O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou na manhã desta quarta-feira em Londres para uma visita de dois dias à cidade com o principal objetivo de atrair mais investimentos estrangeiros ao Brasil.
O principal evento da agenda do presidente na capital britânica será o seminário empresarial "Investindo no Brasil", organizado em conjunto pelos diários econômicos Financial Times, da Grã-Bretanha, e Valor Econômico, do Brasil.
Além de Lula, participarão do seminário na manhã da quinta-feira os ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Dilma Rousseff, da Casa Civil, além dos presidentes do Banco Central e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A uma plateia de empresários, funcionários governamentais e acadêmicos, Lula e seus ministros tentarão vender a ideia de que o Brasil superou a crise econômica e se apresenta como uma boa oportunidade de investimentos para o futuro.
Nesta quarta-feira, Lula também participa da inauguração de um escritório do BNDES em Londres, que permitirá o financiamento de projetos europeus de investimento no Brasil.
O presidente deverá também se reunir com representantes de dois dos principais grupos internacionais de mineração - o indiano Lakshmi Mittal, dono do grupo Arcelor Mittal, e o presidente da Alcoa para a América Latina, Franklin Feder.
Lula aproveitará ainda a visita a Londres para se reunir com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, no início da noite desta quarta-feira, e com a rainha Elizabeth 2ª, na tarde de quinta-feira.
Cooperação esportiva
Um dos principais itens da pauta do encontro de Lula com Brown será a assinatura de um memorando de entendimento sobre cooperação esportiva, que permitirá que a experiência da Grã-Bretanha com a organização da Olimpíada de 2012, em Londres, seja aproveitada pelo Brasil para a organização dos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro.
Além disso, também deverão ser discutidas a crise financeira internacional e a reunião ministerial do G20, que acontece neste fim de semana na Escócia, a possibilidade de conclusão das negociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio e a postulação brasileira a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Na quinta-feira à noite, antes de retornar a Brasília, o presidente recebe ainda o prêmio de "Estadista do Ano", concedido pela Chatham House (Instituto Real de Assuntos Internacionais).
O prêmio anual é concedido ao estadista que tenha dado a maior contribuição para a melhoria das relações internacionais no ano anterior, segundo a avaliação da instituição.
Os premiados anteriores incluem o presidente de Gana, John Kufuor, em 2008, a princesa Sheikha Mozah, uma das três mulheres do emir do Catar, em 2007, e o ex-presidente de Moçambique Joaquim Chissano, em 2006.
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