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Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.

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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Lula e sua convivência com a mídia em geral

Lula é destaque em novo jornal

O Presidente Lula está na capa do jornal "Brasil Econônico," que acaba de ser lançado. A manchete destaca a mensagem do Presidente:

- Quando mais jornais, melhor para o exercício da democracia... Cada vez mais a sociedade sabe identificar o bom jornalismo, diferenciando-o daquele que distorce para servir a interesses.Confira na íntegra (texto a baixo) a mensagem de Lula sobre o lançamento do jornal Brasil Econômico:

No editorial "Brasil, o país do presente", o diretor de redação escreveu..."A sensação é a de que o Brasil deixou de ser o país do futuro. É o país do presente. Temos ainda problemas a resolver. Muitos. Temos, e todos sabemos disso, a obrigação moral de incluir em nossa sociedade todos os brasileiros ainda sem acesso à educação, à saúde, à moradia e às demais franquias de uma cidadania compatível com o século 21" (texto completo a baixo).


E no jornal Espanhol: El apoyo popular a Lula deslumbra al mundo, diz jornal empresarial Espanhol Negócio. Dá uma olhada aqui na charge (logo mais a baixo)



"Quando nasce um jornal, a democracia se fortalece"

A frase é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o lançamento do Brasil Econômico. Ele se reuniu ontem à tarde, em Brasília, com Nuno Vasconcellos, presidente do grupo Ongoing.

Confira na íntegra a mensagem de Lula sobre o lançamento do jornal Brasil Econômico:

O nascimento de um novo ser é a demonstração mais significativa de que a vida se renova continuamente. Quando nasce um jornal, é a democracia que avança e se fortalece.

É preciso sempre repetir que não existe democracia sem liberdade de expressão para toda a sociedade.

Nesse sentido, quanto mais jornais circularem, quanto mais meios de comunicação existirem, melhor para a cidadania e para o exercício da democracia.

Um novo jornal significa muito mais do que um novo negócio. Significa um compromisso dos seus idealizadores com a sociedade e com a democracia.

Gostaria de dizer, nesta ocasião, que as empresas de comunicação têm, nos dias de hoje, uma imensa oportunidade pela frente em nosso país: um mercado interno forte, formado por um público com capacidade de consumo e de discernimento cada vez maior.

Os cerca de 26 milhões de brasileiros e brasileiras que ascenderam à classe média nos últimos cinco anos são novos e potenciais consumidores de jornais. A eles, assim como a todos os leitores, interessa a informação objetiva, a informação de qualidade, para que possam interagir cada vez mais com a realidade.

Um jornal em que predominam informações e opiniões econômicas - como o Brasil Econômico que hoje está nascendo - favorece a ampliação do acesso a assuntos que são determinantes para os rumos do nosso país.

Estou certo de que a responsabilidade profissional dos jornalistas do Brasil Econômico de se reportar aos fatos, de manter o compromisso de sempre buscar a verdade e de contribuir para um debate qualificado será essencial para o sucesso do jornal que circula a partir de hoje no nosso país.

Porque cada vez mais a sociedade sabe identificar e valorizar o bom jornalismo, diferenciando-o daquele que distorce fatos e manipula informações para servir a interesses particulares de grupos econômicos e políticos.

O leitor cidadão quer um jornal que informe, que exponha os fatos com a máxima isenção possível, que agregue conhecimento, que faça denúncias fundamentadas e que contribua, cada vez mais, para sua inserção crítica e participativa na sociedade.

Tenho certeza de que o cenário atual de desenvolvimento social e econômico é muito propício às empresas de comunicação que desejam expandir seus negócios. Se não fosse assim, o Grupo Ongoing não estaria aqui hoje para lançar o Brasil Econômico. Ficaria lá em Portugal, onde é responsável pelo principal jornal de economia e negócios, o Diário Económico.

Nesse sentido, quero felicitar esta iniciativa que demonstra, uma vez mais, a crescente confiança internacional na economia brasileira e ressaltar a minha satisfação com a aproximação cada vez maior entre empresários brasileiros e portugueses. Esta e outras parcerias gerarão novas empresas competitivas em diversos setores, ampliando a participação de nossos países na América Latina, na África e em outras regiões do mundo.

Parabéns a todos e vida longa ao jornal Brasil Econômico.

Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República Federativa do Brasil



Brasil, o país do presente

Pertenço a uma geração de brasileiros que cresceu habituada a ouvir que vivia no "país do futuro".

Um país com riquezas proporcionais às suas dimensões continentais, que fatalmente encontraria seu lugar entre os grandes do mundo.

Esse tipo de visão durante muito tempo mereceu nosso desdém: isso, para a maioria de nós, era consequência da visão ufanista introduzida no período da ditadura militar.

A realidade, sabíamos, era diferente. Afinal, tínhamos uma inflação de quatro dígitos e problemas estruturais que minavam a competitividade de nossas empresas.

Isso sem falar do abismo da desigualdade, que separava o Brasil pobre do Brasil rico e parecia profundo o suficiente para jamais ser superado.

O cenário começou a mudar com a estabilidade assegurada pelo Plano Real. Quando recordamos que tivemos seis moedas diferentes entre 1986 e 1994, custamos a crer que vivemos há 15 anos com o mesmo dinheiro. O Real foi o primeiro passo.

Conquistas posteriores cuidaram de melhorar ainda mais o ambiente. Com elas, o país deu, recentemente, uma das mais impressionantes provas de vigor de sua história. Com uma política 100% baseada na força de seu mercado interno, o Brasil conseguiu, antes dos outros, livrar-se de uma crise econômica que ainda hoje espalha medo pelo mundo.

A sensação é a de que o Brasil deixou de ser o país do futuro. É o país do presente. Temos ainda problemas a resolver. Muitos. Temos, e todos sabemos disso, a obrigação moral de incluir em nossa sociedade todos os brasileiros ainda sem acesso à educação, à saúde, à moradia e às demais franquias de uma cidadania compatível com o século 21.

Isso, todos sabemos, nos custará muito esforço. A diferença é que, pela primeira vez em nossa história, somos tomados pela sensação de que será possível ultrapassar um a um todos os obstáculos e chegar ao lugar que é nosso por direito não apenas como uma potência econômica - mas como um exemplo de justiça social.

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Ricardo Galuppo é diretor de redação do Brasil Econômico