247 – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, garantiu que toda a demanda brasileira de médicos deverá ser atendida até março de 2014. "Até março do ano que vem, toda demanda de 12 mil médicos em todo país será atendida", afirmou Padilha, em entrevista concedida nesta manhã no programa Bom Dia Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). "Todos os municípios que pediram médicos pelo programa serão atendidos", disse. Segundo ele, os profissionais que já estão trabalhando beneficiam hoje 3,6 milhões de brasileiros.
Segundo ele, a expectativa é que na próxima semana o Ministério da Saúde inicie a emissão dos registros provisórios para os médicos estrangeiros do Mais Médicos. A medida provisória que transfere essa responsabilidade dos conselhos regionais de medicina para o ministério ainda precisa ser sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. O ministro estima que a sanção ocorra na próxima semana.
"O texto foi aprovado no Congresso e irá para sanção da presidenta. Quando ela fizer a sanção o ministério já poderá emitir os registros. Nossa previsão é que possamos fazer isso já na próxima semana. Temos mais de 200 médicos estrangeiros que estão nos municípios e não podem começar o atendimento porque não têm o registro. Com eles recebendo registro teremos mais de 800 mil brasileiros que passarão a ser atendidos já na próxima semana", informou.
O ministro comentou a resistência dos conselhos regionais em emitir os registros provisórios e disse não acreditar em motivações políticas. "Se isso acontecer é inadmissível. Estamos falando da saúde das pessoas que vivem em cidades ou bairros onde não há médicos. Há posições de entidades médicas que são todas elas legítimas, queriam debater o programa e fazer críticas. Acho que o debate no Congresso Nacional aprimorou o projeto original", disse.
Padilha voltou a defender que o Mais Médicos não retira vagas dos profissionais brasileiros e disse ter a expectativa de novas inscrições no programa. Na falta de brasileiros, as vagas continuarão sendo preenchidas pelos estrangeiros. "O ministério vai a qualquer lugar do mundo buscar médico. O que não vamos permitir é que os brasileiros fiquem sem atendimento", disse. "Não tenho dúvida que com resultado, médicos brasileiros perceberão que programa não tira emprego deles", completou.
O ministro também explicou o porquê de os profissionais estrangeiros não terem o Revalida, exame nacional exigido para médicos que se foram fora do Brasil. "Médicos estrangeiros do programa não têm Revalida porque queremos que tenham os três anos de dedicação exclusiva ao SUS. Se tivessem o Revalida, eles poderiam atuar em qualquer lugar e disputar com os brasileiros", explicou.
Com Agência Brasil