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Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.

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domingo, 13 de dezembro de 2009

2010 pode ser o melhor ano da década, prevê presidente do Ipea

A economia brasileira cresceu 1,3% no terceiro trimestre deste ano na comparação com o segundo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Para Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), isto mostra "a continuidade da expansão do emprego e do rendimento do trabalho". "Os salários continuam crescendo", acrescenta.
"Mantido assim, nós deveremos esperar que 2010 seja o melhor ano da década", prevê Pochmann.
Para ele, o Brasil está retomando a recuperação da crise que abateu o mundo. Na sua avaliação, isto não se deu pelo insuflamento do Estado brasileiro, que foi o que menos cresceu (0,5%), nem pelo consumo das famílias (2,0%), mas pelo crescimento do investimento (6,5%). O setor industrial trouxe "boas notícias", afirma. O PIB da indústria apresentou expansão de 2,9% no terceiro trimestre de 2009 em relação ao anterior. "Nós estamos crescendo da melhor maneira, que é pelo investimento, que gera capacidade futura de produção, que está adequada ao ritmo de consumo", encadeia.
Apresentado o cenário, Pochmann prevê uma expansão em torno de 1 a 1,5% no PIB deste ano. "Ainda temos a esperança de que o último trimestre seja muito mais forte do que este terceiro", explica. Leia abaixo a íntegra da entrevista de Márcio Pochmann ao Terra Magazine:
Terra Magazine - A economia recuou 1,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse número é muito significativo, tendo em vista a crise global enfrentada?
Marcio Pochmann - De fato, o Brasil registrou uma inflexão nessa crise. Essa inflexão se deu, fundamentalmente no setor industrial, o que, de certa maneira, indica quando esse setor está internacionalizado. Ou seja, o que ocorre no mundo tem impacto imediato na indústria brasileira. Em segundo lugar tivemos um impacto importante no setor agropecuário, causado pelas importações. Mas o setor de serviços, voltado mais para o mercado interno, terminou não apresentando recessão, em ritmo de expansão. Talvez o maior problema dessa expansão se deva ao que se deu nos investimentos.
O senhor poderia explicar isso melhor?

O Brasil, praticamente de 2004 até 2008 registrou, depois do Milagre Econômico, o período mais longo de expansão de investimentos. O que apontava para um cenário de crescimento econômico. A crise terminou, então, impactando, justamente, na evolução desse setor de investimentos. A dúvida que se tinha até o momento era se esses investimentos, até aquele momento, tinham sido rompidos, ou postergados. Agora, os dados que foram apresentados agora, mostram que os investimentos foram apenas postergados.
Por quê?

Quando se compara o 3º trimestre com o 2º deste ano, os investimentos cresceram 6,5%. Então, aparentemente houve uma postergação em função da crise.
E agora, estamos retomando esses investimentos? É isto?

Exatamente.
PIB brasileiro cresceu 1,3% no 3º trimestre ante 2º trimestre. Alguns economistas mais descrentes da recuperação da crise afirmavam, no trimestre passado, que o Brasil tinha superado a recessão técnica, mas não tinha saído da crise. Podemos dizer que, com esse retorno dos investimentos, o Brasil saiu dessa crise? O que podemos esperar para o cenário que se desenha para 2010?

Comparando o 3º trimestre com o 2º, temos uma recuperação pelo investimento. A formação de capital fixo cresceu 6,5% e é o que mais cresceu entre todos os componentes. O consumo das famílias cresceu 2% e o do governo 0,5%.
O que isto quer dizer?

A recuperação da economia não está se dando pelo insuflamento do Estado, que é o que menos cresceu. Em segundo lugar, não é pelo consumismo das famílias, que poderia ter sido no crédito, não é isso também. Na verdade, a recuperação se dá pela forma mais adequada que é o crescimento do investimento.
O PIB da indústria apresentou expansão de 2,9% no terceiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior. Isto se deve aos incentivos do governo? O senhor acredita que esses incentivos ao consumo de bens industriais podem trazer prejuízos como excesso de demanda para uma oferta que não acompanhe?

Esse crescimento da indústria é outra boa notícia. Mas eu tenho dúvidas a respeito desses prejuízos. Porque se nós estivéssemos crescendo, basicamente, ocupando a capacidade ociosa, sem investimento, certamente seria preocupante. Mas não é isso que o cenário nos mostra. Nós estamos crescendo da melhor maneira, que é pelo investimento, que gera capacidade futura de produção, que está adequada ao ritmo de consumo.
Podemos dizer que persiste uma certa margem de ociosidade dos fatores produtivos, como destacou o Copom ao manter a Selic em 8,75% ao ano?

Frente a uma opção de demanda, não haverá uma inflação de consumo, que não teremos como atender internamente. Sim, podemos dizer isso e essa avaliação me parece correta, mas não tem inserção no próprio movimento de redução da própria taxa de juros.
O que esse crescimento do PIB significa para o bolso do brasileiro?

A continuidade da expansão do emprego, que é outra coisa vinculada a própria expansão da economia crescimento de emprego. Significa também a recuperação do rendimento do trabalho, os salários continuam crescendo, inegavelmente, por conta da melhoria do desempenho econômico. Então, teremos a continuidade do crescimento e expansão da renda do trabalho.
Basicamente, aumento de emprego e de renda?

Nós deveremos esperar, se mantida essa situação, que 2010 seja o melhor ano da década.
Qual a previsão para o PIB deste ano?

Uma previsão de expansão em torno de 1 a 1,5%. Na verdade, ainda temos a esperança de que o último trimestre seja muito mais forte do que este terceiro. Então daria uma recuperação, mesmo que a base de comparação com o trimestre passado seja muito baixa. Terra Magazine.