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Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.

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segunda-feira, 15 de março de 2010

Revista Veja feita na medida para ser usada na defesa de Dantas, na Satiagraha

A revista Veja uniu o útil ao agradável (para ela), quando recorre ao doleiro Lucio Bolonha Funaro, preso na Operação Satiagraha, como fonte de informação. Mas ofendeu a inteligência do leitor com números impossíveis de serem verdadeiros.

Útil porque fabrica reportagens para gerar confusão e retardar o processo contra Daniel Dantas, nas mãos do Juiz De Sanctis. Útil e agradável (para a Veja) é porque bate no partido do presidente Lula, com intenção de eleger Serra.

Na CPI dos Correios, não chegaram (ou não quiseram chegar) à origem do dinheiro do "mensalão" (dinheiro que entrou na conta das agências de Marcos Valério e foram sacadas por centenas de políticos, no varejo). Apesar de estar lá, cristalino, que o maior abastecimento de dinheiro da agência vinha da Telemig Celular e Amazônia Celular, controladas por Daniel Dantas.

A CPI direcionou as acusações apenas para a Visanet.

O processo do "mensalão" foi desmembrado, para investigar quem não tinha foro privilegiado, e uma parte caiu nas mãos do Juiz Fausto De Sanctis, da operação Satiagraha. Com isso, a tentativa da oposição de blindar Dantas na CPI falhou.

A Satiagraha não chegou a provar o fluxo de dinheiro para o caixa-2 do dito "mensalão" (pelo menos por enquanto), mas pegou diversos indícios de delitos de Dantas.

A revista Veja, agora, quer dizer que a origem do do caixa-2 do dito "mensalão" vem de propinas dos fundos de pensão (coisa que já foi investigada no relatório da CPI dos Correios, com todos os dados que a revista Veja apresenta como "novidade").

Mas apresenta além de vagas ilações, números absulutamente impossíveis de serem verdadeiros.

Segundo a revista:

Entre 2003 e 2004, os três bancos citados pelo corretor - BMG, Rural e Santos - receberam 600 milhões de reais dos fundos de pensão ... Apenas os cinco fundos "sob a influência do tesoureiro" aplicaram 182 milhões de reais em títulos do Rural e do BMG ... As investigações da polícia revelaram que os dois bancos “emprestaram” 55 milhões de reais... É o equivalente a 14,1% do que receberam em investimentos - portanto, dentro da margem de propina que Funaro acusa o partido de cobrar (entre 6% e 15%).


Os erros infantis da revista:

- Os fundos aplicaram 600 milhões em títulos dos Bancos. Portanto, aplicaram e receberam o dinheiro de volta com os rendimentos da aplicação. A Veja contabiliza como se os 600 milhões fossem e não voltassem. Logo a revista faz uma conta mirabolante de que 55 milhões equivaleria 14,1% de 600 milhões (nem a arimética está certa, pois o valor corresponde a 9,2%).

A rentabilidade dos bancos é uma fração ínfima deste valor. Ou seja os bancos captam os 600 milhões a uma taxa, e repassam a uma taxa mais alta, ganhando apenas a diferença entre as taxas (o spread).

- Se pagassem R$ 55 milhões que saíram da agências do Marcos Valério (e que não foram "para o PT", como diz a revista, e sim para uma balaio de políticos, incluindo Roberto Brand, do PFL/DEMos), os bancos teriam um enorme prejuízo nestas operações.

- Além disso, a revista precisa escolher se acusa a Visanet ou fundos de pensão (já que está fora de cogitação vermos a Veja acusando Daniel Dantas), pois não há como acusar os dois ao mesmo tempo, pela origem do mesmo dinheiro.

- Por fim, o fato de um fundo de pensão mudar aplicações de um banco para outro não quer dizer nada, sem que haja qualquer outra acusação. Até empresas privadas mudam de banco, se conseguirem taxas melhores. Antes de acusar, é preciso perguntar e saber os motivos. Tanto parece improcedente as acusações, que a CPI dos Correios não aprofundou muito neste caso, não encontrando elos de ligação com Marcos Valério.

- Seria interessante a Revista Veja ter a mesma curiosidade de saber quanto cresceu as aplicações de fundos de pensão no Opportunity e no Banco Matrix, no governo FHC.

A veja confundiu (de propósito) lucro com o valor total da aplicação financeira.

Ofendeu a inteligência do leitor.

Mas e daí? Poucou leitores da Veja prestarão atenção aos números, e a revista dá munição para os advogados de Daniel Dantas injetar no processo da Satiagraha essas "evidências", na ânsia de aliviar as outras evidências do caixa-2 de campanhas vindo da Telemig e da Amazônia Celular. Não vai absolvê-lo, mas o objetivo é ganhar tempo no processo, e de atraso em atraso, chegar-se a prescrição.