DIRCEU: DE GRANDIS AGIU CONTRA JUIZ EM DEFESA DA ALSTOM
Segundo o ex-ministro da Casa Civil, o procurador Rodrigo De Grandis não teria apenas prevaricado no caso Alstom; ele também teria feito lobby para impedir que o juiz Ali Mazloum assumisse a sexta Vara Criminal e pudesse, assim, assumir o comando das investigações sobre o caso
10 DE NOVEMBRO DE 2013 ÀS 09:28
247 - Mais do que simplesmente engavetar o caso Alstom, o procurador Rodrigo de Grandis também teria agido para impedir que o juiz Ali Mazloum pudesse assumir as investigações. A acusação foi feita pelo ministro José Dirceu a partir de reportagem do Brasil Econômico. Leia abaixo:
Está tudo lá no Brasil Econômico: o procurador Rodrigo De Grandis, do Ministério Público Federal (MPF), aquele que engavetou dois pedidos da justiça da Suíça e oito do Ministério da Justiça para ajudar nas investigações do escândalo Alstom, teria feito lobby para impedir a transferência do juiz Ali Mazloum, da 7ª. Vara Federal Criminal de São Paulo para a 6ª. Vara (especializada em crimes de lavagem de dinheiro), porque esta iria apurar o caso.
A informação foi passada ao jornal por um procurador e um desembargador. De Grandis era o procurador responsável no Ministério Público pelo caso Alstom, o cartel montado pela multinacional para, mediante o pagamento de propinas a políticos do PSDB e a integrantes da máquina administrativa tucana paulista, obter contratos milionários de obras públicas junto ao governo do Estado.
O procurador e o desembargador contaram ao jornal que De Grandis e mais três colegas do Ministério Público montaram o lobby junto ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3ª Região) para impedir a transferência do juiz Mazloum porque na 6ª Vara ele poderia acelerar a apuração do caso. O posto de titular na 6ª. Vara Criminal Federal está vago há três anos.
Por ser especialista em crimes do colarinho branco e ter conseguido o 1º lugar no para a remoção, Mazloum era o nome natural para assumir o cargo, mas depois da inscrição de seu nome, o TRF cancelou o edital para a nomeação alegando que seria feito um estudo para a 6ª. Vara deixar de atuar especificamente na área de lavagem de dinheiro.
Ainda segundo o jornal, De Grandis considera prescrita a maioria dos crimes do caso Alstom estava prescrita, anunciou que ia tirar férias e viajar para a Sicília (Itália) e dizia que só ia tratar do escândalo em 2014.
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/120352/Dirceu-De-Grandis-agiu-contra-juiz-em-defesa-da-Alstom.htm
NASSIF QUESTIONA "INSENSATEZ" DA MÍDIA COM SERRA
Jornalista critica blindagem sobre tucano nos casos Alstom e da máfia do ISS, “mesmo após entrarem na linha de fogo dois lugares-tenentes do esquema Serra: Andrea Matarazzo e o ex-Secretário das Finanças do município Mauro Ricardo”; “Quando a barragem explodir, como irão se explicar para seus leitores”, diz
10 DE NOVEMBRO DE 2013 ÀS 09:37
247 – Depois de Paulo Nogueira é a vez de Luis Nassif criticar a blindagem da mídia sobre José Serra (PSDB) nos escândalos da Alstom e da máfia do ISS. “Não sei até quando a velha mídia vai sustentar esse jogo de cena de ignorar o histórico de Serra”, diz. Leia o artigo publicado no jornal GGN:
A marcha da insensatez da mídia com Serra
Momento 1 - explodem os casos Asltom e da máfia dos fiscais da Prefeitura. Entram na linha de fogo dois lugares-tenentes do esquema Serra: Andrea Matarazzo e o ex-Secretário das Finanças do município Mauro Ricardo. O caso se agrava quando se constata que a controladoria do município abriu inquérito contra a máfia e Mauro Ricardo engavetou sob a alegação de que as denúncias anônimas não traziam provas. A fogueira esquenta.
Momento 2 - acuado, Serra amarela e dá entrevista à Folha interrompendo momentaneamente a retórica da radicalização. Mostra-se o mais cordato e democrático dos brasileiros e o mais solidário dos tucanos, disponível até para apoiar Aécio Neves.
Momento 3 - aí, a cobertura da mídia corrige a inconfidência inicial e, apesar de Mauro Ricardo já ter admitido publicamente ter sido responsável pelo arquivamento das investigações, são divulgadas apenas grampos no qual o acusado menciona Kassab. E o fogo de encontro afasta a fogueira que ameaçava se alastrar sobre o esquema Serra,
Momento 4 - sentindo que mais uma vez a cobertura consegue desviar o foco dele, Serra recobra a agressividade e volta a acusar o PSDB de leniente como oposição. Não passou nenhuma semana depois do ato de contrição.
Não sei até quando a velha mídia vai sustentar esse jogo de cena de ignorar o histórico de Serra. Há um conjunto de investigações que ganhou dinâmica própria e um volume expressivo de informações disponíveis sobre a atuação do esquema Serra desde seus tempos de Secretário do Planejamento de Montoro.
É questão de tempo para se desfazer a blindagem.
Quando a barragem explodir, como irão se explicar para seus leitores.
Momento 1 - explodem os casos Asltom e da máfia dos fiscais da Prefeitura. Entram na linha de fogo dois lugares-tenentes do esquema Serra: Andrea Matarazzo e o ex-Secretário das Finanças do município Mauro Ricardo. O caso se agrava quando se constata que a controladoria do município abriu inquérito contra a máfia e Mauro Ricardo engavetou sob a alegação de que as denúncias anônimas não traziam provas. A fogueira esquenta.
Momento 2 - acuado, Serra amarela e dá entrevista à Folha interrompendo momentaneamente a retórica da radicalização. Mostra-se o mais cordato e democrático dos brasileiros e o mais solidário dos tucanos, disponível até para apoiar Aécio Neves.
Momento 3 - aí, a cobertura da mídia corrige a inconfidência inicial e, apesar de Mauro Ricardo já ter admitido publicamente ter sido responsável pelo arquivamento das investigações, são divulgadas apenas grampos no qual o acusado menciona Kassab. E o fogo de encontro afasta a fogueira que ameaçava se alastrar sobre o esquema Serra,
Momento 4 - sentindo que mais uma vez a cobertura consegue desviar o foco dele, Serra recobra a agressividade e volta a acusar o PSDB de leniente como oposição. Não passou nenhuma semana depois do ato de contrição.
Não sei até quando a velha mídia vai sustentar esse jogo de cena de ignorar o histórico de Serra. Há um conjunto de investigações que ganhou dinâmica própria e um volume expressivo de informações disponíveis sobre a atuação do esquema Serra desde seus tempos de Secretário do Planejamento de Montoro.
É questão de tempo para se desfazer a blindagem.
Quando a barragem explodir, como irão se explicar para seus leitores.