247 – O ano de 2013 foi também marcado pelo debate sobre o comportamento da imprensa na cobertura de fatos marcantes, como o julgamento da AP 470 do Supremo Tribunal Federal. As mídias alternativas se tornaram um importante canal contra linhas tendenciosas de mídias tradicionais.
A prova desse contexto é uma lista publicada por
Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, que revela o que presidentes, magistrados e até um dono de grupo de comunicação pensam da imprensa.
Leia alguns destaques:
"Os canais públicos, em uma revolução como a que estamos vivendo na Venezuela, têm que formar o povo, educar o povo, prepará-lo para essa revolução. Têm que sair defendendo a verdade frente a uma ditadura midiática que promoveu um golpe de Estado"
NICOLÁS MADURO, presidente da República Bolivariana da Venezuela, ainda candidato, na primeira entrevista exclusiva a um meio de comunicação estrangeiro depois da morte de Hugo Chávez, em 7 de abril
"O que eu e Lula jamais aceitaremos é que se mexa na liberdade de expressão. Vou te dizer o seguinte: não sou a favor da regulação do conteúdo. Sou a favor da regulação do negócio"
DILMA ROUSSEFF, Presidente da República, em entrevista exclusiva, em 28 de julho
"Certa vez me perguntaram por que o STF só cuidava de réus ricos. Não. O tribunal cuida de réus ricos e de pobres. Mas a imprensa só se interessa pelos ricos"
GILMAR MENDES, ministro do STF, ao falar à coluna sobre o sistema carcerário, em 8 de dezembro
"Eu honestamente, em 45 anos de atuação na área jurídica, nunca presenciei um comportamento tão ostensivo dos meios de comunicação sociais buscando, na verdade, pressionar e virtualmente subjugar a consciência de um juiz"
CELSO DE MELLO, ministro e decano do STF, na única entrevista exclusiva que deu sobre o caso do mensalão, em 26 de setembro
"A Globo é a principal emissora do Brasil. Ganha muito dinheiro. As outras vivem"
SILVIO SANTOS, apresentador e dono do SBT, em entrevista exclusiva, em 23 de junho