Os escândalos e a Federação
Mauro Santayana, JB Online
“Os escândalos de Brasília seriam como os outros ocorridos no Brasil, e da mesma forma documentados, se não houvesse razão adicional e mais profunda: a autonomia do Distrito Federal. Os constituintes de 1988, embalados pela fome de liberdades públicas, depois dos anos ditatoriais, não meditaram o pacto federativo que deu origem à República de 1891. O Brasil é uma união de estados, e o Distrito Federal é a sua sede. Seu território não pertence a um estado em particular, mas ao conjunto da República. Os cidadãos que habitam o Distrito Federal são cidadãos da União, a menos que continuem sendo cidadãos-eleitores de seus estados. A Federação implica dupla cidadania, de facto (nos Estados Unidos, de jure): a dos estados e a da União. O Distrito Federal é município, sob jurisdição da União, com estatuto diferente. Ele deve contar com autonomia administrativa (como Washington), mas não autonomia política. Deve dispor de uma câmara municipal com vereadores, empenhados nos assuntos relativos à urbe, mesmo assim com algumas restrições. A civitas é assunto do todo nacional. Admite-se que Brasília disponha de representação no Parlamento federal, como ocorria com o Rio de Janeiro. Nos Estados Unidos, o Distrito de Colúmbia, sede da União, elege somente um representante, da mesma forma que Porto Rico e as Ilhas Samoa. Não elege senadores. O prefeito é eleito, juntamente com um conselho municipal, para tratar dos problemas locais.
Pouco a pouco, em Brasília, a partir da Constituição de 88, o poder local foi se arrogando o estatuto de estado. Os vereadores que deviam estar empenhados nos problemas de trânsito e de coleta de esgotos, ao se chamarem “deputados distritais” (o que é absurdo semântico), começaram a legislar para o mundo. A tal ponto chegamos que as secretarias administrativas do governo local se intitulam Secretarias de Estado.”
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Presidente do DEM minimiza saída do PSDB do governo Arruda
Gabriela Guerreiro, Folha Online
“O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), minimizou nesta terça-feira a decisão do PSDB de abandonar o governo de José Roberto Arruda (DEM) no Distrito Federal.
Maia disse que a saída dos tucanos não coloca em risco a aliança DEM-PSDB para as eleições presidenciais de 2010, mas alfinetou os tucanos ao afirmar que a governadora Yeda Crusius (PSDB) também enfrenta uma grave crise no Rio Grande do Sul --o que poderia impedir o PSDB de ter candidato à Presidência da República se a mesma avaliação for aplicada à crise no DEM.
"Não entendo porque algumas pessoas misturam temas. Não estamos tratando da eleição. Se crises como essas fossem impeditivas, talvez o PSDB não pudesse ter candidato à Presidência da República", disse Maia.”
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Heráclito: "chantagem" de Arruda "não faz sentido"
Diego Salmen, Terra Magazine
“O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) defende a abertura de um processo disciplinar contra o correligionário e governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Ele, no entanto, garante que Arruda terá direito à defesa nas instâncias partidárias caso o processo seja mesmo instaurado.
Além disso, o senador nega que a demora da agremiação em definir o destino do governador esteja relacionada a uma suposta "chantagem", segundo a qual Arruda estaria ameaçando incriminar outros membros do partido no episódio. "Isso não houve", garante. "Não tem sentido".
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Mensalão não é do DEM, diz ACM Neto
Fábio Góis, Congresso em Foco
“Depois de vídeos, transcrições e delação premiada que mostram o contrário, o deputado ACM Neto (DEM-BA) negou que o escândalo que tem como protagonista o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), seja um esquema de desvio de dinheiro público operado pelo DEM. Segundo ACM Neto, o caso atinge apenas "uma liderança do partido", no caso Arruda.”
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Arruda diz ter recebido dinheiro só uma vez
Fernando Rodrigues, Folha Online
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), disse ontem que só recebeu dinheiro uma vez diretamente de Durval Barbosa, seu ex-secretário de Relações Institucionais --no vídeo já mostrado amplamente na mídia.
Recebeu outras contribuições de Durval, mas por meio de "outras pessoas". Arruda faz sempre questão de mencionar que os vídeos agora divulgados foram gravados quando ele ainda não era governador de Brasília. Ele considera tudo uma trama engendrada por seu adversário político local, Joaquim Roriz (PSC).
No último dia 21 de outubro, quando recebeu Durval portando uma mala com R$ 400 mil, disse não ter visto o dinheiro. Recusa-se a explicar o conteúdo do diálogo, gravado em áudio monitorada pela Polícia Federal.
FOLHA - Por que o sr. manteve Durval Barbosa em seu governo?
JOSÉ ROBERTO ARRUDA Esse cidadão durante oito anos foi presidente da Codeplan, a empresa de informática do governo Roriz. Os gastos ali eram da ordem de R$ 500 milhões por ano. Ele, como outras pessoas do governo Roriz, vieram me ajudar na campanha. Quando terminou a eleição ele desejava continuar na mesma posição. Na transição, já avisado que tinha problemas nessa área, mas, por outro lado, muito grato à ajuda que ele tinha me dado na campanha --ajuda política, inclusive, trouxe apoio partidários, de deputados, evangélicos, o diabo a quatro. Eu então...
FOLHA - Ele deu ajuda tanto política quanto financeira para sua campanha?
ARRUDA - Eu diria que mais política que financeira. Porque a financeira, ao que eu saiba, ele pode ter intermediado apoios empresariais. Mas não dele diretamente. Eu não controlava. Para mim, pessoalmente, ele deu o que aparece naquele vídeo que apareceu, que deve ser de dezembro de 2004 ou dezembro de 2005. Foi para as minhas campanhas sociais de final de ano que eu faço há dez anos. Virou piada, porque é panetone, mas no fundo é verdade mesmo. Eu entrego panetone nas creches, nos asilos, tudo isso. Essa [doação em dinheiro de Durval] foi a única que eu recebi pessoalmente. Mas na campanha ele foi para o comitê. Ajudou muito.
FOLHA - Sim, mas aí o sr. o recolocou em seu governo?
ARRUDA - Terminada a eleição, e [ele] querendo ir para esse posto [Codeplan], eu achei que não deveria. Fui avisado inclusive pelo Ministério Público que ele não deveria ir, porque iria me dar problema. Não deixei ir para o mesmo cargo, mas coloquei-o num outro, mais burocrático, sem orçamento. E reduzi de R$ 500 milhões para R$ 130 milhões os gastos anuais com informática. Neste ano, vai chegar a R$ 209 milhões, mas ainda menos da metade do que no governo Roriz.”
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Análise: Eleição de 2010 pauta reações ao caso Arruda
“Ainda é cedo para prever qual será o impacto em nível nacional nas eleições de 2010 das acusações de corrupção no governo de José Roberto Arruda (DEM) no Distrito Federal.
Asdrúbal Figueiró, BBC Brasil
Mas é difícil imaginar que, a partir de agora, o benefício ou prejuízo eleitoral daqui a 11 meses não vá nortear as reações dos políticos com interesse direto ou indireto no caso.
No centro do furacão, os Democratas são obviamente quem tem mais a perder.
O partido, que surgiu do PFL e tem sido o principal parceiro do PSDB desde a primeira gestão Fernando Henrique Cardoso, investiu nos últimos anos na imagem da defesa da moralidade pública.
Durante o auge de debate público sobre o chamado "mensalão" do PT, foram os Democratas que empunharam com mais ênfase a bandeira contra a corrupção e sem o constrangimento do PSDB de ser acusado de prática semelhante em uma administração estadual – no caso, a de Eduardo Azeredo, em Minas Gerais.
No momento, os Democratas parecem estar divididos.
Um grupo defende uma ação mais radical contra Arruda na tentativa de vender a ideia de que se trata de um problema isolado e de demonstrar que, quando confrontado com uma denúncia, o partido agiu de acordo com seu discurso.
Outro grupo parece querer dar tempo ao governador, talvez na esperança de que ele consiga se defender ou que o caso acabe se esvaziando e deixando as manchetes dos jornais e noticiários da TV antes de provocar mais danos ao partido.
Além disso, é claro que as relações pessoais e políticas dentro do partido também influenciam essas posições, embora, nesse momento, seja mais difícil de medir o peso desse fator.”
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Deputado do dinheiro na meia se afasta e Câmara-DF cria CPI
“O Correioweb, site do jornal Correio Braziliense, noticiou na noite desta terça-feira (1º) o afastamento do deputado distrital Leonardo Prudente (DEM), célebre por aparecer em um vídeo guardando um maço de notas na meia. Os deputados distritais decidiram instalar a "CPI do Demomensalão". Mas houve acordo sobre processar o governador José Roberto Arruda (DEM) por crime de responsabilidade, abrindo caminho para o impeachment.
Vermelho.org
Leonardo Prudente, que é presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, decidiu se licenciar do cargo por 60 dias, depois de aparecer como um dos principais implicados no escândalo brasiliense. Ele alegou que com isso facilitará a apuração das denúncias de recebimento de verba ilegal. Quem exercerá a presidência da Casa é o vice, Cabo Patrício (PT).
O vídeo que mostra o deputado levantando as pernas para guardar maços de cédulas nas meias foi gravado em 2006, pelo então presidente da Codeplan - estatal do GDF responsável pela área de informática - no governo Joaquim Roriz, Durval Barbosa. Barbosa, proncipal informante da PF na Operação Caixa de Pandora, é também o autor das imagens que indignaram o Distrito federal e o país.
Corregedor está entre os acusados...
Também será eleito um novo corregedor para cuidar das denúncias para a "base aliada" do governo, já que o atual corregedor da Casa, Júnior Brunelli (PSC), também é citado como um dos beneficiados no esquema denunciado pela Polícia Federal.
Durante reunião de mais de quatro horas, os deputados distritais decidiram, também, instalar uma CPI para investigar as denúncias levantadas pela Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora. Não definiram porém quando a Comissão começará a funcionar.
Ao todo, 23 dos 24 deputados distritais participaram da reunião. O único que não compareceu foi Brunelli, que está de licença. Na situação anterior ao escândalo Arruda, o governo do DEM tinha uma cômoda maioria na Casa: a oposição se resumia a oito deputados. Este quadro mudou com a crise, que levou o PDT, PPS, BSB, PSDB e PV a se afastarem da base governista no DF.”
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DF: “Eleição de Arruda foi a consagração da corrupção”, diz cientista político
Leandro Kleber, Contas Abertas
“Brasília (UnB) Octaciano Nogueira, no entanto, tem uma certeza: ele acredita que a eleição de Arruda ao governo do DF em 2006, depois do episódio do painel eletrônico em 2001, foi a consagração da corrupção. “Significa que valores como ética e moralidade foram descartados”, afirma.
Nogueira também se surpreende com o fato de o ex-secretário de Relações Institucionais do GDF Durval Barbosa, responsável pela filmagem dos vídeos que vieram à tona, ter sido indicado ao cargo mesmo com dezenas de processos na Justiça. “Como pode um sujeito que responde a mais de 30 processos ser escolhido secretário de governo? Onde estamos? Que país é esse?”, questiona.
Segundo ele, a corrupção em Brasília começou já na sua construção, nos anos 50, já que "naquela época não houve fiscalização" sobre as obras da nova capital. “Quem fiscalizava esse imenso cerrado? Não existia isso. Só agora, depois de quase 50 anos, vêm à tona este escândalo lastimável relacionado ao GDF. Demorou muito para surgir algo bem documentado como o de agora. A corrupção existe desde a inauguração da cidade”, afirma.”
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Advogados entram com pedido de impeachment de Arruda
Thomaz Pires, Congresso em Foco
“Dois pedidos de impeachment contra o governador José Roberto Arruda (DEM) foram protocolados nesta manhã na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Os requerimentos foram apresentados pelos advogados Evilásio Viana dos Santos e Anderson Siqueira, e pedem o afastamento imediato de Arruda com base nas imagens em que ele aparece recebendo um maço de dinheiro, além das denúncias de um esquema de pagamento de propina para secretários e deputados da base aliada.
Nesta quarta-feira (2), os deputados do Partido dos Trabalhadores devem formalizar um terceiro pedido de impeachment contra Arruda. Ao todo, são 24 parlamentares na Casa, sendo quatro petistas. Mas o governador ainda pode contar com fôlego e respaldo da maioria para barrar a aprovação cassação do mandato em plenário. A executiva do Psol no DF e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) também devem formalizar um pedido de impeachment ainda esta semana.”
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PSDB deixa governo de Arruda e cobra respostas rápidas às denúncias
Gabriela Guerreiro, Folha Online
O PSDB decidiu nesta terça-feira deixar o governo do Distrito Federal depois das denúncias contra o governador José Roberto Arruda (DEM), acusado de participar de um suposto esquema de pagamento de propina a deputados da base aliada na Câmara Legislativa. É o quarto partido a deixar a base de Arruda. Ontem, PPS, PSB e PDT entregaram seus cargos no governo do DF.
Os tucanos cobram que o DEM ofereça respostas rápidas às denuncias para evitar danos na disputa presidencial de 2010.
O partido determinou que os dois secretários do PSDB no governo do DF entreguem os cargos. A medida também atinge os cerca de 100 tucanos que ocupam postos na administração de Arruda.”
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DEM adia decisão sobre expulsão de Arruda para o dia 10
Eduardo Militão, Congresso em Foco
A executiva nacional do DEM adiou para o dia 10 a decisão de expulsar ou não o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, flagrado em vídeo recebendo dinheiro, conforme mostra o inquérito da Operação Caixa de Pandora. Arruda terá oito dias para entregar a sua defesa num processo administrativo-disciplinar. Em outros dois dias, o deputado José Carlos Machado (DEM-SE) deverá concluir seu relatório sobre caso.
O processo será aberto formalmente hoje, quando o advogado vai notificar Arruda. O parecer de Machado será votado no dia 10 pela Executiva.
A decisão foi tomada pelo presidente da legenda, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), depois de ouvir três parlamentares a favor da expulsão sumária de Arruda – os senadores José Agripino (RN) e Demóstenes Torres (GO) e o deputado Ronaldo Caiado (GO) – e os demais membros da Executiva, que formularam propostas alternativas. Após a sugestão de conceder para o governador se manifestar, Maia decidiu apoiar a proposta.”
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Serra diz que denúncias contra governador do DF são gravíssimas
Folha Online
“O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse nesta segunda-feira que a opinião pública requer mais explicações sobre as denúncias de corrupção envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM). Na avaliação de Serra, os fatos divulgados, inclusive por imagens, são gravíssimos.
"A Justiça está trabalhando. Acho que a opinião pública requer mais explicações a respeito daquilo que aconteceu por parte do governo e da Câmara Legislativa, e eu acredito que a Justiça será feita porque está trabalhando o Poder Judiciário de maneira muito efetiva", afirmou.”
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Deu na Folha de São Paulo
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Aliado de Arruda, secretário do PPS é acusado em vídeo da propina
“Diretora de empresa diz que integrante do partido pediu dinheiro para manter contrato com Secretaria da Saúde
Leandro Colon, O Estado de São Paulo
investigação do "mensalão do DEM", no Distrito Federal, inclui um vídeo em que a diretora de uma empresa acusa o PPS de praticar chantagem e pedir propina para manter um contrato de R$ 19 milhões com a Secretaria de Saúde, comandada pelo deputado Augusto Carvalho, filiado ao partido. Parte do dinheiro, segundo o diálogo, teria sido destinada ao presidente da legenda, ex-deputado Roberto Freire (SP).
O PPS anunciou ontem a saída da gestão do governador José Roberto Arruda (DEM), acusado de montar o esquema de corrupção que arrecadava propinas e distribuía o dinheiro entre secretários e deputados distritais da base aliada.
A declaração que compromete o partido foi feita pela diretora comercial da Uni Repro Serviços Tecnológicos Ltda, Nerci Soares Bussamra, em conversa com Durval Barbosa, então secretário de Relações Institucionais do governo e autor da gravação obtida pelo Estado.”
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Arruda ameaça DEM, diz que fica 'até o fim' e tenta desqualificar denúncias
Leila Suwwan, Adriana Vasconcelos e Gerson Camarotti / O Globo
“No primeiro pronunciamento público após a divulgação da denúncias de um esquema de corrupção envolvendo integrantes do governo do Distrito Federal, empresas com contratos públicos e deputados distritais, o governador José Roberto Arruda (DEM), procurou desqualificar o denunciante Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais de seu governo, e as provas gravadas que integram o inquérito da Polícia Federal (PF) que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ).”
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Vídeos e inquérito desmentem versão de Arruda
“Os vídeos e o inquérito da Operação Caixa de Pandora desmentem a versão apresentada pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), de que os “recursos eventualmente recebidos” do ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, foram repassados entre os anos de 2004 e 2006 para fins eleitorais. Em nota oficial divulgada nesta segunda-feira, Arruda diz que todo o dinheiro foi “registrado ou contabilizado”, assim como os demais itens da campanha.
Último Segundo
Mas as gravações feitas pelo próprio Durval, divulgadas pelo iG em primeira mão, e o inquérito da operação revelam que o suposto esquema de corrupção ainda estava em operação pela cúpula do governo do DF. Luiz França, subsecretário de Justiça e Cidadania do governo, foi flagrado recebendo dinheiro em uma sala onde havia uma foto do governador, indicativo de que a gestão de José Roberto Arruda já havia começado.”
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Suspeitos e Insuspeitos
Eliakim Araujo, Direto da Redação
"A coluna de hoje começa com uma inocente pergunta: se José Roberto Arruda já tinha sido pego em flagrante em 2001 no escândalo de violação do painel de votação do Senado, por que lhe foi permitido voltar à política como deputado e mais tarde como governador do DF?
Se me disserem que a lei permite que os políticos estão isentos de punição desde que antes renunciem ao mandato, então mude-se essa lei com urgência urgentíssima. Ela é um convite à safadeza, uma porta aberta aos inescrupulosos gatunos que sabem por onde escapar se forem pegos com a boca na botija. E o dinheiro do qual se apropriaram, também é esquecido se o gatuno renuncia antes da punição?
Se ainda resta alguma dignidade no Parlamento brasileiro, esse dispositivo legal precisa ser defenestrado imediatamente da nossa prática política.
A coluna segue com outra pergunta. O que se passa na cabeça do eleitor de Brasilia que reconduziu à política um confesso desonesto que usou o artifício legal da renúncia para não ser cassado?
Não é preciso pesquisar muito para se saber que Arruda construiu sua carreira aliado a políticos de honestidade duvidosa e negócios suspeitos no exercício do munus público. A Wikepedia está ao alcance de qualquer eleitor brasiliense. E está lá, pra quem quiser ler, que Arruda, como secretário de obras do “insuspeito” Joaquim Roriz, foi responsável pela execução de uma das obras mais polêmicas do governo, o metrô de Brasilia, que “tempos depois teve sua obra embargada por suspeitas de irregularidades”.
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Para FHC, denúncia no DF "terá consequências eleitorais" para DEM e PSDB
Dimitri do Valle, Folha Online
“O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta segunda-feira em Curitiba que a denúncia de pagamento de propina a deputados da base aliada do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), terá "consequências eleitorais" para DEM e PSDB no Distrito Federal.
Para FHC, a relação do PSDB com o DEM continuará preservada. "Isso [denúncia] não afeta a relação do PSDB com o DEM, mas afeta a relação do DEM com o Distrito Federal e por consequência também a nossa, não há dúvida."
"Não sei qual vai ser a decisão lá em Brasília. Agora, é um fato importante. Eleitoralmente, tem consequências", afirmou. Segundo o ex-presidente, eventuais consequências surgirão se aparecerem outros candidatos à vaga de Arruda para disputar o governo do Distrito Federal.
"Em função do que aconteceu, haverá outros candidatos? O governador [Arruda] era um candidato forte. Vai continuar sendo? Haverá outros? Qual vai ser a posição dos outros?"
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OAB decide pedir impeachment do governador do Distrito Federal
Pedro Peduzzi, Agência Brasil
“A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu abrir um processo de impeachment contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. A entidade planeja uma marcha cívica com o objetivo de influenciar a Câmara Legislativa do Distrito Federal.Arruda está envolvido em denúncias de corrupção, juntamente com parlamentares locais. A iniciativa foi anunciada hoje pelo presidente nacional da OAB, Cezar Britto, e pela presidente da seccional do DF, Estefânia Viveiros.
“Há duas formas para se fazer o pedido de afastamento. O primeiro é via judicial, o que já está sendo feito tanto pelo Poder Judiciário quanto pelo Ministério Público, e o segundo é pela via política, que envolve o Legislativo local”, explicou Britto em entrevista coletiva.
“À OAB cabe atuar no campo político, mobilizando entidades e população a demonstrar indignação para cobrar ações do Legislativo local”, disse Britto. “Não há maioria maior do que a cidadania. Quando a população se mobiliza consegue reverter o que parece impossível. Nossa esperança é que os parlamentares se curvem diante da soberania do povo”, argumentou Britto em referência ao fato de o governador deter maioria na bancada da Câmara Legislativa.
A expectativa é de que até quinta-feira (3) seja aprovado o pedido de impeachment pelo Conselho Pleno da seccional DF e encaminhado à Casa Legislativa. “São 45 conselheiros e, para a aprovação, basta apenas que tenhamos a maioria dos votos dos conselheiros”, informou a presidente da OAB-DF.
“O apoio popular à causa será fundamental para que o pedido tenha respaldo na Câmara Legislativa”, ressalta Estefânia.”
DEM decide nesta terça futuro do governador Arruda, diz Rodrigo Maia
“Segundo Demóstenes Torres, o partido está dividido sobre expulsão. Demóstenes, Agripino e Ronaldo Caiado defendem expulsão sumária.
Diego Abreu, G1
O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou nesta segunda-feira (30) que a decisão do partido sobre o futuro do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, será tomada nesta terça (1º), em reunião da Executiva Nacional. “Essa é uma decisão que a Executiva vai tomar amanhã [terça]. No estatuto do partido, há varias alternativas. Essas denúncias são muito graves, é fundamental que o governador faça a sua defesa, e a forma como o partido vai se portar será decidida amanhã. O partido não vai se omitir”, disse Rodrigo Maia.
Sete lideranças do DEM se reuniram com Arruda nesta tarde na residência oficial do governo do DF para ouvi-lo antes de definir o futuro do governador, após a divulgação de vídeos em que ele aparece recebendo dinheiro quando ainda era deputado federal e candidato ao governo, em 2006.”
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Caso Arruda pode prejudicar DEM, admite Antonio Carlos Jr.
Diego Salmen, Terra Magazine
Para o senador Antonio Carlos Jr. (DEM-BA), as denúncias de corrupção envolvendo o correligionário José Roberto Arruda, governador do Distrito Federal, irão "trazer problemas" para o partido se forem confirmadas.
"Temos que apurar efetivamente. Mas é claro que, se isso for comprovado, traz problemas para o partido", diz. "Eu não quero precipitar nenhuma posição, mas o partido vai ser rigoroso".
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Governador do DEM é suspeito de comandar propinoduto que desviou R$ 60 milhões
Brasília Confidencial
“Única unidade da federação governada pelo DEM, o Distrito Federal assistiu ontem à explosão de um escândalo que envolve o governador José Roberto Arruda, secretários de Estado, deputados distritais e empresários. Eles são suspeitos de fraudar licitações, celebrar contratos de informática e construir e operar um propinoduto desviando R$ 60 milhões dos cofres públicos do Distrito Federal.
O escândalo se tornou público a partir das seis horas, quando a Polícia Federal e o Ministério Público iniciaram a Operação Caixa de Pandora para cumprir 29 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo ministro Fernando Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça.
“O Superior Tribunal de Justiça autorizou operação de busca e apreensão (…) com o objetivo de coletar provas sobre suposta distribuição de recursos ilegais à base aliada do governo do Distrito Federal”, informou o STJ, em comunicado à imprensa.
Também em nota, a Polícia Federal revelou que investigações anteriores à operação de ontem lhe permitiram verificar “indícios de pagamento de recursos a altos servidores” do Governo do Distrito Federal, “por empresas que mantinham contrato com o Governo Distrital”.
As investigações fazem parte de inquérito da PF e do Ministério Público, que contaram com ajuda decisiva de ninguém menos do que o secretário de Relações Institucionais do Governo Arruda, Durval Barbosa. Ele gravou um lote de fitas de video e audio, entre elas uma, no dia 21 de outubro, em que conversa com o governador Arruda sobre a partilha de R$ 400 mil a parlamentares aliados ao governo. Som e imagens dessa conversa estão anexados ao inquérito.”
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Os crimes imputados à organização de Arruda (DEM-DF)
Rudolfo Lago, Congresso em Foco
"Organização criminosa ou quadrilha, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude a licitação, crime eleitoral". Esses são os crimes que o Ministério Público Federal imputa ao governador José Roberto Arruda e aos demais envolvidos na Operação Caixa de Pandora, logo no início do inquérito 650-DF.
De acordo com a denúncia, Arruda recebia dinheiro do esquema de 15 em 15 dias para as suas despesas. Logo no início do processo, é narrado um encontro, gravado em vídeo, em que Arruda recebe R$ 50 mil do Grupo TBA, holding da área de informática que ficou conhecida por deter durante um bom tempo a exclusividade da venda dos produtos da multinacional Microsoft no Brasil. Ao receber o dinheiro, Arruda fala ao ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa Rodrigues, que precisava de "um adiantamento de R$ 50 mil". Durval era uma das pessoas que arrecadava dinheiro para o esquema de Arruda. Pego em vários processos, fez um acordo de delação premiada com o MP e a Polícia Federal. Por meio desse acordo, gravou várias conversas comprometedoras de Arruda e outros integrantes do GDF. Essas conversas são a base da Operação Caixa de Pandora.
Além de receber dinheiro para suas "despesas pessoais", o inquérito revela a montagem de um esquema iniciado em 2003, quando Durval presidia a Companhia de Desenvolvimento do Planalto (Codeplan), no governo Joaquim Roriz, de desvio de recursos públicos para financiar o caixa da campanha de Arruda. Esse esquema prossegue depois que Arruda é eleito, desta vez para pagar um "mensalão" para deputados distritais da base de Arruda. Nas conversas, são mencionados, por exemplo, o presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente, e os deputados Rogério Ulysses, Eurides Brito, Rôney Nemer, Pedro do Ovo (licenciado), e o presidente do PP no DF, Benedito Domingos.”
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Vídeo: Governador José Arruda (DEM-DF) recebendo dinheiro para comprar, pasmem! “Panetones*”
*Bolo de massa fermentada, feito com farinha de trigo, ovos, leite, manteiga, açúcar, frutas cristalizadas e passas.