COM ALTA DE 1,9%, CONSUMO ISOLA PESSIMISMO DA GLOBO
Enquanto o ministro Guido Mantega, empresários e público comemoram dado oficial do IBGE, colunista global Carlos Alberto Sardenberg fica falando sozinho; vendas do comércio varejista tiveram alta de 1,9% em julho; em comparação com julho do ano passado, crescimento nas vendas foi de 6%; "queda da inflação possibilitou a consumidor ter mais poder aquisitivo", saudou titular da Fazenda; às 7h27 da manhã desta quinta-feira 12, porém, principal comentarista de economia das Organizações Globo anunciava nuvens negras; "vai sair um número super importante da economia, mas as expectativas não são boas, não são animadoras", cravou Sardenberg; errou feio; na segunda 9, líderes do comércio varejista já haviam projetado ao ministro Mantega, em reunião em Brasília, que resultado seria "bastante positivo"; por que Sardenberg e outras aves do mau agouro não noticiaram esse encontro?; vai ter 'erramos'?
12 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 11:47
247 - Essa pegou mal. Logo às 7h27 da manhã desta quinta-feira 12, poucas horas antes de o IBGE anunciar oficialmente o crescimento de 1,9% nas vendas do comércio varejista - dado oficial que aponta para um início bastante promissor da atividade econômica no terceiro trimestre do ano --, o principal comentarista de economia das Organizações Globo, Carlos Alberto Sardenberg, deu uma espetacular bola fora. Na pauta dos que enxergam a economia brasileira com extremo pessimismo, Sardenberg reconheceu que o dado que o IBGE iria apresentar era mesmo "super importante", mas avisou para os milhões de ouvintes da rádio CBN que "as expectativas não são boas, não são animadoras". Ele cravou que o resultado das vendas seria próximo a zero, apontando para um período de problemas na atividade econômica
O que aconteceu foi exatamente o contrário do que ele disse. O crescimento de 1,9% das vendas no varejo em julho, que apontam para uma importante retomada no consumo das famílias, foi o melhor resultado deste indicador desde meados do ano passado. Se quisesse, Sardenberg poderia teria sido mais cuidadoso. Afinal, os sinais de que as coisas saíram bem neste aspecto foram dadas, fortemente, na segunda-feira 9, pelos próprios empresários do setor. De olho no movimento de suas lojas, eles se reuniram com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e projetaram um bom resultado oficial. Essa informação, porém, não foi veiculada nem na CBN e nem no Jornal da Globo, onde Sardenberg se encarrega, ali também, de assustar as pessoas com seus comentários. O resultado é que, para praticar o pessimismo, a informação verdadeira foi jogada fora -- e quem ouviu a CBN hoje pela manhã foi tirado do rumo certo da vida real. A economia, ao contrário do que espalham comentaristas como Sardenberg, está em curso normal de crescimento diante de todas as dificuldades da crise econômica mundial.
Abaixo, notícia da Agência Brasil a respeito e íntegra, em áudio, do comentário do colunista da CBN e do Jornal da Globo:
Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O resultado das vendas no varejo comprova que há uma recuperação do consumo no país, avaliou hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, a queda da inflação também tem ajudado a melhorar o resultado.
"[Isso] mostra que a queda da inflação já está possibilitando que o consumidor tenha mais poder aquisitivo, o crédito está melhorando um pouquinho e isso se reflete nas vendas do varejo que foram muito boas", disse.
Hoje (12), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o comércio varejista cresceu 1,9% no volume de vendas em julho, o maior resultado desde janeiro de 2012 (2,8%).
Entre as dez atividades pesquisadas, oito apresentaram variações positivas no volume de vendas, com destaque para tecidos, vestuário e calçados (5,4%).
O segmento de móveis e eletrodomésticos, com aumento de 11% no volume de vendas em relação a julho do ano passado, foi responsável pela maior participação (22,4%) da taxa global do varejo no mês.
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 2,6% em julho sobre o mesmo mês de 2012, foram responsáveis pela segunda maior participação no resultado do varejo (21,8%).
As atividades que tiveram variação negativa foram combustíveis e lubrificantes (-0,4%) e veículos e motos, partes e peças (-3,5%). Na comparação com julho de 2012, todas as atividades cresceram.
Os estados que mais cresceram no comércio varejista em julho foram: Mato Grosso do Sul (15,7%), a Paraíba (13,8%), o Rio Grande do Norte (10,9%), Rondônia (10,9%) e Pernambuco (10,7%).
Segundo o IBGE, o Acre foi a única das 27 unidades da Federação a obter resultado negativo em julho, com queda de -1,7% no volume de vendas em relação a julho do ano passado.
"Expectativas não são animadoras", previu Sardenberg antes do resultado
247 - Em seu comentário matinal feito à rádio CBN, da Globo, antes da divulgação do resultado do varejo pelo IBGE, o jornalista Carlos Alberto Sardenberg informou o que esperava sobre os números. “As expectativas não são boas, não são animadoras, o pessoal não está esperando nenhum resultado brilhante”, declarou, acrescentando que este é um indicador "super importante” para a economia.
O jornalista econômico comentou ainda que “pode haver até algum tipo de queda em algumas comparações”.
De acordo com pesquisas feitas pela agência Reuters, por exemplo, a expectativa era de alta de 0,20% na comparação com junho, e de 3,15% ante julho do ano passado. Diante dos números divulgados hoje – alta de 1,9% ante junho e 6,0% em relação ao mesmo período de 2012 – o título da reportagem da agência de notícias demonstrou claramente que o resultado foi melhor do que o previsto: “Vendas no varejo sobem 1,9% em julho, acima do esperado”.
Ouça abaixo o comentário de Sardenberg:
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/114725/Com-alta-de-19-consumo-isola-pessimismo-da-Globo.htm
COMÉRCIO TEM MELHOR MÊS DESDE JANEIRO DE 2012
Vendas no varejo brasileiro tiveram alta de 1,9% em julho ante junho e registraram elevação de 6,0% em relação a igual mês de 2012, segundo dados do IBGE; crescimento da receita nominal foi 2%, a maior variação desde junho de 2012 (2,4%)
12 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 09:32
Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O comércio varejista cresceu 1,9% no volume de vendas em julho, o maior resultado desde janeiro de 2012 (2,8%) informou hoje (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento da receita nominal foi 2%, a maior variação desde junho de 2012 (2,4%).
Entre as dez atividades pesquisadas, oito apresentaram variações positivas no volume de vendas, com destaque para tecidos, vestuário e calçados (5,4%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,5%), móveis e eletrodomésticos (2,6%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,8%). As atividades que tiveram variação negativa foram combustíveis e lubrificantes (-0,4%) e veículos e motos, partes e peças (-3,5%). Na comparação com julho de 2012, todas as atividades cresceram.
O segmento de móveis e eletrodomésticos, com aumento de 11% no volume de vendas em relação a julho do ano passado, foi responsável pela maior participação (22,4%) da taxa global do varejo no mês. Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 2,6% em julho sobre o mesmo mês de 2012, foram responsáveis pela segunda maior participação no resultado do varejo (21,8%). Apesar do aumento, segundo o IBGE, a atividade apresenta desempenho abaixo da média, devido aos preços dos alimentos, que cresceram acima do índice geral no período de 12 meses: 11,9% no grupo alimentação no domicilio, contra 6,3% da inflação global, segundo o IPCA. A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceu 12% em relação a julho de 2012 e teve o terceiro maior impacto (18,9%).
O comércio ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, variou 0,6% em julho na comparação com junho para o volume de vendas e 0,8% para a receita nominal. A taxa para veículos, motos, partes e peças caiu 3,5% em relação a junho. Comparando com julho do ano anterior, a variação foi -1,8%.
Segundo o IBGE, o Acre foi a única das 27 unidades da Federação a obter resultado negativo em julho, com queda de -1,7% no volume de vendas em relação a julho do ano passado. Os estados que mais cresceram no comércio varejista em julho foram: Mato Grosso do Sul (15,7%), a Paraíba (13,8%), o Rio Grande do Norte (10,9%), Rondônia (10,9%) e Pernambuco (10,7%). Na comparação com junho passado, para o volume de vendas, 21 unidades da Federação cresceram, com destaque para: Mato Grosso do Sul (6%), São Paulo (3,2%), o Rio de Janeiro (2,6%), Rio Grande do Sul (2,6%) e Santa Catarina (2,5%). As maiores quedas foram registradas em Roraima (-1,4%), Mato Grosso (-1,4%) e no Tocantins (-0,9%).
Edição: Graça Adjuto