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Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.

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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Só 6% dos médicos de programa poderão começar a trabalhar hoje

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DANIEL CARVALHO
ENVIADO ESPECIAL A BREJO DA MADRE DE DEUS (PE)
LUCAS SAMPAIO
ENVIADO ESPECIAL A SANTO ANTôNIO DE POSSE (SP)

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Depois de recebidos no fim de semana como celebridades pelo interior do país, os médicos formados no exterior trazidos pelo programa Mais Médicos ainda não sabem quando começam a trabalhar.
Eles deveriam iniciar os atendimentos hoje, mas a queda de braço entre governo federal e conselhos regionais de medicina resultou na liberação, até sexta, de só 39 (6%) dos 633 registros provisórios já pedidos pelo Ministério da Saúde --no total, serão 681 profissionais, 400 cubanos.
O programa, que visa reduzir o deficit de médicos nas periferias e no interior, prevê a participação de profissionais sem a validação de diplomas estrangeiros. A classe médica contesta isso na Justiça.
Sem os documentos, os médicos não podem exercer a profissão no país. Eles deverão apenas ir aos locais de trabalho, sem de fato atuar. O ministério diz que, neste período, eles serão treinados sobre os problemas médicos das regiões onde vão trabalhar.
Segundo o ministério, além dos 12 registros fornecidos no Ceará e dos 27 na Bahia, há ainda a promessa de que outros 45 sejam entregues hoje --seis na Paraíba, 19 no Rio Grande do Sul e 20 no Ceará.
Bernardo Dantas/Folhapress
Médicos cubanos são recebidos em posto do Programa Saúde da Família em Brejo da Madre de Deus, em Pernambuco
Médicos cubanos são recebidos em posto do Programa Saúde da Família em Brejo da Madre de Deus, em Pernambuco
A expectativa da pasta é que mais documentos sejam liberados nesta semana.
FOGOS E FORRÓ
O casal de cubanos Teresa Rosales, 47, e Alberto Vicente, 43, por exemplo, deve continuar hoje apenas realizando visitas em Brejo da Madre de Deus (a 200 km do Recife).
Sem registro, eles foram recebidos no sábado com fogos, forró, almoço e faixa de boas-vindas. Ontem, visitaram o posto de saúde em que Alberto trabalhará. A unidade, num distrito a 30 km da sede do município, ainda cheirava a tinta após reforma --e não tem médico há um ano.
O casal conheceu a casa em que vai morar e alguns vizinhos. "Gosto de fazer café e doces e dar aos vizinhos. Em Cuba é assim", disse Teresa.
Sobre o início dos atendimentos, eles disseram esperar começar na próxima semana.
Também cubanas, Tania Sosa, 45, e Silvia Blanco, 44, chegaram no sábado a Pedreira e a Santo Antônio de Posse, pequenas cidades da região de Campinas (a 93 km de SP) onde atuarão, respectivamente.
A recepção de Silvia teve tom político: boas-vindas na Câmara com direito a presentes (Bíblia em espanhol, camisa da seleção e flores). "Não estou acostumada com isso. Agradeço pelo acolhimento", disse, emocionada, em "portunhol" de fácil compreensão.
Para que Silvia não fique só nos primeiros dias, a mãe da secretária de Saúde lhe faz companhia, inclusive dormindo na casa em que vai morar.





Chegada de cubanos do Mais Médicos vira evento no interior de PE

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DANIEL CARVALHO
ENVIADO ESPECIAL A BREJO DA MADRE DE DEUS (PE)
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A carência de médicos em Brejo da Madre de Deus (a 200 km do Recife) transformou em evento neste final de semana a chegada do casal de médicos cubanos Teresa Rosales, 47, e Alberto Vicente, 43.
O município de 45 mil habitantes ganha atenção internacional durante a Semana Santa por causa da encenação da Paixão de Cristo na cidade-teatro de Nova Jerusalém. Porém, no restante do ano, tem rotina pacata de cidade do interior.
A dona de casa Amanda da Silva, 20, chegou ao posto de saúde onde Alberto trabalhará mais de uma hora antes dos médicos, que visitaram o local no domingo (22). Levava o filho Renato, 5 meses, e a irmã Lília Carolina, 15.
"Faz um bocado de tempo que não tem médico", disse Amanda. Por "um bocado de tempo" entenda-se mais de um ano, segundo as contas da Secretaria de Saúde.
O prefeito reeleito da cidade foi cassado e uma nova administração, do PSDB, assumiu há 45 dias.
"Tem muito médico que nem olha para a gente. Nossa saúde precisa de profissionais que deem valor ao ser humano. Não importa de onde seja, desde que seja bom profissional", disse a dona de casa Maria Eunice Ferreira, 51.
A curiosidade em torno dos médicos era grande. "Cuba é longe?", perguntou uma mulher. "Vocês também são de Cuba?", indagou outra à reportagem da Folha.
Algumas mães entregaram seus bebês no colo dos médicos para fotos. Os cubanos saíram do posto de saúde sob aplausos.
"[A comunidade pode esperar de nós] o melhor. Vamos trabalhar muito, tratando de melhorar a saúde deles. Sempre vai ser assim", disse Teresa.
"Confiem em nós. Nós somos cubanos, mas temos capacidade para atender toda a população e a população tem que confiar em nós", afirmou Alberto.
Ainda sem registro provisório para atuar, o casal deverá continuar hoje visitando a cidade.
POSTO COM CHEIRO DE TINTA
Neste domingo (22), Teresa e Alberto começaram com um passeio pelos cenários de Nova Jerusalém, maior teatro ao ar livre do mundo, onde anualmente é encenada a Paixão de Cristo
Em seguida, foram ao posto no distrito de São Domingos. Um grupo de moradores do bairro já os aguardava.
Eles vistoriaram a unidade recém-reformada que ainda cheirava a tinta.
Teresa não conheceu a unidade em que vai trabalhar porque os equipamentos estavam sendo transferidos para outro imóvel.
O casal, que ficará esta semana hospedado em uma pousada, conheceu a casa em que vai morar e foi apresentado a alguns vizinhos.
"Gosto de fazer café e dar aos vizinhos, fazer doces. Em Cuba é assim. Eu chego à minha casa e chamo [os vizinhos]", disse Teresa ao ser cumprimentada por um grupo de cinco pessoas que foi vê-los em casa.
O costureiro José Lucas Bezerra, 19, mora ao lado da casa alugada pela prefeitura para os médicos. Sem saber que se tratavam de estrangeiros, perguntou se eram bolivianos quando ouviu o sotaque diferente.
"É bom que a gente aprende uma língua diferente. E qualquer dor de cabeça, bate na porta deles", afirmou.
Desconfiado com as questões linguísticas, o aposentado Vanildo Ferreira, 70, ficou satisfeito por compreender o que disse Alberto ao trocarem algumas palavras. "Dá para entender muito bem. Falou bem mesmo."
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/09/1345988-chegada-de-cubanos-do-mais-medicos-vira-evento-no-interior-de-pe.shtml

Em SP, 55 profissionais do Mais Médicos aguardam registro

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TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO
"Estou com muitas ganas de trabalhar e dar o melhor de mim", dizia com um sorriso tímido Mario Alfredo Baldiviezo, 42, na última semana, ainda misturando um pouco o espanhol e o português.
A vontade de trabalhar não era exclusividade do boliviano, que se formou em Cuba e chegou a atuar no Panamá.
Ela era compartilhada com uma congolesa de nacionalidade portuguesa e 35 anos de experiência na Europa e um argentino que dirige um time de rugby no Brasil há três anos.
Além deles, outros 52 profissionais formados em medicina no exterior esperam a liberação do registro provisório para começar a atuar em postos paulistas pelo Mais Médicos.
Os 55 profissionais têm perfis variados. A maioria (21) é brasileira com diplomas de locais como Líbano, Itália e Rússia. Dos estrangeiros, os mais presentes são argentinos (seis), bolivianos (cinco), venezuelanos (quatro) e cubanos (quatro). Há um mauritano.
Na sexta, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), responsável pela liberação dos registros, afirmou que as autorizações só serão dadas caso o Ministério da Saúde se responsabilize, por escrito, pela veracidade dos documentos apresentados.
Bruno Poletti /Folhapress
O boliviano Mario Alfredo Baldiviezo, 42; profissional aguarda a liberação do registro provisório para começar a trabalhar em postos paulistas
O boliviano Mario Alfredo Baldiviezo, 42; profissional aguarda a liberação do registro provisório para começar a trabalhar
Ou regularize os problemas da documentação --entre eles diplomas sem tradução.
O impasse gera tensão entre os estrangeiros, que começam a chegar nos municípios onde trabalharão, mas não poderão exercer a medicina.
"Que o Cremesp nos diga como trabalhar que nós trabalharemos", dizia Baldiviezo.
Nascido em uma área pobre da Bolívia, ele diz já ter trabalhado em condições difíceis. "Trabalhei em um lugar onde não tinha luz elétrica. Fiz partos à luz de velas", conta.
Em São Paulo, Baldiviezo deve encontrar estrutura melhor. Vai para a UBS Jardim Guarujá, na zona leste.
Cercada de favelas, a unidade, em bom estado de conservação, é uma das muitas na periferia da capital com dificuldades para a contratação de médicos. Só nos postos de saúde, onde os profissionais do Mais Médicos vão atuar, faltam ao menos 230 médicos. A cidade receberá apenas 13.