FOLHA RECONHECE: COPA SUPERA SUAS EXPECTATIVAS
Ao escrever nesta quinta-feira sobre "A Copa como ela é", o jornal da família Frias, que vinha enfatizando aspectos negativos da organização do Mundial, já admite que não houve caos algum e que as falhas são episódios localizados; aeroportos funcionam normalmente, torcedores estão satisfeitos e o nível técnico é um dos melhores de todos os tempos, com maior média de gols desde 1958; "O bordão 'Imagina na Copa', repetido antes do Mundial como uma crise na infraestrutura e de possível fracasso do evento, não se concretizou", diz o texto; nesse ritmo, torneio caminha para ser mesmo #acopadascopas
19 DE JUNHO DE 2014 ÀS 06:49
247 na Copa - Até a Folha de S. Paulo se rendeu. Jornal que vinha dedicando a cobertura mais negativa à organização do Mundial de 2014, a publicação da família Frias reconheceu, nesta quinta-feira, que "Copa começa com falhas, mas sem o temido caos".
"O bordão 'Imagina na Copa', repetido antes do Mundial como uma crise na infraestrutura e de possível fracasso do evento, não se concretizou", diz o texto.
Ao contrário, o que se vê é uma grande festa. Os torcedores estão satisfeitos com os estádios, fanáticos latino-americanos invadiram o País, vindos da Argentina, mas também do Chile, do México e da Colômbia, e a percepção geral é de que a Copa no Brasil caminha mesmo para ser #acopadascopas.
Isso porque, dentro de campo, o nível técnico já é um dos melhores da história, com a maior média de gols desde 1958, quando o Brasil foi campeão na Suécia. Fora dele, os aeroportos funcionam bem, com voos partindo nos horários previstos em aeroportos novos ou reformados e acesso relativamente simples aos estádios.
"Nos aeroportos, o único problema até agora foram alguns dias com fila na imigração, em Cumbica", diz o texto.
Ou seja: quem apostou contra, saiu perdendo. E o que se vê até agora é uma tese já exposta antes no 247. As expectativas foram tão rebaixadas pelo discurso derrotista que um torneio minimamente normal já será percebido como um grande sucesso.
NY TIMES E A COPA: "E O TAL DO MUNDO NÃO SE ACABOU"
Gigante nova-iorquino ‘New York Times’, considerado o jornal mais influente do mundo, admite sucesso da Copa do Muno no Brasil com o título: "Previsão de dia do juízo final dá lugar a soluços menores": ‘Estádios atrasados, obras que não estariam prontas, segurança, transporte não aguentaria... Estas eram preocupações constantes nos dias que antecederam a Copa no Brasil. Mas depois de uma semana do Mundial, a situação no maior país da América Latina é bem mais tranquila. Os jogos são empolgantes e o drama é perfeito para a televisão’, diz o texto
19 DE JUNHO DE 2014 ÀS 12:55
247 – Com o título "Previsão de dia do juízo final dá lugar a soluços menores", o "New York Times" reconhece o sucesso da Copa do Mundo no Brasil. "Estádios atrasados, obras que não estariam prontas, segurança, transporte não aguentaria... Estas eram preocupações constantes nos dias que antecederam a Copa no Brasil. Mas depois de uma semana do Mundial no Brasil, a situação no maior país da América Latina é bem mais tranquila", diz apublicação.
“Para aqueles torcedores que gostam de gols de saltar os olhos, resultados surpreendentes e futebol de qualidade, esse torneio foi, de longe, um sucesso incrível”, acrescenta. “Os jogos são empolgantes e o drama é perfeito para a televisão.”
O jornal aponta, no entanto, “falhas” ocorridas na primeira semana de mundial: falta de comida nos estádios, problemas no sistema de som antes de França x Honduras, detalhes de acabamento nas arenas, confusões no jogo da Argentina no Maracanã, entre outros. Mas, ainda assim, ressalta que eventos como Copa e Olimpíadas têm imprevistos, como em Londres e nos Jogos de Inverno de Socchi.
Ao final, elogia a qualidade dos gramados das 12 sedes: "Em geral, as condições de jogo para a maioria das partidas têm sido excelentes, mesmo quando as chuvas pesadas aconteceram. Isso prova a qualidade da drenagem. Em última análise, esta é a prioridade mais importante, pois são os jogos que geralmente definem o legado histórico de um evento".
Ou seja: como no samba de Assis Valente, apesar de todas as previsões derrotistas, o tal do mundo não se acabou.
PML SOBRE COPA: PROFETAS DO CAOS PERDERAM DE NOVO
Colunista da Istoé Paulo Moreira Leite diz que clima do país mudou: "já consegue viver uma experiência que se anunciava como tragédia: hospedar uma Copa do Mundo"; "Profetas do caos perderam mais uma vez e só vira-latas não podem comemorar", conclui
19 DE JUNHO DE 2014 ÀS 10:28
247 – O colunista da Istoé Paulo Moreira Leite constata que o clima no país mudou diante da Copa do Mundo e afirma que profetas do caos perderam mais uma vez. Leia:
Profetas do caos perderam mais uma vez e só vira-latas não podem comemorar
A Copa do Mundo não completou uma semana e já é possível perceber um novo fiasco histórico dos profetas do caos. Os aeroportos não ficaram um inferno nem os vôos atrasaram – na média, o número de atrasos e cancelamentos é um dos melhores do mundo.
A Copa do Mundo não completou uma semana e já é possível perceber um novo fiasco histórico dos profetas do caos. Os aeroportos não ficaram um inferno nem os vôos atrasaram – na média, o número de atrasos e cancelamentos é um dos melhores do mundo.
Os estádios estão aí, alegrando visitantes e torcedores. Os números de gols mostram matematicamente que esta pode ser uma das melhores Copas de todos os tempos.
O transito não está melhor nem pior.
Os problemas reais do Brasil seguem do mesmo tamanho e aguardam solução.
Não custa lembrar, também, que nenhum país está livre de um acidente horrível nos próximos 15 minutos.
Mesmo assim, o clima do país mudou. Já consegue viver uma experiência que se anunciava como tragédia: hospedar uma Copa do Mundo.
O desagradável é que essa situação podia ser percebida em fevereiro.
Foi então que, em companhia do repórter Claudio Dantas Sequeira, entrevistei Aldo Rebelo para a ISTOÉ. Perguntamos ao ministro sobre a ameaça de caos que todos associavam a Copa. Aldo respondeu:
“A experiência mostra que em eventos desse porte há, em primeiro lugar, uma grande permuta entre viajantes e passageiros. Muita gente está chegando à cidade-sede, mas muita gente está saindo. As empresas de evento não fazem feiras nem seminários nessa época. O passageiro tradicional, que visita parente, que viaja a negócios, para ir a um museu, também não viaja.”
Antecipando uma situação que hoje se verifica em voos com menos passageiros do que se anunciava, o ministro disse: “Em Londres, durante a Olimpíada, havia menos gente na cidade durante os jogos olímpicos do que em dias normais. “
Aldo prosseguiu: “Quem não gostava de esporte não foi para Londres naquele período, mas para Budapeste, para Praga, para Madri. Já sabemos que algumas cidades brasileiras terão menos visitantes do que em outras épocas do ano. No Rio de Janeiro, não haverá o mesmo número de visitantes que a cidade recebe durante o Carnaval. Em Salvador também não.”
Aldo prosseguiu: “Quem não gostava de esporte não foi para Londres naquele período, mas para Budapeste, para Praga, para Madri. Já sabemos que algumas cidades brasileiras terão menos visitantes do que em outras épocas do ano. No Rio de Janeiro, não haverá o mesmo número de visitantes que a cidade recebe durante o Carnaval. Em Salvador também não.”
Em maio, em entrevista ao TV Brasil, Aldo Rebelo apresentou argumentos semelhantes. Mostrou a falácia em torno dos gastos excessivos com a Copa. Fez comparações didáticas. É um depoimento esclarecedor, que você pode ler no link
http://www.tvbrasil.ebc.com.br/espacopublico/episodio/espaco-publico-entrevista-o-ministro-do-esporte-aldo-rebelo
http://www.tvbrasil.ebc.com.br/espacopublico/episodio/espaco-publico-entrevista-o-ministro-do-esporte-aldo-rebelo
O espantoso é reparar que muitas pessoas trataram estes depoimentos -- e outros que tinham o mesmo conteúdo -- como exemplo de jornalismo sem valor, chapa-branca.
A realidade – em poucas semanas – encarregou-se de mostrar seu caráter informativo e, com perdão do autoelogio, esclarecedor.
Nelson Rodrigues diagnosticou um mal cultural do brasileiro, o complexo de vira-lata. É certo que este olhar autodepreciativo contribui para embaçar uma visão mais realista da realidade. Ainda mais quando há um interesse, nem sempre oculto, a partir de forças nem um pouco ocultas, como você sabe, de criar um ambiente de medo, desconfiança e derrota.
Mas ouso sugerir uma segunda abordagem à doença, talvez mais atual. Após anos sem tratamento adequado, sem remédios e sem terapia, os sintomas iniciais de subraça se desenvolveram e tomaram conta dos pacientes.
Eles adquiriram uma nova personalidade. Deixaram de temer as próprias fraquezas. Estão convencidos de que condição inferior é sua verdadeira natureza – o que talvez explique a cafajestada, abaixo de qualquer diagnóstico médico, na Arena Corinthiana, tratada com muita naturalidade até que a reação de homens e mulheres comprometidos com valores democráticos.
Não é difícil entender por que, até agora, não conseguem enxergar o que se passa na Copa.
NÚMERO DE TURISTAS SERÁ O DOBRO QUE O PREVISTO EM SP
De 256 mil, as estimativas oficiais projetam agora para 400 mil turistas que virão à cidade durante a Copa do Mundo, e que devem gastar cerca de R$ 3 mil no período; destes, 63 mil são estrangeiros; local mais visitado é o bairro da Vila Madalena, segundo a SPTuris, seguido da avenida Paulista, Museu do Futebol, Masp e Pinacoteca
19 DE JUNHO DE 2014 ÀS 07:49
247 – São Paulo vai receber o dobro de turistas que o previsto durante o período da Copa do Mundo.
Segundo dados da SPTuris, divulgados pela colunista Mônica Bergamo, de 256 mil, as estimativas oficiais passaram agora a projetar que 400 mil turistas virão à cidade, e que devem gastar cerca de R$ 3 mil no período. Destes, 63 mil são estrangeiros. No total devem gastar mais de R$ 1 bilhão em restaurantes, baladas, museus, táxis e estabelecimentos comerciais.
O local mais visitado pelos turistas é o bairro da Vila Madalena, seguido da avenida Paulista, Museu do Futebol, Masp, Pinacoteca, rua 25 de Março e o Mercado Municipal.
A NOSSA COPA
JANDIRA FEGHALI
Os bons pontos que o Brasil vem conquistando, dentro e fora de campo, incomodam uma elite, que teima em apelar para hostilidades e falta de respeito
Um sorridente alemão se mistura ao festivo samba da Lapa com a mesma facilidade com que um curioso japonês passeia pelas coloridas ruas de Salvador. Em diversos cantos, mexicanos cantantes, argentinos fanáticos, franceses animados, italianos efusivos. O Brasil, como nunca antes, virou o palco do mundo, celebrando a Copa com orgulho e paixão.
A força com que os turistas, vindos de todas as partes do planeta, se movem para cá mostra a importância do que assistimos a cada jogo. Depois de uma semana da abertura oficial do torneio, o Brasil vem dando de goleada nas “centrais do pessimismo”. O Ministério do Turismo, em seu primeiro balanço, apontou que ao menos 270 cidades brasileiras já vêm sendo beneficiadas com o fluxo de 2,3 milhões de espectadores do torneio e gerando mais de R$ 6 bi.
É o que acontece em regiões como o Norte, segundo os organizadores. No próximo domingo, Manaus receberá ao menos 35 mil visitantes dos Estados Unidos ávidos pelo jogo na cidade-sede. Essa intensa circulação de estrangeiros se deu em Fortaleza, por exemplo, com a chegada de 3,6 mil mexicanos. Essa forte atração turística fomenta o comércio local, impulsionando a geração de renda e emprego.
A estrutura de chegada para tanta gente também vem dando retorno positivo. O aumento de 400 mil metros quadrados em terminais de aeroportos pelo país expandiu a capacidade de receber e enviar passageiros nos voos comerciais, permitindo tranquilidade a esta mobilidade.
Obviamente, a Copa não veio como solução de nossos problemas. Longe da cegueira ufanista, sabemos que há muito contrastes para eliminar. As paralisações e greves em diversas capitais vêm ocorrendo, dando o tom de que há demandas trabalhistas a serem vistas. É importante frisar que a realização de um grande evento é voltada para outros fins, como a possibilidade de melhoras a infraestrutura das cidades. Esta responsabilidade está sendo cumprida junto de elementos muito intrínsecos ao Brasil, como a boa convivência entre a diversidade, a acalorada hospitalidade e sua consequente união.
Os bons pontos que o Brasil vem conquistando, dentro e fora de campo, incomodam uma elite, que teima em apelar para hostilidades e falta de respeito. É vergonhoso ainda assistir pequenos grupos dispostos a xingar a presidenta Dilma Rousseff, como se viu na abertura da Copa. Na falta das justas reivindicações, para estes resta a tentativa de desqualificação de uma mulher democraticamente eleita pela maioria da nação.
A festa que se segue não é um show de megalomania nem o circo de horrores apresentado pelos grupos de oposição ao Governo. O que se vê é a bonita combinação da nossa alegria com nossa estrutura construída, dentro de um caldeirão de diferentes povos, todos prontos para celebrar o esporte e suas alegrias.
Para frente, Brasil!