruim a relação entre os pais. Quase a totalidade dos entrevistados (92%), no entanto, classifica como boa a relação das pessoas que moram na casa deles.
Nas classes A (54%) e B (52%), de maior poder aquisitivo, há bem mais "filhos 2.0" do que na C (29%). E é na Zona Sul que eles se concentram mais (59%, reunindo classes A, B e C). O menor índice (19%) está na Zona Oeste e na Barra da Tijuca.
Rodrigo Ferraro Coutinho Boyd, de 13 anos, está entre esses 19%. O adolescente tem um quarto na casa do pai, num condomínio da Barra, e outro na da mãe, em Vargem Grande. São 15 dias num lugar e duas semanas no outro. Rodrigo tem uma irmã por parte de pai e um irmão por parte de mãe. Separada do segundo marido, a mãe está namorando.
"Os meus pais são sempre muito presentes na minha vida e temos um bom diálogo", conta Rodrigo, que está no sétimo ano e não abre mão das partidas de futevôlei com o pai, o piloto Adilson Boyd, na quadra do seu condomínio.
Nas festas de aniversário dos três irmãos, não há constrangimentos. Rodrigo diz que é natural todos se encontrarem: pai, mãe e seus respectivos companheiros.
Já Saulo de Oliveira Bezerra, de 16 anos, aluno do sétimo ano, afirma que a definição de família não pode ser simplificada. Segundo ele, o termo não se refere somente a pessoas que têm uma relação sanguínea.
"Para ser uma família, tem de haver também relação emocional, laços unindo as pessoas", resume Saulo, que mora com a mãe, a professora Tatiana Costa de Oliveira, e bem perto da avó paterna, Quitéria Bezerra, na Tijuca. "Considero minha mãe e minha avó por parte de pai como sendo mais da minha família. O meu pai se preocupa comigo, me ajuda sempre que preciso, mas mora longe, em Niterói, com minha irmã e a mulher. Não vivemos juntos o dia a dia e acabamos não tendo um envolvimento maior", diz o estudante.
Ainda de acordo com a pesquisa, 89% dos novos adolescentes têm liberdade e autonomia no ambiente familiar, influenciando as decisões sobre viagens, consumo e lazer. Na educação, questionam o modelo clássico de ensino: 56,3% avaliam como regular, ruim ou péssima a atual forma de ensino, embora 98,8% considerem a educação importante ou muito importante para o seu futuro. Apesar disso, a grande maioria dos entrevistados (79,3%) cursa ou pretende frequentar uma faculdade.
"Gostariam de ter professores que não contassem sobre aquilo que não viveram. Não querem conteúdo teórico, mas ouvir a história da boca de quem a viveu. Querem o professor como um tutor de conteúdo", explica Gustavo Machado.
Shoppings e praias: lugares preferidos
Poucos desses adolescentes fazem cursos de idiomas (16,8%). A explicação, segundo o pesquisador, é que eles entendem que as viagens e a internet são os melhores meios para aprender a falar outras línguas.
Em relação a lazer, 28,8% deles costumam viajar nas férias e 18%, nos fins de semana. Eles se identificam com a cidade: 96% frequentam shopping e 91,3% vão à praia. Costumam também ir ao cinema (75,5%). O teatro é frequentado por poucos (13,8%). Mais da metade (52,8%) gosta de praticar esportes, 46,3% vão a restaurantes e 21,3%, a bares.
"O shopping tem uma presença forte entre eles, porque é um ambiente controlado, vigiado", diz Tatiana Soter.
Quando o tema é segurança, os novos adolescentes a enxergam como um grande limitador para suas atividades e não veem o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) como uma solução efetiva para todos os problemas. Mas acreditam que, com um maior policiamento nas ruas, a tendência é aumentar a confiança dos pais.
Articulados, maduros, irreverentes, independentes, autônomos e versáteis. Com esses adjetivos, os pesquisadores definem os "filhos 2.0".
O Globo faz parceria para pesquisas
A pesquisa sobre os jovens cariocas é a primeira de uma série que O Globo publica dando início à parceria do jornal com o projeto Riologia, realizado pela Quê Comunicação e pela Casa 7 Núcleo de Pesquisa. O Riologia tem como objetivo pesquisar, entre os cariocas, comportamentos que surgiram ou se reinventaram neste novo momento da cidade.
Para Sandra Sanches, diretora-executiva do Globo, a parceria acontece num excelente momento: "Nosso desejo é aprofundar o conhecimento dos cariocas, suas aspirações e atitudes, a partir de temas específicos. O Globo tem uma relação histórica com a cidade, acompanhamos de perto todas as suas transformações, sempre debatendo o impacto sobre os moradores. Essas pesquisas vão permitir um conhecimento e uma cobertura ainda mais ampla das tendências e dos novos comportamentos que vêm surgindo num ritmo cada vez mais veloz."
A parceria, que prevê a realização e divulgação de pesquisas também ao longo de 2013, já tem temas definidos para os próximos meses.
"A proposta do Riologia é trazer visões inéditas sobre perfis de cariocas contemporâneos. Quisemos entender como as transformações que a cidade está vivendo afetam quem mora aqui. Nada mais natural que O Globo, um jornal comprometido com o Rio, seja um parceiro para divulgar os dados do estudo", explica Tatiana Soter, diretora de Planejamento da Quê.
Para traçar o perfil dos "filhos 2.0", foram ouvidas 621 pessoas. Inicialmente, foi realizada uma pesquisa qualitativa com 90 adolescentes e especialistas, para o levantamento de hipóteses. Depois, numa pesquisa quantitativa, foram ouvidas 531 pessoas, entre 13 e 17 anos, das classes A, B e C, do Centro e das zonas Sul, Norte e Oeste (incluindo Barra). A pesquisa quantitativa teve duas etapas. Em uma primeira fase, foi definido o percentual dos adolescentes que são "filhos 2.0". Para isso, foram entrevistados 131 adolescentes, que tiveram que avaliar sua afinidade com dez frases obtidas no campo qualitativo. A margem de erro é de 5%. Para aprofundar questões relativas ao perfil desses adolescentes, outros 400 meninos e meninas, todos "filhos 2.0", foram ouvidos. A pesquisa foi realizada entre julho e agosto deste ano.

terça-feira, 28 de agosto de 2012


Fumar maconha na adolescência reduz capacidade intelectual

Início precoce e uso contínuo da droga gerou declínio médio de 8 pontos nos testes de quociente de inteligência (QI) entre os 13 e os 38 anos

Reuters 
Reuters
Adolescentes que se viciam em maconha antes de chegarem aos 18 anos podem estar provocando lesões permanentes em inteligência, memória e atenção, segundo os resultados de um grande estudo publicado nesta segunda-feira.
Pesquisadores da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos descobriram que o uso persistente e dependente da maconha antes dos 18 anos de idade pode ter um efeito neurotóxico, mas que o uso frequente de maconha depois dos 18 anos parece ser menos prejudicial ao cérebro .
Getty Images
Maconha: uso precoce afeta capacidade intelectual
Uma professora de psicologia e neurociência no Instituto de Psiquiatria do King's College de Londres, Terrie Moffitt, disse que o alcance e a duração do estudo, que envolveu mais de 1.000 pessoas acompanhadas por mais de 40 anos, davam peso adicional aos resultados.
"É um estudo tão especial que estou bem confiante de que a maconha é segura para quem tem mais de 18 anos, mas um risco para quem tem menos", ela disse.
Antes dos 18 anos o cérebro ainda está sendo organizado e remodelado para se tornar mais eficiente, e pode ser mais vulnerável a danos dasdrogas , acrescentou.
Moffitt trabalhou com Madeleine Meier, uma pesquisadora de pós-doutorado da Universidade Duke nos Estados Unidos, analisando dados de 1.037 neozelandeses que participaram do estudo. Cerca de 96% dos participantes originais continuaram no estudo de 1972 até hoje, ela explicou.
Aos 38 anos, os participantes foram submetidos a uma bateria de testes psicológicos para avaliar sua memória, velocidade de processamento, racionalização e processamento visual. Os que usaram maconha de forma persistente quando adolescentes tiraram notas significantemente piores na maior parte dos testes.
Amigos e parentes regularmente entrevistados como parte do estudo tinham mais propensão a relatar que os fortes usuários de maconha tinham problemas de memória e de atenção, como perda de foco e o esquecimento de tarefas.
Os pesquisadores também descobriram que pessoas que começaram a usar maconha na adolescência e continuaram durante anos mostravam um declínio médio de 8 pontos nos testes de quociente de inteligência (QI) entre os 13 e os 38 anos.
"As pessoas submetidas ao estudo que não usaram maconha até serem adultas e terem o cérebro totalmente formado não mostraram declínios mentais similares", disse Moffitt.
Ela disse que o declínio do QI não podia ser explicado pelo uso de álcool ou de outras drogas ou por ter menos educação, e Meier disse que a variável chave era a idade que as pessoas começaram a usar maconha.
Meier afirmou que a mensagem do estudo era clara: "a maconha não é inofensiva, principalmente para os adolescentes".
* Por Kate Kelland