O Presidente Lula reúne amanhã os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do Planejamento, Paulo Bernardo, para discutir o fase dois do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que será lançado no primeiro semestre e terá investimentos previstos de 2011 a 2015. Os principais eixos da reedição do programa federal - que será o carro-chefe da campanha de Dilma à presidência - serão asfalto nas cidades, metrôs e investimento para a exploração do petróleo da camada do pré-sal.
Em 2007, o Presidente rejeitara a proposta de incluir calçamento no PAC porque achava que os prefeitos iriam preferir asfaltar ruas do que resolver problemas de esgoto. Agora, Lula acredita que é hora de asfaltar o país. Um integrante do governo disse que ainda há dúvida se serão priorizados os grandes centros urbanos ou pequenas cidades com menos estrutura e difícil acesso. A demanda por asfalto é antiga. Em muitas regiões do país, a precariedade de acesso é impeditivo para o desenvolvimento. É o caso da cidade de Guaribas (PI). Lula iria nesta semana ao município, mas foi convencido a desistir da ideia. A única via de acesso da cidade mais próxima, Caracol, até Guaribas, tem 52 km de extensão, mas é praticamente intransitável nessa época.
Quanto à infraestrutura, o governo quer priorizar a área de transporte urbano, com ênfase em projetos de corredores de ônibus e metrôs. Cinco capitais garantiram que, em conversas com o governo federal, já houve acerto: Belo Horizonte e Brasília, que querem ampliar a rede atual, Porto Alegre, Curitiba e Vitória. A segunda versão do PAC também contempla projetos de inclusão digital e investimentos em tecnologia voltados à exploração do petróleo da camada pré-sal, ambos temas defendidos pela ministra Dilma.