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Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.

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quinta-feira, 27 de setembro de 2012


O golpe e a mídia

Miguel do Rosário , Blog: O Cafezinho

“O ambiente político brasileiro, como sempre, está em chamas. Uns falam em preparação de um golpe branco, através do conluio entre mídia, judiciário e oposição partidária. A mídia, por sua vez, ridiculariza essas suspeitas. Presidentes dos principais partidos da base aliada divulgaram há pouco uma carta aberta em que denunciam a politização do julgamento do mensalão e a tentativa espúria, por parte de setores da imprensa, de macular a honra e a história do ex-presidente Lula.

Difícil se posicionar, ainda mais num momento eleitoral, que polariza e radicaliza as opiniões. Quem tenta ponderar acaba sendo arrastado para um dos extremos, ou então sendo visto com desconfiança por ambos os lados.

Não há meio termo. A internet ajuda a radicalizar as opiniões e cada um escolhe seu campo. Há alguns meses li um artigo do Pedro Doria mencionando um estudo que mostra a tendência à radicalização no ambiente virtual. Como se escreve sempre para o mesmo grupo de opinião, cria-se um ciclo vicioso que gera um radicalismo cada vez maior e mais polarizado.

Ponderar é chato, recende a insegurança, oportunismo, covardia. No entanto, é necessário, inclusive para os que se envolvem de corpo e alma nas lides políticas. Na Guerra do Peloponeso, o clássico de Tucídides, os grandes momentos literários são os discursos dos generais procurando incutir bravura nos soldados. Um dos mais belos é o de Péricles, falando aos atenienses. Ele é um dos mais inflamados partidários da guerra contra os peloponésios, porque entende que ela é inevitável e os atenienses, portanto, devem tomar a iniciativa antes que seja tarde. No entanto, quando os peloponésios, que tinham substancial superioridade numérica na infantaria (soldados em terra) invadem a Ática, o líder ateniense insta seu exército, tanto seu como dos aliados, a não contra-atacarem. Não era a primeira vez que Atenas tinha agido assim. Na guerra contra os persas, os atenienses chegam a abandonar a cidade e seus campos, e refugiam-se em seus barcos e nas ilhas próximas.”
Artigo Completo, ::AQUI::