GLOBO USA MÉDICA PALOMA E ADERE AO MAIS MÉDICOS
Em sua principal novela, emissora dos três Marinho ajusta posição das Organizações Globo sobre programa oficial que alcança 73% de apoio popular; "Eu sei que sendo médica eu posso fazer MAIS, disse Paloma no capítulo da quinta-feira 12; "Quero tratar de crianças carentes, atender planos (de saúde) MAIS baratos, MAIS simples. Eu não vou cobrar, não quero cobrar. Eu quero fazer MAIS pelos outros. Eu posso fazer MAIS"; frases com tantos mais foram escritas pelo autor Walcyr Carrasco, que na revista Época publicara artigo "Escravos cubanos", malhando o Mais Médicos; oportunismo global revela muito do caráter da emissora; assista
13 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 13:15
247 – Não é só com a ditadura militar que a Rede Globo, dos três irmãos Marinho, está ajustando suas contas. Também em relação ao programa Mais Médicos, que obteve em pesquisa recente apoio de 73% da população, a emissora de maior audiência do País procura uma melhor sintonia com o público. Para tanto, dobrou a pena do autor Walcyr Carrasco e usou sua principal novela, Amor à Vida, que tem na médica Paloma a sua principal personagem, para mostrar essa nova face ao público.
No capítulo da quinta-feira 13, o mesmo Carrasco que na vida real publicara artigo na revista Época, também dos três Marinho, intitulado "Escravos cubanos", com ataques à estratégia do programa Mais Médicos, o mesmo Carrasco mandou ao ar uma cena completa, de fazer chorar, com a adesão apaixonada e irrestrita de Paloma à medicina de cunho popular.
Ela que só atuara, dentro da novela, na clínica chic de sua família, decide romper com a elite para ir para o bairro, montar um consultório para atender crianças carentes, planos de saúde mais simples e até deixar de cobrar consultas dos ainda mais necessitados.
Embebida pelo som de violinos ao fundo, a cena teve, em seu auge, o seguinte bloco de texto, com a repetição da palavra mais por seis vezes:
Paloma: Tô cansada, tô cansada desse mundo onde eu fui criada (...). Eu vou morar no seu apartamanto. MAIS que isso. Eu quero trabalhar de um jeito diferente. Eu quero abrir um consultório, lá perto de onde a gente vai morar, lá no seu bairro. Quero. Quero tratar das minhas crianças, quero tratar das crianças MAIS carentes, que de repente não têm dinheiro para pagar as minhas consultas. Quero atender planos MAIS baratos, MAIS simples. Eu não quero ficar atentendo só no São .... E se alguma criança mesmo assim ainda não puder pagar, eu não vou cobrar, não quero cobrar.
Bruno: Você está disposta a dar essa virada na sua vida?
Paloma: Tô, tô sim depois de tudo o que eu vivi (...). Depois de tudo o que eu vivi (...) naquela clínica horrosa, eu sinto que eu preciso mudar. Eu sinto que eu preciso ser diferente. Entende? Eu quero fazer MAIS pelos outros. E eu sei que sendo médica eu posso fazer isso. Eu posso fazer MAIS. Eu quero fazer isso e eu quero também morar no seu apartamento como você quer.
Bruno: Eu não tenho faxineira.
Paloma: Eu aprendo a varrer o chão, a lavar prato, a fazer tudo isso (seguem-se malhos, beijos e sobe som).
Assista à cena aqui.
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/114848/Globo-usa-m%C3%A9dica-Paloma-e-adere-ao-Mais-M%C3%A9dicos.htm
DILMA: "NÃO PODEMOS OLHAR DE ONDE VEM O DIPLOMA"
Em Minas Gerais, reduto político do adversário Aécio Neves, presidente rebate críticas ao Mais Médicos e diz que o governo não negocia saúde; "Olha a discrepância. Nos países ricos eles vão e importam médicos e nós, que precisamos de médicos, não podemos importar. O que é isso? Temos que colocar a saúde da população em primeiro lugar"; Dilma Rousseff também afirmou que é preciso "acabar com essa história antiga de país rico com povo pobre", e declarou: "Não basta o PIB crescer, tem que crescer para vocês"; cerimônia de formatura de mais de 2,5 mil alunos do Pronatec aconteceu em Uberlândia, um dia depois de Aécio ter prestigiado, também em Minas, o governador paulista Geraldo Alckmin
13 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 11:42
Minas 247 – A presidente Dilma Rousseff voltou a rebater nesta sexta-feira 13 as críticas ao programa Mais Médicos, e defendeu o programa que prevê a contratação de profissionais estrangeiros para atuar no País. "Não podemos olhar de onde vem o diploma", exclamou a presidente, lembrando que faltam médicos em muitas cidades brasileiras. Dilma Rousseff voltou a disputar Minas com o adversário tucano Aécio Neves ao participar da cerimônia de formatura de 2.634 alunos beneficiários do Bolsa Família no Pronatec.
Em seu discurso, Dilma salientou que a formatura mostra que o dia de hoje, uma sexta-feira 13, é de alegria e sorte. Alegria para os formandos, que tiveram a oportunidade de "encarar um caminho novo", e sorte para o País, que ganha profissionais qualificados. Dilma também afirmou que é preciso "acabar com essa história antiga de país rico com povo pobre". "Não basta o PIB crescer, tem que crescer para vocês", disse.
Segundo a presidente, "a gente só tem certeza de acabar completamente com a miséria e a pobreza por dois caminhos: emprego e educação". Dilma ressaltou então a importância da lei que destina 75% dos royalties do petróleo para a Educação e 25% para a Saúde. Segundo ela, esta lei é "como se fosse uma herança deixada para nós".
Leia abaixo reportagem da Agência Brasil a respeito:
Dilma Rousseff diz em Uberlândia que Brasil não negocia saúde
Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil - A presidenta Dilma Roussef viajou hoje (13) para Uberlândia (MG) onde participa da cerimônia de formatura de 2.634 alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec - Brasil sem Miséria), que receberão o certificado de qualificação profissional em diversas formações. Ao chegar à cidade, ainda no aeroporto, a presidenta concedeu entrevista a rádios locais e falou da importância do Pronatec e também da importação de médicos estrangeiros.
Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil - A presidenta Dilma Roussef viajou hoje (13) para Uberlândia (MG) onde participa da cerimônia de formatura de 2.634 alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec - Brasil sem Miséria), que receberão o certificado de qualificação profissional em diversas formações. Ao chegar à cidade, ainda no aeroporto, a presidenta concedeu entrevista a rádios locais e falou da importância do Pronatec e também da importação de médicos estrangeiros.
Dilma disse que o governo não negocia saúde. Ela exaltou a qualidade dos médicos brasileiros e sua contribuição para a saúde pública, mas destacou que o Brasil precisa de mais médicos e que não pode se ater à nação de origem do diploma.
Ela voltou a comparar o número de médicos que atuam no Brasil com diploma de outro país com o de nações desenvolvidas. Segundo ela, enquanto apenas 1,78% dos médicos que exercem a profissão em território brasileiro fez o curso de medicina em outros países, esse percentual chega a 25% nos Estados Unidos, 35% na Inglaterra e mais de 20% no Canadá.
"Olha a discrepância. Nos países ricos eles vão e importam médicos e nós, que precisamos de médicos, que somos um país de dimensão continental, que não temos médico na periferia das grandes cidades, no interior do Brasil e nas regiões do Norte, da Amazônia, nem do Nordeste, nós não podemos importar. O que é isso? Temos que colocar a saúde da população em primeiro lugar", ressaltou Dilma. Em sua avaliação, o Programa Mais Médicos respeitou os profissionais brasileiros dando prioridade a eles e, depois, para os médicos vindos de fora do país.
Em relação ao Pronatec, Dilma disse que é um dos programas mais importantes de seu governo porque foca no ensino técnico-profissionalizante, dando aos alunos a educação "como um patrimônio" e tentando suprir a demanda por mão de obra qualificada. "Temos uma indústria sofisticada, temos um setor de serviços e precisamos de profissionais mais bem qualificados, o que vai significar maior produtividade", disse.
Disputa em Minas
Minas Gerais é, ao mesmo tempo, o Estado onde Dilma nasceu e o reduto político do parlamentar. Em agosto, Dilma e Aécio polemizaram depois de um evento da presidente em São João del Rei. Em seu discurso, Dilma saudou Tancredo Neves, avô de Aécio, como uma das importantes personalidades do município. Em nota, o tucano se pronunciou acusando a chefe do Planalto de ter ido a Minas Gerais lançar o mesmo programa – PAC das Cidades Históricas – pela quinta vez (leia mais aqui).
A cerimônia de formatura de alunos do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego-Brasil Sem Miséria), em Uberlândia, nesta manhã, acontece um dia depois de o senador tucano prestigiar o governador paulista Geraldo Alckmin, orador ontem da solenidade de entrega da Medalha JK, em Diamantina, no interior mineiro.
Alckmin dividiu o palanque com o governador de Minas, o também tucano Antonio Anastasia, num momento de racha do PSDB, ainda dividido sobre seu candidato ao Planalto: o mineiro Aécio Neves ou o ex-governador paulista José Serra. Alckmin tem defendido a realização de prévias no partido para a definição do nome.
Hoje mais cedo, a presidente concedeu entrevista às rádios locais de Minas. Leia abaixo sua declaração sobre o Pronatec à mídia local, publicada no Blog do Planalto:
O Pronatec põe as pessoas no caminho do emprego, afirma Dilma
A presidenta Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (13), em entrevista às rádios Educadora Jovem Pan AM e Globo Cultura AM, em Uberlândia (MG), que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) é um dos programas mais importantes do governo federal porque tem foco na questão do ensino técnico profissionalizante. Segundo ela, a única coisa que faz com que a saída da miséria seja irreversível é a educação.
"O Pronatec põe as pessoas no caminho do emprego. Emprego e educação tiram as pessoas da pobreza. O Brasil precisa capacitar seus jovens, adultos e pessoas que vivem em condições de pobreza. (...) O Pronatec tem um lado fundamental: ele é feito para gente, para nossa dignidade. Ele é feito para o Brasil, que precisa de mão de obra qualificada", afirmou a presidenta, que participa hoje, em Uberlândia, de formatura de 2.634 alunos do Pronatec-Brasil Sem Miséria.
ONU: MORTALIDADE INFANTIL NO BRASIL CAI 77% EM 22 ANOS
Segundo estudo da Unicef, em 1990, a taxa de mortalidade infantil no Brasil era 62 para cada mil nascidos vivos; em 2012, o número caiu para 14, o que coloca o país em 120º lugar no ranking entre mais de 190 países; já a taxa de mortalidade infantil no mundo caiu 47% nas duas últimas décadas
13 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 12:48
Carolina Sarres e Yara Aquino
Repórteres da Agência Brasil
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – A mortalidade infantil no Brasil caiu 77% entre 1990 e 2012, de acordo com o Relatório de Progresso 2013 sobre o Compromisso com a Sobrevivência Infantil: Uma Promessa Renovada, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Segundo o estudo, em 1990, a taxa de mortalidade infantil no Brasil era 62 para cada mil nascidos vivos. Em 2012, o número caiu para 14, o que coloca o país em 120º lugar no ranking entre mais de 190 países. A lista é decrescente e quanto mais à frente, maior o índice de mortalidade.
A taxa de mortalidade infantil calcula a probabilidade de morte entre o nascimento e os 5 anos de idade a cada mil nascimentos. Ela compõe a expectativa de vida ao nascer, que faz parte do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e é um dos indicativos mais usados para mensurar o desenvolvimento dos países e nortear a elaboração de políticas púbicas.
O Brasil teve melhora em todos os índices apurados. No ranking do Unicef, o país está atrás de outros desenvolvidos como Finlândia, Japão, Cingapura, Noruega e Islândia – primeira colocada no ranking. Os cinco países com os piores índices de mortalidade infantil estão no continente: Serra Leoa, Angola, Chade, Somália e Congo.
Taxa mundial caiu 47% em duas décadas
De acordo com o mesmo relatório, a taxa de mortalidade infantil no mundo caiu 47% nos últimos 22 anos. Em números absolutos, a redução significa que morrem 17 mil crianças a menos por dia.
Em 1990, a taxa de mortalidade infantil mundial era 90 para cada mil nascidos vivos e atualmente caiu para 48. Há duas décadas, as estimativas eram que mais de 12,6 milhões de crianças abaixo dos 5 anos morriam por ano. Hoje, essa média caiu para 6,6 milhões.
A taxa de mortalidade infantil é um índice que mede a probabilidade de morte entre o nascimento e os 5 anos de uma criança a cada mil nascimentos. Essa taxa é uma das que compõem a expectativa de vida ao nascer, que faz parte do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e é um dos indicativos mais usados para mensurar o desenvolvimento os países e balizar a elaboração de políticas púbicas.
De acordo com o Unicef, a redução da taxa de mortalidade se deve ao maior acesso a tratamentos de saúde e tratamentos mais eficazes, combinado ao comprometimento político dos países. O destaque para a queda do índice mundial é a aceleração da redução das taxas de mortalidade infantil entre 1990 e 1995 – especialmente na África, que teve queda de, pelo menos, metade de suas taxas desde a década de 1990.
Ainda assim, o fundo alerta para a possibilidade do não cumprimento das metas do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, referente à redução da mortalidade infantil. "Sem progressos mais rápidos na redução de doenças que podem ser prevenidas, o mundo não vai cumprir a meta até 2028 – 13 anos depois do prazo, e 35 milhões de crianças terão morrido entre 2015 e 2028 – crianças que poderiam ter vivido caso conseguíssemos cumprir essa meta", informou o relatório.
Para a Unicef, é fundamental a prevenção de doenças como pneumonia, diarreia e malária, que foram responsáveis, em 2012, pela maioria das 6,6 milhões de mortes de crianças com menos de 5 anos. Segundo o fundo, essas doenças estão fundamentalmente relacionadas ao desenvolvimento do país, o que pode ser superado por meio da atuação conjunta de governos, organizações e da sociedade civil.
"Apesar desses ganhos, a sobrevivência da criança continua a ser uma preocupação urgente. Em 2012, cerca de 6,6 milhões de crianças morreram antes do seu quinto aniversário, a uma taxa de cerca de 18 mil por dia. E o risco de morrer antes dos 5 anos varia enormemente dependendo de onde a criança nasce", destacou o relatório, ressaltando que, desde 1990, 216 milhões de crianças morreram antes dos 5 anos – mais do que toda a população do Brasil, o quinto país mais populoso do mundo.