247 - O pior já passou para a economia brasileira em 2013. A três meses do final do ano, essa é a interpretação que se extrai das projeções divulgadas nesta quarta-feira 25, pela Confederação Nacional da Indústria, sobre o PIB, a inflação e a taxa de juros deste ano. O Informe Conjuntural produzido pela entidade, a partir de informações coletadas diretamente da indústria e com apoio de outros dados da economia, eleva a projeção de crescimento do PIB de 2% para 2,4%, numa significativa alta de 20%.
A inflação, enquanto isso, deve recuar da previsão anterior de 6% para ficar em 5,8%, pressionada para baixo por uma taxa média rea de juros de 1,9% ao ano, bem inferior à registrada no ano passado, quando foi de 3,1%. No mercado futuro de juros, ontem, as taxas fecharam em declínio, enquanto dólar da sinais de flutuação controlada pelos leilões do BC e prosseguimento da política monetária de incentivos praticada pelo Federal Reserv, dos EUA.
TOMBINI ESVAZIA PESSIMISMO - Para contribuir e dar sustentação ao clima de mudanças de expectativas para melhor, Alexandre Tombini participou de audiência pública no Senado em que enfatizou as boas condições da economia neste momento e "nos próximos anos".
- As condições de oferta e demanda presentes na economia não apoiam uma visão pessimista da economia brasileira, quer para o momento atual, quer para os próximos anos, disse o presidente do BC.
Dava para ter sido mais claro?
O PIB da indústria, com alta de 1,4%, representa melhora em comparação com o recuo de 0,8% registrado em 2012. De acordo com o Informe Conjuntural, os juros fecharão o ano em 9,75%.
Essa projeção, somada à fala de Tombini, já faz o mercado não acreditar em novos aumentos na Selic até o final do ano. Com o mundo aliviado com a decisão do Fed de não cortar de uma vez suas compras de títulos, as expectativas mudaram também em relação a novos investimentos estrangeiros no Brasil.
Agora, acredita-se que o capital retorne e faça do país o mais beneficiado em investimentos externos na América Latina. O resultados do leilão do campo de Libra, do pré-sal, pela Petrobras, pode representar um impulso grande nesse clima que, depois de muita sinistrose, começa a ser até mesmo de otimismo frente a economia brasileira.