A previsão consta de relatório da agência de risco Moody's, divulgad oontem (21) pelo diretor da Moody's para a América Latina, Alfredo Coutiño. Ele estimativa que a região cresça a um ritmo mais forte do que o dos países desenvolvidos.
Pelos cálculos da Moody's, o Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina deve crescer em torno de 4% ao ano, no médio prazo, e evoluir para 5% no longo prazo. Isso, apesar de México e países da América Central terem evolução mais lenta, devido à maior dependência da recuperação da economia norte-americana.
De acordo com o relatório, o ritmo do avanço das economias da Argentina, da Venezuela, do Equador e da Bolívia vai depender do grau de flexibilização para eliminar alguns gargalos e, nesse caso, há a necessidade de implantação de reformas.
Alfredo Coutiño disse que, em maior ou menor grau, as reformas são necessárias em todos os países, de modo a garantir maior regulação dos mercados e maior supervisão nos segmentos de energia, serviços bancários e no mercado de trabalho.
Ele entende que Brasil, Chile, Peru e Colômbia estão na vanguarda da recuperação porque têm comércios mais diversificados e sistemas bancários mais regulados. O diretor da Moddy's também ressaltou que a força interna desses mercados foi a principal resistência dos países citados, diante da crise. A agência recomenda o fortalecimento dos mercados domésticos e investimentos, tanto quanto possível, em infraestrutura e serviços.