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Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.

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terça-feira, 30 de outubro de 2012


ESTADÃO: HADDAD PARECE ATÉ TUCANO



Depois de pedir que São Paulo resistisse ao avanço do PT, o grupo editorial da família Mesquita, que hoje enterra o Jornal da Tarde, trata o prefeito Fernando Haddad como alguém que é petista, mas é limpinho



30 DE OUTUBRO DE 2012 ÀS 08:19





247 – Não se sabe ainda que mistério terá levado o Estado de S. Paulo a se associar voluntariamente a uma derrota, pedindo que São Paulo resistisse ao avanço do PT nas eleições municipais, quando já se sabia que uma virada era impossível.

Em novo editorial sobre a sucessão municipal, o Estadão, que hoje enterra o Jornal da Tarde, agora trata o prefeito eleito Fernando Haddad como um quase tucano. “Jovem, professor universitário, de classe média, bons modos e boa estampa, que poderia passar perfeitamente bem por um tucano de carteirinha, Haddad tinha o perfil certo para ser aceito por uma parcela eventualmente decisiva do eleitorado antipetista majoritário no centro expandido da capital.”

Resumindo: é petista, mas é limpinho. Leia:

Prevaleceu a intuição de Lula

E, afinal, manteve-se o padrão nesta cidade onde, em sete eleições sob o regime democrático, apenas um prefeito (Paulo Maluf) conseguiu fazer o seu sucessor (Celso Pitta) e apenas um (Gilberto Kassab) conseguiu se reeleger. Nas suas avaliações, o ex-presidente Lula há de ter levado em conta esse retrospecto, quando decidiu transformar a disputa pela Prefeitura paulistana no teste de vida ou morte para a sua obsessão de tirar do PSDB a liderança política no Estado onde também o PT tem as suas raízes. Mas, ao impor ao partido a candidatura do ministro da Educação Fernando Haddad, como fizera em 2010 com outra novata em eleições, Dilma Rousseff, ele decerto intuiu que não bastaria dar uma nova chance à ex-prefeita Marta Suplicy, derrotada em duas eleições consecutivas e ávida pela desforra, para que a tradição da alternância se confirmasse por inércia. Esse foi o seu primeiro achado. O segundo consistiu na escolha do "poste" da vez.

Jovem, professor universitário, de classe média, bons modos e boa estampa, que poderia passar perfeitamente bem por um tucano de carteirinha, Haddad tinha o perfil certo para ser aceito por uma parcela eventualmente decisiva do eleitorado antipetista majoritário no centro expandido da capital. Lula aprendeu com o passado que esse devia ser o público-alvo da campanha, para trazer os votos que as zonas sul e leste fiéis não poderiam suprir por si sós. Faltou prever que uma figura familiar nessas extensões tivesse a esperteza de ocupar o lugar reservado para o nome do PT, de quem muito poucos tinham ouvido falar. Mas a inesperada ascensão de Celso Russomanno se converteu em queda livre quando, escoltado por Lula e Dilma, Haddad mostrou os seus documentos no horário eleitoral - enquanto o adversário insistia na proposta desastrosa, pronta para ser demolida, de fixar as tarifas de ônibus por distância percorrida.

Restabelecida a arraigada polarização PT-PSDB, Serra "se enforcou na própria corda", como diria, no habitual tom azedo, Marta Suplicy. Ele carregou campanha acima o peso de ter largado a Prefeitura aos 15 meses de mandato e a servidão da grande impopularidade do seu vice e sucessor, Kassab. Além disso, ignorou que os eleitores não gostam em geral de candidatos agressivos e atacou Haddad com as armas do "kit-gay" e do mensalão - as duas negaram fogo. Deu no que deu: em proporção, o tucano perdeu nos redutos do PT mais do que ganhou nas suas zonas de conforto. Em sete dessas, aliás, a maioria preferiu o oponente. O mesmo se deu nas sete regiões indefinidas, ou pendulares. Em suma, eleitores não petistas e até antipetistas ou se abstiveram, votaram em branco e anularam o voto (cerca de 30% do total) ou preferiram Haddad, ajudando a fazer de Lula o grande vencedor singular do ciclo eleitoral deste ano.

Em âmbito nacional, o PSB do governador pernambucano Eduardo Campos roubou a cena, aumentando em 42% - para 441 - o estoque de municípios conquistados. Kassab, apesar do naufrágio em São Paulo, também fez boa figura na estreia eleitoral do seu PSD, com 497 vitórias, quase sempre em cidades pequenas. O segundo turno, de todo modo, manteve nos seus postos a elite do sistema partidário. Embora a taxa de reeleição tenha despencado para 55% nas capitais e 11 siglas tenham conseguido eleger prefeitos nessas 26 praças, apenas 4 partidos governarão a partir de janeiro 60% dos 140,6 milhões de eleitores brasileiros. São eles, pela ordem, PT, PMDB, PSDB e PSB. As mesmas quatro legendas (com o PMDB e o PSB trocando de lugar) controlarão os 83 municípios com mais de 200 mil eleitores, onde pode haver dois turnos.

O quadro é semelhante no conjunto dos 5.556 municípios do País. Pouco mais da metade deles (51%) será administrada ou pelo PMDB (1.027 prefeitos), ou pelo PSDB (702), ou pelo PT (635), ou pelo PSD (com os já citados 497). Mas o PMDB é tipicamente o partido das cidades médias para menos. À parte o PSB, o PT foi o partido que revelou a mais firme trajetória de alta, com um ganho de 14%. O êxito de Haddad em São Paulo tornou a consagrar a liderança de Lula, compensando as derrotas que sofreu em outros embates do segundo turno que fez questão de travar ostensivamente. Ainda assim, o PT só levou 16 das 83 maiores prefeituras do País.

http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/84235/Estad%C3%A3o-Haddad-parece-at%C3%A9-tucano.htm