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Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A herança maldita ficou para o PSDB

Cristian Klein, JB Online

"A expressão “herança maldita” foi muito utilizada pelo PT quando estava na oposição para demonizar o legado que os tucanos deixariam para o país. O partido assumiu em 2002 e manteve várias políticas do governo anterior. Herança maldita era uma acusação forte e bastante eficiente, como quase toda a retórica petista até hoje. Uma das grandes diferenças entre tucanos e petistas não está tanto na capacidade de governar. Mas na de se defender e atacar na luta política. O longo tempo na oposição fez do PT um partido exímio em discursos contundentes, ferozes. Independentemente de sua veracidade. Chegou a combater o Plano Real. A ideologia à época, ainda radical, deu-lhe aquela convicção própria dos dogmáticos, cujo poder de convencimento vem do fato de se considerarem donos da verdade.

O PSDB é diferente. É ambíguo, vem de uma tradição centrista, relativista. Sua origem como partido de quadros – uma costela saída do PMDB – imprimiu-lhe um DNA institucional. Seus principais nomes já exerciam cargos políticos no sistema. O DNA do PT veio do movimento social, e suas poucas estrelas foram se transformando numa constelação, eleição após eleição. Mas sempre com a retórica dogmática e de oposição. Ao assumir o governo, houve um arrefecimento. Mesmo assim, a intrepidez do discurso continua. O PT nasceu batendo e aprendeu a apanhar, sobretudo depois da surra que levou com o mensalão. O PSDB não se especializou nem em uma, nem em outra prática ao longo dos anos.

Uma demonstração disso é a defesa tímida, envergonhada que sempre fez das conquistas do governo FHC. Um dos dados mais curiosos da pesquisa CNT/Sensus sobre a corrida presidencial, divulgada nesta semana, foi o fato de 49,3% dos entrevistados afirmarem que não votariam em um candidato apoiado pelo ex-presidente tucano. É esse o tamanho da impopularidade de FHC. Ele não faz a cabeça do eleitor. E deverá ser mais uma vez escondido pelos marqueteiros do PSDB. Mesmo tendo sido o presidente que debelou a hiperinflação, que foi o responsável pela estabilidade econômica e que criou a Lei de Responsabilidade Fiscal. Não é pouco, para um país que vivia em tentativas e erros desastrosos de inúmeros planos econômicos.”
Artigo Completo, ::Aqui::

A herança maldita ficou para o PSDB