De Vinicius Sassine, do Correio Braziliense:
A pré-candidata do PT à Presidência da República, a ex-ministra Dilma Rousseff, aparece pela primeira vez à frente do pré-candidato do PSDB, o ex-governador de São Paulo, José Serra, em pesquisa de intenção de votos feita pelo Instituto Vox Populi.
O levantamento traz a petista com 37% das intenções de voto, em empate técnico com Serra, que tem 34% na pesquisa estimulada. A margem de erro do levantamento é de 2,2%, para mais ou para menos.
Dois mil eleitores, moradores de 117 cidades (nas cinco regiões brasileiras), foram ouvidos no levantamento. Num eventual segundo turno, Dilma e Serra também estariam tecnicamente empatados, com 40% e 38%, respectivamente, dentro, portanto, da margem de erro de 2,2%.
A pesquisa de intenção de voto espontâneo – quando o eleitor abordado pelos pesquisadores diz em quem vai votar – também aponta a liderança de Dilma Rousseff. Ela aparece com 19% das intenções de voto, enquanto Serra tem 15%. Em janeiro, cada candidato obteve 9% das intenções de votos espontâneos.
A candidata do PV, a ex-ministra Marina Silva, consolidou-se na terceira posição da pesquisa estimulada de intenção de voto, com 7%.
O levantamento de votos espontâneos mostra o presidente Lula em terceiro lugar, com 10% das intenções de voto, o que confirma a popularidade do presidente (mesmo sem poder se candidatar a um terceiro mandato, Lula é citado pelos eleitores).
As regiões onde Dilma Rousseff é mais lembrada são o Nordeste (44%) e o Norte (41%). Serra lidera no Sul (44%) e está tecnicamente empatado com a petista no Sudeste.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 7 de maio de 2010, sob o número 11.266/2010. As duas mil pessoas foram entrevistas entre os dias 8 e 13. O Correio publica todos os detalhes do levantamento na edição impressa de amanhã.
Dilma passa Serra em pesquisa de intenção de votos
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Dilma já previa ultrapassagem sobre Serra
“Comando da campanha do PT tinha projeções que indicavam que candidata apareceria na frente de seu adversário do PSDB até o início de junho. Ela cresceu no Sul e Sudeste e entre as mulheres
Rudolfo Lago e Renata Camargo, Congresso em Foco
Em suas mensagens no twitter no domingo (16), a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, esforçava-se para se manter discreta quanto à pesquisa do Instituto Vox Populi, divulgada no sábado (15) que, pela primeira vez, a mostra à frente de seu principal adversário, José Serra, do PSDB. Dilma agradeceu as mensagens de parabéns pelo resultado, mas a todos respondeu com um protocolar: “De pesquisa eu não vou falar não”. Em Salvador, onde participou da homologação da candidatura de Jaques Wagner, que disputará a reeleição ao governo da Bahia pelo PT, Dilma repetiu o mesmo: “Nunca comentei pesquisa, não vou comentar agora”, disse ela. Fora, porém, dos espaços públicos, Dilma e sua equipe comemoraram muito os números do Vox Populi. Na verdade, as projeções que o comando da campanha fazia há algumas semanas já indicavam a possibilidade de ultrapassagem sobre Serra até o início de junho.
Na pesquisa do Vox Populi, num cenário apenas com os três principais candidatos, Dilma aparece com 38% das intenções de voto. Serra fica com 35%, e Marina Silva, do PV, com 8%. Num cenário com todos os pré-candidatos colocados na disputa (que inclui Américo de Souza, do PSL; Plínio de Arruda Sampaio, do Psol; Rui Costa Pimenta, do PCO; Zé Maria, do PSTU; Levy Fidelix, do PRTB; José Maria Eymael, do PSDB; Mário de Oliveira, do PTdoB, e Oscar Silva, do PHS, todos com menos de 1%), Dilma fica com 37%, Serra com 34% e Marina com 7%. Numa consulta sobre o segundo turno, a candidata do PT aparece com 40%, e Serra com 38%.
A ascensão de Dilma poderia ter sido até mais homogênea. Os erros cometidos no início da sua pré-candidatura, depois que deixou o Ministério da Casa Civil, deram um fôlego inicial a Serra que o comando da campanha de Dilma não previa. Imaginava-se que ele iria estacionar nos patamares em que estava e que ela cresceria. Por isso, após a primeira semana, Dilma recolheu-se para rever algumas estratégias. Quando voltou, privilegiou três pontos: a consolidação política de seus palanques, as regiões onde tinha mais desvantagem para Serra e entrevistas para rádios e jornais menores de circulação regional. Com essa tática, cresceu.
Com relação aos palanques, os petistas comemoram o fato de neutralizar, pelo menos por enquanto, a possibilidade de ida do PP e do PTB para os braços de Serra (se os dois partidos ficarem divididos, imaginam os petistas, a vantagem será para Dilma).”
Matéria Completa, ::Aqui::
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Dilma passa Serra nas pesquisas eleitorais
Gisiela Klein, eBAND
“A pré-candidata do PT às eleições presidenciais, Dilma Rousseff, aparece pela primeira vez à frente do pré-candidato tucano José Serra. Pesquisa Vox Populi, divulgada neste sábado, mostra que a petista tem 38% das intenções de voto contra 35% de Serra. Como a margem de erro é de 2.2 pontos percentuais, os pré-candidatos estão tecnicamente empatados.
A pesquisa estimulada apresentou a 2 mil eleitores de 117 municípios os nomes de Dilma, Serra e Marina Silva (PV). As entrevistas foram realizadas entre os dias 8 e 13 de maio e a pesquisa foi encomendada pela Rede Bandeirantes.
As pessoas que ainda não sabem em quem votar ou que não responderam somam 11% e votos brancos ou nulos chegam a 8%. Nesta pesquisa, Marina Silva tem 8% das intenções de voto.
Analisando os dados por região, percebe-se que Dilma tem mais força no Nordeste, onde consegue 45% dos votos. Já na região Sul, a petista fica com 30%. Serra está em situação oposta, com 45% dos votos no Sul e 30% no Nordeste.
Se dividirmos os eleitores entre mulheres e homens, Dilma tem mais votos de homens (42%) e menos de mulheres (34%). Já a situação de Serra é mais equilibrada: 35% dos seus votos são de mulheres e 34% de homens.
Em outro questionário, onde aparecem também os chamados “candidatos nanicos”, Dilma aparece com 37% dos votos, Serra com 34% e Marina com 7%. Os demais não somam sequer 1%.
A pesquisa Vox Populi/Bandeirantes foi registrada junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no dia 7 de maio, com o protocolo de número 11.266/2010.”
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Dilma tem 38% dos votos contra 35% de Serra, diz Vox Populi
Ivan Satuf - Estado de Minas
Mateus Castanha - Estado de Minas
Publicação: 15/05/2010 17:34 Atualização: 15/05/2010 21:10
PSDB e PT aparecem tecnicamente empatados |
A terceira colocada, Marina Silva (PV), tem a preferência de 7% dos eleitores. Os votos brancos e nulos somam 8% e 14% não responderam ou não souberam responder.
Petistas e tucanos também estão parelhos num eventual segundo turno. A pesquisa revela que 40% dos eleitores preferem Dilma e 38% ficariam com Serra. A margem de erro coloca os dois pré-candidatos em empate técnico. Os votos nulos e brancos somariam 9%. Outros 13% de eleitores não responderam ou não souberam responder.
Lula garante votos
O apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua garantindo transferência de votos à pré-candidata do PT. Entre os eleitores entrevistados, 33% dizem que votariam com certeza no candidato apoiado pelo atual presidente. Outros 30% poderiam votar no candidato indicado por Lula, mas dependeria do nome escolhido. Somente 10% disseram que não votariam no candidato apoiado pelo mandatário e 24% não levariam a opinião do presidente em conta na hora de escolher o candidato.
No fim do mandato, presidente continua em alta com o eleitorado |
Disputa regional
A maior diferença percentual a favor de Dilma é no Nordeste, onde o presidente Lula goza de enorme prestígio. A pré-candidata do PT tem 44% das intenções de voto, contra 29% de Serra. No Sudeste, a disputa é acirrada. A petista tem 35%, contra 34% do tucano. No Centro-Oeste, Dilma tem 33% das intenções de voto, contra 31% de Serra. No norte, Dilma lidera com 41%, contra 32% de Serra.
Já na Região Sul, o pré-candidato do PSDB lidera com grande vantagem. Serra tem 44% das intenções de voto, enquanto Dilma tem a preferência de 30% dos eleitores.
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Dilma subir nas pesquisas era previsível. Serra cair e empacar é que não era.
À medida que os bons candidatos desconhecidos ficam mais conhecidos, tendem a subir.
À medida que os candidatos conhecidos se expõem, podem subir ou cair, dependendo das qualidades e defeitos deles.
Dilma subiu, sem sombra de dúvida, em parte pelo fato da população ficar sabendo que ela é a candidata do presidente Lula. Mas também por suas qualidades.
Mas o que explica Serra cair, quanto mais se expõe como pré-candidato na TV, entrevistas de rádio e jornais?
Era para estar subindo também, mesmo que lentamente, ainda mas com a saída de Ciro, cujos votos se redistribuem.
A resposta é que na avaliação popular, Serra não é bom candidato a presidência da República.
Se Serra fosse um candidato que empolgasse, estaria subindo também, mesmo que fosse lentamente. Então vamos ver alguns motivos.
Evasivas
Do pouco tempo desse período anterior à campanha oficial, verificamos que Serra foge de assuntos polêmicos, sempre com evasivas. Em entrevistas na condição de pré-candidato tenta mudar o rumo do assunto para transformar um entrevista política em uma mesa redonda de futebol.
É mais ou menos como se o técnico da seleção brasileira concedesse uma entrevista e em vez de falar da seleção, desandasse a desviar o assunto para comentar sobre golfe. O telespectador ficaria irritado e pensaria que o técnico não está à altura do cargo.
Grosserias, sobretudo com as mulheres
Por diversas vezes Serra perdeu a compustura quando perguntado sobre assuntos que lhe incomodam, seja o mensalão do DEM, seja privatizações, seja FHC. Não deixa a pergunta ser concluía, interrompe o jornalista, tenta desqualificar a pergunta ou o próprio jornalista, eleva o tom de voz, usa termos agressivos.
E Serra ainda amplificou o erro ao ser grosseiro justamente com jornalistas mulheres.
O demo-tucano foi grosseiro na RBS com duas jornalistas na mesma entrevista, repetiu a dose com uma repórter da TV Brasil, e sobrou grosseria até para Miriam Leitão, da Globo.
Falta de plano e de rumo, que não convencem
Serra quando questionado sobre segurança pública, se socorre em factóides. Diz que vai criar um Ministério da Segurança Pública, mas não apresenta uma única solução que possa se chamar de plano de governo para o setor.
Depois diz que vai criar uma polícia federal fardada de fronteira, sem noção do monitoramento de fronteiras que já existe e do que está em implantação, inclusive empregando aviões espiões não tripulados; sem noção das dimensões da fronteira seca, da costa marítima e do espaço aéreo, para entender que qualquer "linha Marginot" (linha de defesa construída pela França na fronteira com Alemanha após a I Guerra mundial), seria facilmente contornada, assim como Hitler contornou a linha Marginot, pela Bélgica. E que o combate ao crime organizado, se dá com operações como as da Polícia Federal, investigando as rotas e redes e desbaratando as organizações criminosas.
Quando as polícias civis de cada estado do Brasil passarem a atuar nos moldes da Polícia Federal, inclusive com melhorias salariais, a Segurança Pública melhorará drasticamente. Mas Serra não fez nada disso na Polícia Civil paulista, que esteve sob seu comando.
A população tinha expectativa que Serra descrevesse sua experiência como governador, do estado que tem o maior contingente policial do Brasil. Que apontasse as soluções que promoveu (se houvesse) e algum rumo. A clara impressão que fica é de alguém que foge do assunto, para esconder o que foi só fracasso no passado, em seu currículo.
Embalagem enganosa cujo conteúdo decepciona
A imprensa incensou Serra como o mais "preparado", "capacitado", "brilhante", como se fosse uma sumidade em qualquer assunto, com soluções na ponta da língua para qualquer problema.
Quem não mora em São Paulo, quanto toma contato com uma entrevista de Serra, não reconhece as qualidades que a imprensa divulgou. Nas respostas do demo-tucano o que aparece é falta conteúdo, fica falando abobrinhas, foge de assuntos sérios, foge de dar explicações, titubeia em prestar contas de atos de governos passados que ele esteve à frente, falta ATITUDE, falta COMPROMETIMENTO. De uma entrevista, dificilmente, quem perdeu o tempo ouvindo, pode dizer que tirou proveito, que ouviu alguma coisa que preste, que dê ao menos esperança. A sensação é de decepção.
Já Dilma é o contrário. A imprensa a demoniza o tempo todo. Aí, quando Dilma aparece em entrevistas, ela não foge de nenhuma pergunta, por mais provocativa que seja, aprofunda nas respostas, mostra-se preocupada em informar, em esclarecer, e tem sabido lidar com "flair-play" com provocações.
Mesmo não tendo carisma como tem o presidente Lula, tem densidade, tem consistência. Tem ATITUDE. Até em respostas longas, técnicas, que nem todo mundo entende bem, as pessoas a vêem como alguém apaixonada pelo que faz, interessada, empenhada, dando o máximo de si pela causa.
A impressão que Dilma passa, fazendo uma analogia, é de uma médica dedicada que ouve o paciente, que o examina detalhadamente, que faz tudo para resolver o problema de saúde dele, com atenção, carinho, competência e autoridade. Passa confiança.
Serra parece aquele médico negligente, que está com pressa, atende superficialmente, e quer se livrar logo do paciente. Não passa confiança. É daqueles que todo mundo que sai do consultório, se puder, buscará uma segunda opinião.
Vox Populi: virada no Sudeste já aconteceu. Só falta a região Sul.
Dilma já ganha em todas as regiões, exceto na região Sul, por enquanto.
No Nordeste e Norte, ganha com ampla folga, mas ainda tem espaço para crescer, pois é onde Lula transfere mais votos.
No Centro-Oeste e Sudeste, Dilma ultrapassou, por apenas um ponto (tecnicamente empatada).
O resultado no Sudeste é devastador para Serra. A região é a mais populosa e seria a fortaleza demo-tucana, onde Serra precisaria vencer com ampla vantagem para compensar a derrota acachapante no Nordeste. Não é o que está acontecendo.
Dilma fez o "X" em Serra
Dilma fez o "X" na pesquisa sobre Serra, isto é, estava atrás na pesquisa anterior e está na frente agora, formando no gráfico o desenho de um "X".
Outro detalhe importante é que em pesquisas anteriores quando faziam o cenário sem Ciro, com apenas 3 candidatos (Dilma, Serra e Marina), os demo-tucanos falavam que Serra poderia vencer no primeiro turno. Pois essa lorota acabou.
O gráfico acima mostra a evolução de Dilma e Serra, nas pesquisas Vox Populi, de dezembro para cá, no cenário com 3 candidatos.
Vox populi dá vitória de Dilma em todos os cenários
Na pesquisa espontânea:
Dilma Rousseff (PT): 19%
José Serra (PSDB): 15%
Lula (que não pode ser candidato): 10%
Na pesquisa estimulada:
Dilma Rousseff (PT): 38%
José Serra (PSDB): 35%
Marina Silva (PV): 8%
Segundo turno:
Dilma Rousseff (PT): 40%
José Serra (PSDB): 38%
Dilma ultrapassa Serra no Vox Populi: 38% x 35%
Pesquisa divulgada neste sábado pelo instituto Vox Populi mostra que Dilma ultrapassou Serra.
Na pesquisa estimulada, na qual a lista de candidatos é apresentada aos eleitores:
Dilma Rousseff (PT): 38%
José Serra (PSDB): 35%
Marina Silva (PV): 8%
A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Os votos brancos e nulos somam 8% e 14% não responderam ou não souberam responder.
Segundo turno já dá Dilma:
Dilma Rousseff (PT): 40%
José Serra (PSDB): 38%
Os votos nulos e brancos somariam 9%. Outros 13% de eleitores não responderam ou não souberam responder.