DILMA ROTULA OPOSIÇÃO: "AGENDA DO RETROCESSO"
Presidente voltou a fazer discurso duro durante convenção do PMDB, como fez no evento do PDT, mais cedo; segundo ela, que não citou nomes, "querem surrupiar" os programas do governo, como o Mais Médicos e o Bolsa Família, iniciativas que sempre que tiveram oportunidade "não fizeram e foram contra"; "Sempre tentando excluir os mais pobres, essa é a agenda deles. É a agenda do retrocesso. É essa agenda que querem apresentar ao Brasil", afirmou Dilma Rousseff; partido do vice-presidente Michel Temer aprovou nesta tarde apoio ao PT nas próximas eleições, por 398 votos favoráveis contra 275 que defendiam rompimento
10 DE JUNHO DE 2014 ÀS 16:39
247 – A presidente Dilma Rousseff voltou a bater duro na oposição nesta terça-feira 10, em discurso na convenção nacional do PMDB, em Brasília. Segundo ela, que não citou nomes, "querem surrupiar" os programas do governo. Iniciativas como o Bolsa Família, o Mais Médicos, o Prouni e o Enem, que, segundo afirmou a presidente, sempre que tiveram oportunidade "não fizeram e foram contra".
"Sempre tentando excluir os mais pobres, essa é a agenda deles. É a agenda do retrocesso. É essa agenda que querem apresentar ao Brasil", disse Dilma. Ela rebateu a tese de que o PT e o governo representam o atraso. "Nós somos o avanço: o atraso são eles", atacou. Durante sua fala, a militância peemedebista gritava: "vai ter Copa, vai ter tudo, só não vai ter segundo turno".
O partido do vice-presidente Michel Temer aprovou nesta tarde o apoio ao PT nas eleições, por 398 votos favoráveis à manutenção da aliança contra 275 que defendiam rompimento com o partido governista. O PDT também oficializou hoje o apoio à candidatura à reeleição da pré-candidata do PT. Na convenção pedetista, Dilma também fez um discurso pesado contra os adversários.
Dilma agradeceu a "lealdade" e o "companheirismo" de Temer e ainda a articulação do vice para a aprovação da legenda em apoiar o PT. "Ele articulou consensos, ele sabe aproximar pessoas, sabe desarmar espíritos. O Temer desarma espíritos", disse. Dilma citou parcerias com o PMDB em diversos estados, citando Roseana Sarney, do Maranhão, e Luiz Fernando Pezão, no Rio. A menção ao pré-candidato ao governo do Rio só comprovou sua distância com a candidatura do petista Lindbergh Farias no estado.
No encontro do PMDB, a ala de rebeldes, contrária a apoiar Dilma, distribuiu panfletos e fez discurso com críticas ao governo e reclamações de falta de apoio em alguns estados, como no Rio de Janeiro. A ala também questionava o fato de o PMDB não ter candidato próprio à Presidência há 20 anos.
Michel Temer minimizou, mais cedo, a divisão no partido. "Se der 51 (por cento dos votos a favor da aliança) está bom", disse a jornalistas ao chegar à convenção. "Isso é comum no PMDB. Se a gente não se acostumar com isso depois de 40 anos, não dá para fazer política", acrescentou, sobre o racha na legenda.
Em seu discurso durante a convenção, o cacique peemedebista disse que a aliança com o PT tem como objetivo "abrir as portas" para que no futuro "o PMDB ocupe todos os espaços políticos, para o bem dos brasileiros". Segundo ele, o partido é o responsável pela "grande revolução social neste país". Temer afirmou ainda não acreditar em "intrigas" que, segundo ele, sugeriam haver traições.
EM COMERCIAIS DO PT, LULA DEFENDE EMPREGO E RENDA
Inserções comerciais de 30 segundos do PT vão ao ar na televisão aberta a partir desta terça-feira 10; ex-presidente pergunta: qual país criou mais empregos formais que o Brasil?; locutor diz que "mundo dos economistas" é diferente do "mundo das pessoas"; internamente, Lula teria cobrado medidas econômicas mais fortes para resgatar crescimento; presidente Dilma também vai ocupar espaço de 30 segundos, com defesa das áreas sociais do governo e promessa de realização de obras de infraestrutura do País
10 DE JUNHO DE 2014 ÀS 17:38
247 – O ex-presidente Lula aparece a partir desta noite em comerciais do PT na televisão aberta exaltando a criação de empregos com carteira assinada e o crescimento da renda no governo dele e no da presidente Dilma Rousseff.
Em meio a notícias de que quer medidas fortes para evitar a desaceleração da economia, Lula vai surgir no espaço do partido em três inserções diferentes, de 30 segundos cada. Em todas, o foco será a economia.
- Temos que fazer a comparação e mostrar o que era o país e o que o país virou hoje, diz ele. "Qual país cresceu mais a renda do que nós? Qual país gerou mais emprego com carteira assinada do que nós?"
Nos comerciais, Lula aparece falando ao 14º Encontro Nacional do PT, em maio. O trecho escolhido do discurso é o que ele lembra que a economia brasileira é a sétima do mundo e compara o desempenho de setores da economia brasileira com o de outros países.
- Nos governos do PT, a renda dos brasileiros cresceu 52% acima da inflação e duas vezes mais rápida que o PIB. Na classe média, a renda cresceu 78% e, entre os mais pobres, o aumento foi ainda maior, 107%", é o texto do locutor de uma das três peças publicitárias. "Não basta crescer no mundo dos economistas, é preciso crescer na vida das pessoas".
Na terceira inserção, a estrela é a presidente Dilma Rousseff. Ela defendeu realizações nas áreas de "saúde, educação e segurança pública" e "uma infraestrutura à altura do nosso potencial".