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Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.

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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Padilha diz que investigação de supostas contas de Marconi Perillo em paraísos fiscais não podem ser abafadas, como sugere o jornal Estadão

Fonte

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que a análise dos documentos que mostram uma possível movimentação bancária em paraísos fiscais, seja de Marconi Perillo, seja de outro titular das contas, teve até agora uma tramitação correta.

"O governo, as instituições, tem mecanismos próprios para acompanhar qualquer denúncia", disse. "Um funcionário ao receber (uma denúncia) encaminha aos mecanismos próprios."

O líder do PR na Câmara, deputado Sandro Mabel (GO), confirmou que tratou com o chefe de gabinete pessoal da Presidência, Gilberto Carvalho, da existência das supostas contas do tucano em paraísos fiscais como Suíça, Ilhas Virgens Britânicas, Nassau e Bahamas. Carvalho disse, por meio de assessores, que conversou com Mabel sobre as suspeitas, mas não teria visto consistência nos elementos apresentados pelo deputado.

Hoje, após almoço com líderes de partidos aliados, o ministro Alexandre Padilha negou que o governo tenha usado a estrutura oficial para atacar Marconi Perillo:

"De jeito nenhum. Esse governo não toma atitudes como essa em relação aos seus adversários nem em relação aos seus aliados", disse o ministro. "Esse é um governo que não utiliza os instrumentos que tem o Estado para atacar os adversários e atacar ou aproximar os aliados."

Os papéis que estão sendo analisados pelo Ministério da Justiça citam supostas movimentações do tucano nos bancos Wachovia, UBS, Citibank, Credit Suisse e Bank of America. Leia mais aqui.

Os fatos:

No início de 2010, o gabinete do promotor goiano Fernando Krebs (do Ministério Público Estadual de Goiás), recebeu denúncias de contas ilegais no exterior supostamente em nome de Paulo Silva de Jesus, primeiro suplente de Marconi Perillo no Senado. Nas denúncias aparece o nome de Marconi Perillo.

Ministério Público Estadual de Goiás instaurou o Procedimento Investigatório Criminal n.º 01/2010.

Em 12 de março passado, o promotor Fernando Krebs formalizou o pedido de assistência jurídica, para que o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos), do Ministério da Justiça, buscasse informações sobre as contas no exterior. Na mesma data, foi preenchido o “formulário de auxílio jurídico em matéria penal”, que o DRCI traduziria dias após para remeter à Autoridade Central da Suíça. O procedimento do Ministério Público não relaciona o nome de Perillo, que tem foro privilegiado e só pode ser investigado criminalmente pelo STF. “Suspeita-se, fortemente, que Paulo S. de Jesus seja um “laranja” da quadrilha que operou na Celg entre os anos de 2000 e 2008″, diz o documento.

Os boatos:

Segundo o Estadão, em paralelo aos fatos, corria um dossiê apócrifo nos meios políticos, com as informações em mãos do Ministério Público de Goiás.

O Factóide:

Daí o Estadão publicou uma recombolesca teoria de conspiração de que o "dossiê" teria sido ungido dentro do Planalto, e que o Ministério Público de Goiás estaria sendo usado, em conluio com o Ministério da Justiça para perseguição político.

A publicação do Estadão coincide com o interesse de Marconi Perillo se fazer de vítima, e arranjar um vilão como algoz: o Planalto, para se livrar de uma investigação.

O quê interessa:

O que queria o Estadão? Que o Ministério de Justiça prevaricasse, deixando de atender à um pedido do Ministério Público de Goiás, para proteger a suposta corrupção tucana de Perillo?


Se há contas no exterior sendo usadas para lavar dinheiro sujo, cabe sim recuperar o dinheiro, e identificar donos, e encaminhar para para a justiça. Se os donos da contas forem Perillo ou laranjas, deverá se entender com a justiça. Se forem outros, deverá ocorrer a mesma coisa.

O que é inadimissível é abafar lavagem de dinheiro no exterior, seja de quem quer que seja, para proteger os interesses políticos de Perillo.

O Ministério Público paulista investiga, desde outubro de 2008, os contratos da Secretaria Estadual de Saúde com a distribuidora de medicamentos Hospfar, que tem como um de seus sócios Marcelo Reis Perillo, primo do senador Marconi Perillo (PSDB-GO). Outro sócio da empresa, Moisés de Oliveira Neto, integra quadro societário da Linknet, acusada pela Polícia Federal de abastecer o mensalão do DEM, em Brasília.

Reportagem do JT publicada ontem mostra que a Hospfar recebeu, desde 2008, mais de R$ 63 milhões da gestão José Serra/Alberto Goldman (PSDB). “Os técnicos estão analisando cada um dos contratos para ver se há algo ilegal”, disse o promotor Celso Fróes Brocchetto.

Contas no exterior

Perillo, que disse pela assessoria que tem parentesco distante com o sócio da Hospfar, está sendo investigado pelo Departamento de Recuperação de Ativos (DRCI) do Ministério da Justiça por movimentações bancárias suspeitas em paraísos fiscais.

O processo teve origem em relatório extratos das contas, registradas em nome da Aztec Group, offshore sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. Os documentos apontam Perillo como um dos dirigentes da empresa. Um dos papéis, com timbre do banco suíço UBS, diz que o Aztec Group tinha na instituição uma aplicação de 200 milhões de euros - o equivalente, à época, a R$ 667,5 milhões. aqui no Jornal Da Tarde

Em 2009, a Folha não esqueceu, mas agora, não publicou nada...Acusados de fraude na saúde "somem" de investigação

Folha de São Paulo
ANDRÉ CARAMANTE
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Quase um ano após terem sido apontadas pela Polícia Civil de São Paulo e pelo Ministério Público como suspeitas de encabeçar um esquema de fraude em licitações na saúde, não há nenhuma investigação policial ou processo em andamento atualmente contra duas empresas do setor hospitalar.

Durante meses, as investigações trataram as empresas Halex Istar Farmacêutica e Embramed Indústria de Produtos Hospitalares -além de seus donos- como “peças-chave” no esquema, mas quando a denúncia foi feita à Justiça elas não foram citadas no processo.

Nos documentos da chamada Operação Parasitas, o promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro informou à Justiça, em dezembro de 2008, que as duas empresas seriam investigadas à parte pelo delegado Luís Augusto Castilho Storni, em dois inquéritos policiais.

Certidões obtidas pela Folha na Justiça, no entanto, demonstram que isso não ocorreu -dois inquéritos foram abertos, mas em nenhum há os nomes das empresas.

Na denúncia feita à Justiça em dezembro de 2008, 13 pessoas e seis pequenas empresas viraram rés em processo. Nenhuma era a Halex ou a Embramed.

Elas foram citadas em duas notas de rodapé -com a informação de que seriam investigadas à parte.

Investigação
A Operação Parasitas, que durou de setembro de 2007 a novembro de 2008, investigou um esquema de corrupção que desviou cerca de R$ 100 milhões entre 2004 e 2008, segundo o governo estadual. A investigação foi feita pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pela Casa Civil do governo paulista. Segundo a apuração, Halex Istar Farmacêutica e a Embramed Indústria de Produtos Hospitalares repassavam seus produtos para firmas menores, que participavam das licitações fraudadas. Em alguns casos, as duas cometiam, segundo as autoridades, as fraudes diretamente.

Concorrência
Com base na investigação da polícia, o juiz Vinicius de Toledo Piza Peluso, do Tribunal de Justiça de SP, escreveu, no fim de outubro de 2008, que a Halex manipulou uma concorrência no Hospital Pérola Byington. A empresa é acusada de vender soro com valor 308% mais alto do que a menor oferta -R$ 1,22 a unidade contra R$ 4,99, em agosto de 2007.

Escuta telefônica demonstra que um dos sócios da Halex, Zanone Alves de Carvalho, tinha informações privilegiadas sobre as concorrências. “Destas [empresas], a Embramed apresenta evidência de atuação preponderante [chave no esquema], sendo sua atuação em conjunto com a Halex Istar, Venkuri e Smiths Medical”, escreveu o delegado Storni em um de seus relatórios, com data de 7 de outubro do ano passado.

Em vez de citar a Halex e a Embramed nos dois novos inquéritos abertos para investigá-las -como o promotor Carneiro informou à Justiça que aconteceria-, o delegado apenas repetiu os nomes das pessoas e empresas que já constavam no inquérito policial que deu origem à operação.

A Halex pertence a Heno Jacomo Perillo, primo de Marconi Perillo (PSDB-GO), vice-presidente do Senado e governador de Goiás duas vezes. O nome do político aparece anotado à mão, ao lado do de Heno, na ficha de formação societária da empresa que integra a documentação da operação.

A Embramed Indústria e Comércio de Produtos Hospitalares tem entre seus sócios o médico infectologista Rudolf Uri Hutzler, do conselho deliberativo do Hospital Albert Einstein, e seus familiares. Para assinantes