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Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.

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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Hillary Clinton elogia carga tributária brasileira

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, elogiou ontem a carga tributária brasileira e deu a entender que o regime tributário do Brasil é um exemplo a ser seguido pelo resto da América Latina. No País, a carga tributária está em cerca de 38% do PIB e é alvo de críticas.

"Se você olhar para a arrecadação de impostos em relação ao PIB no Brasil, é uma das mais altas no mundo - então não é por acaso o Brasil estar vivendo um boom de crescimento e reduzindo a desigualdade", disse Hillary em discurso na Conferência das Américas, diante de ministros das relações exteriores e empresários da região. Segundo a secretária de Estado, "essa é uma política adotada há várias décadas (no Brasil), com grande comprometimento, e que está funcionando". Hillary disse ter conversado com vários chefes de Estado e de governo no hemisfério sobre a necessidade de aumentar as receitas dos governos - "uma outra maneira de dizer necessidade de aumentar impostos", ela esclareceu. "Para muitos outros países da região, a relação entre arrecadação de impostos e PIB é uma das mais baixas do mundo, isso é insustentável."

Declaração inesperada. Até o secretário-geral do Itamaraty, Antonio Patriota, sentiu-se compelido a comentar as declarações "inesperadas" de Hillary. "A secretária Hillary Clinton afirmou que uma das vantagens do Brasil é ter uma alta arrecadação de impostos - isso não é necessariamente visto dessa maneira pelo público brasileiro", disse Patriota. "Muitos no Brasil acreditam ser necessário simplificar os impostos e esse será um desafio para o próximo presidente", disse.

O secretário-assistente de Estado para a região, Arturo Valenzuela, seguiu Hillary em sua receita para a região. "As sociedades da região precisam contribuir com seus próprios recursos, além de mais impostos, com um fortalecimento das instituições", disse ele. Nos EUA, onde o déficit de orçamento se aproxima de 11% do PIB, o governo não está discutindo nenhum aumento de impostos e o assunto é tabu.

Christopher Garman, diretor da área de América Latina do Eurasia Group, explica que, de fato, a maioria das economias da América Latina tem dificuldades para aumentar sua arrecadação de impostos, e muitos têm cargas tributárias de 10% a 15% do PIB, consideradas muito baixas para o governo conseguir cumprir funções básicas: "Nesse sentido, o Brasil não tem esse problema, porque consegue fazer uma arrecadação eficiente."