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“A fragilização da candidatura do governador José Serra (PSDB-SP) ao Palácio do Planalto se agravou, sensivelmente, a quase sete meses das eleições de 3 de outubro. Tudo por causa dos números da última pesquisa Datafolha sobre a corrida presidencial, divulgados no fim de semana, que mostram a pré-candidata petista, Dilma Rousseff, tecnicamente empatada com Serra. Na grande mídia paulista, a paciência com o tucano — que já era escassa — chegou ao fim.
André Cintra, Vermelho.org
O descontentamento toma o texto de matérias secundárias e vai até centro das colunas políticas. No site da revista Veja —, quem dá o tom das preocupações é o serrista de carteirinha Reinaldo Azevedo. O blogueiro descreve o desempenho de Dilma nas pesquisas como “resultado óbvio”. Conforme suas palavras, “até que Serra não lance a sua candidatura, se é que vai lançar, não existe, para ele, um “bom momento” para pesquisas — no caso de Dilma, todos são bons”.
Mas as inúteis relativizações de Azevedo param nesse ponto. Ele dá sinais de preocupações, pede mais “juízo” dos tucanos e arremata, em tom de cobrança: “Ou bem o PSDB de dá conta do tamanho do desafio, ou bem se prepara desde já para continuar na oposição — ou sei lá que outros cenários certos tucanos imaginam que se seguiriam a uma eventual vitória de Dilma”.
O blogueiro também dá um pito no governador mineiro, Aécio Neves: “Os tucanos têm de atuar com força máxima no Sudeste — assim como é e será máxima a força de Dilma no Nordeste. E a força máxima tem uma só tradução, repita-se: São Paulo e Minas estarem efetivamente unidos para tentar vencer a disputa. Estarão? Se estiverem, muito bem; isso significará jogar para ganhar; se não estiverem, trata-se de um compromisso com a derrota.”
No próprio site da Veja, entretanto, o também colunista Lauro Jardim registra que Aécio pouco se importou para o Datafolha. “Ajudo mais o Serra como candidato ao Senado. Imagina se eu deixar de acompanhar o (Antonio) Anastasia durante a campanha em todo o interior mineiro? No início, irão dez prefeitos acompanhá-lo, depois cinco, depois um. É preciso que eu esteja lá para comandar, olhar olho no olho, puxar a campanha. E isso vai ajudar o Serra mais do que alguns supõem”, opinou o governador de Minas Gerais.”
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