A presidenta Dilma Rousseff abriu nesta quarta a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Dilma exaltou o fato de ser a primeira mulher a abrir uma Assembleia e enfatizou a necessidade de uma solução global para a crise econômica mundial.
Outro ponto importante do discurso de Dilma foi a defesa da criação de um Estado Palestino, além da crítica a repressão a civis. A presidenta voltou a pedir uma reforma do Conselho de Segurança e a defender o direito do Brasil ter um assento permanente no CS.
Crise econômica
Segundo Dilma, o mundo vive um momento delicado, mas de grande oportunidade histórica. Ela afirmou que, se a crise econômica global não for debelada, pode se transformar em uma ruptura "sem precedentes", capaz de provocar sérios desequilíbrios entre as pessoas e as nações. "Ou nos unimos todos e saímos vencedores, ou sairemos todos derrotados." Menos importante é saber quem foram os causadores dessa situação, de acordo com ela.
"Importa sim, encontrarmos soluções coletivas, rápidas e verdadeiras. Essa crise é séria demais para que seja administrada por uns poucos países. Seus governos e bancos centrais continuam na responsabilidade da condução do processo, mas sofrem as consequências da crise, todos os países. Portanto, têm direito de participar das soluções."
A presidenta afirmou ainda que a crise econômica global é uma oportunidade histórica para que haja um novo tipo de cooperação entre países emergentes e desenvolvidos. Segundo ela, os países emergentes estão prontos a ajudar os países desenvolvidos a sair da crise. Ela disse que faltam recursos políticos para o "mundo velho" e citou o desemprego como uma "praga".
"Enquanto muitos governos se encolhem, a face mais tenebrosa da crise, o desemprego, se amplia - afirmou, citando o desemprego na Europa e nos Estados Unidos. - É preciso combater essa praga e evitar que se espalhe."
Dilma afirmou ainda que é preciso impedir a manipulação do câmbio em políticas expansionistas e o protecionismo comercial. "O protecionismo e todas as formas de manipulação conferem maior competitividade fraudulenta. Senhor presidente, o Brasil está fazendo sua parte. Com esforço e muito sacrifício, o nosso mais país está tornando menores os gastos público" disse.
Conselho de Segurança
A presidenta defendeu nesta que a legitimidade do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas depende cada vez mais de sua reforma e que o Brasil está pronto para assumir suas responsabilidades como membro permanente. "A discussão [sobre a reforma do CS] entra em seu 18º ano. O mundo precisa de um Conselho que reflita sua realidade", afirmou.
Estado Palestino
Como esperado, Dilma defendeu a criação de um Estado Palestino. "Chegou o momento de ter representada a Palestina a pleno título", afirmou, deixando clara a posição do Brasil em meio a intensas negociações para evitar uma crise diplomática pelo pedido de adesão dos palestinos à ONU.
Segundo ela, o reconhecimento do Estado palestino ajudará a obter uma "paz duradoura no Oriente Médio", e assinalou que "apenas uma Palestina livre e soberana" poderá atender aos pedidos de Israel por segurança.
Mulheres
Primeira mulher a discursar na abertura da Assembleia-Geral, Dilma lembrou o fato em sua fala e se disse orgulhosa. "É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nessa tribuna, que tem compromisso de ser a mais representativa do mundo." E destacou: "Vivo este momento histórico com orgulho de mulher. Tenho certeza que este será o século da mulher."
*Com informações de agências internacionais
http://br.noticias.yahoo.com/dilma-pede-solu%C3%A7%C3%A3o-para-crise-e-defende-estado-palestino-na-onu.html
Dilma defende a adesão do Estado palestino à ONU
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que chegou a hora de um Estado palestino se converter em membro pleno das Nações Unidas, ao inaugurar o debate anual da Assembleia Geral da ONU.
"Chegou o momento de ter representada a Palestina a pleno título", afirmou Rousseff, deixando clara a posição do Brasil em meio a intensas negociações para evitar uma crise diplomática pelo pedido de adesão dos palestinos à ONU.
Segundo Rousseff, o reconhecimento do Estado palestino ajudará a obter uma "paz duradoura no Oriente Médio", e assinalou que "apenas uma Palestina livre e soberana" poderá atender aos pedidos de Israel por segurança.
Dilma será 1ª mulher a falar para mais de 190 chefes de Estado na ONU
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NOVA YORK - A presidente Dilma Rousseff fará um longo e histórico discurso nesta quarta-feira de manhã, na sessão de abertura da 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Esse discurso é tradicionalmente feito pelo presidente da República do Brasil, e o fato de ser a primeira mulher a cumprir essa missão, diante de mais de 190 chefes de Estado, deixou a presidente mais apreensiva e cuidadosa.
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A presidente pretendia, ainda nesta terça-feira à noite, depois de uma extensa agenda ao longo do dia, fazer uma última revisão no texto. E, se possível, segundo comentou com auxiliares, queria reduzir um pouco a versão, que estava com 50 páginas.
No capítulo sobre a crise econômica, a presidente Dilma dará ênfase às políticas adotadas pelo Brasil para vencer as dificuldades do cenário internacional, citando, por exemplo, a ascensão dos mais pobres à classe média, nos últimos anos. Na área da diplomacia internacional, tomará posições mais claras, defendendo mais uma vez a criação do Estado Palestino.
A presidente começará o seu terceiro dia de trabalho em Nova York com uma audiência com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon. Em seguida, de manhã, virá a sessão de abertura do Debate Geral na 66ª Assembleia Geral da ONU.
Depois, a presidente tem agendados encontros bilaterais com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e com o presidente do Chile, Sebastián Piñera.
http://br.noticias.yahoo.com/dilma-ser%C3%A1-1-mulher-falar-190-chefes-estado-020437324.html