A indústria brasileira teve aumento de 2,9% e o investimento produtivo Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registrou incremento de 6,5% no terceiro trimestre de 2009, na comparação com igual período do ano passado.
Esses fatores positivos foram destacados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta-feira (10). Ele afirmou que o crescimento de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2009, confirma que o País saiu da crise.
“O aumento da formação bruta de capital é expressivo e demonstra forte recuperação dos investimentos, o que é importante para a qualidade do crescimento. Já a recuperação da indústria é relevante porque o setor é grande gerador de emprego, de valor agregado e tecnologia”, comentou Mantega.
Segundo o IBGE, a agricultura puxou o resultado para baixo. Mas, para o ministro, como o agronegócio registrou safra recorde no ano passado, é normal que no ano seguinte o resultado seja inferior. O ministro destacou ainda o menor crescimento nas despesas de consumo da administração pública, que foi 0,5% abaixo do PIB do terceiro trimestre. “Isso significa que não procedem as análises de que o governo está gastando muito. Estamos reduzindo as despesas de custeio e muitos ministérios vão confirmar isso”.
Parâmetros
Em 2007, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) alterou seus parâmetros de aferição do PIB. Naquele ano, o IBGE corrigiu uma distorção, que fazia o setor de serviços ter um peso maior que o agrícola. Assim, o PIB de 2007 mudou de 5,7% para 6,1%. Essa alteração de parâmetros está na base da mudança do quarto trimestre de 2008, de -3,4% para -2,9%. A nova metodologia melhorou também a situação do último trimestre do ano passado e do primeiro trimestre deste ano que era -1% e caiu para -0,9%.
Em compensação, complementou o ministro, o crescimento foi menos forte segundo e terceiro trimestres. “A gente tem que entender porque isso está encadeado. Quando você muda uma base de comparação, você muda o resultado do trimestre”. Para 2010, o ministro mantém a previsão de crescimento do PIB em 5% e ainda aposta em resultado positivo para este ano.