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Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.

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sábado, 31 de outubro de 2009

Quando é a favor dos pobres, no Brasil

Luciano Rezende * O termo eleitoreiro está ganhando os noticiários. Tudo o que se faz de mais progressista na atualidade recebe essa definição pejorativa. Mas afinal de contas, o que representa de fato esse jargão e a quem ele serve? Basta um olhar mais atento e veremos que os grandes meios de comunicação há tempos elegeram Getúlio Vargas e Lula como os dois grandes eleitoreiros de nossa história. Por outro lado, quem financia essa mesma mídia venal com repasses milionários em troca de sua conversão em partido político de direita, passa batido. Gilmar Mendes é um desses signatários da tese eleitoreira. Perdeu as estribeiras na semana passada ao ameaçar com sanções os comícios e os “vale-tudo” de Lula. Não me recordo tê-lo visto com tamanha indignação por ocasião da vergonhosa compra de votos para se aprovar a emenda da reeleição conduzida no governo Fernando Henrique. Nem mesmo com a fita gravada do deputado Ronivon Santiago (PFL-AC), assumindo que vendeu seu voto por R$ 200 mil, o cidadão Mendes ficou tão revoltado a ponto de ter acusado o governo passado de eleitoreiro ou patrocinar o tal “vale tudo”. Pelo contrário, sequer questionou sobre a inconstitucionalidade da referida emenda.
Talvez Lula seja visto como eleitoreiro pelas mentes mais reacionárias porque faz algo que seria inimaginável para qualquer ex-presidente. Ele sobe em qualquer palanque desse país e discursa cara a cara com o povo sem ser hostilizado (muito pelo contrário, é saudado como grande estadista). E mais: pega o microfone para falar, na língua do povo, sobre as realizações que vem sendo feitas com o dinheiro público. Ou seja, presta contas aos trabalhadores dirigindo-se diretamente a eles, mobilizando-os como fiscalizadores das obras em curso. Fernando Henrique também era eleitoreiro e fazia parecido, entretanto com o seu próprio eleitorado. Adorava subir nos palanques da Febraban, Fiesp dentre outras “arenas” fechadas para a burguesia, para prestar contas das diversas políticas eleitoreiras voltadas para os ricos, tais como o Proer, as privatizações da Vale, CSN, telecomunicações... Entretanto, nem mesmo na comemoração dos 500 anos do Brasil, o presidente tucano ousou permitir a entrada do povo para celebrar o ato em Porto Seguro. Botou a polícia para reprimir os manifestantes, não por receio de ser chamado de eleitoreiro ao subir no palanque, mas pelo simples fato de ser inimigo dos movimentos sociais e não ter a gratidão do povo como tem Lula com suas políticas sociais tidas como eleitoreiras pelas elites. Tudo depende do ângulo de vista do observador, cujo azimute é a própria concepção de classe.
Essas são, portanto, algumas diferenças básicas de distintas práticas eleitoreiras. Enquanto a burguesia tacha o Bolsa-Família, Luz para Todos, PAC e o Prouni como eleitoreiros; episódios escabrosos como a emenda da reeleição, o Sinvam ou o socorro aos bancos Marka e FonteCindam, no máximo são comemorados como conquistas legítimas de seus eleitores.Diante do exposto, Lula e seus ministros não podem se curvar ante a ameaça dos setores conservadores - estejam eles representados no judiciário, legislativo ou na grande imprensa -, que tenta intimidar o governo de continuar com sua agenda positiva junto ao povo. Quem não gostaria de trazer Lula à sua cidade a fim de que ele pudesse inaugurar alguma das diversas obras realizadas em seu governo? A diferença de Lula para os governadores Aécio Neves ou José Serra é que enquanto esses só visitam as cidades para se encontrarem em salas fechadas com seus correligionários (pois em praça pública não tem nada para falar, mas muito para ouvir), Lula arrasta multidões para ouvi-lo onde quer que seja. E assim tem que continuar. Cair na defensiva significa simplesmente perder a essência da militância dos partidos de esquerda, sempre junta aos trabalhadores. Inclusive, talvez seja essa a melhor definição de eleitoreiro para as elites. Lamentamos. * Engenheiro agrônomo, mestre em Entomologia e doutorando em Genética. Da direção estadual do PCdoB - MG. Fonte: Vermelho.org.