Brasília 247 - A presidente Dilma Rousseff anunciou, nesta quinta-feira 24, no Palácio do Planalto, os 310 projetos de pavimentação e saneamento selecionados para receber R$ 10,5 bilhões do governo federal. Os investimentos vão beneficiar 1,2 mil municípios. Segundo a presidente, é um volume expressivo de recursos e um investimento legítimo.
"Esgoto não é magnífico na aparência, tem que estar enterrado, tratato, bem coletado e se traduz em projetos técnicos de alta qualidade. Nesses dois anos e meio, um pouco mais, investimos R$ 39 bilhões e vamos continuar investindo sistematicamente, porque tanto tratamento de esgoto como acesso a água de qualidade são duas questões essenciais", afirmou.
Os recursos serão para pavimentação de 7,5 mil quilômetros de vias e recapeamento e implantação de ciclovias, além de 15 mil quilômetros de calçadas, sinalização, acessibilidade e faixas de pedestres. Na área de saneamento, os recursos serão para obras de sistemas de drenagem de águas pluviais, redes de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Antes da cerimônia, no Twitter, a presidente afirmou que "colocar tanto dinheiro em saneamento e pavimentação seria impensável uma década atrás". Dilma lembrou, já na cerimônia, que, em 2005, o valor disponível para investimento na área, em todo o Brasil, era limitado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em R$ 500 milhões.
"Lutávamos dia sim outro também para aumentar o investimento na área de saneamento. Tínhamos consciência de que não tinha investimento, e os problemas eram imensos. (...) Era essa a realidade, para investir em todo o Brasil. Essa era a realidade dos saneamento. porque, se o governo não tinha dinheiro, se o estado ou o município não tinham, não tinha projeto, engenheiro e não se fazia obra de saneamento", destacou.
Leilão de Libra
A presidente se referiu ao Leilão de Libra, ocorrido na segunda-feira 21, a um "acontecimento histórico para o Brasil". E defendeu o modelo de partilha, no lugar do de concessão, para a licitação da área. Segundo ela, o modelo de concessão é usado quando o País descobre petróleo, mas ainda não tem detalhes sobre a quantidade e a qualidade do produto. No caso do modelo de partilha, sabe-se que ali tem petróleo, assim como sua estimativa de quanto será produzido e qual o tipo do óleo a ser extraído.
"Não se muda [o modelo] porque alguém acordou de manhã e resolveu mudar, se muda porque do ponto de vista econômico, nacional, não faz o menor sentido tratar do mesmo jeito coisas diferentes", justificou Dilma. Em referência ao consórcio vencedor do leilão, ela comemorou também o fato de algumas das maiores empresas do setor estarem arcando com o investimento de exploração de petróleo no Brasil e reforçou que 75% do que for extraído pertencerá ao Estado brasileiro.
Com Blog do Planalto