A Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Maria Judith Brito, admitiu que a imprensa atua como um Partido de Oposição:
- A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo [Lula].
Nada contra, pelo contrário é até louvável que o PIG se registre oficialmente como partido no TSE, como "Partido da Imprensa Golpista", assim como qualquer outro partido, para que a Globo, Folha, Estadão, Veja, RBS, etc. se submetam às regras e calendário eleitoral que todos os demais partidos tem que se submeter.
Por que o PIG pode panfletar à vontade, diariamente, por que pode veicular propaganda eleitoral nos telejornais diários, antes do período de campanha eleitoral, e os demais partidos não podem?
O PIG integra a coligação PIG-DEMos-PSDB-PPS e apóia a candidatura de José Serra. Precisa seguir as regras eleitorais.
Judith Brito é também diretora-superintendente da Empresa Folha da Manhã S.A., que edita a Folha de José Serra (jornal Folha de São Paulo).
A antiga imprensa, enfim, assume partido
Jorge Furtado, Blog de Jorge Furtado
“Quem estava prestando atenção já percebeu faz tempo: a antiga imprensa brasileira virou um partido político, incorporando as sessões paulistas do PSDB (Serra) e do PMDB (Quércia), e o DEM (ex-PFL, ex-Arena).
A boa novidade é que finalmente eles admitiram ser o que são, através das palavras sinceras de Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional dos Jornais e executiva do jornal Folha de S. Paulo, em declaração ao jornal O Globo:
“Obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada.”
A presidente da Associação Nacional dos Jornais constata, como ela mesma assinala, o óbvio: seus associados “estão fazendo de fato a posição oposicionista (sic) deste país”. Por que agem assim? Porque “a oposição está profundamente fragilizada”.
A presidente da associação/partido não esclarece porque a oposição “deste país” estaria “profundamente fragilizada”, apesar de ter, como ela mesma reconhece, o irrestrito apoio dos seus associados (os jornais).
A presidente da associação/partido não questiona a moralidade de seus filiados assumirem a “posição oposicionista deste país” enquanto, aos seus leitores, alegam praticar jornalismo. Também não questiona o fato de serem a oposição ao governo “deste país” mas não aos governos do seu estado (São Paulo).”