IBOPE APONTA ESTABILIDADE NA SUCESSÃO
Nova pesquisa Ibope mostra estabilidade na corrida presidencial; a presidente Dilma Rousseff manteve os 38%, enquanto o tucano Aécio Neves foi de 22% a 23%; na terceira posição, o pernambucano Eduardo Campos oscilou de 8% a 9%; com os números divulgados nesta quinta-feira, não há segurança sobre decisão ou não no primeiro turno; num eventual segundo turno, Dilma venceria Aécio Neves por 42% a 36%
7 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 21:12
247 - Acabam de ser divulgados os novos números da pesquisa Ibope sobre a sucessão presidencial. Eles mostram estabilidade. Dilma Rousseff manteve os 38%, enquanto Aécio Neves oscilou de 22% a 23% e Eduardo Campos foi de 8% a 9%. Num eventual segundo turno, Dilma venceria Aécio por 42% a 36%.
O Ibope também mediu a aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff. A avaliação de ótimo ou bom foi de 31% a 32%. A avaliação regular foi de 36% a 35%. A aprovação ao modo Dilma de governar foi de 44% a 47%.
Ao todo, 2.506 pessoas foram entrevistadas pelo Ibope entre o último domingo e esta quinta-feira 7. A pesquisa foi contratada pela Globo e registrada no TSE Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-00308/2014.
Confira, abaixo, os resultados da pesquisa anterior, divulgada no dia 22 de julho:
Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (22) pelo Jornal Nacional, da TV Globo, mostrou que a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, tem 38% dos votos. Em segundo lugar aparece o candidato do PSDB a presidente do país, senador Aécio Neves, com 22% das intenções de votos. O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, candidato a Presidência pelo PSB, aparece com 8% dos votos. O Pastor Everaldo tem 3%.
No levantamento anterior realizado pelo instituto, em junho, Dilma aparecia com 39%, Aécio com 21% e Campos com 10%. O candidato do PSC, Pastor Everaldo, alcançou 3% das intenções de voto, mesmo percentual do levantamento anterior.
Confira abaixo os números do Ibope, segundo a pesquisa estimulada, em que os nomes de todos os candidatos são apresentados ao eleitor (os candidatos que aparecem com 0% são os que tiveram menos de 1% das menções cada um):
- Dilma Rousseff (PT): 38%
- Aécio Neves (PSDB): 22%
- Eduardo Campos (PSB): 8%
- Pastor Everaldo (PSC): 3%
- Luciana Genro (PSOL): 1%
- Zé Maria (PSTU): 1%
- Eduardo Jorge (PV): 1%
- Eymael (PSDC): 0%
- Levy Fidelix (PRTB): 0%
- Mauro Iasi (PCB): 0%
- Rui Costa Pimenta (PCO): 0%
- Branco/nulo: 16%
- Não sabe/não respondeu: 9%
No levantamento anterior realizado pelo instituto, em junho, Dilma aparecia com 39%, Aécio com 21% e Campos com 10%. O candidato do PSC, Pastor Everaldo, alcançou 3% das intenções de voto, mesmo percentual do levantamento anterior.
Confira abaixo os números do Ibope, segundo a pesquisa estimulada, em que os nomes de todos os candidatos são apresentados ao eleitor (os candidatos que aparecem com 0% são os que tiveram menos de 1% das menções cada um):
- Dilma Rousseff (PT): 38%
- Aécio Neves (PSDB): 22%
- Eduardo Campos (PSB): 8%
- Pastor Everaldo (PSC): 3%
- Luciana Genro (PSOL): 1%
- Zé Maria (PSTU): 1%
- Eduardo Jorge (PV): 1%
- Eymael (PSDC): 0%
- Levy Fidelix (PRTB): 0%
- Mauro Iasi (PCB): 0%
- Rui Costa Pimenta (PCO): 0%
- Branco/nulo: 16%
- Não sabe/não respondeu: 9%
NOBLAT PREVÊ VITÓRIA DE DILMA NO 1° TURNO
Colunista Ricardo Noblat comenta “erros” de Aécio Neves (PSDB) e de Eduardo Campos (PSB) frente a estabilidade da presidente Dilma Rousseff no Ibope e diz que, com as propagandas na TV, petista terá ainda grande vantagem frente aos adversários na disputa: “A eleição presidencial deste ano é candidata à passar à História como aquela onde faltou uma oposição capaz de corresponder ao majoritário desejo de mudança dos brasileiros”
8 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 05:12
247 – Para o colunista Ricardo Noblat, a presidente Dilma Rousseff deve ganhar mesmo no 1° turno porque faltou na disputa deste ano “uma oposição capaz de corresponder ao majoritário desejo de mudança dos brasileiros”. Leia:
A um ano da eleição presidencial de 2002, em conversa com um grupo de empresários paulistas, José Dirceu, coordenador da quarta campanha consecutiva de Lula a presidente da República, comentou:
- A eleição está liquidada. Lula ganhará – só não sabemos ainda se no primeiro ou segundo turno. Começamos a discussão interna sobre com quem governaremos.
O comentário de Dirceu foi mais ou menos repetido na semana passada por um estrelado membro da campanha de Dilma Rousseff à reeleição. Faltou apenas dizer que a candidata já se preocupa com quem governará.
Faz sentido?
Faz, sim. A não ser que ocorra um poderoso imprevisto. Do tipo: a filha de Dilma guarda a chave do aeroporto de Porto Alegre.
O caso do aeroporto mineiro de Cláudio, construído em terras da família de Aécio Neves, atrapalhou o desempenho do candidato do PSDB a presidente durante o mês de julho. Até hoje ele ainda se explica por que como governador de Minas Gerais gastou R$ 13 milhões para asfaltar a pista do aeroporto.
Descobriu-se que ele investiu dinheiro público em outro aeroporto – o de Montezuma, a pequena distância de uma fazenda sua.
Eduardo Campos, candidato do PSB à vaga de Dilma, atravessou julho desnorteado a prometer o que poderá ou não fazer caso se eleja. Enfrenta o dilema hamletiano de ser ou de não ser uma pálida sombra do que foi Marina Silva na eleição de 2010.
Eduardo Campos, candidato do PSB à vaga de Dilma, atravessou julho desnorteado a prometer o que poderá ou não fazer caso se eleja. Enfrenta o dilema hamletiano de ser ou de não ser uma pálida sombra do que foi Marina Silva na eleição de 2010.
Dilma chegou ao início de agosto próxima do confortável teto de 45% das intenções de voto. Voltou à situação de quem poderá liquidar a eleição no primeiro turno. Ou de passar para o segundo precisando de poucos votos a mais para se reeleger.
Agosto marca o início do período de 45 dias de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Devido ao grande número de partidos que a apoiam, Dilma contará com mais do dobro do tempo de propaganda de Aécio e com o mais do triplo do tempo de propaganda de Eduardo. É uma vantagem e tanto.
A eleição presidencial deste ano é candidata à passar à História como aquela onde faltou uma oposição capaz de corresponder ao majoritário desejo de mudança dos brasileiros.
Se não tem tu, vai tu mesmo, Dilma!
PML APONTA REBELIÃO NA FORÇA EM APOIO A DILMA
Ato com sindicalistas que será realizado no final da tarde desta quinta-feira, com a participação da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, terá a "presença de um numeroso contingente de dirigentes da Força Sindical", do deputado Paulinho, que apoia o tucano Aécio Neves para presidente; fato mostra dissidência de entidades importantes com a Força Sindical, escreve Paulo Moreira Leite; leia a íntegra do texto em seu blog no 247
7 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 15:04
247 – Ato com centrais sindicais que irá declarar apoio à presidente Dilma Rousseff no final da tarde desta quinta-feira 7 contará também com uma presença curiosa: participantes da Força Sindical, central do deputado Paulinho e a segunda maior do País, que apoia o candidato tucano Aécio Neves para presidente.
Quem noticia é Paulo Moreira Leite, em seu blog no 247. A dissidência chama a atenção, afirma PML, não apenas pelo fato de a central ter nascido como oposição à CUT e ao PT, mas por se tratar "da base de apoio do deputado Paulinho, do Solidariedade, hoje a principal liderança de Aécio Neves no movimento social".
O jornalista diz que a dissidência é estimada em um terço dos 1.600 sindicatos registrados no Ministério do Trabalho como filiados à Força. Entre os motivos, destaca Paulo Moreira Leite, está a força do ex-presidente Lula, que também estará no evento, na campanha pelo voto dos trabalhadores.
Leia a íntegra em Rebelião na Força Sindical em apoio a Dilma
EMPRESAS RESISTEM A DOAR PARA O PT EM 2014
Enquanto o PMDB, do vice-presidente da República, Michel Temer, levantou a maior quantia para a campanha eleitoral com R$ 34,5 milhões na primeira fase, o PT de Dilma Rousseff figura em 9°lugar com R$ 6,2 milhões em doações; tradicionais financiadores do PT teriam condicionado a participação em 2014 a um compromisso da presidente de mudança na política econômica, na Petrobras e nas concessões públicas
8 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 05:55
247 – Na primeira prestação de contas para o Tribunal Superior Eleitoral, o PT da presidente Dilma Rousseff, que disputa a eleição, figura em 9° lugar em termos de arrecadações.
Enquanto o PMDB, do vice-presidente da República, Michel Temer, levantou a maior quantia para a campanha eleitoral com R$ 34,5 milhões na primeira fase, o PT somou R$ 6,2 milhões em doações.
O desempenho mostra dificuldades da sigla em obter doações das empresas, já que o partido é o 11º na lista dos que mais receberam dinheiro de pessoas jurídicas em julho. Em 2010, na primeira prestação de contas, o partido era o terceiro colocado.
Segundo empresários ouvidos pelo Valor, tradicionais financiadores do PT resistem em entrar na campanha até que a presidente Dilma Rousseff assuma compromissos de mudança na política econômica, na Petrobras e nas concessões públicas (leia aqui).
Enquanto o PT demora a decolar, o PDMB já triplica o arrecadado no mesmo período em 2010, de R$ 10,9 milhões. A maior parte dos recursos obtidos este ano pelo partido presidido pelo vice-presidente da República, Michel Temer, vem de empresas de construção e engenharia, num total de R$ 12,4 milhões. A maior doadora foi a Telemont Engenharia de Telecomunicações S/A, com R$ 5,7 milhões.
“Em 2010, o PMDB tinha 11 candidatos a governador e agora tem 18. Além disso, o vice-presidente também arrecada pelo nacional”, justifica o vice-presidente do partido Valdir Raupp.
Em seguida, aparecem no ranking o PSD, sigla de Gilberto Kassab, com R$ 15,1 milhões, e o PP com R$ 14,1 milhões.
O PSDB do presidenciável Aécio Neves figura em 4° lugar com R$ 10,7 milhões, seguido do PSB do também candidato à Presidência, Eduardo Campos, com R$ 9,9 milhões.
ANALISTA DO SANTANDER PLAGIOU OUTRA INSTITUIÇÃO
Demitida por texto polêmico que relacionou ameaça à economia com a reeleição de Dilma Rousseff, executiva Sinara Polycarpo copiou na integra trechos de avaliação produzida por economista do banco Fator; caso levou presidente mundial do Santander, Emilio Botín, a pedir desculpas ao governo brasileiro, e resultou na demissão de ao menos quatro pessoas
8 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 05:18
247 – O polêmico informe enviado em nome do Santander a clientes de alta renda contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff usou frases inteiras do relatório do banco Fator, que já circulava no mercado há mais de um mês.
O texto produzido no dia 3 de junho pelo economista Paulo Gala, professor da FGV e plagiado pela executiva Sinara Polycarpo, do Santander.
"A quebra de confiança e o pessimismo crescente em relação ao Brasil em derrubar ainda mais a popularidade da presidente, que vem caindo nas últimas pesquisas", dizia o texto do Santander... Se a presidente se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir ".
Já o documento do Fator destacava: "A quebra de confiança e pessimismo crescente em relação ao Brasil pode derrubar ainda mais a popularidade da presidente nas pesquisas... Se Dilma se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas um cenário de reversão pode surgir".
Dilma classificou a atitude do Santander de "lamentável" e "inadmissível". O caso levou o presidente mundial da instituição, Emilio Botín, a pedir desculpas públicas ao governo brasileiro. Ao menos quatro pessoas foram demitidas.
PSDB ARRECADA QUATRO VEZES MAIS QUE PT EM MG
Candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga recebeu R$ 3,89 milhões em doações, impulsionado por 11 construtoras; já Fernando Pimentel (PT) somou R$ 1,1 milhão, sendo R$ 1 milhão doado pela Esdeva Indústria Gráfica, de Juiz de Fora
8 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 06:33
247 – O candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga, arrecadou no primeiro mês da campanha quase quatro vezes mais do que o seu principal adversário, Fernando Pimentel (PT).
No total, diretório estadual recebeu R$ 3,89 milhões em doações, impulsionado por 11 construtoras. Os maiores financiamentos vieram da Barbosa Mello e do banco BMG, com R$ 1 milhão cada.
Já candidato do PT arrecadou R$ 1,1 milhão, sendo R$ 1 milhão doado pela Esdeva Indústria Gráfica, de Juiz de Fora.
DEMITIDA PELO SANTANDER PEDIA VOTOS PARA AÉCIO
Executiva Sinara Polycarpo compartilhou reportagem da Folha de S. Paulo no Facebook que afirmava que a presidente Dilma seria "leniente com a inflação"; junto ao link, postou um comentário: "Aécio para presidente"; banco Santander demitiu ao todo quatro pessoas após divulgação de informe a clientes que associava Dilma ao cenário de instabilidade econômica no País; por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania
7 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 14:52
Por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania
Segundo o jornal Folha de São Paulo, o banco Santander demitiu quatro pessoas por terem participado de um conluio que resultou em propaganda política enviada ilegalmente pela instituição aos seus correntistas "seletos", ou seja, pessoas cuja renda ultrapassa 10 mil reais por mês.
Na matéria "Santander demitiu quatro por informe que irritou petistas", o jornal chama de "informe" texto que figurou em extratos de conta-corrente que o banco enviou pelo correio aos seus correntistas mais abastados, e qualifica como "agressiva" a reação do PT pelo que o partido considera crime eleitoral.
A matéria ainda "acusa" o PT de ter "pressionado" o banco para que demitisse os envolvidos no envio do texto acima. Todavia, o vice-presidente de Comunicação do Santander, Marcos Madureira, nega: "Não recebemos, e nem aceitaríamos, qualquer tipo de pressão externa para adotar as medidas que tomamos".
Vale comentar que a Folha não explica que tipo de benefício o governo Dilma auferiu com a demissão dos funcionários responsáveis pela propaganda política ilegal. Na verdade, quem se beneficia pelas demissões é o banco, pois podem ajudá-lo a evitar problemas com a Justiça Eleitoral, já que é ilegal fazer propaganda política por esse meio.
A propaganda política ilegal foi redigida pela agora ex-superintendente de investimentos do Santander Sinara Polycarpo. Além dela, três outras pessoas que poderiam ter impedido que cometesse o crime eleitoral por terem posições hierárquicas superiores também foram demitidas por não terem agido como deveriam.
Mas o mais interessante é que, ao visitar o perfil de Sinara no Facebook, descobre-se que, muito provavelmente, ela transformou suas idiossincrasias político-eleitorais em "analise" para os clientes de seu empregador.
O perfil da ex-superintendente de investimentos naquela rede social é "fechado", ou seja, só os seus "amigos" virtuais podem ler o que ela escreve, mas, por alguma falha do Facebook, é possível acessar suas mensagens antigas.
Em 7 de abril do ano passado, por exemplo, Sinara compartilhou no Facebook reportagem da mesma Folha de São Paulo que afirmava que a presidente Dilma seria "leniente com a inflação". Nesse compartilhamento, a ex-funcionária do Santander pôs um comentário: "Aécio para presidente".
À época, a candidatura Aécio Neves não passava de especulação, mas Sinara já integrava o contingente de simpatizantes do PSDB que advogavam por sua candidatura. Como se sabe, sua preferência foi vencedora.
Parece bem provável que Sinara tenha feito muitas outras apologias ao ex-governador de Minas, o que sendo feito em seu perfil em uma rede social é absolutamente legítimo. Contudo, vender suas preferências políticas como "análise" aos clientes de seu empregador, não é.
Em entrevista que concedeu à revista Exame, a autodeclarada eleitora de Aécio diz que sua trajetória profissional é "impecável e bem-sucedida" e que "jamais poderia estar associada a qualquer polêmica". E decretou que "o assunto já se esgotou".
Assim como o blogueiro do UOL especula que o vice-presidente de Comunicação do Santander mentiu ao dizer que o governo não pressionou o banco a demitir os funcionários responsáveis pelo crime eleitoral em questão, este blogueiro especula que Sinara pode ter feito um acordo com seu ex-empregador.
Talvez o banco lhe tenha conseguido outra posição em alguma empresa amiga ou coligada, talvez lhe tenha oferecido uma bela compensação monetária.
Sinara, nem de longe demonstra estar contrariada com a demissão. Muito pelo contrário, parece muito segura. Inclusive, afirma que irá viajar "até o dia 25". Pelas fotos em seu perfil no Facebook, parece gostar da Europa.
Ao contrário do que o Santander alega, portanto, pode-se dar uma de Josias de Souza ou Ali Kamel e fazer um "teste de hipóteses": será que o banco não compactou com a propaganda eleitoral nos extratos de seus clientes e encenou uma farsa com essas demissões?
Aliás, quando é que a Justiça Eleitoral vai se pronunciar sobre esse episódio?
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/149334/Demitida-pelo-Santander-pedia-votos-para-A%C3%A9cio.htm
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/149559/Merval-estabilidade-de-A%C3%A9cio-desaponta-especuladores.htm
A despeito de todas as consultorias e instituições financeiras que afiançam que Aécio vencerá, a despeito da tão propalada "rejeição" de Dilma – de um nível com o qual ela VENCEU a eleição de 2010 e que gira em torno de 35% –, o desânimo campeia nas hostes tucanas e "socialistas".
http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/149522/Por-que-o-Ibope-desanimou-os-colunistas-tucanos.htm
MERVAL: ESTABILIDADE DE AÉCIO DESAPONTA ESPECULADORES
O jornalista Merval Pereira, do Globo, publicou uma análise neste sábado sobre a pesquisa Ibope e afirma que a candidatura do tucano Aécio Neves frustrou expectativas. "O fato de o candidato do PSDB Aécio Neves não ter tido um crescimento fora da margem de erro decepcionou os especuladores, que já temem a resiliência da candidatura da presidente Dilma à reeleição", diz ele
9 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 09:37
247 - O jornalista Merval Pereira, do Globo, publicou uma análise neste sábado sobre a pesquisa Ibope e afirma que a candidatura do tucano Aécio Neves frustrou expectativas. "O fato de o candidato do PSDB Aécio Neves não ter tido um crescimento fora da margem de erro decepcionou os especuladores, que já temem a resiliência da candidatura da presidente Dilma à reeleição", diz ele.
Leia, abaixo, sua análise:
Faltando dez dias para o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, há uma expectativa no mercado político que se reflete no financeiro e justifica resultados como a queda da Bolsa em consequência do resultado da mais recente pesquisa divulgada pelo Ibope. O fato de o candidato do PSDB Aécio Neves não ter tido um crescimento fora da margem de erro decepcionou os especuladores, que já temem a resiliência da candidatura da presidente Dilma à reeleição.
As análises internas das campanhas oposicionistas também levam em consideração essa resistência da candidatura oficial para reavaliar posturas e organizar seus "exércitos" para a parte final da campanha, que terá apenas cerca de dois meses. Não há ainda uma certeza sobre a frieza da campanha eleitoral, se ela representa um amadurecimento do eleitorado ou uma rejeição ao mundo político tal nós o conhecemos. No primeiro caso, tudo entrará nos eixos nos próximos dias quando a propaganda oficial estiver em ação.
Ao contrário, se a falta de empolgação do eleitorado com a campanha representar um repúdio à maneira como a política é feita no Brasil, o número de votos em branco e nulos será maior do que o normal, e será difícil definir se os votos válidos poderão definir o final da disputa no primeiro turno com a vitória de Dilma, apesar da rejeição verificada à sua candidatura e à baixa aprovação ao seu governo. Seria uma vitória da máquina partidária sobre o sentimento geral do eleitorado que, mal informado ou desanimado, não votará e acabará elegendo quem rejeita. Os principais candidatos da oposição, senador Aécio Neves do PSDB e ex-governador Eduardo Campos do PSB, terão que falar mais do futuro do que do presente para chamar a atenção dos eleitores desanimados se não quiserem perder a eleição mais possível de ganhar nos últimos 12 anos de petismo.
A aparição no "Jornal Nacional" da campanha nas ruas tem levado a milhares de lares brasileiros as imagens de Aécio e Campos e suas ideias, ampliando o conhecimento dos adversários de Dilma Rousseff, que até o momento reinava soberana no noticiário, como quer o marqueteiro João Santana. O papel de "rainha" tem sido exercido sem grandes charmes e com um linguajar tão confuso que já ganhou a alcunha de "dilmês".
Mas na propaganda oficial surgirá outra Dilma, iluminada com técnica pela equipe de marketing, que poderá ser desconstruída nos debates eleitorais a que ela não recusará a presença pelo simples fato de que não tem tanta gordura assim para queimar. Lula que era Lula, mais do que é hoje, pagou caro por não ter ido ao último debate na Globo em 2006, que dirá Dilma, uma candidata tão frágil quanto o governo que comanda, que só se sustenta pela máquina partidária infiltrada em todos os setores do governo, trabalhando incessantemente para manter as prerrogativas que conseguiu nesses 12 anos de petismo.
O candidato do PSB, que tem atingido um público mais amplo com suas mensagens que voltaram a estar mais próximas do liberalismo econômico do que dos dogmas de sua vice Marina Silva, poderá aproveitar a propaganda oficial para melhorar seus índices de aprovação.
Já o candidato do PSDB, senador Aécio Neves, pretende focar mais os projetos futuros do que se voltar para o passado, para evitar a armadilha do PT que pretende comparar os 12 anos do petismo no poder com os 8 anos do PSDB, sem contextualizar os momentos históricos para incutir o receio no eleitorado de que a vitória dos tucanos será uma volta ao passado, e não um salto para o futuro.
Aécio vai colocar em pauta os quatro anos de Dilma, e o que representaria uma repetição do mesmo, tentando isolar o tempo de Dilma do passado de Lula, que a todo momento será revisitado pelo próprio, em carne e osso nos programas do PT.
Eduardo Campos terá a vantagem de se colocar entre os dois contendores, afirmando que ambos têm razão, para se mostrar como a alternativa viável.
Correção
O ministro José Jorge, relator no Tribunal de Contas da União (TCU) do processo sobre a compra da refinaria de Pasadena nos Estados Unidos pela Petrobras, não foi nomeado pelo ex-presidente Fernando Henrique, como informei na coluna.
Ele entrou por indicação do Congresso, já no governo Lula, derrotando um candidato apoiado pelo governo.
Ao contrário, se a falta de empolgação do eleitorado com a campanha representar um repúdio à maneira como a política é feita no Brasil, o número de votos em branco e nulos será maior do que o normal, e será difícil definir se os votos válidos poderão definir o final da disputa no primeiro turno com a vitória de Dilma, apesar da rejeição verificada à sua candidatura e à baixa aprovação ao seu governo. Seria uma vitória da máquina partidária sobre o sentimento geral do eleitorado que, mal informado ou desanimado, não votará e acabará elegendo quem rejeita. Os principais candidatos da oposição, senador Aécio Neves do PSDB e ex-governador Eduardo Campos do PSB, terão que falar mais do futuro do que do presente para chamar a atenção dos eleitores desanimados se não quiserem perder a eleição mais possível de ganhar nos últimos 12 anos de petismo.
A aparição no "Jornal Nacional" da campanha nas ruas tem levado a milhares de lares brasileiros as imagens de Aécio e Campos e suas ideias, ampliando o conhecimento dos adversários de Dilma Rousseff, que até o momento reinava soberana no noticiário, como quer o marqueteiro João Santana. O papel de "rainha" tem sido exercido sem grandes charmes e com um linguajar tão confuso que já ganhou a alcunha de "dilmês".
Mas na propaganda oficial surgirá outra Dilma, iluminada com técnica pela equipe de marketing, que poderá ser desconstruída nos debates eleitorais a que ela não recusará a presença pelo simples fato de que não tem tanta gordura assim para queimar. Lula que era Lula, mais do que é hoje, pagou caro por não ter ido ao último debate na Globo em 2006, que dirá Dilma, uma candidata tão frágil quanto o governo que comanda, que só se sustenta pela máquina partidária infiltrada em todos os setores do governo, trabalhando incessantemente para manter as prerrogativas que conseguiu nesses 12 anos de petismo.
O candidato do PSB, que tem atingido um público mais amplo com suas mensagens que voltaram a estar mais próximas do liberalismo econômico do que dos dogmas de sua vice Marina Silva, poderá aproveitar a propaganda oficial para melhorar seus índices de aprovação.
Já o candidato do PSDB, senador Aécio Neves, pretende focar mais os projetos futuros do que se voltar para o passado, para evitar a armadilha do PT que pretende comparar os 12 anos do petismo no poder com os 8 anos do PSDB, sem contextualizar os momentos históricos para incutir o receio no eleitorado de que a vitória dos tucanos será uma volta ao passado, e não um salto para o futuro.
Aécio vai colocar em pauta os quatro anos de Dilma, e o que representaria uma repetição do mesmo, tentando isolar o tempo de Dilma do passado de Lula, que a todo momento será revisitado pelo próprio, em carne e osso nos programas do PT.
Eduardo Campos terá a vantagem de se colocar entre os dois contendores, afirmando que ambos têm razão, para se mostrar como a alternativa viável.
Correção
O ministro José Jorge, relator no Tribunal de Contas da União (TCU) do processo sobre a compra da refinaria de Pasadena nos Estados Unidos pela Petrobras, não foi nomeado pelo ex-presidente Fernando Henrique, como informei na coluna.
Ele entrou por indicação do Congresso, já no governo Lula, derrotando um candidato apoiado pelo governo.
POR QUE O IBOPE DESANIMOU OS COLUNISTAS TUCANOS
EDUARDO GUIMARÃES
A despeito de todas as consultorias e instituições financeiras que afiançam que Aécio vencerá, a despeito da tão propalada "rejeição" de Dilma, o desânimo campeia nas hostes tucanas e "socialistas"
Em tese, a última pesquisa Ibope sobre intenções de voto para presidente da República deveria ter sido daquelas contra as quais ninguém chia, pois manteve os principais candidatos a presidente praticamente onde estavam no mês passado – os que "subiram" (Aécio Neves e Eduardo Campos), foi dentro da margem de erro.
Ainda assim, tanto no pré-Ibope quanto no pós o que se viu foram manifestações explícitas ou implícitas de desalento por parte de alguns dos principais colunistas aliados do PSDB na grande imprensa, aqueles que só sabem criticar o PT e que, à diferença do que acontece em relação a este, não se indignam com escândalos como aécioportos e cartéis.
Tomemos como exemplo o colunista e blogueiro da Globo Ricardo Noblat e a colunista da Folha de São Paulo Eliane Cantanhêde. De quinta para sexta-feira, parece que lhes caiu a ficha de que se Dilma tem problemas maiores com intenções de voto neste ano do que tinha em 2010, com a oposição ocorre pior: Aécio e Eduardo é que precisam deslanchar – já que Dilma está bem à frente deles –, mas não deslancham.
Antes de prosseguir, confira abaixo, respectivamente, o texto de Cantanhêde e, em seguida, o de Noblat.
7 de agosto de 2014
8 de agosto de 2014
Deste jeito, Dilma poderá ganhar no 1º turno
A um ano da eleição presidencial de 2002, em conversa com um grupo de empresários paulistas, José Dirceu, coordenador da quarta campanha consecutiva de Lula a presidente da República, comentou:
- A eleição está liquidada. Lula ganhará – só não sabemos ainda se no primeiro ou segundo turno. Começamos a discussão interna sobre com quem governaremos.
O comentário de Dirceu foi mais ou menos repetido na semana passada por um estrelado membro da campanha de Dilma Rousseff à reeleição. Faltou apenas dizer que a candidata já se preocupa com quem governará.
Faz sentido?
Faz, sim. A não ser que ocorra um poderoso imprevisto. Do tipo: a filha de Dilma guarda a chave do aeroporto de Porto Alegre.
O caso do aeroporto mineiro de Cláudio, construído em terras da família de Aécio Neves, atrapalhou o desempenho do candidato do PSDB a presidente durante o mês de julho. Até hoje ele ainda se explica por que como governador de Minas Gerais gastou R$ 13 milhões para asfaltar a pista do aeroporto.
Descobriu-se que ele investiu dinheiro público em outro aeroporto – o de Montezuma, a pequena distância de uma fazenda sua.
Eduardo Campos, candidato do PSB à vaga de Dilma, atravessou julho desnorteado a prometer o que poderá ou não fazer caso se eleja. Enfrenta o dilema hamletiano de ser ou de não ser uma pálida sombra do que foi Marina Silva na eleição de 2010.
Dilma chegou ao início de agosto próxima do confortável teto de 45% das intenções de voto. Voltou à situação de quem poderá liquidar a eleição no primeiro turno. Ou de passar para o segundo precisando de poucos votos a mais para se reeleger.
Agosto marca o início do período de 45 dias de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Devido ao grande número de partidos que a apoiam, Dilma contará com mais do dobro do tempo de propaganda de Aécio e com o mais do triplo do tempo de propaganda de Eduardo. É uma vantagem e tanto.
A eleição presidencial deste ano é candidata à passar à História como aquela onde faltou uma oposição capaz de corresponder ao majoritário desejo de mudança dos brasileiros.
Se não tem tu, vai tu mesmo, Dilma!
A despeito de todas as consultorias e instituições financeiras que afiançam que Aécio vencerá, a despeito da tão propalada "rejeição" de Dilma – de um nível com o qual ela VENCEU a eleição de 2010 e que gira em torno de 35% –, o desânimo campeia nas hostes tucanas e "socialistas".
Eis, então, que os adeptos do autoengano argumentarão que os números do Ibope mostram Aécio e Eduardo subindo, ainda que dentro da margem de erro, e Dilma "estagnada". Mas os oposicionistas estão subindo quando e como? Estão subindo dentro da margem de erro (2 pontos percentuais) e no primeiro turno.
Novamente, os antipetistas dirão que Aécio e Eduardo cresceram no segundo turno e acima da margem de erro (Aécio e Eduardo cresceram três pontos) e Dilma, nessa incerta segunda etapa da eleição, cresceu dentro da margem de erro (1 ponto).
Sim, é verdade. A pesquisa, tal qual foi apresentada, ainda que dentro da margem de erro favorece mais a oposição.
Abaixo, os gráficos apresentados pelo Jornal Nacional na última quinta-feira (7/8).
Os colunistas tucanos já explicaram que Dilma está chegando ao horário eleitoral – quando terá o dobro do tempo de Aécio e o triplo do de Eduardo – com larga vantagem, mas não explicaram que eles e o próprio PSDB esperavam que ao menos um dos oposicionistas chegasse a essa fase tecnicamente empatado com Dilma.
Mas o que mais esses colunistas – e vários outros que estão desanimados – não disseram sobre a pesquisa Ibope em termos de seu poder depressor de tucanos? Nem Cantanhêde, nem Noblat e nem qualquer outro tucano do partido tucano ou da imprensa tucana dirão, mas eles estão desanimados por estarem comparando essa pesquisa com a do Datafolha do mês passado.
O Datafolha de julho apresentou números parecidos com o do Ibope recém-divulgado, certo? Sim, certo, mas só no primeiro turno. Veja, abaixo, matéria da Folha de São Paulo de 17 de julho último.
Como se vê, o Datafolha deu uma de black bloc e jogou uma bomba na praça: Dilma e Aécio estariam tecnicamente empatados em um eventual segundo turno. A bomba foi tão poderosa que o próprio governo federal acabou se fazendo ouvir sobre seu inconformismo com aquela projeção de segundo turno.
No dia 18 de julho, este Blog ouviu fontes do governo para publicar o postGoverno Dilma duvida do Datafolha, principalmente sobre 2º turno. Naquele momento, o governo afirmava que pesquisas que o Vox Populi faz para o PT mostravam números bem melhores para Dilma tanto no primeiro como no segundo turnos. Porém, no segundo turno a diferença era gritante.
Daquela pesquisa Datafolha em diante, as outras não mostraram números parecidos no segundo turno. Inclusive a que o Ibope acaba de divulgar.
O que se extrai de tudo isso é que:
A) o Datafolha, assim como em 2010, tentou forçar a barra com uma profecia pretensamente autorrealizável sobre o 2º turno – do tipo que se realiza simplesmente por ter sido feita –, mas os números do Ibope mostram que a estratégia fracassou, já que Dilma aparece com seis pontos à frente de Aécio;
B) O tempo para uma reação oposicionista se esvai e nada muda, o que é muito ruim para a oposição porque em 2010, a esta altura, os dois principais candidatos de oposição (José Serra e Marina Silva), somados, tinham 39% e, hoje, têm 32%, enquanto que Dilma está exatamente onde estava há quatro anos.
Simples assim.