Uma análise feita pelo jornal O Estado de São Paulo, publicado nesta quarta-feira (25), informa que, os últimos 11 meses mostraram uma tendência de queda na vantagem do tucano José Serra sobre a petista Dilma Rousseff na corrida presidencial. Nas simulações de segundo turno feitas pelo instituto Sensus, a distância entre os dois caiu de 39 para 19 pontos porcentuais desde dezembro de 2008.
Nas simulações de primeiro turno não há como traçar uma linha de tempo contínua, dada a profusão de cenários com as possíveis candidaturas de Heloísa Helena (PSOL), Marina Silva (PV) e Ciro Gomes (PSB).
Deixando de lado o rigor metodológico, porém, observa-se o mesmo fenômeno. Em junho passado, segundo o Ibope, em um quadro de disputa com Dilma, Ciro e Heloísa Helena, Serra desfrutava de 20 pontos de folga sobre a petista. Na pesquisa mais recente do Sensus, a vantagem sobre Dilma é de apenas dez pontos, em um cenário com Ciro e, no lugar de Heloísa Helena, Marina Silva.
Reunião convocada as pressas
O DEM, o PSDB e o PPS vão usar as pesquisas de intenção de voto para constranger o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e pressioná-lo a definir a sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto o mais cedo possível. Ontem, no almoço em que a cúpula dos três partidos dividiram a mesa, o senador Sérgio Guerra (PE), que comanda os tucanos, e o deputado Rodrigo Maia (RJ), que preside o DEM, previram Serra em queda contínua, contra a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em ascensão constante.
"É melhor assumir logo isso", ordenou Rodrigo Maia, diante da observação geral de que a ministra Dilma crescerá ainda mais com a exposição no programa partidário do PT em cadeia nacional de rádio e TV, marcado para 10 de dezembro.