A aprovação do presidente Lula passou de 76,8% em setembro para 78,9% em novembro, enquanto o índice de desaprovação caiu de 18,7% para 14,6%. A pesquisa de novembro foi realizada depois do apagão ocorrido na noite do último dia 10, mas o problema do blecaute não foi abordado nas questões. "O crescimento é resultado da economia, claro, e também da melhora da imagem do país no exterior. Isso tem transparecido nas pesquisas, a ideia de que o Lula é 'o cara'. Além disso, o discurso dele é forte, tem identificação com o povo", disse o presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Clésio Andrade.
A pesquisa também avaliou a capacidade de transferência de votos do presidente Lula nas eleições do ano que vem. O índice dos que não votariam em um candidato apoiado pelo presidente da República baixou de 20,2% em setembro para 16% em novembro. Os que afirmaram que só conhecendo o candidato poderiam fazer uma avaliação passaram de 24,6% para 27,4%. Os percentuais dos que só votariam em um candidato apoiado por Lula mantiveram-se estáveis, passando de 20,8% para 20,1%, enquanto os que responderam que poderiam votar em um candidato com o apoio do atual presidente passaram de 31,4% para 31,6%.
A pesquisa também considerou, pela primeira vez, um cenário de transferência de votos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, apontando que 49,3% não votariam em um candidato apoiado pelo tucano.
Outros 14,2% disseram que poderiam votar em um candidato apoiado por FHC e 27% responderam que só conhecendo o candidato poderiam opinar. Apenas 3% afirmaram que o candidato apoiado pelo ex-presidente seria o único em que votariam.
Histórico de aprovação - A popularidade do presidente Lula atingiu o ponto mais alto em janeiro deste ano, quando chegou a 84%. Em março, o índice passou para 76,2%, aumentando para 81,5% em maio. Ocorreu uma oscilação para baixo em setembro, que apresentou recuperação na atual pesquisa. Em relação ao governo Lula, a pesquisa apontou aprovação de 72,5% em janeiro deste ano, caindo para 62,4% em março. Em maio, o índice apresentou recuperação, chegando a 69,8%, mas em setembro voltou a cair, passando para 65,4%, até chegar aos 70% atuais.
SERRA EM QUEDA LIVRE, DILMA SOBE
Apesar de manter a liderança, Serra está em queda em todos os cenários. Enquanto a ministra Dilma sobe em todos.
Em todos os cenários de primeiro turno, o candidato se mantém na liderança. O mesmo acontece no segundo turno, mas com queda do tucano, principalmente numa disputa com Ciro Gomes. Veja as simulações:
Lista 1
* José Serra – 31,8%
* Dilma Rousseff – 21,7%
* Ciro Gomes – 17,5%
* Marina Silva – 5,9%
Lista 2
* Ciro Gomes – 25%
* Dilma Rousseff – 21,3%
* Aécio Neves – 14,7%
* Marina Silva – 7,3%
Lista 3
* José Serra – 40,5% (tinha 40,1% em setembro)
* Dilma Rousseff – 23,5% (tinha 19,9% em setembro)
* Marina Silva – 8,1% (tinha 9,5% em setembro).
Lista 4
* Dilma Rousseff – 27,9% (tinha 25,6% em setembro)
* Aécio Neves – 20.7% (tinha 19,5% em setembro)
* Marina Silva – 10,4%% (tinha 11,2% em setembro).
Segundo Turno - Lista 1
* José Serra – 46,8% (tinha 49,9% em setembro)
* Dilma Rousseff – 28,2% (tinha 25% em setembro)
Lista 2
* Dilma Rousseff – 36,6% (tinha 35,8% em setembro)
* Aécio Neves – 27,9% (tinha 26% em setembro)
Lista 3
* José Serra – 44,1% (tinha 51,5% em setembro)
* Ciro Gomes – 27,2% (tinha 16,7% em setembro).
SERRA QUEDA DE 15 PONTOS
"Há queda acentuada do Serra se comparada com listas passadas. Há um ano, ele aparecia com percentuais que variavam de 45% a 49%. Houve uma queda de cerca de 15 pontos percentuais em um ano. O Serra caiu em função do apoio do Fernando Henrique, que coloca o governador como candidato principal do PSDB. Está clara a rejeição ao ex-presidente", disse Andrade.
Segundo a pesquisa, FHC teve a rejeição de 49,3% dos eleitores ouvidos pela CNT/Sensus em novembro --que não votariam em candidatos apoiados pelo tucano. Somente 17,2% dos entrevistados responderam que votariam em nomes apoiados pelo ex-presidente tucano.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao contrário, teve índice de rejeição de apenas 16%, enquanto 51,7% dos entrevistados responderam que poderiam votar no candidato apoiado pelo petista. Jussara Seixas.
JOSE SERRA SERRA CAI NA NOVA PESQUISA CNT/Sensus
Enquanto Lula levanta candidatura de Dilma, FHC derruba Serra,...
BRASÍLIA - Ascensão da provável candidata governista Dilma Rousseff e de Aécio Neves(boxeador de mulheres), do PSDB, e clara queda na preferência do eleitorado pelo também eventual candidato do PSDB José Serra ao Palácio do Planalto em 2010 - esse é o cenário eleitoral trazido hoje pela pesquisa CNT/Sensus deste mês, que mostrou que Serra teria recuado cerca de 15 pontos percentuais em um ano.
Já a virtual disputa de Serra pelo Planalto, conforme Andrade, está sendo atrapalhada pelo elevado índice de rejeição ao ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, também do PSDB. "O apoio ostensivo de Fernando Henrique está puxando Serra para baixo " , observou o presidente da CNT. Na pesquisa realizada entre os dias 16 e 20 de novembro, a rejeição ao ex-presidente FHC ficou clara: 49,3% disseram que não votariam no candidato dele.
"Agora, se FHC atrapalha ou ajuda o Aécio, é difícil dizer " , continua Andrade. O governador de Minas Gerais cresce como alternativa a Serra. Numa lista com Dilma, Ciro Gomes e Marina Silva, Aécio tem 14,7% das intenções de voto e é o terceiro, ante 25% de Ciro, 21,3% de Dilma e 7,3% de Marina. No cenário só com Dilma e Marina, Aécio subiu de 19,5% em setembro para 20,7%.
Pioraram os números para o governador de São Paulo.
A pesquisa CNT/Sensus apontou que Serra sai de 46,5% em dezembro de 2008 para 31,8% agora. Já Dilma tem 21,7% das intenções de voto, numa lista com Serra, que cresceu perante os 10,4% que tinha em dezembro do ano passado. A ministra suplanta Aécio com 36,6%, enquanto o governador mineiro teria 27,9% concorrendo diretamente com ela.
A pesquisa mostra ainda que Ciro Gomes avança na disputa com Serra, indo de 16,7% na pesquisa de setembro para 27,2% no levantamento atual. Em igual período, Serra caiu de 51,5% para 44,1%.
O levantamento sugeriu ainda algumas chapas. A mais aprovada foi a que une os dois pessedebistas Serra e Aécio como vice, com 35,8%. Dilma e o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, do PMDB, ficaria em segundo lugar com 23,9%; Ciro e o ministro do Trabalho Carlos Lupi (PDT) em terceiro, com 16,1% e Marina Silva com Guilherme Leal (presidente da empresa de cosméticos Natura), com 5,2%. (Azelma Rodrigues Valor)